terça-feira, fevereiro 26, 2008

de volta à Laidinha


Ora um dia que nhora Ninhinha se meteu perla bouça, “a catar pinhinhas” cruzaram-se seus caminhos. E em boa hora, pois foi uma lufada de vida e ar puro que adentrou a vida de Laidinha.

O relato que faço tenta ser fiel ao de nhora Nininha quando me contou como se fizeram amigas. Amigas mesmo. Uma amizade que veio a revelar-se como o mais forte factor de integração de Laidinha na vida e no mundo donde se alheara perante a dificuldade e, talvez desinteresse da família em lidar com ela por exigir cuidados e atenção para os quais não estavam aptos.
Não critico - nem nhora Ninhinha o fez ou faz - a atitude dos progenitores.
Como ela diz: “meu filho, todos temos os nossos atrasos!”
Ou seja: quem não tem falhas, quem não erra ? remetendo para a interpelação de Cristo: “Quem nunca errou que atire a primeira pedra”.
Voltemos ao encontro. Andava nhora Nininha a catar pinhas na bouça quando ouviu um cantarolar. Seguiu o som e lá estava Laidinha, meio reclinada num pedregulho ao sol, a cantar, enquanto vigiava, ou quem de fora visse a cena pensaria que sim, duas ovelhas que, mansas pastavam.

Sabedora dos modos da terra, parou a boa distância cumprimentando com um animado “bom dia”.
De imediato sentiu o sobressalto que se apoderou da moça cujo rosto se sombreou, como se em si recolhesse luz, cor e vida. Como um animal que se esconde na sua concha.

Não respondeu Laidinha, retesou-se-lhe o corpo, como que pronto para abalar em debandada.

Como disse a nossa velha e sábia amiga: “alembrou-me os elásticos da fisguinha quando os ganapitos os esticavam antes de disparar a pedrinhinha de tão tensa que ficou a pobrezinha…Parecia um passarito assutadinho...



Nhora Nininha estranhou a atitude, face a uma débil velha, mas, sábia, encontrou uma forma de a descansar.
Jogou as mãos aos rins, flectiu levemente as pernas e deixou escapar um gemido enquanto, sem dela, mas discretamente, despegar os olhos murmurava:
“ai valha-me o nosso meninhinho Jesus. Estou descadeirada, doem-me os quartos…, as perninhas já me não obedecem…
Muito sofre uma velhinha a
apanhar umas pinhinhas para atiçar um luminho c’a aqueça…Aiiii se tivesse um filho comigo…"

E por aí foi indo, a conversar como se sozinha, mas a falar para Laidinha.
Era uma forma de a descansar.Logo que a viu não soube quem ela era, disse-me, mas enquanto falava associou-a à rapariguita franzina, filha de Rosa Elvira da Anunciação Salgueiro e de José Júlio Salgueiro - conhecido como o “Biscates” por agarrar todo o trabalho, mesmo de artes que não dominando “ajeitava” -que andara com os filhos a aprender as "letras".



Enquanto perurou observou-a de forma discreta e percebeu a solidão em que aquela “pobre criaturinha vivia” .
Logo ali decidiu ganhar uma amiga e restituir-lhe alegria e energia cuja falta sentiu.



- "Ai filho, parcia uma avezinha feridinha das duas asinhas... Fez doer o coração".

Deixo-vos com os trevos. Procurem com atenção, pois de vez em quando encontram-se de 4 folhas, bem camuflados nos restantes.
Ñotícias: Estive ausente por falta de fichas de ligação do computador que não é de nacionalidade portuguesa....
O "Gato Brasa", está melhor, mas continua muito frágil e não dá as escapadelas que dava antes, seus recanto mágicos, ofertaram-

Muito aconchegado e muito caseiro cada vez parece mais um cão de guarda sempre a seguir-me ou bem juntinho a mim.
Adora enroscar-se ao Sol e logo que este se vai aninha-se na cama, ou pede um colo.
Tenta aninhar-se no Batalha, mas não resulta muito bem.
Amigas e amigos obrigado por vossa presença , generosidade e solidariedade. E hoje, ao visitar algumas casas me deram ainda tanta coisa mais. Ora vejam os prémios, de amizade, mais do que de mérito, atribuídos a este blogue:
Em resposta ao desafio da Sophiamar
deixo as minhas 12 PALAVRAS .

A indicação de blogues, a quem passo oS testemunhoS, seguirá dentro de....dias.


Na VIDA o AMOR é a ALMA em que, no SILÊNCIO, a PAIXÃO fermenta enquanto da TERRA se elevam MURMÚRIOS e SEGREDOS tecidos no RESPEITO, florindo em FRATERNIDADE e IRMANDADE, alastrando em EMPATIA, cobrindo a TERRA com um manto de PAZ

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

hoje queria retornar à história da Laidinha, mas....

...achei por bem dar-vos notícias que são algo inquietantes, a respeito da saùde do "Gato Brasa".

Já não é uma criança. vai a caminho dos 10 anos vividos na friagem, humidade e gelos da Peneda-Gerês.
O veterinário confirmou que, para além do reumático e artroses, tem uma infecção renal, que estamos a combater com a medicação adequada, mas nunca se sabe como o organismo dele reagirá e como se aguentará pois é bastante agressiva para mais num organismo debilitado.
Nada o fazia supor ao início, mas vejo-o ainda - apesar da medicação -a andar como um velhinho daqueles das estórias de velhinhos muito velhinhos, agarrados aos seus bordões a medir cada passo e nós, de fora, a olhar a dificuldade de movimentos, impotentes para ajudar.
Havía feito análises e começáramos a desparasitação e vacinação, mas os resultados levaram à paragem de tudo.
Entretanto estou esperançado que fique suficientemente forte para debelar a infecção e continuar connosco por largos anos, mas o veterinário diz-me que tudo pode acontecer.

O Gato Brasa fez uma amizade, ou namoro (? - a dúvida é porque nunca os observei em corte, mas sempre juntos no dia a dia - ela, que baptizei de "Assustadiça" -não comentar a originalidade, p.f...- pois estava sempre ao pé dele, comia com ele, mas se eu me chegasse, por mais devagar e lento que fosse o movimento, a coisa de 3 metros e...muito, fugia para uma distância que considerasse apropriada e quedava-se a observar-me.

Consegui tirar-lhe algumas fotos e aparenta ser bem mais nova do que o Brasa e é também uma linda gataSempre recusou entrar na casa e de noite lá ia, não sei para onde.
Há dois dias que náo aparece. Não sei se arranjou melhor companhia ou namorado, ou qualquer outro motivo a leva a esta ausência.

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A gentil Sophiamar deixou-me o seguinte desafio: « (…) escrever 6 coisas peculiares (próprias, privadas, características ) a meu respeito.»
Há uma certa e saudável infantilidade – no sentido de regresso a… Não de qualquer menorização - em alguns concursos, prémios, questionários e afins que por aqui aparecem.
E como considero ser um caminho que devemos reaprender, não o de regresso à infância, pois essa, já foi, já deu…Mas o da religação à criança que nos “anima” por norma participo com jovialidade.
Assim, com a máxima objectividade, o que, como todos sabemos não é coisa fácil, vou tentar identificar 6 características minhas.

· Tenho pouca tolerância, rondando o ZERO, por faltas de respeito a terceiros, conhecidos ou não. Por actos ou conversas. Por favor integrar preconceitos, racismo e todas as discriminações;
· por norma sou gentil, educado e disponível excepto nas situações que se integrem no ponto anterior em que tudo azeda;
· vivo segundo o princípio de que as pessoas – em abstracto – são bem intencionadas. Ou seja: nascemos bons. Até provas em contrário. Dou sempre várias hipóteses pois qualquer pessoa erra e tem dias NÂO. Mas a recorrência, tornando-os a norma, leva-me ao corte sem mA Casa da Micas ais, de pessoas que demonstrem, inequivocamente, por actos, ter/ser, mau carácter;
· sou orgulhoso, o que tanto pode ser bom como mau, mas sempre e logo que perceba o erro, peço desculpas sinceras e…apalpo-me bem;
· sou bastante transparente o que me tem complicado a vida bastas vezes, pois como não faço, não entro em “joguinhos”, a maior parte das pessoas não entende e cria imensos cenários absurdos para ler comportamentos e atitudes, desviando-se das verdadeiras;
· gosto de estar só, o que não é facilmente compreendido e é sim confundido com solidão que é coisa bem diversa e pode acontecer no seio e no meio de famílias numerosas.
Resta-me agora a incumbência de passar o testemunho deste jogo da verdade a outros bloggers:

terça-feira, fevereiro 05, 2008

e como há muita generosidade pela blogosfera

Como já viu na lateral direita, quem por cá passou, Sei que existes atribuiu-me uma 2ª vez a nomeação de: é um Blog muito Bom, sim senhor.
A minha ideia primeira foi agradecer e pedir a retirada com atribuição a outrém.
Depois um pensamento com uma boa dose de egoísmo prevaleceu.
" Assim posso atrubuí-lo a mais blogues..." E pronto, resolvi.
Agradeci, aceitei e só hoje estou a dar seguimento porque entretanto o computador avariou e só ao final da tarde de hoje o fui buscar.

Portanto, amigas e amigos que indicar em seguida, tratem de copiar a imagem da nomeação e colocá-la no vosso blogue, segundo as regras que foram elaboradas e transcrevo:

« Este prémio deve ser atribuído aos blogs que consideramos bons, entendendo-se como bom os blogs que visitamos com regularidade e comentamos;
Ao recebermos o “É um blog muito bom sim senhor”, devemos escrever um post que inclua quem nos atribuiu o prémio com um link para o respectivo blog; tag do prémio; regras; e a indicação de 7 blogs que consideramos bons e a quem fazemos a atribuição;
colocar em destaque a tag do prémio no blogue.*

Resta-me agora cumprir a parte mais difícil, mas igualmente gostosa. A nomeação de outros sete(8, 9, 10.....) que, em minha opinião são BONS BLOGUES.



Daqueles onde sabe bem ir e fica.


Lendo, olhando e reflectindo.




mas como já outros o fizeram deixo só o meu testemunho.

A tantos outros poderia, sem hesitações, indicar.Espero que cada um dos agora referidos passe o testemunho e alargue o leque numa imensa, solidária e fraterna corrente de respeito.

*NOTA: Aconselha-se a criação de um link para o post em que dele falamos e sua atribuição.
Devo pois indicar como merecedores da designação e atribuição da tag BONS BLOGUES outros sete (8, 9, 10?) sendo que, felizmente, há muitos mais.

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E aqui, para a "madrinha" que achou triste chamar-lhe só gato e o baptizou de Brasa, o gato de seu nome próprio: GATO e sobrenome BRASA - a madrinha chama-lhe, carinhosamente, "Brasinha".