tag:blogger.com,1999:blog-61842663235498906332024-02-20T19:00:23.755+00:00EREMITÉRIOporque não há longe nem distância...
estou mais perto do azul e da luz_____________esta mostra-me coisas que não via _________a vida, viagem cheia de apeadeiros caminhos e atalhos___vivo ___________deixo que a consciência se torne UNA.Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.comBlogger117125tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-44820500463994765802009-03-25T00:02:00.003+00:002009-03-27T05:36:56.880+00:00o 12º Jogo das 12 Palavras - parte I<strong><span style="color:#3333ff;">H</span></strong><a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/2008/03/convite-vamos-comear-o-jogo-das-12.html#links"><strong>á um ano</strong></a><strong>,</strong> no dia <a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/2008/03/convite-vamos-comear-o-jogo-das-12.html#links"><strong>23 de março de 2008</strong><em>,</em> <strong>lancei o desafio </strong></a>para iniciarmos este jogo <em>(aqui deixo os links para cada um dos momentos iniciais desta colectiva e lúdica aventura).</em>
<br />A recepção e respostas foram boas. Assim, as <a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/2008/03/que-comecem-os-jogos.html#links">12 Palavras para o 1º Jogo foram aqui publicadas</a>.
<br />
<br />Iniciámos esta aventura com a postagem do <a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/2008/04/textos-1-jogo-das-12-palavras-2-e-ltima.html#links">1º Jogo das 12 Palavras </a>a X de X de 2008.
<br /><div align="justify">
<br /><span style="color:#ff6600;"><strong>Quase um ano volvido após o 1º Jogo, outros 11 corridos e um livro produzido</strong> <em><span style="color:#666666;">(com textos até ao 5º jogo)</span></em><strong> continuamos, creio que com prazer, de forma solidária, esta partilha.</strong> </span></div><div align="center">De boa saúde _ como se pode ver pelas contribuiões enviadas _ fruíndo as palavras e os seus mútiplos sentidos. </div><div align="left">Por mim dá-me prazer o desafio que cada novo jogo - com as suas 12 palavras - acarreta, bem como a partilha de imaginários.
<br />Saúdo os novos participantes que vêm enriquecer o colectivo:
<br />Agradeço às e aos amigos que se mantém empenhados com o entusiasmo de sempre.
<br />Saúdo as e os amigos que por razões de suas vidas não têm podido colaborar como desejariam e espero o seu breve retorno ao nosso convívio.</div><div align="center"><strong><span style="color:#ff6600;">Deixo o desafio para o 13º Jogo _ dar-me-ia e creio que a todos grato prazer contar com a participação de quem esteve presente no(s) 1º(s) _</span></strong> <span style="color:#ff6600;"><strong>comemorativo do 1º aniversário</strong> do nosso Jogo das 12 Palavras utilizando as 12 primeiras:</span></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5316325893335071042" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 252px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs0eNQBO8IhvmCpV4hwcZDR8Cha54fOyideF_AYdyCO1rso6gnjiuxA_SAwKmsAaVmqhF7DaTTr-CuBuWVk_uhYVUmIRqgXYOvxaC6BXCBQuZkr9wZato9Vdwr56B1AHQqWBJHXfo-pgVR/s400/1%C2%BA+jogo+das+12+palavras1%C2%AA+quinzena.jpg" border="0" /> <p align="center">AMORTECIDA; AVASSALADOR; AZUL;CÉU; COMUNGAR; DISTANCIAMENTO; ERODIDO; FAROL; FUSÃO;IMENSO; MAR; TEMPESTADE.</p><p align="center">Fica feito o desafio e proponho o seguinte calendário:</p><p align="center"><span style="color:#ff6600;"><strong>Envio de textos: impreterívelmente até 21 de Abril de 2009</strong></span>
<br />______________________</p><div align="left"><span style="color:#000099;"><strong>A respeito do livro <span style="color:#ff6600;">"22 Olhares Sobre 12 Palavras"</span> a amiga Eli Rodrigues sugere a data de 4 de Abril</strong> <em>(não confirmada a 100%)</em> <strong>para uma apresentação na FNAC de Viseu.
<br /></strong></span>Face à total ausência de respostas a algumas questões, nomeadamente pedido de sugestões </div><div align="left">e colaboração - relacionada com esta e outras matérias - não estou em condições de avaliar se valerá a pena o esforço da Eli. Necessitamos, ela e eu, do vosso retorno: </div><ol><li>Quem está interessado - ou não - que se realize esta apresentação em Viseu?</li><li>Quem estará presente?</li></ol><p>Por favor façam-me chegar as vossas respostas com a máxima urgência para que a Eli decida se estão ou não reunidas condições para avançar.</p><p align="center">____________________</p><p align="center">Enviei-vos imagem da notícia saída no "Jornal de Poetas e Trovadores"</p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGSXFW1qTF8cMeqJfzYQu0QLL6viOydr-72ER3w4qscBZ-lfdKqeN92Plh1GZj2nkA6kKN_vGmV0oKQ-hKTrBQ4xyhQXXv0dWC4WOx7Y6ua-I7gfyiue0dMTVHlVWWDAAJq4tHPwiK_JWQ/s1600-h/Jornal+dos+Poetas+e+Trovadores+22+Olhares+(4).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5316326332297999458" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 350px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGSXFW1qTF8cMeqJfzYQu0QLL6viOydr-72ER3w4qscBZ-lfdKqeN92Plh1GZj2nkA6kKN_vGmV0oKQ-hKTrBQ4xyhQXXv0dWC4WOx7Y6ua-I7gfyiue0dMTVHlVWWDAAJq4tHPwiK_JWQ/s400/Jornal+dos+Poetas+e+Trovadores+22+Olhares+(4).jpg" border="0" /></a>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl4xTrB2P0txoissVm6AjCaEZ7RP6MGlYoBYd8PCQDLNxb5ymqTeBUC2L9exHi8txSE59qRjTHcEJQNy7nL54LFD48aZm-SoFYRPaamtv368MqFwhyebJufxh8UeTxoC0_HUGpIt8FFoWp/s1600-h/Jornal+dos+Poetas+e+Trovadores+22+Olhares+(2).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5316326768442991874" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 170px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl4xTrB2P0txoissVm6AjCaEZ7RP6MGlYoBYd8PCQDLNxb5ymqTeBUC2L9exHi8txSE59qRjTHcEJQNy7nL54LFD48aZm-SoFYRPaamtv368MqFwhyebJufxh8UeTxoC0_HUGpIt8FFoWp/s320/Jornal+dos+Poetas+e+Trovadores+22+Olhares+(2).jpg" border="0" /></a>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Não houve retorno ,
<br />mas creio que a terão recebido... </p><p>á cautela aqui fica!
<br />
<br />
<br />
<br /></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong>Passemos agora ao 12º Jogo! </strong></p><p align="center"><strong>Eis os textos recebidos</strong>:</p><div align="left"><strong>beija-flor</strong></b></b> parece dizer
<br /></></><strong>amor</strong></b></b>, palavra singela.
<br />Mas nós sabemos quando tudo se embaraça
<br />no desejo de excluir de tal sentido
<br />a </></><strong>maldição</strong></b></b>, entre as </></><strong>vitualhas</b></b></strong> de cada devaneio,
<br />e como então nos falta a </><strong>coragem</strong></b> e a virtude da </><strong>partilha</b></strong>.
<br /></><strong>Benjamim</b> já</strong> fui,
<br />com a </><strong>simplicidade</strong></b> dos murmúrios aparentes.
<br />Mas a </><strong>ode</strong></b> que a família julga assim </><strong>tecer</strong></b>,
<br />dita com a </><strong>flauta</strong></b> cujo som embala e anuncia
<br />todas as fecundações da </><strong>verdade</strong></b>,
<br />não vence nunca o nosso medo secreto
<br />que o desamor mate a flor
<br /></><strong>ROCHA DE SOUSA DESENHAMENTO</strong></div><div align="center">_________________
<br /></></div><div align="justify"><strong>eu, benjamim</strong></b>
<br />
<br />sou </><strong>Benjamim</strong></b>, filho mais novo de Jacob _ mais tarde baptizado por Deus, como Israel. dos seus doze filhos nasceram as doze tribos de Israel - ao que dizem seu filho dilecto, mas em <strong>verdade</strong>, José o era. minha mãe, Raquel, morreu ao dar-me à luz e suas últimas palavras foram o nome que queria dar-me: <em>Ben- Oni</em>. meu pai mudou-o para este por que respondo. nossa vida é regida pela </><strong>simplicidade</strong></b>. o </><strong>amor</strong></b> expressa-se em todos os nossos gestos. de uns para com os outros e para com a natureza e Deus que tudo nos dá. a <strong>verdade</strong></b> é um valor instilado desde o berço apreendido pelo exemplo dos mais velhos _ só pelo amor, pela verdade e pela <strong>partilha</strong></b> nos tornamos dignos da humanidade que o sopro divino em nós instilou. claro que o aprendizado da partilha também é uma necessidade para a sobrevivência da tribo e do clã. assim como a </><strong>coragem</strong></b>. mas somos pacíficos. vivemos do pastoreio. eu sou pastor e tocador de <strong>flauta</strong></b>. alimentamo-nos de legumes e cereais, de leguminosas e do leite das cabras. com eles fazemos os queijos que duram mais tempo e colhemos os frutos que as árvores dão no tempo certo.
<br />com estas <strong>vitualhas</strong></b> vivemos saudáveis e longas vidas. por vezes a dieta é enriquecida com peixes e muitos são fumados ou secos criando uma reserva para dias de carência. só em ocasiões festivas comemos carne, sacrificando um ou mais animais, mas para tal lhes pedindo permissão e perdão. as nossas mulheres cuidam dos filhos _ de todos _ pois todos somos uma unidade e confeccionam os alimentos e aprendem, desde crianças, a </>tecer</b> os fios do linho, do cânhamo e a lã com que fazem as nossas vestes, mantos, mantas e demais panos necessários à protecção dos corpos face as intempéries. aprendemos o valor da poesia e construímos <strong>odes</strong> ao amor terreno e ao amor divino que nos criou e de tudo nos provê. o amor de uma mulher tem a leveza do <strong>beija-flor</strong> e faz florescer nossos dias quando nos enriquece com filhos. uma <strong>maldição</strong></b> se abateu sobre nós quando vendemos nosso irmão José aos ismaelitas por vinte moedas de prata. mais tarde estes venderam-no, no Egipto, a Potifar eunuco do faraó e chefe dos guardas. desde essa altura os cereais não medraram, os pastos secaram, assim como os poços.
<br /></><strong>TMara</strong></b> estranhosDias</div><div align="center">____________________
<br /><em><em></></em></em></div><div align="left"><em><em><strong>ODE ao AMOR</b>
<br /></strong>(de Maria para Benjamim)</em></em>
<br />
<br />Já que dizes que o <strong>amor</strong> é sã </>partilha</b>,
<br />então ganha <strong>coragem</strong></> beija-flor</b>:
<br />Com <strong>simplicidade </strong>e com <strong>verdade</strong></></b>,
<br />duas <strong>vitualhas</strong></></b> do dito bem-querer,
<br />beija-me a mim, <strong>Benjamim</strong></></b>.
<br />
<br />Mais uma dança de encantar tu vais <strong>tecer</strong></></b>
<br />quando soprares da prateada <strong>flauta</strong></></b> transversal
<br />a melodia suave desta doce <strong>maldição</strong></></b>,
<br />
<br />Esconjuro que és
<br />gravado em mim.
<br /></><strong>Aníbal Raposo</strong></b> </div><div align="center">______________________
<br /></div><div align="left">A </><strong>flauta</strong></b> toca a<strong> </>ode</strong></b>
<br />que o <strong>Benjamim amor</strong></></b>
<br />diz voando tal como
<br />o <strong>beija-flor</strong></></b>
<br />num acto de <strong>coragem</strong></></b>
<br />e <strong>partilha</strong></></b>, a <strong>tecer</strong></></b>
<br /></><strong>simplicidade</strong></b>
<br />nas <strong>vitualhas</strong></></b> do desejo
<br />jamais </><strong>maldição</strong></b>
<br />e sempre </><strong>verdade</strong></b>!"
<br /></><strong>Paula Raposo</strong></b> </div>
<br /><div align="center">____________________
<br />
<br /></><strong></strong></div><div align="justify"><strong>LINHA DE SINTRA</b></strong>
<br /><em>(Viagem de comboio)
<br />
<br /></em>Campolide era a estação preferida. Capa e nome de um LP de Sérgio Godinho, era a primeira logo a seguir ao túnel do Rossio. Segunda metade dos anos 40. Criança, extasiava-me sempre que andava de comboio, apesar de o fazer diariamente.
<br />Com toda a <strong>simplicidade</strong></></b>, achava que à janela, era o melhor lugar do mundo. A escuridão do túnel não me assustava. (A força e a <strong>coragem</strong></></b> demonstradas por minha mãe ao levar-me todos os dias ao hospital para tratamentos, só as compreendi anos mais tarde).
<br />Cruz da Pedra/Jardim Zoológico. Apeadeiro há muito desactivado, era o meu destino no 1º ano do ciclo. Perto da gare, um pequeno riacho, suficientemente grande para um banho completo, se, ao tentarmos a travessia, caíssemos à água. A técnica perfeita para não cair, era ir saltitando de pedra em pedra, apoiado numa das canas fortes que por ali abundavam. Um pássaro que já se habituara à nossa presença (<strong>beija-flor</strong></></b>, ou parecido) era o complemento perfeito daquele ambiente.
<br />S. Domingos de Benfica e a sua mata. De comboio ou a pé, Cruz da Pedra era perto, era para ali que íamos quando o intervalo das aulas era mais longo. Junto à mata, os Pupilos do Exercito, escola militar onde a <strong>partilha</strong></></b> de ideais era muito importante.
<br />Com o título pomposo de estação, Benfica era a preferida por todos aqueles, que naquela idade, tinham um </>amor</b> profundo a um clube de grandes tradições.
<br />Santa Cruz de Benfica , na </>verdade</b>, era apenas mais um apeadeiro que servia um bairro simpático de vivendas (Muitos anos depois ameaçado por uma via rápida a que chamam Cril.
<br />Damaia. Sempre a confusão com a Maia e as pessoas que lá viviam, ou eram da Maia…) Hoje, completamente remodelada e mudada de local, acrescenta ao nome a antiga Santa Cruz de Benfica.
<br />Reboleira. Inventada por um construtor civil como chamariz para a venda de andares, nunca passou de uma construção iniciada e depressa abandonada. Como se uma <strong>maldição</strong></></b> a atingisse.
<br />Amadora. Muitos anos depois, tantos que se perdem na memória, passagem obrigatória por essa estação. Cansado do “ pára-arranca “ do IC 19, era ali que apanhava outro transporte que me levava ao trabalho. (Junto à paragem, todos os dias o cego que nos encantava tocando a sua </>flauta</b>).
<br />Queluz/Belas, sem referências de maior. Paragem obrigatória, era mais uma estação no percurso. Ver as pessoas que entravam e saíam era a única nota de interesse.
<br />Barcarena/Tercena. Em tempos de boleia, era o local de embarque a caminho de Sintra. Antes da construção desenfreada de milhares de prédios e consequente movimento de pessoas, era possível ouvir-se música nos vastos campos em redor. E sonhar com uma <strong>ode</strong></></b> perfeita para os nossos ouvidos…
<br />Cacem/Agualva. Passada a fase dos estudos em Lisboa, interrompidos para começar a trabalhar, situava-se no Cacém a escola nocturna. Escola onde pensava começar a <strong>tecer</strong></></b> o caminho para um curso superior. Que não veio a acontecer.
<br />Rio de Mouro/Rinchoa e de nada me lembro.
<br />Nas Mercês, a lembrança da feira anual. A sempre apreciada carne de porco frita (abusavam do pimentão…) e todas as outras <strong>vitualhas</strong></></b> que nos enchiam a alma e o estômago. (Vim a saber, anos mais tarde, que era ali que ela apanhava o comboio a caminho de Lisboa).
<br />Algueirão/Mem Martins. O primeiro grande dormitório a seguir a Sintra. Era nesta estação que o comboio enchia e deixava de haver lugares sentados. Recordo, no entanto aquela senhora com um bebé de meses (decerto o <strong>benjamim</strong></></b> da família) que furando, pedindo licença, insistindo, se sentava sempre no mesmo lugar junto à janela.
<br />Portela de Sintra. Apeadeiro construído após a expansão da Vila para os arredores.
<br />Chegou a ser o meu local de entrada e saída, quando, a estudar à noite no Ateneu em Lisboa, o utilizava seis vezes por dia. Durou apenas seis meses, a aventura.
<br />Sintra. Com a remodelação total das estações, Sintra como destino final dos que vinham de Lisboa, perdeu todo o encanto. Hoje, a estrutura lá erguida, já não deixa ver, em toda a sua grandeza, o Castelo dos Mouros lá no alto. Mais funcional é certo, deixou de ser o ex-libris da linha de Sintra.
<br /><strong>Zé-viajante
<br /></div></strong><div align="center"><strong>_______________________</strong>
<br /></div>
<br />
<br /><div align="left"><strong>amor in</b>
<br />
<br /></strong>ai <strong>amor</strong></></b> de <strong>beija-flor</strong></></b>
<br /></><strong>partilha</strong></b> de <strong>vitualhas</strong></></b>
<br />lareira com acendalhas
<br /></><strong>maldição</strong></b> de querubim
<br />vem a mim
<br />ai vem a mim
<br />diz-me que sim
<br /></><strong>benjamim</b>
<br /></strong>que sem ti eu fico assim
<br />como </><strong>flauta</strong></b> sem <strong>coragem</strong>
<br /></><strong>verdade</strong></b> de fraca aragem
<br />a </>tecer <strong>simplicidades</strong></b>
<br />em <strong>ode</strong></></b> feita às cidades
<br />com pós de perlimpimpim
<br />ai <strong>amor</strong>
<br />dá-me por fim
<br />esse sim
<br />de uma paixão
<br />… ou então
<br />dá-me um não!
<br /></><strong>Jorge Castro</strong></b> </div><div align="center">___________________
<br /></div>
<br />
<br /><div align="left"><strong>Alma Perdida</strong></b>
<br />
<br />A sua alma vagava sobre os penedos, rugindo atormentada, para todo o sempre </>amaldiçoada</b>...
<br />Olhava com arrependimento para a sua vida passada,
<br />Vida essa onde a luxúria imperava e o <strong>amor</strong></></b> era negado,
<br />Uma vida onde o som das <strong>flauta</strong></>s</b> soavam toda a noite, acompanhadas de <strong>ode</strong></b>s</b> a Baco.
<br />Desejaria de ter tido a <strong>coragem</strong></></b> de ter vivido uma vida de <strong>simplicidade</strong><strong></strong></></b>,
<br />Mas as luzes luxuriantes e manipuladores da noite eram como <strong>vitualhas</strong></></b> para a sua alma.
<br />Desejaria de ter <strong>partilhado</strong></></b> o seu leito com alguém de <strong>verdade</strong></></b>,
<br />e <strong>tecer</strong></></b> esperanças e um amor puro,
<br />Mas a sua alma era como um <strong>benjamim</strong></></b> mimado sempre sedento de caprichos,
<br />Era como um <strong>beija-flor</strong></></b> bebendo do néctar de diferentes flores.
<br />Só lhe restava agora olhar para este passado com amargura
<br />E passar o resto da eternidade mergulhada num sombrio agrilhoamento.
<br /></><strong>Mac</strong> </b>silence.. </div><div align="center">
<br />______________________
<br /></div><div align="justify">
<br /></><strong>ode à vida</strong></b>
<br />
<br />na </><strong>simplicidade</b> </strong>de seu viver, com alegria e </><strong>coragem</strong></b>, o </><strong>beija-flor</strong> <strong>tece</strong></b> uma das mais belas </><strong>ode</strong></b>s á vida quando, de flor em flor, recolhe as <strong>vitualhas</strong></></b> que lhe são alimento enquanto em toda a natureza, da <strong>flauta</strong></></b> de Pan, ressoa um cântico de <strong>amor</strong></></b> – o <strong>benjamim</strong></></b> da vida. seu filho dilecto. fonte de tudo o que existe - e <strong>verdade</strong></></b> onde a <strong>partilha</strong></></b> é a lei maior. tão poderosa que não há <strong>maldição</strong></></b> que logre inverter este ciclo,mau grado as sucessivas rupturas criadas.
<br /></><strong>Amla</b> </strong>- fragmomentosii </div><div align="center">
<br />____________________
<br /></div><div align="left">
<br />Ainda em vida
<br />Toquei na velha </><strong>flauta</b></strong>,
<br />cantata liberta de longos véus
<br />escuros.
<br />Já não há <strong>maldição</strong></></b>;
<br />espantaste todas as <strong>vitualhas</strong></></b>,
<br />todas,
<br />pelo meu salão escuso.
<br /><strong>Amor</strong>?
<br />Fugidio,
<br />nem se lhe sentiu a sombra,
<br />nem<strong> </>simplicidade</strong></b> naquele olhar,
<br />escorregadio de <strong>coragem</strong>,
<br />em renúncia.
<br />(…)
<br /></><strong>Ode</strong></b> à orquídea!
<br />Ao <strong>beija-flor</strong></></b> que a resgata,
<br />entre dois sulcos de brisa!
<br />No redondel do olhar,
<br />foi tão só um <strong>benjamim</strong></></b>
<br />ascenso de si,
<br />apenas,
<br />naquele meu salão escuso.
<br /><strong>Partilha</strong> a tua boca, apenas.
<br /></><strong>Tecer</strong></b> frases feitas
<br />é um caminho de tortura,
<br />sem bermas.
<br /><strong>Verdade</strong> sem tristeza,
<br />por onde, vida, nos levas,
<br />em melodias de trevos e vielas?…
<br /></><strong>Jaime A.</b>
<br /></strong></div><div align="center">_____________________
<br /></div><div align="justify">
<br /></><strong>A UM AMIGO</b></strong>
<br />
<br /></><strong>Amor</strong></b> rima com <strong>beija-flor</strong></></b>.
<br />Talvez estas duas palavras sirvam para os poetas e poetisas deste jogo puderem comporem os seus poemas e pensarem um pouco na <strong>simplicidade</strong></></b> do seu impulsionador. Ele, que viveu algum tempo e por vontade própria, em recolhimento e, agora, se encontra junto dos seus </><strong>benjamin</strong>s, cheio de <strong>coragem</strong></></b> para suportar o frio das terras do norte de outro continente deixando em esquecimento a nossa velhinha Europa.
<br />Na <strong>verdade</strong></></b>, a <strong>partilha</strong></></b> da sua amizade, por nós todos, é gratificante e entra nos nossos corações como os sons duma <strong>flauta</strong></></b> mágica ao <strong>tecer</strong></></b> suaves acordes numa <strong>ode</strong></></b> ao nosso conhecimento mágico e virtual, proporcionado por este jogo interactivo que, não será só de 22 olhares mas sim, de todos e para todos que queiram participar e, afastar, não direi <strong>maldição</strong></></b> mas, o mau juízo que muitos fazem, dos contactos e amizades, via Internet.
<br />Espero que, este amigo comum, tenha levado para o jovem continente de índios e cowboys, um pote bem cheio de <strong>vitualhas</strong></></b> para repartir com os seus familiares, pois assim poderá matar saudades do nosso velho cantinho europeu enquanto se delicia no degusto bem apaladado dos comeres minhotos
<br /></><strong>Benó</b> </strong></div><strong></strong><div align="center">
<br />___________________
<br /></div><div align="left">
<br />
<br />O espelho reflecte a harmonia de formas apetecíveis,
<br /></><strong>vitualhas</strong></b> de prazer que só quero <strong>partilhar</strong> contigo.
<br />Deixa que te olhe e percorra a <strong>verdade</strong></></b> que é o teu corpo.
<br />Ouve os batimentos acelerados de quem deseja.
<br />Toca os teus lábios nos meus como um <strong>beija-flor</strong></></b>,
<br />que sorve o néctar doce do absinto.
<br />Sente o ardor do nosso beijo sôfrego e descontrolado,
<br />que nos faz <strong>tecer</strong></></b> longos mantos de <strong>coragem</strong></></b>.
<br />Escuta o <strong>amor</strong><strong></strong></></b> que nos une,
<br />como uma <strong>maldição</strong></></b> que não queremos que acabe.
<br /></><strong>Partilha</strong></b> comigo a <strong>simplicidade</strong></></b> de uma <strong>ode</strong></></b>,
<br />tocada à <strong>flauta</strong></></b> por um <strong>benjamim</strong></></b> qualquer
<br /></><strong>José Rios</b></strong> </div><div align="center">
<br />____________________</div><div align="justify">
<br />
<br /></><strong>Beija-flor</strong></b> trinou batendo as asas num repique de graça. Poisou devagarinho no cardeal cor de ciclame e olhou em redor. Beija-flor descansou.
<br />O sol escorria numa quentura morna de sentidos. As folhas verdes gotejavam de brilho. O ar colava-se ao corpo.
<br />Naquela hora, a modorra visitava a natureza mais o homem. Porém beija-flor continuava trinando, a melodia chegou no vento à casa amarela. Clarisse deitou a perna cor de canela para fora do lençol. Rolou a carne na tepidez do ar. Salivou os lábios túrgidos, pestanejou, bocejou e botou o braço para fora. Depois apurou o ouvido. O trinado do beija-flor picou-lhe a orelha.
<br />Beija-flor tinha voltado. Era tempo de <strong>amor.</strong></></b>
<br />Dengosa enrolou as pernas rebolando as ancas. O gesto destapou uma <strong>ode</strong></></b> de canela perfumada e palpitante. Faceira agitou os caracóis apertados que teimavam em tapar-lhe o olho de veludo. Estendeu a vista por baixo e gostou do que viu. Mulata boa e tenra. Ela sabia. O corpo pedia e o desejo subia.
<br />E beija-flor trinava.
<br />Cobriu o corpo lindo com vestidinho de alcinhas. Algodão vermelho macio. Sozinho, assim em cima da carne. Uma <strong>simplicidade</strong></></b> feita beleza.
<br />Enfiou os pés nas chinelas e saiu para a rua. O desejo mole alagou-lhe os seios. Uma coceira redonda. De cima para baixo, e, de baixo até cima. Um zumbido sem tino.
<br />Bateu o portão do quintal. O calor envolveu-a ainda mais. Um treme-treme a ardejar-lhe o corpo. Clarisse zonzou. Deu um passo, mais outro e o requebro de anca tomou conta dela. Gostou.
<br />O beija-flor a trinar e Clarisse a menear.
<br />Vai mato dentro. A melodia chama-a. Beija-flor é o seu maestro.
<br />Bilhó mulato escorreito está jardinando. Vê Clarisse no vestidinho vermelho descendo a rua e dengando a cada passo. Não despega olho, não. Aquela moça tem mandinga. Aquele meneio de canela abrasa-o. Clarisse vai já longe. Levanta-se, deixa o sachinho mais o balde de lado. As flores que esperem. Ele tem que ir colher aqueloutra flor. Já na rua, estuga o passo como se fora gato esticado. Pé aqui, pé ali, na pegada do feitiço de canela. O sol ateia-o ainda mais.
<br />E beija-flor a encantar,
<br />Clarisse ouve cada vez mais perto aquela <strong>flauta</strong></></b> de trinados tão puros. Parece som de prata a cair na água. Tão lindo! Tão lindo que até dói. E o calor que alaga o corpo. Sente as coxas molhadas. Espreita por dentro do vestidinho de alças. Tudo parece maior. Cresceu. Sente a cabeça a rodar. Olha em volta e de revés. Vê mulato Bilhó. Rapaz bonito e enxuto.
<br />Gosta.
<br />Sente o latejo do seu corpo de canela. Olha-o de soslaio. Espicaça-o. Freme. Pára. Corta um cardeal da sebe de Dona Letinha. Mexe na flor, acariciando o estame erguido. Passa-a pelo rosto olhando para trás de olho bem aberto, lança uma gargalhada. Ai, que ele vem vindo. Ai!
<br />Beija-flor continua trinando e Clarisse dengando.
<br />Aquele <strong>tecer</strong></></b> insinuante de sentidos faz a </>coragem</b> de Bilhó subir como se fora balão redondo escapulindo da mão de menino. Estuga o passo. As pernas ágeis desentorpeçam os passos da distância. E chega-se por trás assim devagarinho. Passa-lhe a mão na nádega que adivinha firme e de jeito coloca-se a seu lado.
<br />Sorriem. Olho no olho. Há a luz do desejo. a <strong>verdade</strong></></b> não tem palavras. Tem gesto.
<br />Dão as mãos. Os braços balançam ao ritmo do andar. Bamboleado em jeito de <strong>partilha</strong></></b>. Um bater de asas contínuo como se fora beija-flor.
<br />A acácia está florida, o cheiro enreda mais. Clarisse encosta- se ao velho tronco. Defronte beija-flor pipila sobre a folha verde da samambaia. Parou agora. Parece que os está mirando. Bate as asas, assim, sem parar. São as asas de beija-flor ou as mãos de Bilhó num desatino na sua carne de canela?
<br />Suspira fundo, de prazer e fecha os olhos.
<br />Clarisse não sabe mais onde está. Tudo rodopia. O sentido do mundo gira no ventre de canela. A </>maldição</b> de mulher no suspiro do prazer, fá-la estremecer. Que gostosura, que mundo de sentir. Bilhó é macho possante. Dá-lhe o prazer da vida no reboliço de um vai e vem. Clarisse geme e geme. Trinado de mulher. Pipilar de fêmea. Primícias
<br />Na árvore beija-flor humedeceu. Está quedo. Os olhos mais a cabecita movem-se irrequietos.
<br />A música mudou. Cicios de mulher em pauta de sentir.
<br />Beija-flor pia solitário.Logo, logo, um outro e mais outro…e ai, outro ainda, soam em redor.
<br />Pipilo ou cicio? Beija-flor ou Clarisse?
<br />Confusão!
<br />Sob a acácia as <strong>vitualhas</strong></></b> do prazer jazem em silêncio. Escuta-se o segredo da tarde embrulhado num trapo de sentidos já contados. Clarisse sonolenta de gozo, estende a mão para o rosto de Bilhó. Interlúdio de carne. Estrofe de som.
<br />A samambaia estremece no seu verde. Beija-flor saltita. Um toque aqui, outro ali. A carícia de uma asa. Um esvoaçar permanente. Uma íris de cores. Beija-flor está feliz.
<br />Beija-flor ou Clarisse?
<br />Pássaro ou mulher? Pipilo ou cicio? Quem sabe? Quem ouviu?
<br />Gente não foi.
<br />Na casa amarela a tarde acordou. Clarisse sentada no banco da cozinha descasca o feijão. Ploc, ploc e o grão vai caindo na bacia azul. E a bacia vai enchendo, enchendo tal como o devaneio de Clarisse.
<br />Algures um beija-flor, um <strong>benjamim</strong></></b> de ilusão vai esvoaçando…
<br /></><strong>Mateso</strong></b> -Artmus</div>
<br />Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-13341157261840161462009-03-24T08:51:00.007+00:002009-03-28T09:37:26.805+00:0012º Jogo das 12 Palavras - parte II<div align="center"><strong>AVISO E EXPLICAÇÃO</strong></div><div align="justify">Como informei nos comentários na 1ª parte, tenho tido dificuldade em aceder ao Blogger/blogue e colocar os últimos textos.</div><div align="justify">Hoje estou a conseguirMAS não consigo colocar os links aos vossos blogues. Irei tentando e creio que será colmatada esta questão.</div><div align="center">Obrigado.</div><div align="center"></div><div align="center">_____________</div><div align="justify">fui o <strong>benjamim</strong> de uma família de sete filhos. dizia a voz do povo que o sétimo filho de uma família de sete irmãos carregava consigo ou uma bênção ou uma <strong>maldição</strong>.
<br />assim mantinham-me à distância. evitavam que os seus filhos brincassem comigo desconhecedores de qual a carga que transportava.
<br />
<br />a <strong>coragem</strong> é um dos lemas inscrito no nosso brasão, juntamente com a <strong>simplicidade</strong> na forma de viver em <strong>verdade</strong>. de coração limpo. a <strong>flauta</strong> a nossa arma dilecta. com ela <strong>tecemos</strong> <strong>odes</strong> à vida e ao <strong>amor</strong> que <strong>partilha</strong>mos com amigos e vizinhos, assim como as <strong>vitualhas</strong> que cada um coloca sobre as mesas comunitárias.
<br />no dia a dia a minha vida estava restrita ao convívio com a família dado o receio que os restantes tinham daquilo que eu transportava. passava assim muito tempo só. cada um tinha tarefas a cumprir em prol da comunidade.
<br />sendo o mais novo não entrara ainda na distribuição de tarefas o que se mostrava complicado não só pela idade, mas pelo facto de ter que conviver com pessoas que me receavam. ninguém me tratava mal mas respondiam-me laconicamente mantendo grande distância física e afectiva entre mim e eles. os meus pais explicaram-me as razões. os avós contaram-me histórias de outras pessoas como eu que se tornaram grandes heróis. referenciais da nossa história.
<br />nada disto aliviava a dor pelo comunitário ostracismo passivo que redundava num grande isolamento maus grado o esforço de toda a família.
<br />partia campos fora a observar os animais e as plantas. conhecia os ninhos das aves, as tocas de outros animais e via as plantas crescer, quase ao milímetro. identificava as aves pelo voo. Conhecia-as pelo seu canto e pela coloração das penas. Os <strong>beija-flor</strong> fascinavam-me. esquecia tudo e ficava horas a observar o seu voo. a velocidade das asas a bater quando com os seus longos bicos recolhiam o néctar das flores. conhecia os rituais de acasalamento de dezenas de animais, reproduzindo quase integralmente as belas coreografias de cada um.</div><div align="justify">cresci feliz, apesar de tudo, e hoje sou um artista. o bailado e a coreografia a minha área pelo que agradeço a todos o isolamento a que me votaram pois permitiram-me intensa e minuciosa aprendizagem pela observação dos movimentos dos animais assim como dos ondulatórios movimentos das plantas tocadas pelas mais leves brisas ou quase arrancadas por fortes ventanias. fazia um jgo de observação e imitação que agora expresso em bailados que os críticos consideram imorredoiros na nova estética e me merecem unânime aplauso.</div><div align="justify"><strong>Eremita</strong></div><div align="center">_______________</div><div align="justify"><strong></strong> </div><div align="justify"><strong>santuário
<br /></strong>
<br />vivia Mário, o <strong>benjamim,</strong> o sétimo filho da família, com grande <strong>simplicidade</strong> e a leveza do <strong>beija-flor</strong> uma vida de <strong>amor </strong>e <strong>partilha tecida</strong> na <strong>verdade</strong> dos sentimentos e na <strong>coragem</strong> de os expressar. do riso ás lágrimas sem falsos pudores.
<br />de madrugada partia a pastorear as ovelhas e enchia os dias com <strong>odes</strong> compostas na sua <strong>flauta</strong> de cana feita segundo a forma ritual ensinada pelo pai e passada de geração em geração desde tempos perdidos na memória familiar.
<br />no bornal transportava as <strong>vitualhas</strong> que o alimentariam. a água bebia-a fresca pelas fontes, num cocharro pendurado à ilharga.
<br />mas na vida de Mário havia uma mágoa que nunca o largava e que ele aprendera a manter soterrada pela paz e harmonia de seu viver. uma <strong>maldição</strong> que o levara a isolar-se. a distanciar-se dos outros humanos e das grandes massas habitacionais e humanas. o seu cérebro funcionava como um radar captando os pensamentos e sentimentos de quem o rodeava. tal situação era um fundo poço de insuportável dor.
<br /><strong>TMara/</strong> Multiply </div>
<br /><div align="center">___________________
<br /></div>
<br /><div align="justify">
<br /><strong>Benjamim- pássaro selvagem</strong>
<br />
<br /><strong>Benjamim </strong>é um <strong>beija-flor</strong>, um pássaro selvagem, um pinga-<strong>amor</strong>.
<br />Ele não sabe, mas <strong>partilha</strong> de uma <strong>maldição</strong>, comum a variadas maldições, que não o deixa parar em ramo verde. Desconfia, apenas, de algo trágico e eminente, pululando em seu redor, nos sons melodiosos de uma <strong>flauta</strong>. E essa música deixa-o receoso. Todavia, não se atreve a criar <strong>coragem</strong> para escutar, com atenção, a voz do vento. Desse modo, fica sem perceber bem de onde sopra o toque e o que quererá dizer essa <strong>ode</strong>.
<br />Por um lado, uma <strong>verdade</strong> portátil borbulha no seu cérebro de pardal de telhado; por outro uma <strong>simplicidade</strong> volúvel fervilha no seu bico carregado de néctar e pólen de flores - <strong>vitualhas</strong> imprescindíveis à sua sobrevivência.
<br />Ainda assim, a sua natural rebeldia, aliada à desconfiança de que algo não está bem, levam-no a tomar providências no sentido de <strong>tecer</strong> um ninho seguro, que o proteja de contratempos. Mas, apesar de tudo, continua firme na convicção de que será sempre um pássaro selvagem.
<br /></><strong>Fa menor</strong></div>
<br /><div align="center">__________________
<br /></div>
<br /><div align="left"><strong>Apaziguando-me</strong></div><strong></strong>
<br /><div align="left">
<br />No horizonte o sol declinava
<br />Partia
<br />Levando consigo
<br />A <strong>maldição</strong>
<br />Que pairava no ar...
<br />O <strong>benjamim</strong>
<br />Tocava <strong>flauta</strong>,
<br />Uma <strong>ode</strong> ao <strong>amor</strong>,
<br /><strong>Partilha</strong> da sua
<br /><strong>Simplicidade.</strong>
<br />E, no fundo de mim
<br />Sentia <strong>tece</strong> a <strong>verdade</strong>,
<br /><strong>Vitualhas</strong>
<br />Da minha <strong>coragem</strong>,
<br />Acalmia da minha inquietude
<br />Enquanto o <strong>beija-flor</strong>
<br />Partia também com o sol...
<br /><strong>Elsa Sequeira</strong> </div>
<br /><div align="left">________________
<br />
<br />
<br />Entontecidos e acuados
<br />deambulam pelos telhados
<br />em magnética invisibilidade
<br />
<br />São vozes derramando <strong>vitualhas</strong>
<br />em <strong>odes</strong> de tempestade
<br />tacteando a <strong>flauta</strong> da <strong>verdade</strong>
<br />
<br />Dizem: <strong>maldição</strong>, incongruência!
<br />Dizem: da menina-larva,
<br />do <strong>benjamim</strong> precoce,
<br />o aclarar a demência…
<br />
<br />Olvidam que é hora do <strong>amor</strong>,
<br />da <strong>partilha</strong> em <strong>simplicidade</strong>
<br />qual sublime <strong>beija-flor</strong>
<br />a <strong>tecer</strong> partituras de humanidade
<br />com a <strong>coragem</strong> e vigor
<br />
<br />que na natureza de nós
<br />em ternos laços
<br />nos dança
<br /><strong>Amita</strong> </div>
<br /><div align="center">_______________
<br />
<br /></div>
<br /><div align="justify"><strong>Pescador de sonhos</strong>
<br />
<br />Ele era o <strong>benjamim</strong> companha daquele barco, fonte do seu ganha-pão
<br />Tinha a <strong>coragem</strong> necessária para enfrentar todos os mares alterosos, raivosos, medonhos, habitados por gigantes que seriam o temor de qualquer pescador mas não dele.
<br />Na <strong>simplicidade</strong> de homem do mar passava as suas horas de folga a <strong>tecer</strong> as malhas da rede que seria lançada pelos braços fortes dos seus camaradas, para a captura do peixe que, em <strong>partilha</strong> igual renderia o mísero sustento de todos.
<br />No vai-vem da agulha de emalhar sonhava com o <strong>amor</strong> da mulher que estava em casa, sempre fiel e à sua espera, para o cobrir de beijos, tal como o <strong>beija-flor</strong> fazia todas as primaveras quando visitava a roseira vermelha plantada por si, junto da janela da cozinha.
<br />No seu sonho de homem do mar apaixonado, havia o desejo de ser poeta.
<br />Gostaria de fazer versos, talvez sonetos como o Camões ou <strong>ode</strong>(s) que ele, na <strong>verdade</strong>, não sabia muito bem como era, mas lembrava-se de ter ouvido a professora falar qualquer coisa sobre isso nas aulas nocturnas.
<br />Também sonhava ter uma <strong>flauta</strong> para tocar nas noites de Inverno durante o defeso, para não ouvir o vento zunir nas frinchas das portas como uma <strong>maldição</strong>.
<br />Faria lindas musicas e versos que falassem do amor para a mulher cantar, naquela voz doce que só ela tinha.
<br />
<br />O chamamento do mestre da tripulação despertou-o do devaneio em que se encontrava. Era a hora da refeição e como não tinha havido captura de pescado, iriam comer as <strong>vitualhas</strong> que sempre existiam a bordo para suprir as falhas do mar.
<br />Isto não era sonho mas a realidade dum pescador sem pesca.
<br /></><strong>Benó</strong></b> </div><p align="center">______________
<br />
<br /></p><strong></strong>
<br /><div align="left"><strong>Romã...romã...</strong>
<br /></div>
<br /><div align="left">quatro letras iguais, ao contrário, a primeira <strong>amor
<br /></strong>Romã fruto belo colorido, procurado por <strong>beija-flor</strong>
<br />Por fim em Roma antiga haveria um <strong>benjamim</strong>
<br />Um guerreiro forte, valente e com <strong>coragem</strong>
<br />momentos de descanso ouviria <strong>flauta</strong>
<br />Sendo estes só conturbados pela <strong>maldição</strong>
<br />Acompanhado pela lira entoava o canto de uma <strong>ode</strong>
<br />E teria também seus momentos de <strong>partilha</strong>
<br />Onde porventura se destacava a sua <strong>simplicidade</strong>
<br />Contrastando com as armadilhas que teria de <strong>tecer</strong>
<br />Mas procurando, talvez, sempre a busca da <strong>verdade</strong>
<br />E no final o banquete com as suas habituais <strong>vitualhas</strong>
<br /><strong>belisa</strong> </div>
<br /><div align="center">_______________
<br />
<br /></div>
<br /><div align="left">entre os sonos, recolho as <strong>vitualhas
<br /></strong>que hão-de ser o pasto fino da <strong>verdade</strong>
<br />entrelaçar de ilusões, no <strong>tecer</strong> de uma <strong>ode</strong>
<br />ao <strong>amor</strong>, ao <strong>beija-flor</strong>, às rosas.
<br />
<br />E lembro o homem velho, na <strong>simplicidade</strong> do lar,
<br />narrando ao menino a história eterna da <strong>flauta</strong>
<br />do zagal, levando a <strong>maldição</strong> longe de Hamelin.
<br />E moldando a infância do seu <strong>benjamim</strong>
<br />lhe conta da palavra dada e não cumprida de <strong>partilha</strong>.
<br />Diz-lhe da <strong>coragem</strong> inumana do flautista – a justiça
<br />dente por dente – que rouba então cada lar a alegria, o riso,
<br />a vida, num castigo atroz sem remissão.
<br /><strong>jawaa</strong></div>
<br /><div align="center"><strong>______________</strong>
<br />
<br /></div><p align="justify">Isabel tira partido de toda a beleza da planície alentejana, dos horizontes que se estendem pelos campos, da tranquilidade dos dias passados à beira da piscina, do prazer da leitura no jardim, dos momentos de reflexão e inspiração no miradouro, das searas a perder de vista, das varandas e da beleza de um pôr-do-sol no terraço. Para Isabel todos os requisitos propícios a intensos momentos de <strong>amor</strong>.
<br />No seu passeio matinal encontrou um <strong>beija-flor</strong> picando uma papoila. Desceu a planície e ouviu uma doce melodia, ficou surpreendida pelo João, o BENJamim da família tocando <strong>flauta</strong>.
<br />Aquando da chegada da Primavera, os dias brilham de uma forma diferente, convidando à <strong>partilha</strong> de momentos inesquecíveis; a <strong>verdade</strong> é só uma: ali os dias são passados de forma agradável entre passeios e descanso, não há correrias e preocupações, Isabel dá-se ao luxo de tomar o pequeno-almoço às 11:00h.
<br />Aproveita a vista para a piscina enquanto saboreia o delicioso pequeno-almoço confeccionado com produtos regionais e onde o pão caseiro não pode deixar de estar presente. Acompanha com queijo de ovelha, presunto ou enchidos alentejanos. Prova também as frutas da época, que encontra ao natural ou sob a forma de compota ou sumo. A <strong>simplicidade</strong> da sala, onde costuma deixar-se embalar numa cadeira de baloiço, convida ao descanso e ao convívio, em diferentes momentos do dia.
<br />Numa noite de Abril, um grupo de pessoas reúne-se à volta da mesa e, contam histórias de outras vidas, onde a <strong>maldição</strong> aparece numa <strong>ode</strong> mágica, com a devida <strong>coragem</strong> de não se assustarem. Uns e outros costumam <strong>tecer</strong> considerações acerca de temas arrepiantes. Já vencidos pelo sono, pedem <strong>vitualhas</strong> antes de voltarem aos seus quartos, onde pernoitam, para de manhã cedo seguirem um percurso que os levará a destino incerto.
<br /><strong>Ester.A.</strong> </p><p align="center">___________________</p><p align="justify"><strong>Fora</strong> </p><p align="justify">
<br />Não me venhas mais com desfiles de palavras ocas. Vou libertar-me numa <strong>ode</strong> sem fim, onde a <strong>simplicidade</strong> e a <strong>partilha</strong> me exijam. Precisas de <strong>tecer</strong> mais poemas de verdade e menos <strong>vitualhas</strong>. Não vou ouvir o som daquela <strong>flauta</strong>, onde o teu cheiro penetra em mim como uma <strong>maldição</strong>. A <strong>coragem</strong> fez-se à estrada e encontrou uma nova terra onde pernoitar, uma vez mais, uma vez mais. Por seres o <strong>benjamim</strong> de uma família redonda, tornaste-te um <strong>beija-flor</strong> que anda de poiso em poiso a enganar com o seu <strong>amor</strong>!
<br /><strong>Eli Rodrigues</strong></p><p align="center"><strong>_______________</strong>
<br /></p><p align="left"><strong>Paixão</strong>
<br />
<br />olho para o tempo
<br />e sei-me <strong>benjamim</strong>.
<br />
<br />alguns dirão que sou jovem,
<br />demasiado jovem,
<br />para <strong>tecer</strong> na <strong>flauta</strong> uma <strong>ode </strong>ao <strong>amor</strong>.
<br />
<br />como se a <strong>partilha</strong> só surgisse pela experiência,
<br />estão convictos da sua <strong>verdade</strong>.
<br />desprezam a <strong>simplicidade!</strong>
<br />e não tem a <strong>coragem</strong> de o assumir.
<br />
<br />talvez o incandescente seja uma <strong>maldição</strong>?
<br />para alguns …
<br />para outros, meras <strong>vitualhas</strong>.
<br />
<br />para mim?
<br />o tempo é <strong>beija-flor</strong> em paixão.
<br />
<br /><strong>VFS - do Inatingível e outros Cosmos</strong>
<br /></p><p align="center">_______________</p><p align="left">
<br />O Deus Pã com <strong>coragem</strong> e <strong>amor</strong>
<br /><strong>Partilha</strong> qual <strong>benjamim</strong> a <strong>simplicidade</strong>
<br />Procura <strong>tecer</strong> com <strong>flauta</strong> como <strong>beija-flor</strong>
<br />uma <strong>ode,</strong> meras <strong>vitualhas</strong> e o encontro da <strong>verdade</strong>
<br />exorcisando a <strong>maldição</strong> com alegria e sem dor.
<br /><strong>Álvaro das Caroleiras</strong> </p><p align="center">_________________
<br /></p><p align="justify">Ele era o <strong>benjamim</strong> do mundo dos Gnomos...tinha composto a <strong>ode</strong> mais bela que algum dia já se ouvira...mas, na sua <strong>simplicidade</strong>...tinha medo de pegar na sua <strong>flauta</strong>...e tocar naquele jantar, para que fora convidado a tocar, onde as mesas repletas de VITUalhas, eram ocupadas pelos gnomos mas sábios da comunidade....além disso, uma <strong>maldição</strong> pairava no ar...o último gnomo que o fizera...tinha deixado de saber tocar e compor, vivendo agora envolto em tristeza.
<br />
<br />Entregue aos seus pensamentos, sentou-se debaixo de roseiral...onde sem ele se aperceber...um lindo <strong>beija-flor</strong> se deliciava com o néctar de uma das rosas... vendo a tristeza do gnomo...perguntou-lhe o que se passava...o gnomo contou-lhe...e a <strong>verdade</strong> era que lhe faltava <strong>coragem</strong>...para o fazer.
<br />
<br />O passarinho bateu mais as suas asas...segredando ao seu ouvido...disse-lhe que seria fácil....apenas tinham que <strong>tecer</strong> o seu plano....depois bastava <strong>partilhar</strong> com <strong>amor</strong> a sua música maravilhosa!!
<br />E, assim foi....o gnomo nessa noite tocou maravilhosamente, encantando todos os presentes...que extasiados o aplaudiram em pé...no fim, o bater de asas de seu amigo roçou seu rosto, deslocando uma brisa com cheiro de rosas.
<br /><strong>Clarinda Galante</strong> </p><p align="center">__________________
<br /></p><p align="justify">
<br /><strong>Amor</strong>, amor é <strong>partilha</strong>, companheirismo, cumplicidade, tolerância, <strong>verdade</strong>… amor é uma palavra hoje banalizada e difícil de pronunciar com verdade e sentimento. Para amar é preciso ter <strong>coragem</strong> porque amar é sofrer. O amor faz parte da vida, mas por vezes parece mais um sofrimento, uma <strong>maldição</strong> e não uma dádiva a que se tem direito. Há quem por amor aceite umas <strong>vitualhas</strong> tal a necessidade de se sentir amado e desejado . . .
<br />Maria foi andar pelo campo para espairecer, pensar no seu grande amor problemático, repara na <strong>simplicidade</strong> de um <strong>beija-flor</strong> quando aborda uma flor e suga o seu néctar e dessa visão quase lhe nasce uma <strong>ode </strong>à vida.
<br />Para completar essa bela paisagem que a ilumina e ajuda nos seus pensamentos amorosos, descobre mais um elemento que avista nas colinas, um pastor conduzindo o seu rebanho, repetindo diariamente esse gesto mas, parecendo feliz, tocando a sua <strong>flauta</strong>, o <strong>benjamim</strong> de uma família imensa em que todos sorriem. Eles amam-se do seu jeito, amam a terra, amam os animais, a natureza...
<br />A Maria regressa com a alma cheia de esperança, purificada de mente, novas ideias e vontade de <strong>tecer</strong> argumentos com o seu bem amado.
<br />A sua lareira crepita, pega numa chávena de chá e pensa...como a vida seria bela se o amor imperasse, a partilha, a simplicidade, a verdade...e aguarda a chegada do seu amor. </p><p align="justify"><strong>mj/skuba</strong></p><p align="center"><strong>____________________</strong></p><p align="justify">Exaustos, imundos e sequiosos <strong>partilhavam </strong>irmãmente os poucos víveres que sobejaram e sentiam-se agradecidos pelo pequeno pedaço de pão, seco e bolorento, como se tratasse de <strong>vitualha</strong> digna de reis.
<br />A fome e a sede eram suportáveis a estes habituados à frugalidade, habituados à <strong>simplicidade</strong> e à privação de sono e conforto.
<br />A necessidade de se manterem atentos e despertos não lhes permitia dormirem; o ódio pelo inimigo e o desejo de vingança mantinham nestes homens a <strong>coragem</strong> e o vigor semelhante à dos heróis cantados em <strong>ode</strong>s e epopeias.
<br />Junto aos feridos e moribundos um mancebo, criança ainda. Chamavam a este <strong>benjamim</strong>, pela sua ainda resistente beleza e infantilidade. Tocava uma <strong>flauta</strong>; sons da sua terra, de sua casa, sons de saudade e de esperança. Contrastavam estas inebriantes melodias com os gritos e gemidos de dor, dos decepados, dos mutilados, dos esventrados, daqueles que perdiam o seu sangue e impotentes e desesperados, aguardavam em agonia arrepiante e assustadora resignação a chegada da morte.
<br />Os mais velhos e experientes, contavam com entusiasmo exagerado e falacioso desta gente à guerra usada, histórias<img class="gl_bold" alt="Negrito" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" border="0" /> de aventuras e desventuras, de batalhas, glórias, de mulheres e seus encantos, de paixão, de <strong>amor</strong>, de bravura e valentia sem par e sem igual, falavam de honra e de vitórias.
<br />Alguns, mais devotos, oravam aos Deuses, suplicavam por sucesso na batalha que se adivinhava, invocavam protecção divina, entoavam cânticos e invocações mágicas, ancestrais; sobre o inimigo pesada <strong>maldição</strong> se abateria. Por esta fé, <strong>verdade</strong> insuspeita e inabalável, todo o medo desaparecia e ganhava força o desejo de matar; de viver.
<br />Aproximava-se a hora, brevemente se iriam ouvir os sons das trompetas, sentir-se o peso das armas e frágeis armaduras. Os generais preparavam o embate final, jogando com a vida de seus subalternos, <strong>teciam</strong> planos de combate, decidiam quantos a sacrificar e dividiam entre si o possível espólio da vitória.
<br />O dia nascerá mas sem que se ouça o canto das aves, fugiram para longe em direcção à paz…a última que se viu era um <strong>beija-flor.</strong>
<br /><strong>António Rios</strong></p>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-43139815456191140662009-03-08T16:49:00.000+00:002009-03-08T22:56:48.884+00:00as 12 palavras do 12º Jogo<embed style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 320px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-c3.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474819629507&site=widget-c3.slide.com"></embed> <div style="WIDTH: 400px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474819629507&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-c3.slide.com/p1/1513209474819629507/bb_t054_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474819629507&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-c3.slide.com/p2/1513209474819629507/bb_t054_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474819629507&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-c3.slide.com/p4/1513209474819629507/bb_t054_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><p align="center">E as 12 Palavras são estas:<br />Amor - beija-flor - benjamim - coragem - flauta -maldição - ode - Partilha - simplicidade - Tecer - Verdade - vitualhas.</p><p align="left"> </p><br />Cá espero os vossos textos, prosa ou poesia, o mais tardar até dia 25 do corrente. Lembro a todas e todos as/os participantes que deverão enviar os textos com as 12 palavras obrigatórias em MAIÚSCULAS. Não a cores, não a negrito, MAS destacadas em maiúsculas.Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-49821874885186840682009-02-25T13:52:00.001+00:002009-02-26T18:50:18.505+00:0011º Jogo das 12 Palavras - 1ª Parte<div align="center">Amigas e amigos, eis o belo e rico conjunto de textos deste nosso 11º Jogo das 12 Palavras, tripartido .</div><div align="center">No mês de Março teremos, segundo a aritmética, o 12º mas não corresponde ao 1º Aniversário do Jogo dado no início este se bi-mensal.</div><div align="center">Mas será próximamente e agradeço que enviem sugestões para festejarmos condignamente o 1º ano de edição, ininterrupta, do Jogo e publicação do livro "22 Olhares Sobre 12 Palavras" .</div><div align="center">Grato pela vossa continuada participação.</div><div align="center">Boa leitura.</div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306823882461385090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 373px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghTv3RB1k4SRd8L7hNp5JoI_qebFbtCHRBAvM7Q8cXJWCRo_YpruEgMGaSvcUZP3LFr03uUnGOUzPikA_1fCowh3qdsmZPJdnzaYN2tF-bNQuV_DAuFBBUOe2eKcUGYyHM1Ge5u-xdhhu6/s400/11+1+parte.jpg" border="0" /><span style="font-size:85%;">O <strong>soberano tigre</strong></span><strong>
<br /></strong><span style="font-size:85%;">de <strong>morfeu navio</strong>,</span>
<br /><span style="font-size:85%;">uma <strong>sacudidela</strong></span>
<br /><span style="font-size:85%;">afasta <strong>dentro</strong> do <strong>oceano</strong></span>
<br /><span style="font-size:85%;">qualquer <strong>oscilação</strong></span>
<br /><span style="font-size:85%;">e o <strong>vento vasteza</strong></span>
<br /><span style="font-size:85%;">não altera a <strong>situação</strong></span>
<br /><span style="font-size:85%;">desta minha <strong>batida</strong>.</span>
<br /><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/"><strong><span style="font-size:85%;">Paula Raposo</span></strong></a><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/">
<br /></a><div align="center"><strong><span style="font-size:85%;">_______________________</span></strong></div>
<br />
<br /><div align="left"><span style="font-size:85%;">Acabo de libertar-me dos braços de <strong>Morfeu</strong>,
<br />acordo dentro desta espécie de <strong>navio</strong>, </span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">que é barco ou barca,
<br />que construí com as minhas próprias mãos,
<br />transporte da faina <strong>batida </strong>na foz deste rio
<br />e bojo movente para turistas ou gente assim.
<br />O <strong>oceano</strong> ainda está longe das margens baixas
<br />mas sinto o <strong>vento</strong> marítimo avançar,
<br />uma <strong>oscilação</strong>, uma <strong>sacudidela</strong>,
<br /><strong>situação</strong> habitual quando as águas oceânicas
<br />embatem nas águas fluviais.
<br />
<br />Ao começar a desenrolar os meus apetrechos
<br />para pescar navegando à vista da costa,
<br />sinto em redor a <strong>vasteza </strong>que se estende até ao deserto
<br />e de súbito descortino,
<br />atento, hirto, <strong>soberano</strong>,
<br />a figura de um <strong>tigre</strong>,
<br />só e forte e frio,como sentinela de um território de ninguém.</span></div><div align="left"><strong><span style="font-size:85%;"><a href="http://www.rochasousa.blogspot.com/">ROCHA DE SOUSA DESENHAMENTO</a></span></strong></div>
<br /><div align="center"><strong><span style="font-size:85%;">________________________</span></strong></div>
<br />
<br /><div align="center"><strong><span style="font-size:85%;"></span></strong></div><div align="left"><strong><span style="font-size:85%;">das palavras</span></strong></div>
<br /><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-size:85%;">foi assim sem tirar nem por. num pé de <strong>vento</strong> fiquei a ver <strong>navios</strong>, ou Braga por um canudo. o que, sendo coisa diversa, vem a dar no mesmo. as 12 palavras são assim tão diversas e, ao mesmo tempo algumas tão semelhantes, sinónimas ou quase, que me deixaram nesta <strong>situação</strong>. que um <strong>oceano</strong> é uma vastidão ou uma <strong>vasteza</strong> de água salgada a perder de vista todos sabemos assim como sabemos que uma <strong>batida</strong> pode provocar uma <strong>0scilação</strong> sendo que a inversa também é verdadeira ou pode também provocar uma <strong>sacudidela</strong>. depende daquilo em que bate e do que está <strong>dentro</strong> ou da sensibilidade do que lá se encontra. a escolha depende da pessoa e esta é <strong>soberana</strong> podendo pois usar o termo que mais adequado achar para transmitir um sentimento ou uma emoção. assim, uma "oscilação" emocional pode fazer tremer os alicerces de alguém e essa pessoa dizer que ficou…"batida". ou, um condutor distraído, incauto, pode dizer que deu uma "batida" quando o seu carro foi contra outro veículo. uma pessoa sovada pode usar o mesmo termo "batida" para dizer que foi sovada. se um brasileiro tomar um batido de frutas pode usar a palavra no feminino e lá vem "batida" num outro contexto. se estivermos a ouvi um fadista e este for soberbo, excepcional, ouve-se no meio dos aplausos: ahhhh <strong>tigre</strong>! a que propósito, se o fado é coisa de país de brandos costumes e onde este felino não existe desde tempos imemoriais? isto presumindo que na evolução da terra e das espécies, quando havia um só continente, por aqui pudesse andar. ou os seus antepassados… se o fadista for mau o melhor é recolher a penates, ou seja, a casa, e aos amorosos braço de <strong>Morfeu</strong>. vão por mim…</span></div><div align="left"><strong><span style="font-size:85%;"><a href="http://estranhosdias.blogspot.com/">TMara</a></span></strong></div>
<br /><div align="center"><strong><span style="font-size:85%;">__________________________</span></strong></div><span style="font-size:85%;"><strong>Asas são para voar</strong>
<br />
<br /></span><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-size:85%;">Longe vão os tempos em que eu voava com <strong>Morfeu</strong>. Já não sou aquele gavião de asas doiradas… deixei que elas fossem violentamente arrancadas por uma nortada… caí. Embati tão forte <strong>dentro</strong> de um <strong>navio</strong> à deriva que quase lhe causei um rombo.No fundo dos meus olhos quase se extinguiram as labaredas que os faziam brilhar. No lugar desse lume que me aquecia, o <strong>vento</strong> passou a ser o <strong>soberano</strong>, aquele que dita as leis e transforma em aridez tudo aquilo em que toca. Cada <strong>sacudidela</strong>, cada <strong>oscilação</strong> deste barco que me aprisiona, causadas pela fúria das águas do enorme <strong>oceano</strong> que me volteia, provoca em mim uma <strong>vasteza</strong> de um nada, que eu almejaria que fosse um tudo. Por isso me transformei num <strong>tigre</strong> assanhado, que ruge e arranha, numa tentativa desesperada de despertar uns sopros de uns olhares, por muito fugazes que sejam, que me venham atear os resquícios das fogueiras que um dia arderam em mim.Eu sou apenas eu e a minha <strong>situação</strong>.Mas ao longe, bem ao fundo de um tempo que parece breu, uma <strong>batida</strong> me faz estremecer e acordar. São as asas de latão que vêm ao meu encontro. Afinal, Morfeu ainda não me abandonou, não desistiu de mim. Começo a perceber que ele jamais deixará de me chamar a voar!</span>
<br /></div><span style="font-size:85%;"><a href="http://www.partilhas-em-fa-m.blogspot.com/"><strong>Fa menor</strong> </a>
<br />
<br /></span><div align="center"><strong><span style="font-size:85%;">___________________________</span></strong></div>
<br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><strong>Um Morfeu eticamente irrepreensível</strong>
<br />Evocação a </span><a href="http://www.anomalias.weblog.com.pt/"><span style="font-size:85%;">Francisco Torres, do blog Anomalias </span></a><span style="font-size:85%;">que, em homenagem ao seu gato, assumiu o nick name de Morfeu
<br />
<br />Que raio de ideia aquela do passeata pelo<strong> oceano</strong> em meio da tormenta de Verão, que de tão anunciada, nem podia ser considerada surpresa. Vá lá que não custa nada, uma horita na travessia até às Berlengas, nem dá para o enjoo! E há que tempos não vou lá, espraiar a vista pela <strong>vasteza </strong>do mar alto, com aquele sensação única de quem tem os pés assentes numa ilhota, terra firme mas diminuta, em falésia que, ao simples abrir de braços, é rampa de lançamento de sonhos voados, qual albatroz de partida para a imensidão…
<br />
<br />Mal os pés postos no barco, <strong>navio</strong> de brinquedo, que faz a travessia a partir de Peniche, já a <strong>oscilação</strong>, ainda que ténue, do porto de abrigo o deixara algo suspeitoso. Mas o vento fresco e a manhã de sol risonho com promessa de dia da aventura possível, varreram uma <strong>hesitação</strong> que pressentira, à flor da pele.
<br />
<br />Dentro da sua enorme mochila de caminheiro, embrulhado com a merenda e o equipamento fotográfico, o seu companheiro de todos os dias, o gato Morfeu, cuidadosamente camuflado e abafado, como passageiro clandestino que se preza, fartinho que estava o seu dono de saber da rigorosa proibição de invadir a ilhota com bicharada doméstica ou por domesticar. Ainda para mais com um <strong>tigre </strong>daqueles, habituado a fazer razias nos pombos e pardalada dos jardins por onde vadiava.
<br />
<br />Mas, que fazer? Deixá-lo onde, com o preço que pediam para alojamento da bicharada? À solta? Nem pensar, que a vizinhança andava atiçada pelas tropelias e mortandades do <strong>Morfeu</strong> e o mais certo era darem-lhe conta do canastro. Em casa, dir-me-ão. Impossível, pois albergava temporariamente uma velha tia felinofóbica, em deslocação à cidade para uma improvável cura de mal de pulmões, ainda por cima…!
<br />
<br />Como no mais e, particularmente com ele, o bichano era de uma doçura e de uma moleza de causarem espanto, decidiu-se por aquela pequena prevaricação ou infracção aos seus códigos de ambientalista convicto e militante, confiando que a proverbial sornice do bichano, acomodado no ninho que congeminara, facilitaria a aventura.
<br />
<br />Pé no barco e primeira <strong>sacudidela</strong> de mar, logo se apoderou dele a sensação de que a viagem não lhe iria correr de feição. A torrada matinal, misturada com o café com leite, interrompeu a sua marcha ordeira para onde a natureza a encaminhava e deu início a uma penosa regressão, que lhe encheu o corpinho de arrepios.
<br />
<br />E assim decorreu a travessia. <strong>Batida</strong> de mar no barquito e carga ao mar regurgitada pelo nosso herói, sacudido por convulsões espasmódicas, para gáudio de alguns e repugnâncias da maioria, já nem falando do seu espanto pela aparente capacidade de multiplicação da torrada, que parecia nunca mais acabar, dando substância ao seu tormento.
<br />
<br />Já perto do embarcadouro da ilha, depois de ter recorrido, pela enésima vez, aos lenços de papel que transportava na mochila para minorar os estragos que tanto vómito - de quem o vento parecia aliado de ocasião - lhe ia deixando estampado na fatiota, eis que um último e avassalador espasmo o sacode, o inteiriça, e, acto contínuo, o leva a projectar-se, violento e descontrolado, contra a amurada, lançando o derradeiro resquício de alma que ainda lhe restava… e lançando, também, borda fora, o infeliz Morfeu, projectado por cima da sua cabeça, pela desmesura do arranque e através do fecho da mochila que permanecera, esquecidamente, por fechar.
<br />
<br />Estranhara o bichano as atribulações do trajecto, por parte do seu dono sempre tão afável. O choque gélido com a água do mar e o consabido pavor que o frio líquido provoca em escaldado gato, ocorre à mente do bichano – que a tem, contra a opinião de muitos néscios – que tudo aquilo configurava uma situação de abandono, idêntica à dos relatos que ouvira de tantos dos seus congéneres.
<br />
<br />Abruptamente saído do aconchego embrulhado da mochila para aquele pavor de frio e desmesura, nem olhou para trás, a ver do seu, até aí, idolatrado e confortável dono.
<br />
<br />À sua frente, a falésia subia e descia ao ritmo das ondas e parecia chamá-lo. Recorrendo a atávicos instintos, se a redundância é permitida em tal momento de aflições, desata a esgravatar na água, de olhar espavorido e sem um gemido até a alcançar e guindar-se por ela acima, com a força do desespero e a habilidade de alpinista experimentado.
<br />
<br />O dono, mergulhado na sua angústia e confortado com uma turista italiana compadecida, interessada e interessante, apenas deu pela falta do Morfeu muitos minutos após o desembarque. Levou o desaparecimento à conta de mais uma galderice do bichano, porventura ainda do lado de Peniche, que, a ele, o tormento até amnésia provocara.
<br />
<br />A meio da encosta, cansado e aturdido, o velho Morfeu deixou-se ficar numa cama de chorões batida pelo sol, a retemperar-se da desdita, rapidamente caindo nos braços do seu homónimo.
<br />
<br />Ao acordar, depara com o olhar circunspecto, tímido mas curioso de uma belíssima coelha brava, que o fitava da sua lura, espantada com o inusitado turista, ela que nunca saíra da ilha, o que, se lhe dava incomensuráveis horizontes, por um lado, lhos entorpecia, por outro.
<br />
<br />Desengane-se quem pense que o drama evoluiu em crime. Morfeu, predador por natureza, era uma alma sensível, antes de mais, aos prazeres da vida. E o momento deparou-se-lhe <strong>soberano</strong>. Entre miados gentis e ronronices a propósito, que colheram da interlocutora uns encantadores estremecimentos labiais de correspondência, em breve decidiram partilhar infortúnios e abandonos.
<br />
<br />Ela, também, a pobre, de coração partido por um companheiro useiro e vezeiro em infidelidades, ao qual pusera com dono recentemente, desfrutando agora, só para si, de uma lura excelentemente posicionada, sem acesso a humanos e virada a sul, de onde colhia o melhor aconchego diário do sol.
<br />
<br />E assim se descobriram. Diferentes pelagens mas idênticas nostalgias, de vidas bem passadas a aconselharem apaziguamentos que a sabedoria dos dias nos traz.
<br />
<br />Hoje, Morfeu, é um gato feliz com a sua coelha, que lhe abriu a porta da lura. Lá vai apanhando uma ou outra gaivota, discretamente, sem que o reparem, para combater imperiosas agruras de fome, ele próprio gato ecológico pela natureza sábia das coisas, farto de saber que o que há mais, nas Berlengas, são gaivotas, de quem ninguém dará pela falta.
<br />
<br />Tem, como naturais aliados, em vizinhança inteligente e cúmplice, o lagarto-ocelado, o rato preto e as rolas-do-mar. Não é vulgar, entretanto, deparar com ele em amenos diálogos com a encontradiça mas esquiva coruja-do-nabal, nos seus devaneios nocturnos. Mas definitivo, enquanto dure, é o entranhado afecto que vem desenvolvendo com a coelha-brava…
<br />
<br />Afecto contra-natura, dirão alguns. Néscios, esses, que não atentam nos brilhos que ressaltam naqueles olhares, mais visíveis em claras noites, a quem os divise do mar, quais estrelas incrustadas na falésia. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><a href="http://sete-mares.blogspot.com/"><strong>Jorge Castro</strong> </a></span></div><div align="center"><span style="font-size:85%;">________________________</span></div>
<br />
<br /><div align="left"><span style="font-size:85%;"><strong>DA BATIDA INESPERADA DO VENTO</strong>
<br />
<br />Perdidos <strong>dentro</strong> dos nossos domésticos afazeres diários,
<br />soporificamente embalados nos braços de <strong>Morfeu</strong>,
<br />nem sempre nos damos conta
<br />dos sinais premonitores da tormenta.
<br />
<br />Então, quando ela surge, a sensação
<br />é a de termos sido repentinamente abocanhados
<br />pela ferocidade das mandíbulas dum <strong>tigre</strong>.
<br /></span></div>
<br />
<br /><div align="left"><span style="font-size:85%;">Perante a enorme <strong>sacudidela</strong> de <strong>vento</strong>
<br />nas velas do <strong>navio</strong> da nossa vida,
<br />sentimo-nos sem bússola, perdidos,
<br />desesperados com a <strong>situação</strong>.
<br />
<br />Nessa altura não estamos preparados para vislumbrar
<br />a <strong>soberana</strong> oportunidade que nos é dada
<br />para refazermos o rumo e retomarmos
<br />o equilíbrio da nossa barca.
<br />
<br />Mas, normalmente, depois da grande e inesperada <strong>oscilação</strong>
<br />navegamos mais adultos e mais sábios
<br />na <strong>vasteza</strong> do mar <strong>oceano</strong> da nossa existência.</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;"><strong><a href="http://apalavraeocanto.blogspot.com/">Anibal Raposo</a></strong></span></div>
<br /><div align="center"><strong><span style="font-size:85%;">____________________</span></strong></div>
<br /><div align="left"><strong><span style="font-size:85%;">sobressaltos
<br />
<br /></span></strong></div>
<br /><div align="left"><strong>Morfeu</strong> estendeu os braços <strong>soberano</strong> sobre a <strong>vasteza </strong>do <strong>oceano</strong>, analisando a<strong> situação</strong> como um <strong>tigre</strong> a sair de dentro de água, a <strong>oscilação</strong> do <strong>navio</strong>, <strong>batida</strong> pelo <strong>vento</strong>, obrigou-o a uma <strong>sacudidela </strong>da cabeça aos pés.</div><div align="left"><strong><a href="http://anaeugenio.blogs.sapo.pt/">ana eugénio</a>
<br /></div></strong>
<br /><div style="TEXT-ALIGN: center" align="left"><strong>___________________
<br /></div></strong>
<br /><meta content="text/html; charset=utf-8" equiv="Content-Type">
<br /><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">em mim a criança disse <?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;"><span style="FONT-WEIGHT: bold">sacudidela</span>, <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;"><span style="FONT-WEIGHT: bold">situação</span>-<span style="FONT-WEIGHT: bold">oceano </span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">Frágil <span style="FONT-WEIGHT: bold">soberania</span> <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">em mim a adultez foi <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;"><span style="FONT-WEIGHT: bold">vento</span>, <span style="FONT-WEIGHT: bold">oscilação</span> <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;"><span style="FONT-WEIGHT: bold">batida</span> de frente <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">em mim <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">A morte - <span style="FONT-WEIGHT: bold">Morfeu</span> <span style="FONT-WEIGHT: bold">dentro</span> - <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">Conseguiu ser <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;"><span style="FONT-WEIGHT: bold">navio-tigre</span> sem sono. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: left" align="left"><span style="font-size:100%;">só <span style="FONT-WEIGHT: bold">vasteza</span> mesmo. <o:p></o:p></span></p><div style="TEXT-ALIGN: left" align="center"><a href="http://www.casadeparagens.blogspot.com/"><span style="font-family:'Times New Roman';"><strong>Rubens da Cunha </strong></span></a>
<br />
<br />_____________________
<br />
<br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Regresso</span>
<br /></div><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-size:100%;">no vasto <b>oceano</b>, entre <b>sacudidelas</b>, fortes <b>oscilações</b>, intensas <b>batidas</b> das águas no casco do <b>navio -</b> mau grado os ferozes assobios do <b>vento -</b> Alice continuava nos braços de <b>Morfeu. soberana</b>mente adormecida. alheia à violência da<span style="FONT-WEIGHT: bold"> situação</span> externa. sonhava embalada pelo constante balouçar. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-size:100%;"><b>dentro</b> de dias chegaria a casa. à pátria onde não ia havia anos. a <b><span style="FONT-WEIGHT: bold">vasteza</span></b><span style="FONT-WEIGHT: bold"> </span>da savana iluminava-se no sonho resplandecendo doirada. um rugido atroou o espaço e pareceu vibrar em ondas de calor como nos desertos quando ocorrem as miragens. Alice não temeu. aguardou confiante. sabedora que o animal a saudava pois aquele animal era o seu animal-guia e pelos sonhos comunicavam. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-size:100%;">um enorme <b>tigre</b> surgiu do nada. luminoso. irradiando luz caminhou em direcção a ela. atirou outro rugido aos ares movendo a cabeça de forma majestosa. alertando os restantes animais que aquele território era seu. chegado perto, parou. Alice colocou-lhe a mão sobre a cabeça e assim ficaram longamente. conversando.</span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><b><a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/"><span style="font-size:100%;">Eremita</span></a></b></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="center"><strong><span style="font-size:100%;">___________________________</span></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="center"><strong>A tempestade
<br /></strong>
<br />Deslizo
<br />Mar <strong>dentro</strong>…
<br />Primeiro entregue
<br />A um mar doce
<br />Calmo e apaziguador…
<br />Mas, logo
<br />Começo a sentir
<br />A <strong>batida</strong>,
<br />A <strong>oscilação</strong> forte
<br />no <strong>navio</strong>,
<br />E olho o mar
<br />Que se transformou
<br />Num <strong>oceano</strong>
<br />Que se abre <strong>soberano
<br /></strong>Na <strong>vasteza</strong>
<br />Das suas ondas imensas
<br />Que vão desenhando
<br />Ora um <strong>tigre</strong>
<br />Ora um leão
<br />E o <strong>vento</strong>
<br />Que me leva
<br />E que me traz
<br />Na imensidão
<br />Do momento
<br />E mais uma <strong>sacudidela
<br /></strong>E outra…
<br />Não sou nada
<br />A <strong>situação</strong>
<br />Ultrapassa-me,
<br />Mas deixo-me ir,
<br />Perdida e encontrada
<br />Nos braços de <strong>Morfeu</strong>…
<br /><strong><a href="http://eu-estou-aki.blogspot.com/">Elsa Sequeira</a></strong> </p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify">_____________________________
<br />
<br />... tinha de partir nesta jornada , toda aquela <strong>vasteza</strong> me convidava para grandes viagens .
<br />Ao longe as nuvens formavam estranhas formas que eu tentava identificar . Uma delas era Morfeu , o filho da noite . Trazia-me sonhos e visões , inebriando-me a razão . Seria um mau presságio ? Era um chamamento ?
<br />Nada como seguir em frente por este <strong>oceano</strong> imenso .
<br />O anoitecer veio acompanhado de ondas que fustigavam violentamente o <strong>navio</strong> . A <strong>osci</strong>l<strong>ação</strong> sentia-se de tal forma que mais parecia uma <strong>sacudidela</strong> longa e prolongada.
<br />No Céu as Estrelas que iam aparecendo indicavam-me o norte. O <strong>vento</strong> amainou, acalmando o mar da sua revolta. Pude então apreciar todo o esplendor daquele tapete gigantesco, que reflectia o meu fascínio pelo desconhecido.
<br />O som da ondulação era uma autêntica <strong>batida</strong> ritmada, acompanhada pelo ranger do mastro principal. E assim no horizonte apareciam os primeiros raios de sol, imagem <strong>soberana</strong> a que não estava habituado.
<br />Finalmente o dia e um porto de abrigo que se avista. Chamei-lhe "Baía dos poetas", pela sua beleza e misteriosidade.
<br />No alto uma igreja erguia-se por entre rochas toscas e agrestes. À entrada, um <strong>tigre</strong> deitado em cada um dos lados da porta, fazem a guarda de honra. Lá <strong>dentro </strong>esouros esquecidos que aumentam a minha imaginação.
<br /><strong>Situação</strong> peculiar de quem procura para além do infinito.
<br /><strong>José Rios </strong><em><span style="font-size:85%;">(sem blogue)
<br /></p></span></em>
<br /><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify">_____________________________
<br />
<br /><strong>guerra</strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify">sem <strong>oscilação</strong> sobre a decisão tomada o <strong>soberano</strong> ordenou uma <strong>batida</strong> e os seus olhos brilhavam com a ferocidade do <strong>tigre</strong>.
<br />as tropas, em rigorosa formação, entraram no <strong>navio</strong> que, sobre a <strong>vasteza</strong> do <strong>oceano</strong>, os conduziria, contra <strong>ventos</strong> e marés, independentemente da <strong>situação</strong> no local e das <strong>sacudidelas</strong> das águas enfurecidas como que em sintonia com a fúria dos homens <strong>dentro</strong> do seu bojo.
<br />nas próximas horas e dias <strong>Morfeu</strong> seria esquecido e Marte louvado.
<br />uma maré de fúria e sangue cobriria o mundo.
<br /><strong><a href="http://darkhumanity.blog.com/">Dark </a></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify">_______________________________
<br /><strong>imponderabilidade
<br /></strong>
<br />a <strong>soberana vasteza</strong> do <strong>oceano</strong> nada representa. não tem poder contra a força do <strong>vento</strong>, que sendo nada mais que ar em movimento, lhe pega como na mais leve pena e de <strong>batida</strong> em batida, de <strong>sacudidela</strong> em sacudidela, de <strong>oscilação</strong> em oscilação o vira de <strong>dentro</strong> para fora. engole o mais poderoso <strong>navio</strong> com a fúria do <strong>tigre</strong> esfaimado dilacerando a presa. a <strong>situação</strong> torna-se imponderável, mas num piscar de olhos as águas ficam mansas. como se <strong>Morfeu</strong> sobre elas caminhasse domando-as.
<br /><strong><a href="http://manuelabaratatonta.blogspot.com/">Sereia</a></strong></p>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-32644139469895772112009-02-25T13:46:00.001+00:002009-02-26T19:02:28.140+00:0011º Jogo das 12 Palavras - 2ª Parte<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfejw1kdPq68UUxi0sVCeYZbtZjGyfWbKEBnFHo8voL_nhBQTeJYaitafWWiP8jbb69h3mJeJ7PQisgQJZoaN8K9XXa1n3GP0QMM4-uRZTrCyKAFq0rKik8HvQ3iiGQqIuxSv1fGYTTRSc/s1600-h/11+parte+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306823492133339586" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 373px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfejw1kdPq68UUxi0sVCeYZbtZjGyfWbKEBnFHo8voL_nhBQTeJYaitafWWiP8jbb69h3mJeJ7PQisgQJZoaN8K9XXa1n3GP0QMM4-uRZTrCyKAFq0rKik8HvQ3iiGQqIuxSv1fGYTTRSc/s400/11+parte+2.jpg" border="0" /></a><strong>sobrevivência</strong><br /><br />o <strong>vento</strong> atingiu a solitária árvore. perdida na <strong>vasteza</strong> da planície, sentinela única daquele imenso <strong>oceano</strong> de terra calcinada a perder de vista a <strong>batida</strong> forte do ar imprimiu-lhe uma <strong>oscilação</strong>. uma <strong>sacudidela</strong> imprimiu-lhe um estremecimento semelhando hesitação na decisão a tomar. a <strong>situação</strong> era desesperadora. a árvore, <strong>soberana</strong> expressão de vida sentiu a seiva correr mais forte bem por <strong>dentro</strong> de si animando cada tronco, cada ramo. sentiu-se perdido <strong>navio</strong> no meio de longínquo e inóspito mar. <strong>Morfeu</strong>, sentado num dos seus braços, trauteava canção de embalar enquanto fazia soar sua lira. a árvore sabia que não podia ceder. o sono seria fatal. a última expressão de vida desapareceria da superfície da imensa planície que se estendia a perder de vista. onde antes existiam florestas, bosques, verdes prados cheios de vida, animais de todas as espécies, caçando, preguiçando ao sol, lançando aos ares suas vozes. maviosas umas, quase assustadoras pela força e potência outras. a árvore lembrou com ternura o <strong>tigre</strong> que, durante anos adoptara os seus ramos como leito e como ponto de vigia de onde detectava caça ou adversários. pensou que, por todos eles, não cederia. o sono arrastaria a morte. a seiva pararia e ela, guardiã da vida, desapareceria. com ela toda a esperança de renascimento.<br /><a href="http://fragmomentosii.blogspot.com/"><strong>Amla</strong> </a><br /><div align="center">_________________________<br /><br /></div><div align="left">Parado no deck do <strong>navio</strong>,<br />cotovelos apoiados na amurada,<br />estendeu o braço e deu uma <strong>sacudidela</strong><br />a libertar a cinza do cigarro.<br /><br /><strong>situação</strong> nova que lhe trazia o prazer dela<br />em cada <strong>batida</strong>, em cada latejar<br /><strong>dentro</strong> do cérebro tão lúcido que doía.<br />Como se entregue a <strong>Morfeu</strong><br />em sonho se alongasse na <strong>vasteza</strong><br />daquele outro <strong>oceano</strong> de sensações.<br /><br />Qual <strong>tigre</strong> fixado na presa<br />posicionado contra o <strong>vento</strong><br />o olhar perdia-se na imensidão<br />no verde-azul do infinito adiante<br />na esperança sem tamanho<br />no vaivém da <strong>oscilação</strong><br /><strong>soberana</strong> das águas.<br /><strong><a href="http://daquemdalemmar.blogspot.com/">Jawaa<br /></a></strong></div><div align="center">______________________</div><br /><div align="justify"><strong>A Dúvida<br /></strong><br />Deteve-se no cimo da falésia e ali ficou de face voltada para o <strong>vento</strong>...Sentia-se como um pequeno <strong>navio</strong>, a <strong>oscilar</strong> perigosamente nas ondas da tormenta, perdida na <strong>vasteza </strong>do <strong>oceano</strong>. Sentia-se invadida de incertezas e dúvidas, a sua vida <strong>sacudida </strong>de um modo inesperado...já não se sentia <strong>soberana</strong> do seu ser, sentia-se enclausurada numa <strong>situação</strong> para a qual não antevia solução.<br />Olhou para baixo, para o mar revolto que se desfazia contra a falésia...Ocorreu-lhe dar um salto de <strong>tigre </strong>e assim poder finalmente descansar, embalada nos braços de <strong>Morfeu</strong>...Todas as incertezas e dúvidas desapareceriam então...<br />Olhou mais uma vez para baixo...a sua alma agitava-se dentro do peito, e as <strong>batida</strong>s do coração ressoavam-lhe nos ouvidos...<br />Respirou fundo...<br />E deu um passo...para trás....<br />Afastou-se da falésia. Amanhã é outro dia.<br /><strong><a href="http://www.tudo-no-nada.blogspot.com/">Margarida Martins</a></strong></div><br /><p align="center"><strong>________________________</strong></p><p align="left"><strong>soberania perdida</strong><br /><br />antes era senhora<br /><strong>soberana</strong> de mim.<br />de minha vida.<br />um <strong>vento</strong> estranho<br />chegou<br />alterando a <strong>situação</strong>.<br />sentira-lhe a <strong>batida</strong>.<br />uma leve <strong>oscilação</strong><br />a correr-me por <strong>dentro</strong>.<br />agora, perdida<br />na <strong>vasteza</strong> daquele <strong>oceano</strong>,<br /><strong>navio</strong> sem rumo,<br />qualquer <strong>sacudidela</strong><br />me estremecia os alicerces<br />que rugiam – <strong>tigre</strong> mortalmente<br />ferido num deriva<br />sem norte. cego<br />morcego sem radar.<br /><br />só nos sonhos – quando<br />nos braços de <strong>Morfeu</strong> –<br />voltava a sentir o domínio<br />de meu ser.<br /><br />acordar era interminável<br />queda por abismo<br />de dores.<br /><a href="http://estranhosdias.blogspot.com/"><strong>TMara</strong></a></p><p align="center">____________________<br /></p><p align="justify"><strong>Carta a Morfeu</strong><br /><br />Divino,<br />É o cansaço que me leva a suplicar o vosso auxílio.<br />O sono abandonou-me e deita-se comigo a insónia que é amante cruel e castigadora, <strong>soberana </strong>e toda poderosa proíbe-me de descanso merecido.<br />Não posso nem quero resignar-me a esta <strong>situação</strong> de desconforto.<br />Vem Divino <strong>Morfeu</strong> acompanhar o meu sofrimento, sentir a ansiedade e a dor da solidão. A Vossa ausência obriga-me a ser subserviente a esta condição de permanentemente acordado que me tortura.<br />Embalai-me como o <strong>vento</strong> embala os poderosos <strong>navios</strong> e transportai-me para o mundo maravilhoso dos sonhos, para lá dos <strong>oceanos</strong> e mais perto do céu. Só Vós e a <strong>vasteza</strong> de Vossos celestiais poderes sois capaz de me adormecer finalmente.<br />O meu corpo <strong>oscila</strong> e treme na escuridão nocturna, sacudido pelas <strong>batidas</strong> ensurdecedoras do meu coração desesperado.<br />Dizei-me pois Ò Divino qual o sacrifício, qual a oferenda que pretendeis deste Vosso humilde servo, para que Vossa companhia torne a alegrar as minhas noites. Dai-me uma missão, ordenai e sereis obedecido e prometo-vos aproveitar essa dádiva com todas as minhas forças.<br />Vingai-me desta mal amada insónia que como um <strong>tigre</strong> me tem prisioneiro em suas impiedosas garras e abençoai-me com a Vossa presença.<br />Peço-vos a paz Ò Divino,<br />somente a paz.<br /><strong>António Rios</strong></p><p align="center"><strong>___________________</strong><br /></p><br /><p align="justify">Urge uma <strong>sacudidela</strong>, um <strong>vento</strong> de mudança para que, tal como há 35 anos possamos melhorar a <strong>situação</strong>.<br />País <strong>soberano</strong>, com uma <strong>vasteza</strong> de terreno a perder de vista, inaproveitados, onde em tempos não distantes , a <strong>oscilação</strong> das searas nos lembrava a <strong>batida</strong> do rebentar das ondas ou o deslizar de um <strong>navio</strong> pelo <strong>oceano...dentro </strong>de uma concha, adormecidos nos braços de <strong>Morfeu</strong>, pais á deriva, num ensaio sobre a cegueira..Impávidos, diluindo-se num lamaçal de crises e recessões .Onde a (in)justiça se agudiza nos mais pobres, deixando impunes os desordeiros, os políticos sem escrúpulos até que um dia ao amanhecer, alguma força, militar ou não, munido da força de um <strong>tigre</strong>, se aventure a dar ao povo o que é do povo..<br /><em>E citando Ary dos Santos"<br />E se esse poder um dia.<br />O quiser roubar alguém.<br />Não fica na burguesia.<br />Volta á barriga da mãe.<br />Volta á barriga da terra.<br />Que em boa hora o pariu.<br />Agora ninguém mais cerra.<br />As portas que Abril abriu</em>".<br />...............Deixem-me sonhar que Abril será sempre!<br /><strong><a href="http://alvesbesuga.blogspot.com/">Bicho-de-conta </a></strong><strong></strong></p><p align="center"><strong>____________________<br /></p></strong><br /><p align="justify"><strong>Cartas<br /></strong><br />Terrível bebé: gosto das suas cartas (um <strong>oceano </strong>de letras), que são meiguinhas, e também gosto de si (ai, a <strong>batida </strong>no meu peito…), que é meiguinha também. E é bombom, e é vespa (que o <strong>vento</strong> não derruba), e é mel, que é das abelhas e não das vespas, e tudo está certo e a Bebé deve escrever-me sempre (vem a carta num <strong>navio</strong>…), mesmo que eu não escreva (<strong>soberana</strong> apatia), que é sempre, e eu estou triste, e sou maluco, e ninguém gosta de mim (nem <strong>Morfeu</strong>) e também porque é que havia de gostar, e isso mesmo, e tudo torna ao princípio, e parece-me que ainda lhe telefono hoje, (dentro de mim, a vontade) e gostava de lhe dar um beijo na boca (situação maravilhosa), com exactidão e gulodice e comer-lhe na boca os beijinhos que tivesse lá escondidos (tal a <strong>vasteza</strong> do meu desejo) e encostar-me ao seu ombro e escorregar para a ternura dos pombinhos (numa <strong>oscilação</strong> calculada), e pedir-lhe desculpa, e a desculpa ser a fingir, e tornar muitas vezes, e ponto final até recomeçar, e porque é que a Ofelinha gosta de um meliante e de um cevado e de um javardo (não de um <strong>tigre</strong>) e de um indivíduo com ventas de contador de gás e expressão geral de não estar ali mas na pia da casa ao lado, e exactamente, e enfim, e vou acabar porque estou doido, e estive sempre, e é de nascença, que é como quem diz desde que nasci (que <strong>sacudidela</strong> teria levado?), e eu gostava que a Bebé fosse uma boneca minha, e eu fazia como uma criança, despia-a, e o papel acaba aqui mesmo, e isto parece impossível ser escrito por um ser humano, mas é escrito por mim. </p><p align="justify"><em><span style="font-size:85%;">(a partir de uma carta de Fernando Pessoa para Ofélia Queiroz)<br /></span></em><a href="http://transatlantico-viajante.blogspot.com/"><strong>Zé-viajante</strong> </a></p><p align="center">______________________<br /><strong></strong></p><p align="left"><strong>humano poder<br /></strong><br /><strong>soberano</strong> do sono<br /><strong>Morfeu</strong> perde-se<br />na <strong>vasteza </strong>do<br /><strong>oceano</strong> construído<br />pelo humano sonhar.<br /><strong>tigre</strong> já não senhor<br />da <strong>situação</strong>. <strong>navio</strong><br />lançado à deriva<br />pela força do <strong>vento</strong><br />do pensamento.<br />entre <strong>oscilações</strong><br /><strong>batidas sacudidelas</strong><br />perde-se na imensidão<br />cega e vazia<br />que <strong>dentro</strong> do Homem<br />se elabora e des-constrói.<br /><strong>TMara/multiply</strong></p><p align="center"><strong>_______________________</strong><br /></p><br /><p align="left"><strong>e nós </strong></p><p align="left"><strong>dentro</strong> da noite de nós</p><p align="left">há mistérios incontidos,<br />peças de <strong>vento</strong><br />na <strong>vasteza</strong> de um <strong>oceano</strong> infindo,<br />a <strong>oscilação</strong> de um <strong>navio</strong><br />em indomável <strong>situação</strong> de vazio<br /><br /><strong>soberano</strong> da noite sem voz,<br />pela savana avança o <strong>tigre</strong><br />ao rufar dos tambores<br />em monocórdica <strong>batida</strong>.<br />A agudeza do seu olhar<br />em branco e preto tecido<br />lapida, em subtis fragmentos,<br />as raízes do dia.<br /><br />É <strong>Morfeu</strong> clamando o esmaecido<br />com a <strong>sacudidela</strong> de suas teias<br />Incomensuráveis, densas e finas<br /><strong><a href="http://branco-e-preto.blogspot.com/">Amita </a></strong><br /></p><strong></strong><p align="center"><strong>___________________<br /></p></strong><br /><p align="left"><strong>MÚSICA</strong><br /><br />Mesmo de olhos fechados sinto aquela <strong>batida</strong><br />Que me encanta e me faz olhar para <strong>dentro<br /></strong>E pensar que estou a ouvir o meu <strong>morfeu</strong><br />Neste lugar de sonho aqui no <strong>navio</strong><br />Que parece deslizar neste imenso <strong>oceano </strong><br />Não senti até agora qualquer <strong>oscilação<br /></strong>Só esta música como que uma <strong>sacudidela</strong><br />Para que os meus sentidos saiam desta <strong>situação</strong><br />Só vejo uma saída muito <strong>soberana</strong><br />Imaginar estar na selva junto a um <strong>tigre<br /></strong>Tendo à minha volta toda aquela <strong>vasteza </strong><br />Mas apenas tenho a cara e o cabelo ao <strong>vento</strong>!...<br /><strong><a href="http://estrelanoceu-belisa.blogspot.com/">Belisa </a></strong></p><p align="center"><strong>___________________<br /></strong></p><br /><p align="justify"><strong>Morfeu</strong> decide reunir alguns Deuses para promover uma noite de sonhos. Pede ajuda a Hipnos seu pai, que orna toda a <strong>vasteza</strong> do <strong>oceano</strong> com papoilas vermelhas.<br />Como não poderia deixar de ser Zeus é convidado, para que controlá-se a chuva,raios e trovões. Razão <strong>soberana</strong> do Deus supremo.<br />Eis que surge Hermes assinalando os caminhos com pequenos montículos de pedras, que os convivas seguiriam como orientação. A seu lado Hades vindo do mundo dos mortos.<br />Das profundezas do mar onde habita, aparece Posídon, traz ostras para a festa e pérolas para as Deusas. Sente-se o <strong>vento</strong> com a chegada de Hera a rainha dos céus. Atena chega logo a seguir, numa <strong>sacudidela</strong> de sabedoria e integridade.<br />A <strong>oscilação</strong> ao longe anunciava Hefestos, apesar de dominar o fogo e os vulcões a sua deficiência fisica não passava despercebida. Depois de mais uma vitória no seu curriculo Niké traz oferendas, uma cria de <strong>tigre</strong> e ambrósia, a alimentação divina.<br />Acompanhada por seus irmãos Hélios e Eos vem Selene, iluminada pelo luar de uma noite de lua cheia. <strong>Dentro</strong> de um tornado que à muito rondava o concílio aterra Cronos, já oirado da sua longa viagem.<br />Faltavam ainda duas personagens que eram esperadas impacientemente.<br /><strong>Batida</strong> pela brisa suave, uma beleza estonteante de seu nome Afrodite. Faz-se silêncio, todos anseiam um olhar seu, um sorriso, um lugar a seu lado.<br />Como sempre Dionisio chega em cima da hora, uma <strong>situação</strong> que todos perdoam. O vinho, o néctar que ele elegeu para a noite é justificação mais que suficiente para a sua falta de pontualidade.<br />Todo aquele ópio que as papoilas espalhadas por Hipnos emanavam, lhes toldava a visão. Ao longe o que diziam ser um <strong>navio</strong>,não era mais do que um delírio.<br />São místicos os designios dos Deuses.<br /><strong>José Rios</strong> </p><p align="center">________________________</p><p align="justify"><strong>Urgentes ventos alísios</strong><br /><br />Estamos, sem o querer, na <strong>situação</strong> dum <strong>tigre</strong> adormecido por <strong>Morfeu</strong>, vagueando a cada <strong>sacudidela</strong> do mar da vida<br /><br />a <strong>oscilação</strong> do <strong>navio</strong> sobre as águas<br />diz do <strong>vento</strong> que chamou a tempestade<br />a <strong>batida</strong> da proa no <strong>oceano</strong> traz o eco<br />daqueles dias em que sabíamos da <strong>vasteza</strong><br /><strong>soberana</strong> das águas que corriam calmas<br /><strong>dentro</strong> de nós.<br />nesta jangada sem norte convoco a chegada<br />de urgentes ventos alísios.<br /><a href="http://vidadevidro.blogspot.com/"><strong>Vida de Vidro</strong> </a></p><p align="center">__________________________<br /></p><br /><p align="right"><span style="font-size:180%;"><span style="color:#ff0000;"></span><span style="color:#ff0000;">O</span></span></p><p align="left"><strong>Dia de São Valentim</strong></p><p align="left"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;"><strong>AVISO</strong></span>: <em><span style="color:#ff0000;">O conteúdo do texto que se segue pode ferir a sensibilidade dos leitores.</span></em><br /></span><br />Naquela época, e naquele local, a <strong>soberana</strong> era a girafa. Por muito que parecesse estranho. Tinha vindo num <strong>navio</strong> misterioso e cabia-lhe contar uma história.<br /><br />A força do <strong>vento</strong> era tal que derrubou o <strong>tigre</strong> astuto que “se enrolara” com a pantera. E, quando a girafa, numa <strong>sacudidela</strong> elegante se desfez do abraço do leão, a <strong>situação</strong> complicou-se. Ali, na <strong>vasteza</strong> da selva, os amores desencontrados dos muitos animais, prenunciavam devassidão. A <strong>oscilação</strong> do macaco, nas manobras provocatórias de aproximação à iguana, era algo nunca visto naquele território.<br />A <strong>batida</strong> vigorosa do coração do gorila, levou a que este se declarasse, sem rodeios, à ursa maior, sua vizinha. E com que enlevo o fez...<br />Um <strong>oceano</strong> de amores, naquele maravilhoso dia em que tudo era permitido.<br /><strong>Dentro</strong> de cada um havia a satisfação das aventuras vividas, dos amores proibidos. De tal forma se cansaram (e o cansaço era divinal) que todos caíram, regaladamente, nos braços de <strong>Morfeu</strong>.<br /><strong><a href="http://transatlantico-viajante.blogspot.com/">Zé-viajante</a></strong> </p><p align="center">____________________<br /></p><br /><p align="justify"><strong>SOLIDÃO</strong><br /><br />Na coberta do <strong>navio</strong> e apesar da forte <strong>oscilação</strong> que sa fazia sentir, Maria aproveitou a hora da sesta para, estirada numa das cadeiras que por ali se encontravam para uso e desfruto dos pasageiros, meditar um pouco sobre o seu novo estado civil e, talvez entregar/se um pouco a <strong>Morfeu</strong>.<br />Olhava o <strong>oceano</strong> na sua imensa <strong>vasteza</strong> onde, de quando em vez, alguns peixes voadores deixavam-se ver em vôos rasantes sobre a água.<br />Os afagos do <strong>vento</strong> no seu rosto recordavam-lhe beijos e carícias há tanto tempo sentidas.<br />A tarde ia, mansamente, perdendo a sua luz para dar lugar a um pôr de Sol, cor de fogo, só possível de observar, naquelas paragens.<br />Ergueu-se e, com uma leve <strong>sacudidela</strong> ao cabelo já cor de prata, pegou no seu saco onde um <strong>tigre</strong> bordado a seda, recordava-a os momentos passados na agradável mas tão remota viagem à India.<br />A sua <strong>situação</strong> era agora diferente.<br />Estava só e <strong>dentro</strong> do seu peito a <strong>batida</strong> do seu coração, onde o amor já não era <strong>soberano</strong>, marcava o ritmo lento, do pesar, duma vida solitária.<br /><strong><a href="http://pratosecaixas.blogspot.com/">Benó </a></strong><strong></strong></p><p align="center"><strong>___________________<br /></p></strong><br /><p align="justify"><strong>Arrepio<br /></strong><br /><strong>Dentro</strong> de um <strong>navio</strong> vacilante, sinto a <strong>oscilação</strong> do <strong>oceano</strong>. O <strong>vento </strong>penetra-me a espinal medula. As cortinas fecham-se. O sonho desce da Lua e beija o negro com o seu reflexo. As aspirações mantêm-se. Uma <strong>sacudidela</strong> e sou levada por um reflexo. A lágrima <strong>soberana</strong> espera que a <strong>vasteza</strong> de <strong>Morfeu</strong> me leve para onde a realidade seja pura como o sonho. Olho aquele <strong>tigre</strong> esculpido pelas cordas amarradas à terra. A <strong>batida</strong> do meu coração revela-se forte. Acredito que a ansiedade das borboletas no estômago seja um presságio magnânimo na realização da felicidade. Sinto uma brisa no rosto. Uma <strong>situação</strong> aparentemente estranha.<br /><strong><a href="http://www.escreverumlivro.blogspot.com/">Eli </a></strong></p></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-86396180230586099542009-02-25T13:44:00.001+00:002009-03-02T01:00:00.514+00:0011º Jogo das 12 Palavras - 3ª Parte<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV0pv68aEOa0WKbk1hfELB5WEErrg9Vfp7BvLrg9ErYv5649DRaGzGZbZPP-cZZgJF-TtOBk-49Fd7USWK9GUNRhMal-zpmXezxoMeZ_j3ydZ9MnZOjjJ5807S5fp-NcmcPlqmkgk47ZJP/s1600-h/11+parte+3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306822938489246274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 373px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV0pv68aEOa0WKbk1hfELB5WEErrg9Vfp7BvLrg9ErYv5649DRaGzGZbZPP-cZZgJF-TtOBk-49Fd7USWK9GUNRhMal-zpmXezxoMeZ_j3ydZ9MnZOjjJ5807S5fp-NcmcPlqmkgk47ZJP/s400/11+parte+3.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong>SELVA INTERIOR<br /></strong><br />Sonhava com o <strong>Tigre </strong>da Malásia, <strong>soberano</strong> da selva, por aqueles lados, dia e noite, noite e dia, preenchia-me a obsessão. Resolvi então percorrer o caminho. <strong>Dentro</strong> do <strong>navio</strong>, em pleno <strong>oceano</strong> <strong>vento</strong> forte, as vagas alterosas, faziam que parecesse uma casca de noz, eu pequenina, com tamanha <strong>oscilção</strong>.<br />A <strong>batida</strong> do mar no navio infernizava-me as datas, já para não falar da náusea companheira noite e do dia, dia e da noite.<br />Foi numa dessas <strong>sacudidela</strong>s depois de vários dias sobre a <strong>vasteza</strong> tempestuosa, caminho escolhido mas cruel, que olhei a <strong>situação</strong> percebendo que o tigre estava dentro de mim e que a luta tinha chegado ao fim.<br />Finalmente pude entregar-me nos braços acolhedores de <strong>Morfeu</strong>.<br /><strong><a href="http://manhas-claras.blogspot.com/">Claras Manhãs<br /></a></strong><br /><br /><br /><div align="center">______________________</div><strong>Enigma<br /></strong><br /><br />dentro da caverna dos mundos,<br />um enorme ventrículo hexagonal,<br />tudo é um imenso <strong>oceano</strong> em flores.<br /><br />no centro do âmbito,<br />sustentado por pulsares <strong>0ndulantes</strong>,<br />existe uma flama de <strong>batida</strong> distinta.<br /><br />ao fundo,<br />nos pés da cama de ébano,<br />desansa o <strong>tigre </strong>branco da desigualdade.<br /><br />subitamente,<br />percebe-se uma <strong>sacudidela</strong> no olhar.<br />e solta-se a voz do <strong>soberano</strong>:<br /><br />mortal,<br />na câmara das safiras bidimensionais,<br />haverá sempre <strong>oscilação</strong>.<br />tomarás sempre um <strong>navio</strong>.<br /><br />mas para seres no reino de <strong>Morfeu</strong>,<br />só pela nau que faz o caminho da ilusão!<br /><br />resolve o enigma da <strong>situação</strong>:<br /><strong>vasteza</strong> ou vento?<br /><strong><a href="http://inatingivel.wordpress.com/">V.F.S<br /></a></strong><br /><br /><br /><div align="center">_________________________<br /></div><br /><div align="left"><strong>canção de ninar<br /></strong><br />vem de <strong>dentro</strong> a <strong>batida</strong><br />e o <strong>soberano</strong> ser –<br /><strong>tigre</strong> de papel –<br />levado pelo <strong>vento</strong><br />perdido <strong>navio</strong> sem<br />mastros, nem leme.<br />eleva-se na <strong>oceânica</strong><br /><strong>vasteza</strong>.<br /><br />sem controlo<br />da <strong>situação</strong><br />deriva entre cada<br /><strong>sacuidela</strong><br />cada <strong>oscilação</strong><br />enquanto<br /><strong>Morfeu</strong> canta a<br />Canção de Aquiles.<br /><strong><a href="http://acordavida.blogs.sapo.pt/">TMara</a></strong>/A Cor da Vida </div><br /><div align="center">_________________________</div><br /><div align="justify"><br /><strong>Lagash<br /></strong><br />Deitada no beliche do seu camarote, Lagash embala-se no som do <strong>vento</strong>, que lá fora cospe o estribilho do tempo. A <strong>oscilação</strong> do <strong>navio</strong> torna-a sonolenta. As águas do <strong>oceano</strong> cinzentas de tédio cospem a sua saliva no vidro da vigia. A agonia, que a veste por <strong>dentro</strong>, contrasta soberbamente com o seu aspecto. Para trás ficaram as ruínas do seu mundo imersas no <strong>soberano</strong> desdém dos interesses.<br />Pela retina dos seus olhos cansados passam, em câmara lenta, as imagens dos últimos dias, quando os ares cuspiam o fogo do ódio. Ódio feito em ambição de irmãos.<br />Lagash soergue-se, passa os dedos pela massa pendente de cabelos negros espalhados em seu redor, e, pestaneja à visão dilacerada, que teima em permanecer dentro de si. Aquele vulto abocanhando a terra de pernas retorcidas e mãos enclavinhadas no ar que lhe acabou, o outro de olhos vítreos e rosto retorcido, um outro encolhido pela dor da bala recolhida na sua carne, aqueloutro de boca escancarada, olhar perdido no amanhã que não veio. O vermelho do sangue empapando o cinzento do quadro. A cor que escorre da tela por excesso. As cores da sua terra, todas em excesso de vermelho, cinzento, negro e raiva.<br />O crivo das paredes, os esqueletos de ferro retorcidos, o pó, a cal, a argamassa esboroada, o cheiro de pólvora, o suor liquefeito em rancor, os olhares baixos, cravados na terra árida de vontade e amor. O vento quente que crepita nas ruas faz crer que a vida se esconde por ali, algures. Na esquina perdida de um pneu, no olhar ferido da criança, na burka negra que corre ziguezagueando na busca do alimento ou talvez, quem sabe do corpo caído no asfalto estilhaçado.<br />E a memória pulula, gira, envolve, amarga, fervilha.<br />As mãos que se enclavinham, as unhas que rasgam, a dor que mitiga a memória.<br />Lagash rebola o corpo no beliche, puxa da almofada e esconde o rosto. A memória recrudesce em tons mais ácidos. O marido e a filha mortos. Cá fora perto da palmeira do quintal. Um míssil. Uma explosão. Fumo e cheiro de carne queimada, sangue. Pedaços da sua carne espalhados aqui e além. O horror, a ânsia, a dor. Sentir que as suas entranhas foram rasgadas, sentir, que a sua alma foi roubada, sentir, o nojo, o vómito de estar viva, sentir, o quebrar da vontade, o uivar da mente. Tudo isso. Ajoelhada na terra, bebe o pó enxofrado da morte, grita o horror da insídia dos homens, daqueles que se alvitram seus irmãos. Um irmão não mata, não rouba, não rasga. Um irmão ampara.<br />Sacode-se. Toda.<br />Não sorri. Levanta-se e maquinalmente puxa pelo xaile e cobre os ombros magros. Encosta-se à vigia e contempla o mar. Na <strong>vasteza</strong> do horizonte os seus fantasmas diluem-se. O azul cinzento mergulhado lá ao longe por entre uns raios desmaiados de sol acordam-na para a sua <strong>situação</strong> real.<br />É uma refugiada. Política, assim definida.<br />Lagash.<br />O nome, a terra, o rio, o <strong>tigre</strong>, leito do mundo e cópula da humanidade. Aos milénios de vida sobrepõem-se, agora, os segundos de morte. A sua terra de onde lhe vem o nome. O seu destino parou aqui. O resto, o resto é a sombra de si, da sua alma partida.<br />………………………………………….<br />Londres<br />O ritmo alucinante do jornal torna-os quase histéricas de prazer. As notícias que povoam os teclados e monitores, os telefones que ressoam ininterruptos, conferem aquele ar desarrumado mas fervilhante. No seu gabinete envidraçado, James deita o olhar sobre a redacção. Conhece-os a todos. Os bons, os aspirantes e os trepadores. Cada um a seu género. Mas no final a equipa é soberba.<br />Aqui conta-se o mundo, jogam-se os destinos, constroem-se os mitos e arrasam-se os conceitos. Todavia, momentos há, em que também se edificam as boas vontades e se vendem as histórias de vida, mas pouco. O bom não é vendável, a miséria é ávida em pormenores, qual fiel de tempos e vidas em desequilíbrio.<br />Hoje, ele, James Previl, tem uma reportagem fabulosa. Uma sobrevivente, uma mulher. Lagash Mashhadani, a irmã de Tayseer al Mashhadani, a líder dos sunitas feita refém, e posteriormente libertada. Lagash é notícia. Tem a equipa de reportagem pronta para recebê-la em Heathrow, depois de amanhã.<br />Lagash será a protagonista de uma série de crónicas sobre a verdade do Iraque. James, pese os seus sessenta anos sente-se ligeiramente excitado pelo impacto que prevê ir alcançar, e, sobretudo pelo aumento previsível de vendas Uma mais -valia.<br />Não é implacável nem desumano. Não fora ele, outro, seria. O clima de luta pelos objectivos lucrativos torna as pessoas metodicamente especulativas. Ele não é diferente, tem um lugar cobiçado a defender.<br />Esfrega as mãos e levanta-se. Cá em baixo em Fleet street a vida move-se inexorável. O corrupio das horas, dos passos, dos olhares, esgares e sorrisos dão o tom à sua cidade. Londres merece o esforço, merece a notícia.<br />Dois dias. As folhas riscadas de negro serão manuseados por milhares. A vaidade fá-lo opado. O rosado da face balofa rebrilha a par do cinzento dos olhos. Um fulgor de vitória que trinca antecipadamente.<br />Senta-se na sua cadeira, gira embalando-se, um sorriso de beatitude cai-lhe do rosto. Fecha as pálpebras, cruza os braços unidos as pontas dos dedos. O sono doce alastra-o. E ela vem, o seu rosto, a sua mágoa, a sua história. A pessoa. Ela que lhe crava o dedo na carne, dilacerando-o. Aquele olhar de censura e ódio também. Acorda. Volve o olhar pelo cubículo. Ninguém, não podia ser. Mais uma comédia de enganos vestida de <strong>Morfeu</strong> . Puro engano!<br />James Previl predador de desgraças, gente do mundo encolhe os ombros e esfrega as mãos.<br />Somente dois dias. Uma pequena espera.<br />…………………………………….<br />Lagash.<br />Novo agitar, outra <strong>sacudidela</strong>, outro frémito expandido.<br />Abre a porta e sobe até ao deck. O vento fustiga-lhe o rosto e o corpo. O mar revolto ondula em vagas que a fazem baloiçar. Enfrenta-o. Crepita de fúria. As vagas criam berços cobertos de lençóis de espuma. A chuva <strong>batida</strong>, vinda sabe-se lá de onde ensopa-a. Agarra-se. Bebe a água, e o sal, e o vento, e o dia.<br />Bebe. Bebe fundo, bem fundo. Como se lhe purificasse as entranhas em chaga. Sente um ardume, uma dor fina que se alastra que a envolve. Está viva! A sua maldição.<br />Esperam-na do outro lado. Sabe que a esperam. Sabe as regras do jogo que vai jogar. Sabe que tem a vida por um fio. Sabe o risco. Valerá a pena? Não teme porque nada tem. É livre de razão e coração.<br />Fica ali, parada em silhueta ondulante ao sabor do mar. A noite cai. O negro cobre-a. Mais um véu, de tantos que a vida a macerou. Porém, este agiganta-se na sua vontade, envolve-a no precipício do tempo. Um gesto, só um. Ei-la. Ali, vogando entre o céu e o mar, no rasto da liberdade, no amanhã renascido.<br /><strong><a href="http://www.artmus.blogspot.com/">Mateso</a></strong></div><br /><p align="center"><strong>___________________</strong></p><br /><p align="left"><strong>O tigre na sua jaula</strong><br /><em><span style="font-size:85%;">(recordando e aproveitando Der Panther, de Rilke)<br /><br /></span></em>O <strong>tigre</strong>, <strong>dentro</strong> da jaula, sentia ao longe a <strong>batida</strong> das vagas contra o casco do <strong>navio</strong>.<br /><br />Não estava assustado. Apenas triste por a cada minuto se afastar do seu mundo, da sua família, dos seus cheiros.<br /><br />Aturdido com a <strong>ocilação</strong> do <strong>oceano</strong> e uma ou outra <strong>sacudidela</strong> mais forte, fechava os olhos e tentava entregar-se a <strong>Morfeu</strong> e ao esquecimento, e só raro abria a “<em>silenciosa cortina das pupilas”.<br /></em><br />Sentia, e sofria, a irreversibilidade da <strong>situação</strong>: deixara para sempre de ser <strong>soberano</strong> na <strong>vasteza</strong> ilimitada da savana, nunca mais correria contra o <strong>vento</strong>, desafiando a natureza e os outros animais. O futuro deixara de ser seu desde que caíra na armadilha do caçador.<br /><br />Cansado e impotente, fechou o coração e desistiu.<br /><strong><a href="http://quartetodealexandria.blogspot.com/">Justine</a></strong></p><br /><p align="center"><strong>______________________<br /></strong><br /><strong></strong></p><br /><p align="justify"><strong>RECORDAÇÕES”</strong><br />Nas praias da minha infância, em África, passei momentos de grande felicidade.<br />Naquelas areias corri, brinquei. Sonhei. Saltava para <strong>dentro</strong> dos barcos, arrumados junto às árvores, à espera dos pescadores. Os solitários encontram-se na praia, jogam futebol de praia, estendem-se ao sol e vivem os seus amores. Um dia, um tremendo susto, pois um <strong>tigre</strong> que tinha fugido do zoológico, corria pelas dunas. Um perigo enorme para todos, mas Deus é <strong>soberano</strong> e tudo se resolveu da melhor maneira.<br />Ao fundo, um <strong>navio</strong> espreitava, saindo do <strong>oceano</strong>.<br />Junto à janela, miro a solidão pendurada nos galhos dos cajueiros. É noite de luar; o <strong>vento</strong> move os moinhos nos prazeres do destino. No silêncio da noite ouve-se o suspiro de uma sereia na beira do mar. Olhar o céu e se arriscar pela areia da praia, vendo a lua, como quem está de partida. De repente, uma <strong>batida</strong> forte interrompe os meus pensamentos.<br />Diante da <strong>vasteza</strong> do tempo e da imensidão do escuro, é um imenso prazer para mim saber que estás por perto. Conheces o sabor das minhas lágrimas. Procuro o teu regaço. A cabeça deitada em linho macio, o cabelo enfeitado da luz do luar… Vem pois, <strong>Morfeu</strong> de mansinho, acalmar o meu sono agitado.<br />Uma <strong>oscilação</strong> forte no meu peito agoniado. Sinto a boca seca. Mas que <strong>situação</strong> tão estranha!!! Para quando um pouco de Paz, dentro de mim?<br />Na rua, filas de carros aguardam a passagem do comboio, que desliza velozmente. Perante a <strong>sacudidela</strong> do vento, as minhas roupas levantam-se e, envergonhada, afasto-me.<br />Dormindo, sou livre para sonhar!<br />Então, finalmente sorrirei.<br /><strong><a href="http://deabrilemdiante.blogspot.com/">Ester Afonso</a></strong> </p><br /><p align="center">______________________</p><br /><p align="justify"><strong>NO PROMONTORIO</strong> </p><br /><p align="justify">Ao olhar a <strong>vasteza</strong> do <strong>oceano</strong> que me rodeia e que, hoje, é cruzado por grandes <strong>navio</strong>s, recordo o nome dum grande português que habitou por estas paragens onde eu, agora, vivo, passeio e sonho.Daqui, homens corajosos partiram em pequenas embarcações, autenticas cascas de noz (simbolicamente falando), desafiando deuses e monstros habitantes desses mares <strong>soberano</strong>s que tornavam cada viagem dessa gente audaz, marinheiros feitos à força, arrancados à sua terra, numa verdadeira aventura.Os fortes <strong>vento</strong>s que obrigavam a uma <strong>oscilação</strong> constante daquelas pequenas embarcações, tornavam a <strong>situação</strong> daquela gente, <strong>dentro</strong> do pequeno espaço em que eram obrigados a viver, um verdadeiro inferno. Por vezes, o desespero era tanto, pela falta de alimentos, água, higiene, etc. que havia verdadeiras lutas de <strong>tigre</strong>s pela simples obtenção duma côdea de pão ou uma gota de água.Quando a brisa proporcionava descanso e a nau balouçava-se em leves <strong>sacudidela</strong>s, a marinhagem podia, enfim entregar-se, por algum tempo, nos braços do <strong>Morfeu</strong> e usufruír de algum descanso. No entanto, a <strong>batida</strong> do seu coração, onde já não cabiam tantas saudades, era forte demais para ele ser completo. Tudo isto, eu recordo, sentada no Promontório da minha terra. Daqui, eu vejo grandes navios equipados com o que há de mais moderno em tecnologia naútica, transportando marinheiros e passageiros para essas terras longinquas desbravadas com tanta dor e coragem pelos portugueses do Infante. </p><br /><p align="justify"><strong>Benó</strong></p></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-34578936131397212182009-02-15T23:09:00.006+00:002009-02-15T23:59:29.577+00:00Desafio à escrita sobre o anão que morava num sapato nº 32<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyk1z-D-x40Bv_yqagC-GJQIA9RRMEwb8wRLSsY3zdQ1pdr6uw2VIGZyaQPPGUcQTMqp5zeJG2W5e8zPocmyFOlhWwM4LFDJtKVZB3qqCAveLDExjJwlkX5IiBHxVkJfElRFvZ2YPyjXUJ/s1600-h/CTcasa-na-botaFINAL.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5303177133129953874" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyk1z-D-x40Bv_yqagC-GJQIA9RRMEwb8wRLSsY3zdQ1pdr6uw2VIGZyaQPPGUcQTMqp5zeJG2W5e8zPocmyFOlhWwM4LFDJtKVZB3qqCAveLDExjJwlkX5IiBHxVkJfElRFvZ2YPyjXUJ/s400/CTcasa-na-botaFINAL.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">Da amiga Cátia Azenha recebi o e-mail de que abaixo reproduzo a quase totalidade por ser do interesse de todos:</div><br /><div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAcbh8aM9-Sj4XGMGbY1C3weUludpOh-aACi1a8hs4ObX4QC5EqhpG3uJuOqI1TOHLSbJDorP9f8Qs17Ye88veDDjF6oxKAY7rdN-5YAyU7z4WeZUAT4UQd4F9R_rKJMYrdGxJI2ohk5yz/s1600-h/CTcasa-na-botaFINAL.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs0Xt4gCzZzPaOWbU8HYkf6R5vLhgBSuOH-o33-sSIBuh2RDvH6toKLMdRIFrwCmdCKzPR5tigFuBbZ_1Y8jSx00sdB0nOb5Y_OewJLnvd5_RKnZw1EHm86fAdzyfZcqxBdFxhPSWTFlFw/s1600-h/ratos+s.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5303177757117812386" style="WIDTH: 127px; CURSOR: hand; HEIGHT: 142px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs0Xt4gCzZzPaOWbU8HYkf6R5vLhgBSuOH-o33-sSIBuh2RDvH6toKLMdRIFrwCmdCKzPR5tigFuBbZ_1Y8jSx00sdB0nOb5Y_OewJLnvd5_RKnZw1EHm86fAdzyfZcqxBdFxhPSWTFlFw/s200/ratos+s.png" border="0" /></a><br /><p align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhooeEsj0qV1n6-rDOdICdzvW_dHFZj73jMjVoZo7OovWzZ2RhJ025LcvZ0fVL5E_yHm6ACYlopPntA4nosjlJY-dh9HKLlcdi1L3K8Rh4S6AFhpCABMUXqjd1D5iJbzFPvkdxFJiIlRVJi/s1600-h/ratos.gif"></a></p><br /><div>«<em>Começará amanha a publicação das respostas ao desafio dos três anões, que pretendia que escrevessem (em prosa, ou não) seguindo a frase ou ideia:<br /></em><br /><strong>"Era uma vez um anão que teve três filhos: O Becas, o Bicas e o Bocas. Este último era tão pequeno, tão pequeno que casou e foi viver dentro de um sapato nº 32."<br /><br /></strong><em>O objectivo deste desafio era, para além de colocar as pessoas sobre um "assunto" comum, era "desconstruir" a lógica do pensamento, escrevendo sobre algo que não faz muito sentido. (...) Quero deixar desde já o meu agradecimento a todos os que embarcaram comigo e responderam a este desafio. Obrigada pela dedicação, pela companhia, pelo esforço e pelo gostar conjunto pela escrita.<br /><br />A publicação dos textos acontecerá de forma semelhante à publicação do desafio "Rai's parta os sapos": Será publicado um texto por dia, seguindo uma lógica de chegada, para que todos possam aproveitar cada estória.<br /><br />Quem acompanhou o primeiro desafio sabe que, embora comece a publicação já amanha, <strong>aceitarei textos até ao dia em que publicarei o meu texto, que será o último</strong> (não sendo isto um concurso, faz todo o sentido que não feche as portas a ninguém!). Por isso fica aqui o convite a quem ainda não teve tempo ou oportunidade de escrever, têm ainda uns diazinhos para mos enviarem...<br /><br />Conto com a vossa companhia na leitura dos textos, assim como que para a publicação dos mesmos.» </em></div></div></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-10944831127322793002009-02-05T00:00:00.001+00:002009-02-06T11:29:42.550+00:00as 12 Palavras para o 11º Jogo<div align="center">E aqui estão as doze palavras para o 11º Jogo.<br />Os textos deverão, impreterívelmente ser enviados -data limite - até 22 de Fevereiro. </div><div align="center">O Jogo das 12 Palavras vai bem e recomenda-se e tal deve-se à adesão de todas/os e à qualidade dos textos produzidos.<br /></div><br /><div><embed src="http://widget-db.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474818458843&site=widget-db.slide.com" style="width:400px;height:400px" name="flashticker" align="middle"></embed><div style="width:400px;text-align:left;"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474818458843&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-db.slide.com/p1/1513209474818458843/bb_t054_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" ismap="ismap" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474818458843&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-db.slide.com/p2/1513209474818458843/bb_t054_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" ismap="ismap" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474818458843&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-db.slide.com/p4/1513209474818458843/bb_t054_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" ismap="ismap" /></a></div></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-44006508056111726512009-02-03T18:34:00.005+00:002009-02-03T22:29:27.843+00:00Convite e desafio - mais um e empolganteDesafio feito pela amiga <a href="http://www.cticho.blogspot.com/"><strong>Cátia Azenha</strong> </a>seguindo o mote:
<br /><div align="justify">
<br />"<strong>Era uma vez um anão que teve três filhos: O Becas, o Bicas e o Bocas. Este último era tão pequeno, tão pequeno que casou e foi viver dentro de um sapato nº 32."</strong>
<br /><strong>
<br /></strong>Este é um desafio que pretende colocar-nos a escrever, puxando pela imaginação para uma situação menos lógica.
<br /></strong>A criatividade é algo que se trabalha, desconstruindo a lógica que tentamos sempre colocar em tudo.
<br /></div><div align="center"><strong>Esse é o objectivo: construir desconstruindo</strong>. </div><div align="justify">Este desafio está também a ser acompanhado, à distancia, por algumas pessoas com interesse sobre escrita... Estou expectante com o resultado. Fico a aguardar as respostas ao desafio para o email <a href="mailto:catiaazenha@gmail.com">catiaazenha@gmail.com</a> até dia 15 de Fevereiro. </div><div align="justify">Dia 16 de Fevereiro iniciarei a publicação dos textos no <a href="http://www.cticho.blogspot.com/">blog Ticho</a>. </div><div align="justify"></div><div align="center"><strong>Vamos lá pessoal? </strong></div><div align="center"><strong>Por mim aceito o desafio. e agradeço o convite</strong></div><div align="center">_______________________</div><div align="justify"><strong>Nota informativa</strong> - cito a Cátia "<em>Como alguns de vós saberão, em setembro / Outubro, considerando a responsabilidade social da Crioestaminal, propos-se a lançar um ebook com contos de natal escritos por pais,conhecidos e simpatizantes. Por cada conto recebido, entregaria 50€ à Casa do Gil. Quando tive conhecimento desta iniciativa, alertei alguns amigos que não podemos deixar de participar e entre todos, escrevemos 6 contos! No inicio de Janeiro, após tratamento e escolha, os contos escolhidos sairam no ebook. Estando este livro disponível na integra na internet, envio-vos o link onde poderão ler o resultado de uma campanha de grande sucesso por parte da <a href="http://crioestaminal2.pheebs.pt/pt/pdfs/ContosFINAL.pdf">Crioestaminal</a> e com efeitos práticos. </div></em>
<br />Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-13481953100423795042009-02-01T23:03:00.003+00:002009-02-01T23:13:33.320+00:00aqui deixo o convite para a exposição da amiga Ester M.<div align="center">A amiga <a href="http://momentos-perfeitos.blogspot.com/">Ester</a> enviou-nos o convite para a sua próxima exposição de fotografia.<br />Aqui o divulgo a todas/os esperando que possam comparecer pois deve ser de grande beleza como se vê pela imagem que ilustra o convite.</div><p><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-EBsaFYmUxHdvh1dUC_KAeFAFseXospdS-BXygL7Ra3am-MASFxdAUvftL_m-OCp6qYD21aoJO1QoqTmuCNxKOawSBaJZqYIWz-Gann_lBNxV_EWKFaTjGCLetys3zv1c5J4fVlV5RPFE/s1600-h/Cartaz1e+convite+da+ester.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5297969742663514610" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 266px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-EBsaFYmUxHdvh1dUC_KAeFAFseXospdS-BXygL7Ra3am-MASFxdAUvftL_m-OCp6qYD21aoJO1QoqTmuCNxKOawSBaJZqYIWz-Gann_lBNxV_EWKFaTjGCLetys3zv1c5J4fVlV5RPFE/s400/Cartaz1e+convite+da+ester.jpg" border="0" /></a> E do seu <a href="http://momentos-perfeitos.blogspot.com/">blogue</a> retirei este excerto informativo:</p><p>«"À Descoberta da Índia ao Ritmo dos Sentidos"Dependendo da vossa disponibilidade, tenho o prazer de vos convidar a "espreitar" a exposição.</p><p>Estará aberta ao público entre os dias 2 e 13 de Fevereiro no Posto de Turismo da Moita (apenas pode ser vista nos dias úteis) com possível alargamento por mais 4 dias, até 19 de Fevereiro/2009.</p><p>Passem a palavra, p.f.</p><p>O mérito é também do meu Padrinho de fotografia, que me levou ao Encontro de Oeiras em Outubro passado.<br />A exposição está já a ser anunciada...também aqui:<br /><a href="http://www.fotogenicos.net/site/index.php/topic,127.msg534.html#msg534" target="_blank">http://www.fotogenicos.net/site/index.php/topic,127.msg534.html#msg534</a>e ainda em<br /><a href="http://nunoalexsousa.blogspot.com/" target="_blank">http://nunoalexsousa.blogspot.com</a>»</p>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-59248471398983406822009-01-27T00:10:00.012+00:002009-01-27T11:20:38.658+00:0010º Jogo das 12 Palavras - 1ª parte<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWtlVqk8Tsx6n3usjh9lfkS-XEDbKJ-VIzDDBdHpQCmqs5MXpWRZywSZ-m2tXVz5NNFwdNceYS8Q-jYgPR8Cf4AZS-p4AMB3JxBOkVLFSqhdf5-XZK0Pn4ivJA0CgoG40FIgHyD1fktcOB/s1600-h/10%C2%BA+JOGO.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5295916232366515746" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 332px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWtlVqk8Tsx6n3usjh9lfkS-XEDbKJ-VIzDDBdHpQCmqs5MXpWRZywSZ-m2tXVz5NNFwdNceYS8Q-jYgPR8Cf4AZS-p4AMB3JxBOkVLFSqhdf5-XZK0Pn4ivJA0CgoG40FIgHyD1fktcOB/s400/10%C2%BA+JOGO.jpg" border="0" /></a>Amigas e amigos</div><div align="center"></div><div align="center">aqui deixo os textos recebidos no âmbito do 10º Jogo das 12 Palavras. </div><div align="center">É com tristeza que constato a ausência de vários participantes antes tão entusiastas. Desejo que tal não se deva a qualquer difícil circunstância de vida e, breve, retomem o nosso convívio pois sentimos a sua falta.</div><div align="center"><strong>Por outro lado saúdo 7 novos jogadores</strong>.</div><div align="center">Seis dos quais de todos desconhecidos (neste âmbito pelo menos), sendo três mulheres: Cátia A; Belisa e Ester Maria e , no masculino: Aníbal Raposo; António Rios e Jaime A. </div><div align="center">O 7º, uma grata supresa e já um amigo de todos conhecido. <strong>Jorge Castro</strong>, o apresentador do nosso livro, que participa com dois textos.</div><div align="center">Aos novos dou às boas-vindas. </div><div align="center">A todos, grato pelas participações, deixo o meu fraterno abraço.<br /></div><div align="center">__________________________<br /></div><div align="justify"><strong>A história de um cão</strong><br /><br />Numa distância difícil de avaliar, sulcada por veredas lamacentas, via-se um cão em <strong>deriva</strong>, <strong>escaganifobético</strong>, magricela. Farejava aqui a ali, fungando, como se procurasse um <strong>novo</strong> indício ou coisa de mastigar algum osso, capaz de atenuar esse <strong>supremo</strong> sono que toda a fome, em falso contentamento ou delírio de uma verdadeira <strong>fábula</strong>, afinal rasgaria as entranhas dos homens e dos bichos num terrível corte de urgência, dor de uma <strong>singular </strong>tontura, o <strong>autêntico</strong> festim do inominável. Em vez de ladrar, chamando alguma alma amiga dos animais, o bicho começou a uivar. Genuíno nesse protesto mais abrangente, esquálido, o cão esgaravatou o terreno ali mesmo, e gemeu, rosnou, como aparente intérprete do desespero, da <strong>paixão</strong>pela vida toda, e voltou a esgaravatar numa tontura de <strong>salsifré</strong> até conseguir fazer de facto uma concavidade sinuosa, um abrigo que lhe permitia esconder-se da própria chuva, espécie de útero ainda <strong>límpido</strong>, talvez fecundável e ponto de partida para novas buscas, um <strong>querer</strong> quase impossível, talvez diferente forma de esquadrinhar em volta da cova, chegando aos lixos que as águas salgadas empurravam até ali. Mas nada tinha a marca da salvação. Quase tudo chegava da praia próxima, ancorava perto da lama, juntava-se aos outros restos da uma esperança apodrecida, plásticos, fios desfeitos, roupas rasgadas, tudo coisas que pareciam vir anunciar a inexistência de um espaço próprio para <strong>renascer</strong>.<br />A certa altura, tarde na noite, o cão deixou de arranhar a lama. Aninhou-se, de forma bem compacta na cova que cavara. E quando acordou, manhã cedo, não havia areia nem mar à sua frente.<br /><strong><span style="font-size:85%;"><a href="http://www.rochasousa.blogspot.com/">ROCHA DE SOUSA DESENHAMENTO</a></span></strong><br /></div><div align="center"><br />__________________________ </div><br /><br /><strong>deriva do ser<br /></strong><br /><br />à <strong>deriva</strong>, mas sem qualquer <strong>salsifré</strong>, anda o ser. parcela do todo, mas <strong>singular</strong>. único e <strong>autêntico</strong> no seu <strong>querer</strong>. desligado do ser <strong>supremo</strong> sobre ele caem os anos. outonais folhas das árvores. folha de calendário que, mês a mês, por inútil, se arranca. o <strong>Novo</strong> Ano anuncia-se. milhares de trombetas de des-razão ecoam pelo mundo que, <strong>limpido</strong> mas glacial, se quebra de forma <strong>escaganifobética</strong>.<br /><br />o ser deriva ________________________________________vazio corpo. vazia casca à deriva __________________________________________________________ . sem norte. nas malhas da <strong>paixão</strong> preparando o <strong>renascer</strong>. em vão buscando nas terrenas acções a moral que a <strong>fábula </strong>da vida deveria encerrar.<br /><a href="http://estranhosdias.blogspot.com/"><strong>TMara</strong> </a><br /><div align="center"><br />_____________________________<br /></div><br /><br /><br /><div align="justify"><strong>Os queridos anos 50</strong><br /><br />-<em>Olha, olha, que penteado mais <strong>escaganifobético</strong>!<br /><br /></em>-Escaganifobético? Escaganifobético? Ao menos usa a palavra certa – escanifobético! Nem parece que te fartas de ler. Mas estás a ser parva, e não percebes nada de moda!. Hoje fui atendida pelo <strong>novo</strong> cabeleireiro do Salão La Belle, um <strong>autentico</strong> artista. E uma brasa, também…<br />Estou o máximo!!<br /><br />-<em>Bah, pareces uma flausina, pirosa e de um <strong>supremo</strong> mau gosto. Até tenho vergonha de sair contigo à rua, nesses preparos</em>.<br /><br />-Estúpida, és uma bota-de-elástico! Andas para aí à <strong>deriva</strong>, sem teres um grupo, sem teres uma <strong>paixão</strong>.<br /><br />-<em>A minha paixão são os livros</em>…<br /><br />-Ah que foleirice! Eu cá sinto-me <strong>renascer</strong> sempre que vejo as fotografias do Elvis. Ai aquele olhar <strong>límpido</strong> e terno, ai aquela voz!<br /><br />-<em>Estás a fazer da tua vida uma <strong>fábula</strong>, e depois quando acordares vais sofrer, mana. Se ao menos conversasses de vez em quando com o nosso professor de português. Mas com esse penteado escaganifobético…<br /></em><br />-Não é escaganifobético, teimosa! É a moda, é…<strong>singular</strong>, pronto! E não me chateies mais.<br /><br /><br />A mãe intervém por fim, firme e sem <strong>querer</strong> mostrar o quanto se divertiu com o diálogo das filhas:<br />-<em>Vá meninas, vamos lá acabar com o <strong>salsifré</strong> e as escaganifobetices! Já embora para o vosso quarto. São quase 11 da noite, boas horas para as meninas decentes irem dormir. Amanhã o cabelo da tua irmã já estará menos escaganifobético…<br /></em><strong><a href="http://quartetodealexandria.blogspot.com/">Justine<br /></div></a></strong><br /><br /><div align="center">_____________________________ </div><br /><br />ideia <strong>escaganifobética</strong><br />revela-se no <strong>renascer</strong> <strong>singular<br /></strong>do <strong>salsifré</strong>,<br />é um<strong> límpido</strong> <strong>querer supremo</strong><br />ou a <strong>fábula</strong> que <strong>deriva</strong><br />num <strong>novo</strong> e <strong>autêntico</strong><br />poema de <strong>paixão</strong>.<br /><br /><strong><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong><br /><br /><br /><br /><div align="center">______________________________<br /></div><br /><strong>jogo interior</strong><br /><br /><strong>límpido</strong>. <strong>autêntico</strong>.<br />avassalador <strong>salsifré</strong> o<br />o interior jogo de sentimentos de<br /><strong>querer renascer</strong><br /><br /><strong>singula</strong> <strong>deriva<br /></strong>do <strong>novo</strong> e <strong>supremo</strong> ser<br />estado de pura <strong>paixão</strong><br />não <strong>escaganifobético</strong><br />e vão sentir ou convicção<br />não mito <strong>fábula</strong> ou<br />erodida razão.<br /><strong><a href="http://fragmomentosii.blogspot.com/">Amla</a></strong><br /><div align="center"><br />_______________________<br /></div><br /><br /><strong>desconfianças</strong><br /><div align="justify"><br /><br />do ser que sem SALSIFRÉ se ergue do vício, qual ele seja, semelham, aos olhos de quem só<br />Tudo o que é <strong>novo</strong> pode, aos olhos de muitos, parecer <strong>escaganifobético</strong>. todo o <strong>querer</strong> e a mais<strong> singular autêntica</strong> e <strong>límpida</strong> <strong>paixão</strong> sem qualquer <strong>deriva</strong>, o <strong>supremo</strong> <strong>renascer</strong> por fora olha e só na superfície atenta, mera <strong>fábula</strong> ou ilusão se não engano.<br /><strong><a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/">Eremita</a></strong></div><div align="center"><br /><strong>______________________</strong><br /></div><br /><br /><strong>o objctivo da vida</strong><br /><div align="justify"><br /><br />era<strong> um autêntico dom. ele não passava de um ser singular por muitos considerado</strong> <strong>escaganifobético</strong>. de forma <strong>límpida</strong> o<strong> novo</strong> ser vivia sem <strong>salsifré</strong>, <strong>deriva</strong> ou qualquer ruído. vivia não numa <strong>fábula</strong> antes orientado pela intensa <strong>paixão</strong> do <strong>querer renascer</strong> que sabia ao alcance de todos. sabia não ser delírio, nem sonho. loucura ou heresia mas objectivo <strong>supremo</strong> da vida.<br /><strong><a href="http://manuelabaratatonta.blogspot.com/">Sereia</a><br /></div></strong><br /><br /><div align="center">__________________________</div><br /><br />É um <strong>salsifré escaganifobético</strong><br /><strong>autêntico</strong> e<strong> singular</strong><br />que <strong>deriva novo</strong><br />ao <strong>renascer</strong> das trevas<br />e é a <strong>fábula paixão</strong><br />que do <strong>querer supremo</strong><br />não esgota o <strong>límpido</strong><br />poema aqui...<br /><strong><a href="http://porticomosmeusolhos.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong><br /><br /><div align="center">_________________________<br /></div><br /><br /><br /><div align="left"><strong>turbilhão de emoções<br /></strong></div><br /><br />de <strong>novo </strong>o avassalador<br /><strong>salsifré</strong> da <strong>paixão</strong>.<br /><strong>singular</strong> e <strong>límpido</strong><br />sentimento do <strong>querer</strong>.<br /><strong>supremo</strong> e<strong> autêntico</strong><br /><strong>renascer</strong> à<strong> deriva</strong><br />tornando-o <strong>escaganifobética</strong><br />risível figura no turbilhão<br />das emoções. <strong>fábula</strong> da<br />qual nenhuma construtiva<br />ilação, lição ou regra moral<br />perdurará.<br /><a href="http://tostimara.multiply.com/journal"><strong>TMara</strong> </a><br /><br /><div align="center">________________________</div><br /><br /><br /><strong>emergir do ser</strong><br /><br />demasiado <strong>singular</strong>. <strong>escaganifobético</strong> até. diziam-no <strong>fábula</strong> à <strong>deriva</strong>.<br />mítica construção do <strong>novo querer renascer. autêntico. límpido</strong> sentimento.<br /><strong>paixão suprema</strong> emergindo no tempo sem ruído nem <strong>salsifré</strong>.<br /><strong><a href="http://darkhumanity.blog.com/">Dark</a></strong><br /><br /><div align="center">________________________</div><br /><br /><strong><span style="font-size:85%;">O VELHO E A DANÇA</span></strong><br /><br />Havia um velhinho<br /><strong>Límpido</strong> cavalheiro<br />Muito bem formado<br />Mas muito lampeiro.<br /><br />Num baile bispou<br />Donzela sem dolo<br />Deu-lhe por completo<br />A volta ao miolo.<br /><br />Sentiu o idoso,<br />Como é bom de ver,<br />De novo a <strong>paixão</strong><br />A <strong>querer renascer</strong>.<br /><br />Com muito denodo<br />(Caso <strong>singular</strong>)<br />Dirigiu-se à moça<br />Resolveu dançar.<br /><br />Convidou a dama<br />Para o <strong>salsifré</strong>.<br />Passos à <strong>deriva</strong><br />De trôpego o pé.<br /><br />Dançou, tanto, tanto<br />E com tanta gala<br />Caiu mais a moça<br />No meio da sala.<br /><br />Muitos assistiram<br />À cena patética<br />Que coisa ridícula<br /><strong>Escaganifobética</strong>.<br /><br />Não é uma <strong>fábula</strong><br />O caso é <strong>autêntico</strong><br />Aconteceu mesmo<br />Ao velhinho excêntrico.<br /><br /><strong>Supremo</strong> ditado,<br />Verdades eternas:<br />Tu nunca dês passos<br />Se não tiveres pernas.<br /><strong><a href="http://apalavraeocanto.blogspot.com/">Aníbal Raposo</a></strong><br /><br /><div align="center">________________________</div><br /><br /><br /><br /><div align="left"></div>Este <strong>límpido querer</strong><br /><strong>Novo </strong>é o <strong>renascer</strong><br /><strong>Autêntico</strong> do <strong>salsifré</strong><br />num <strong>supremo</strong><br />e <strong>escaganifobético</strong><br />nome e à <strong>deriva</strong><br />na <strong>fábula</strong><br />se apresenta em <strong>singular</strong><br /><strong>paixão</strong>.<br /><strong><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong><br /><div align="center"><br />______________________</div><br /><br /><strong>fábulas<br /></strong>Francisco anda à <strong>deriva</strong> num <strong>supremo salsifré</strong> de pensamentos. uma <strong>paixão</strong> mui <strong>singular</strong>, digna de uma <strong>fábula escaganifobética</strong>, longe do <strong>querer</strong> da razão, <strong>renasce autêntica</strong> e <strong>límpida</strong> de <strong>novo </strong>no seu coração.<br /><br /><br /><div align="left"><a href="http://anaeugenio.blogs.sapo.pt/"><strong>ana eugénio</strong> </a></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-42434211794995329362009-01-27T00:05:00.010+00:002009-01-27T10:54:18.239+00:0010º Jogo das 12 Palavras - 2ª parte<div align="justify"><strong>Arte(lharia)<br /></strong><br />- Isto mais parece um <strong>salsifré</strong>, saído de uma qualquer <strong>fábula escaganifobética</strong>!<br />Assim disparou dona Prazeres, toda finesse, de braço dado ao seu NOVO namorado, enquanto percorriam a galeria.<br />- Não gostas, minha querida? – Pergunta-lhe o namorado, com o sorriso a esmorecer-lhe nos lábios.<br />- Não! E não vais <strong>querer</strong> que eu diga que gosto, só para te fazer o jeito!<br />Luizinho sentiu-se à <strong>deriva</strong>, a ficar sem pinga de sangue. Tinha preparado a exposição com tanta <strong>paixão</strong>, com tanto amor e dedicação… e agora… agora o resultado era esta insatisfação!<br />- Estás a mangar… não vês que isto é arte, minha querida! – Refere ainda com alguma exaltação. </div><div align="justify">– Um estilo de arte muito <strong>singular</strong>!<br />- Arte? Chamas arte a estas esborratadelas, a estas bacias cheias de mazelas, a estes cacos espalhados pelo chão?<br />O namorado, coitado, a sentir-se mal-amado, não queria acreditar neste <strong>autêntico</strong> descalabro. Ele que pensara fazer-lhe uma surpresa, daquilo que, para si, constituía uma proeza, e ficava agora mudo e quedo, debatendo-se entre o argumentar e o encolher-se num canto a chorar.<br />Ele bem sabia como a dona Prazeres era difícil de contentar… mas ainda pensara em fazê-la <strong>Renascer</strong> com a sua arte… talvez que nisso ela pusesse um <strong>límpido</strong> olhar. Mas, qual quê? O seu <strong>supremo</strong> mau feitio tinha que dar o seu sinal! E foi isso que fez com que a coisa azedasse e tivesse corrido mal.<br />Mas então, o Luizinho, longe de estar resignado à sua sorte, replica-lhe num rasgo audaz:<br />- Pois olhe, minha querida, não é assim que se conquista o coração cá do rapaz!<br /><a href="http://www.partilhas-em-fa-m.blogspot.com/"><strong>Fa Menor</strong> </a><br /></div><div align="center">_________________________<br /></div><div align="justify"><br />fizeram <strong>escaganifobético salsifré</strong> em torno de <strong>singular fábula</strong>. <strong>derivada</strong> da mais <strong>autêntica,</strong> <strong>límpida </strong>e <strong>suprema paixão</strong>. <strong>Novo</strong> sentimento de <strong>querer renascer</strong> que lhe orientava o ser.<br /><br />deu por ele enfiado num colete de forças. jogado para uma cela neutra. inócua. uma cela irreal onde nada existia fora a brancura deslavada da luz filtrada por uma clarabóia no tecto. tudo tão nada recriando o vazio do espaço que alastrou pela mente e tudo eliminou.<br /><strong><a href="http://acordavida.blogs.sapo.pt/">TMara</a></strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="center">________________________<br /></div><div align="left"><br />Um <strong>autêntico </strong>e <strong>novo renascer</strong><br />vai à <strong>deriva</strong> perturbar<br />o <strong>límpido querer</strong><br />da <strong>paixão</strong><br />e torna-se um <strong>singular</strong><br /><strong>salsifré</strong> de ontem,<br />uma <strong>escaganifobética</strong><br /><strong>fábula</strong>,<br />um soluço <strong>supremo</strong>!<br /><strong><a href="http://porticomosmeusolhos.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong><br /></div><div align="center"><br />_______________________<br /></div><div align="left"><br />Os sonhos hão-de ser sempre o <strong>renascer</strong> da nossa <strong>paixão</strong>.<br />Uma <strong>fábula autêntica</strong> em que acreditas sem <strong>querer</strong>.<br />Um <strong>límpido</strong> olhar para lado nenhum.<br />Atitude <strong>singular</strong> de quem nega de <strong>novo</strong>.<br />Pensamento <strong>escaganifobético</strong> que deriva de algo que desconheço.<br /><strong>Salsifré</strong> que mais não passa de loucura controlada.<br />É pois meu destino igualar o <strong>supremo</strong>.<br /><strong>José Rios </strong></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">(não tem blog)<br /></span></div><div align="center">_____________________<br /></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:85%;">A VIAGEM<br /></span></strong><br />Deu por si a pensar se alguma vez teria existido amor, se não teria sido só <strong>paixão</strong> o que os unira.<br />Olhou o horizonte que naquele dia estava particularmente <strong>límpido</strong>, enquanto sentia o barco, o seu barco, a deslizar sobre a água tão azul quanto o céu estava. Olhando a esteira notou, como esperava que acontecesse, que a <strong>deriva</strong> era nula. Rejubilou! o seu barco, construído com o seu desenho, que todos achavam <strong>escaganifobético</strong> e que ele sentia <strong>singular</strong>!<br />A paixão já tinha passado e o dia-a-dia corria rotineiro, cada um para seu lado, crescendo e tendo diferentes interesses. Sim, talvez só tivesse existido paixão e com ela passada, a capacidade de se esforçarem para haver entendimento e compreensão, tivesse passado também.<br />Um dia, explicou-lhe que tinha chegado a altura de cumprir o sonho, que ela sabia, que acalentava. Estava na hora de partir no seu barco, para uma viagem sem tempo nem rumo.<br />O <strong>'salsifré'</strong> que ela lhe fez, acabou com o que já nada restava e ele passou a ser a <strong>fábula</strong> da família dela.<br />Partiu nos primeiros dias do <strong>Novo </strong>Ano. O importante era <strong>querer</strong> ser <strong>autêntico</strong>, encontrar-se, <strong>renascer.</strong><br />Ele, o barco e a vastidão do Universo.<br />Estava Feliz, em Harmonia e o <strong>supremo</strong> olhava por ele.<br /><strong><a href="http://manhas-claras.blogspot.com/">Claras manhãs </a></strong></div><p align="center"><strong>__________________</p><div align="justify"><br /></strong><strong>Ano Novo<br /></strong><br />Deolinda sentia-se à <strong>deriva</strong> desde que as Festas tinham acabado. À sua volta, as pessoas pareciam <strong>renascer</strong> para a vida, desejando que o <strong>novo</strong> ano lhes realizasse todo e qualquer desejo, por mais <strong>singular </strong>que fosse. Talvez a maioria não acreditasse nessa <strong>fábula</strong> mas alguns tinham um <strong>autêntico</strong> brilho no olhar, de tanto <strong>querer</strong> que fosse verdade.<br />Para Deolinda a simples ideia de que uma artificial “interrupção” no tempo pudesse trazer <strong>paixão</strong>, saúde, dinheiro e todas esses lugares comuns que lhe desejavam era mais que inaceitável, era…”<strong>escaganifobética</strong>”. O seu riso soou <strong>límpido</strong> por se ter lembrado daquela palavra que usava quando adolescente. E voltou a ouvir a voz da mãe:” oh menina, não te ensinam a falar como deve ser, lá na escola?” Sendo que já não ria assim há algum tempo, pensou que, afinal, talvez o novo ano lhe trouxesse algo de bom. E nem teve que fazer nenhum <strong>supremo</strong> esforço para se juntar aos colegas que, naquele primeiro dia de trabalho, tinham aberto uma garrafa de espumante. Nos risos de todos e no <strong>salsifré</strong> que se seguiu, Deolinda encontrou o seu espírito de ano novo, sabendo, de certeza, que seria aquilo que ela dele fizesse.<br /><a href="http://vidadevidro.blogspot.com/"><strong>Vida de Vidro</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">________________________<br /></div><div align="left"><strong>Toque </strong><br /><br />As tuas mãos seguem à <strong>deriva</strong> pela minha pele,<br />Seguem num <strong>salsifré singular</strong> e descoordenado, fazendo estremecer os meus poros...<br />A minha mente descobre um <strong>novo</strong> mundo, voa livre,<br />Os pensamentos seguem confusos e seguem um rumo <strong>escaganifobético</strong>.<br /><br />Apresentaste-me o prazer <strong>supremo</strong>,<br />Apresentaste-me o sabor <strong>autêntico</strong> da <strong>paixão</strong>,<br />Com o teu toque fazes <strong>renascer</strong> a cada momento a cascata <strong>límpida </strong>que jorra de mim,<br />Reacendes o fogo que me consome, qual <strong>fábula</strong> da fénix<br />Fazes-me <strong>querer</strong> repetir uma e outra e outra vez...<br /><strong><a href="http://www.tudo-no-nada.blogspot.com/">Mac</a></strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="center"><strong>____________________</strong></div><div align="left"><br /><strong>Da força da turba</strong><br /><br />da <strong>fábula</strong> escorrente<br />uma <strong>paixão</strong><br />desliza em <strong>novo</strong> e <strong>límpido querer</strong><br />qual peça que se quer<br />talhada à mão<br />e a <strong>deriva escaganifobética</strong> a dizer<br />que o <strong>salsifré singular</strong><br />que a turba grita<br />é um <strong>autêntico</strong> e <strong>supremo renascer</strong><br />assumido<br />ainda que fique aflita…<br /><a href="http://sete-mares.blogspot.com/"><strong>Jorge Castro</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">_______________________<br /><br /></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:85%;">O VESTIDO AZUL </span></strong><br /><br />Como num <strong>renascer</strong> da sua própria infância, a mãe tinha-lhe comprado um vestido <strong>novo.</strong> Era azul da cor dos seus olhos, com saia pregueada e mangas de balão.<br />A menina sentiu aquela oferta maternal como uma <strong>dádiva</strong> do céu. Apesar de ainda pequena na idade era crescida no entender e sabia que havia dificuldades em casa e aquela despesa de luxo, certamente, tinha exigido muito sacrifício dos seus pais.<br />Apesar disso, também era feminina e sentia-se muito feliz e contente por estrear um vestido. E tão lindo que ele era!<br />No seu pequenino coração, estes sentimentos obrigavam-na a andar num <strong>salsifré</strong> inquieto até chegar a hora de o vestir e poder mostrá-lo à avó que morava na rua de trás.<br />O céu estava <strong>límpido</strong> e ela iria, numa corrida, ouvir aquela <strong>fábula</strong> da raposa e do corvo escrita no livro grande, guardado com <strong>paixão</strong> no armário da sala onde ela, na sua pequenez, ainda não alcançava.<br />A mãe recomendara-lhe, de dedo no ar e com <strong>singular</strong> veemência, para não se demorar no caminho e nem pensar em sujar o vestido.<br />O trajecto era curto, é verdade, mas um <strong>supremo</strong> desejo de correr e saltar por cima daquele <strong>escaganifobético</strong> monte de terra colocado estrategicamente no seu percurso, fê-la esquecer o seu <strong>querer</strong> de obedecer ao pedido da mãe.<br />Como um <strong>autêntico</strong> barco à deriva, sem rei nem roque, salta aqui, pula acolá, ei-la que tropeça e fica estatelada mesmo em cima do monte de terra vermelha.<br />A saia do vestido azul como a cor dos seus olhos tornou-se castanha<br />como os olhos de sua mãe.<br />Meu Deus, e agora??<br />Ia ouvir sermão e missa cantada, pela certa e o seu coração pequenino começou a bater mais rápido.<br />Chegada a casa da avó mostrou, chorosa, o resultado do seu acidente e como certamente a mãe lhe iria ralhar.<br />Que se poderia fazer para remediar o infortúnio e o vestido voltar a ser azul?<br />E a avó, no seu saber feito de experiências de muitos anos com acidentes iguais, tratou do vestido da menina e deu-lhe a sua primitiva cor evitando que houvesse ralhetes e, talvez, umas boas palmadas pela desobidiência.<br /><strong><a href="http://piteirasecactos.blogspot.com/">Benó</a></strong> </div><div align="justify"></div><div align="center">_______________________<br /></div><div align="justify"><strong>estorinha suburbana<br /></strong><br />Nada, meus senhores, de mais <strong>autêntico</strong>: André e Marisa, pela enésima vez, tentavam confluir para a sua <strong>paixão</strong>, perdida de si mesma na <strong>deriva</strong> dos acasos.<br /><br />Da última revoada dos seus afectos ficara um amargor no ar após André, em momento mais inspirado, ainda que de indefiníveis contornos diplomáticos, no aconchego do leito, ter subtilmente beliscado a, de <strong>novo</strong>, sua Marisa naquela parte anatómica onde três conspícuos e alinhados sinais formavam aquilo a que ele achara por bem chamar de «<strong>Escaganifobética</strong> Constelação do meu <em>bijou</em>».<br /><br />Mal se sabe se pelo <em>bijou</em> de duvidoso e algo passado gosto, mas mais se admitindo pelo vetusto termo a que a entoação carinhosa não teve o condão de apagar um deslocado tom, misto de galhofa e brejeirice, que nada bem lhe assentara, Marisa destemperou num <strong>salsifré </strong>medonho e <strong>singular</strong> que atirara com André para as vascas da agonia dos afectos.<br /><br />Nessa tentativa inepta de <strong>querer</strong> fazer <strong>renascer</strong> um <strong>límpido</strong> romance, mas que tendia a embrulhar-se sempre que ensaiavam as chamadas vias de facto, André e Marisa incorporavam a desmesura da <strong>fábula</strong> urbana do século XXI: no contacto à distância, recorrendo às tecnologias de informação e comunicação mais recentes, vogando no manto diáfano da fantasia, evoluíam num <strong>supremo</strong> e doce enredo, todo ele feito de etéreos beijos e outros carinhos virtuais.<br /><br />Mal chegados à nudez forte da verdade, da permuta mal processada de fluidos, até às idiossincrasias mais ou menos abstrusas a que hábitos e culturas, muito apanhados pela rama, não lobrigavam veredas de cordial entendimento, tudo se desmoronava.<br /><br />Então, optaram por cantar seus tristes fados, o que sempre deu para arrecadarem farto pecúlio, por entre a multidão de almas gémeas e perdidas. E assim viverão felizes, até que…<br /><a href="http://sete-mares.blogspot.com/"><strong>Jorge Castro</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">________________________<br /></div><div align="left"><strong>Era uma vez…</strong> </div><div align="justify"><br />Dom Quico Salafrário um cinzentão meio pelado de olho vivo que andava há já muito horas neste <strong>salsifré</strong> de mundo. Um sabido, que gostava de abanar a cabeça ao compasso das modas do tempo. Para a fotografia piscava os olhitos, arrebitava as orelhas já meio peladas, abanava a cauda e mostrava a dentuça amarela dos dias. Ah perdoem, faltava-lhe o adorno mais precioso, o chapéu de palha ornamentada por uma colossal rosa de papel vermelha, que por aqueles dias se encontrava fanada de cor e forma. O velho chapéu tingira-se de um amarelo velho, aquela mesmíssima cor de palha já afeita ao sol eirado de muitos anos. Eis, pois, o retrato único e <strong>autêntico</strong> deste cidadão <strong>singular</strong>.<br />D. Quico, o burro!<br />Naquela tarde <strong>límpida</strong> de azul e prenhe de calor, conversava D. Quico amenamente com os seus comparsas sobre as últimas do povoado, quando não se sabe vindo de onde, uma pega rasou-lhe a prazenteira cabeça, e, num ápice surripiou-lhe a fanada rosa vermelha do chapéu. Furioso, apanhado de surpresa, roubado na sua vaidade, Dom Quico, arreganhou os dentes e zurrou, zurrou com a <strong>paixão</strong> da sua nobre estirpe. Burro que assim zurra é burro fino, porque nestas coisas, burro calado é burro corriqueiro, burro zurrado é burro importante. Sem <strong>querer</strong>, D. Quico ao exibir a sua cólera desembuçou a sua importante linhagem. Francisco fora baptizado, porém, rapidamente passou a Quico, porque o vulgo é Chico, e Chico só para o burro comum o calado e sofrido. Os pais de D. Quico, D. Frederico mais conhecido por D. Rico, pois que o burro fora bem esperto e nupciara com D. Bábá, filha única já entradota mas com um património jeitoso. Diziam as más-línguas, que o sogro, na pressa de se ver livre da filha emperrada, duplicara o dote. Fosse como fosse, D. Bábá com mais ou menos dote gerou D. Quico e Dona Cereja.<br />Dois burrinhos.<br />Perdão, dois rebentos prodígio, vulgo, sobredotados, sobretudo D. Quico. Ninguém se apercebeu daquela inteligência intermitente, típica de um asno de linhagem e que o guindou à Zurral Assembleia. Aí colocou a sua prosápia ao serviço do Zé-burrinho. Dona Cereja, porque era fêmea e, porque aos animais as cotas ainda nunca aproaram, foi sempre tida como diligente, aplicada mas longe do brilho zurrante do seu irmão. Foi um prodígio quando casou bem, teve pequenos asnos e foi cautelosamente feliz<br />E D.Quico?<br />Andou à <strong>deriva</strong> e mariposeando de burra em burra até que inteligentemente se apercebeu que os anos já lhe pesavam e a agilidade acasaladora de outras primaveras começava a emperrar. E, porque como se já se disse, era um prodígio teve a <strong>suprema</strong> inteligência de arranjar companheira. Uma burra doce, bom parideira, jeitosa. Titá de seu nome. Porém quis o destino que a união fosse fugaz. Divergência de zurros. Alegaram nas instâncias da lei.<br />Porém D.Quico Pai foi extremoso.<br />A vida foi saracoteando de burricada em burricada, até ao crescer dos filhos, aos estudos e consequentes formaturas. Não pasmem pela vida académica dos burros. País que é país, na vanguarda de todas as tecnologias, esforça-se pelo futuro das suas gerações. Sejam asnos, prodígios ou simplesmente comuns. Por isso é que entre nós, os burros como o D. Quico falam, têm chapéu, família e até gozam de estatuto. Um <strong>renascer</strong> de almas num País-<strong>fábula</strong>.<br />Voltemos, então àquela tarde salobra de calor. D. Quico furibundo bate impiedosamente com os cascos na calçada, que dado o calor da hora, se encontrava deserta de almas, que não, as dos seus mais chegados compadres.<br />-<em>D. Quico acalme-se, pede-lhe o tremelicado Chico Asno<br /></em>-<em>Acalmar-me? Então não querem lá ver! Fui roubado, roubado! E por uma pega! A minha rosa vermelha! Fica sabendo, Chico, que foi a Senhora Mãe-Burra que ma ofereceu no dia do meu casamento, o que eu gostava dela! Faz parte de mim. Era a minha imagem. A rosa.<br />-. Oh Quico vá lá, não te exaltes assim. Ainda te dá uma coisa. Aconselha-o Jericote Palhunça, seu compincha de muito trote.<br />- Pois, pois. Não estou em mim. Uma pega! A minha rosa! Fui roubado!<br />- Tem toda a razão. Para que quererá uma pega uma rosa? Prá cabeça não será, cogitou Chico</em> Asno.<br />- <em>Também não percebo, tartamudeava D. Quico Para quererá a pega uma rosa?<br />- Ó homem deixa-te de lamúrias, já pareces o Dom Acha. Uma rosa? Inda por cima fanada. Não interessa a ninguém, só às pegas. Sabes que elas roubam tudo, mesmo que não preste. Está-lhes na massa do sangue. Depois não és um burro elegante, não gostas de andar “au dernier cri”? A manhã antes de ires para a Zurral Assembleia passas na loja da DG e compras um chapéu <strong>novo</strong>. Certamente que a flor será mais estilizada, menos demodée, quiçá um pouco <strong>escaganifobética</strong> mas isso meu amigo é fruto dos tempos que correm. Rosas e cravos tal como os conhecemos</em> <em>desapareceram. Presentemente tudo tem mais design.<br />-Se tu o dizes Jericote. Vou acreditar em ti.<br />- Pronto amanhã vamos os dois ver um chapéu novo. E depois de o colocares, aí Quico é que te vais sentir o burro mais elegante de todos nós. Aliás, deixa que te diga, querido amigo, todo esse garbo ainda te vai guindar a altos cargos, sou eu que te digo. Sei do que falo.</em><br />-<em>Faço figas, faço figas. Projectos não me faltam. Todos os compadres ficariam protegidos, asseguro-te eu. Sabes, eu acredito sempre no que digo. É a minha mais-valia, caro Jericote.</em><br />E foi assim, que um Asinus Europeus agora ornado de chapéu elegante, ágil, vivo, elegante e teimoso, distintivos perfeitos da raça, subiu a ladeira do poder. Conta-se, que subiu, subiu até que escorregou e caiu. Não foi culpa dele. Foi de um asinino qualquer que o rastejou. A calçada do poleiro estava já tão puída que ele não se aguentou e zás, estatelou-se dando cabo das apófises dorsais. Uma tragédia. Ficou inutilizado. Tornou-se amargo na sua solidão. E rapidamente o Zé-burrinho o esqueceu.<br />Foram os seus netos que me contaram esta fábula. E eu aqui a deixo.<br />Afinal, meus amigos até para se ser burro elegante, é preciso ter sorte.<br /><a href="http://www.artmus.blogspot.com/"><strong>Mateso</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">______________________<br /><br /></div><div align="left"><strong>Da Criação</strong><br /><br />no principio,<br />o espaço era <strong>deriva</strong>.<br /><strong>autêntico </strong>caos em <strong>querer</strong>,<br />onde o proto-tempo regia <strong>supremo</strong>.<br /><br />mas a génese <strong>singular</strong> não é eterna!<br /><br />tudo o que é <strong>novo</strong>,<br />queda-se em <strong>paixão.</strong><br />para, no mais <strong>límpido</strong> gesto de amor,<br />sucumbir em fragmentação.<br /><br />e a desigualdade não é<strong> fábula</strong>.<br />nem nada por ela revestida!<br /><br />juntos,<br />num <strong>salsifré escaganifobético</strong>,<br />os elementos são a dádiva da vida.<br /><br />onde somos existência em <strong>renascer</strong>!<br /><a href="http://inatingivel.wordpress.com/"><strong>V.F.S</strong> </a></div><div align="center"><br />____________________</div><div align="center"></div><div align="justify"><strong>Era uma vez….<br /></strong><br />Temos novamente palavras difíceis e vou ter de andar à <strong>deriva</strong> até encontrar maneira de as aplicar.<br />Bem, cá vou eu com <strong>paixão</strong>, sim, porque isto de todos os meses escrever um texto com palavras obrigatórias é, além disso, um <strong>autêntico</strong> desafio à imaginação das pessoas.<br />Respiro fundo, sento-me à secretária e com um lápis na mão e uma folha de papel na minha frente, sinto-me com um <strong>novo</strong> e <strong>supremo</strong> <strong>querer</strong> e vou escrevendo e aplicando os verbos ou os substantivos ou os adjectivos que me foram indicados por um <strong>singular</strong> amigo.<br />Não é minha intenção escrever uma <strong>fábula</strong> nem histórias para crianças nem nada que seja <strong>escaganifobético</strong> mas, sim, algo que me faça <strong>renascer</strong> a vontade de criar um texto sem me obrigar a andar num <strong>salsifré</strong> doido a consultar dicionários e gramáticas.<br />Vou tentar escrever qualquer coisa cujo enredo seja claro, <strong>límpido</strong> e sem grandes enredos mas que todos fiquem suspensos da sua leitura.<br />Assim vou começar:<br /><br />Era uma vez……<br /><a href="http://pratosecaixas.blogspot.com/"><strong>Benó</strong><br /></div></a><div align="center">_____________________<br /><br /><strong></strong></div><strong><div align="left">Fábula<br /></strong><br />Tão <strong>escaganifobética</strong> que nem eu percebi a escrita do Simão. (Já a Gatinha, letra redonda, perfeita).<br />Temos andado à <strong>deriva</strong>, ambos. Há meses que um <strong>autêntico</strong> torpor nos vai assolando. Simão, de idade avançada como eu, comparativamente escrevendo, vai guardando os apontamentos. Mais tarde, tento tornar <strong>límpido</strong> o conjunto dessas lembranças. Muitas vezes com a ajuda da minha última <strong>“paixão”:</strong> um portátil, não <strong>novo</strong>, mas ressuscitado.<br />No mais recente caso que precisei de deslindar, uma <strong>singular</strong> situação. Num sonho incrível que Simão teve (ou fui eu?), um verdadeiro <strong>salsifré</strong>. Não ficou claro quando nem onde, mas isso é habitual nos sonhos. (Sem <strong>querer</strong>, andamos em Paris a visitar uma casa que na realidade existe no Montijo…).<br />Nesta fábula, veio à liça a Gatinha. Acusa-me de ter um <strong>supremo </strong>amor ao canídeo.<br />Ao ponto de me dizer que, a <strong>renascer</strong>, iria ao registo civil mudar de raça…<br /><strong><a href="http://transatlantico-viajante.blogspot.com/">Zé Viajante<br /></div></a></strong><div align="center">____________________<br /></div><div align="left"><strong>Percursos </strong><br /><br />De malas na mão,<br />Procurei um homem <strong>autêntico</strong><br />Encontrei um <strong>escaganifobético!</strong><br />Que se dane a <strong>paixão</strong>!<br /><br />Pé ante pé,<br />Planeio um <strong>salsifré</strong><br />Onde possa dançar<br />Quase sem pensar<br /><br />De manhã, com sono<br />Conto uma <strong>fábula</strong>,<br />Em modo mono<br />Represento uma <strong>rábula</strong>.<br /><br />À <strong>deriva</strong> num <strong>límpido</strong>... lugar<br />Sorri-me alguém <strong>novo</strong> e singular<br />Sinto um <strong>supremo renascer</strong><br />Será que basta <strong>querer</strong>?<br /><strong><a href="http://www.escreverumlivro.blogspot.com/">Eli Rodrigues</a></strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="center"><strong>___________________<br /></strong></div><div align="left"><strong>"O 9º defeito genético"</strong><br /><br /><br />Chamaram-lhe anormal,<br /><strong>Escaganifobético</strong>, demente.<br />Mal eles sabiam<br />de Friedreich, a ataxia,<br />fardo que se carrega e se sente<br /><br />Foi num <strong>querer singular,</strong><br /><strong>Supremo</strong>,<br />uma <strong>fábula</strong> à <strong>deriva</strong>,<br />um desejo profundo,<br /><strong>autêntico</strong>,<br />para aquele <strong>renascer</strong> dando vida,<br />fruto de <strong>paixão</strong>, um <strong>novo</strong> começo<br /><strong>límpido</strong>,<br />num <strong>salsifré</strong> em hora tardia<br /><br />Nada nem ninguém previa<br />o nono cromossoma doente<br />e que, aquele fardo pesado, dolente,<br />transporte de alegria e sofrimento,<br />mais tarde seria,<br />num qualquer tempo diferente,<br />a solidariedade de tanta gente<br />sob ternos sorrisos,<br />carinho e amor intensos<br /><a href="http://branco-e-preto.blogspot.com/">Amita</a></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-61821676890599801402009-01-27T00:01:00.005+00:002009-01-27T10:11:00.075+00:0010º Jogo das 12 Palavras - 3ª parte<strong>Autêntico </strong>na sua <strong>deriva</strong> pela <strong>fábula</strong>,<br />na ânsia de <strong>querer</strong> passar a mensagem<br />a quem só pensava no <strong>salsifre</strong>,<br />o professor parava um instante,<br />fixava o aluno, e dizia selvagem<br />como quem solta uma imprecação:<br />- Seu… e<strong>scaganifobético</strong>!<br /><br /><br />E logo continuava a lição,<br />de <strong>novo límpido</strong> e suave na voz<br />aquela voz <strong>singular </strong>de barítono<br />a <strong>renascer </strong>de <strong>paixão</strong><br />pelo bem <strong>supremo</strong><br />do conhecimento.<br /><strong><a href="http://daquemdalemmar.blogspot.com/">Jawaa</a></strong><br /><br /><br /><p align="center"><strong>_____________________</strong></p><br /><strong>Supremo</strong> algoz.<br /><strong>Autêntico</strong>, aquele sangue<br />debruado na sua gola.<br />Sussurrava-se uma velha <strong>fábula</strong>,<br />sobre um <strong>límpido</strong>,<br />casto senhor,<br />que perdera o <strong>querer</strong>,<br />por mor duma <strong>paixão</strong>,<br />uma paixão solta.<br />Hoje, florescia a ausência,<br />o nada.<br />Renascer assim um homem?<br />Nunca!<br /><strong>Singular</strong> criatura,<br />singulares mãos,<br />singular consciência a dele…<br /><strong>Deriva</strong> a vida à sua vista,<br />nem suspira…<br /><strong>Novo</strong> suplício ,<br />nova morte<br />embrulhada entre paredes.<br /><br />(…)<br /><br />E se houvesse um <strong>salsifré</strong>,<br />ainda mais <strong>escaganifobético<br /></strong>este poema seria!...<br /><strong><a href="http://www.soprodivino.blogspot.com/">Jaime A.</a></strong><br /><br /><br /><br /><div align="center">________________________</div><br /><strong>Cinema - Estreias da Semana<br /></strong><br />- Um Amor <strong>Autêntico</strong><br />- Quatro Noites à <strong>Deriva</strong><br />- O Estranho Caso da Palavra <strong>Escaganifobética</strong><br />- A Lenda e a <strong>Fábula</strong><br />- Do <strong>Límpido</strong> Céu Caiu Uma Estrela<br />- Maravilhoso Mundo <strong>Novo</strong><br />- Ensaio Sobre a <strong>Paixão</strong><br />- Diário do Meu <strong>Querer</strong><br />- A Valsa do <strong>Renascer</strong><br />- Grande <strong>Salsifré</strong><br />- O <strong>Singular</strong> Apelo de Adéle M.<br />- Intriga no <strong>Supremo</strong> Tribunal<br /><strong><a href="http://transatlantico-viajante.blogspot.com/">Zé-viajante</a></strong><br /><br /><br /><p align="center"><strong>____________________</strong></p><br /><div align="justify"><br />O vazio é o lugar onde todos os pensamentos, todos os medos, todas as dores, toda a angústia, receio e incompreensão desaparecem. É o lugar onde a mente pode por fim serenar, e descansar. É também o lugar onde, por vezes, tudo parece andar à <strong>deriva!</strong>!!Sinto que estás completamente no vazio, há vários dias. Mas, o tempo não pára.<br />Como recordo outros tempos em que, sozinha davas alguns passeios junto ao mar, nada te impedia de ir apreciar as gaivotas, o céu azul <strong>límpido</strong>, os barcos, a areia da praia. Ouvindo os teus CDs.<br />Em certos momentos da vida algumas pessoas servem-se da meditação ou da oração.<br />Tu, neste momento, não me parece que faças nem uma coisa nem outra, apenas “esperas”.<br />A tua “espera” é sofrida, muito dolorosa para ti fisicamente e, para todos nós, que acompanhamos esses longos dias de espera, impotentes, sem nada poder fazer para ajudar. Por isso, não evites o vazio. Se necessitas dele, aprende a amar esse momento. É natural que se tenha medo do vazio, porque não se parece com coisa nenhuma. Mas não tenhas medo. É aí que encontrarás o teu verdadeiro Eu.Porque Deus é <strong>supremo</strong> e <strong>singular</strong>, Ele não te abandonará.<br />Como eu sonho com o dia em que, voltes a ser quem eras. <strong>autêntica</strong>, dedicada, doce.<br />Para quando esse teu “<strong>renascer</strong>”?<br />É preciso colaborar contigo mesma, com aqueles que estão à tua volta. É preciso <strong>querer</strong>!!!<br />Se não quiseres, tudo se torna mais difícil.<br />É com muita tristeza e amargura, que me cabe a mim dizer estas palavras.Compartilhas-te comigo, muitos momentos de alegrias e intimidades. Comigo dividiste alguns dos teus sonhos e esperanças. Uma <strong>nova</strong> <strong>paixão</strong>!!! Contigo dividi a minha realidade. o meu sonho, e os meus afectos mais queridos.<br />Aquilo que passas neste momento é muito parecido com a <strong>fábula</strong> do peixinho e do salmão, que curiosamente me veio parar às mãos e fiz a comparação.<br />Mas, quando esse sofrimento terminar será um <strong>salsifré</strong> para todos nós.<br />Ainda há quem se questione, como isto aconteceu, a muitos parece <strong>escaganifobético</strong>. No entanto, a Esperança continua dentro dos nossos corações.<br />Tu vais vencer esta batalha. Espero por ti, para mais uns momentos agradáveis na tua companhia. Força. Coragem.<br /><a href="http://deabrilemdiante.blogspot.com/"><strong>Ester Maria</strong> </a><br /><br /></div><div align="center">_______________________</div><div align="center"> </div><div align="left"><strong>Brincando com coisas sérias</strong>............<br />.............................................................<br />..........................................<br />Como navio á <strong>deriva</strong><br />Mar de crise e recessão<br /><strong>Supremo</strong> País o nosso<br />Pelo qual tenho <strong>paixão</strong><br />Não é <strong>fábula</strong>, não é história<br />Mentira também não é<br />Dizem que <strong>querer</strong> é poder<br />Vamos tentar <strong>renascer</strong><br />Neste grande <strong>salsifré</strong><br />Texto <strong>autêntico</strong><br />Qual prosa ?Qual Poético?<br />Peço perdão , pois será<br />O mais <strong>escaganifobético</strong></div><div align="left">Opinião <strong>singular</strong><br /><strong>Límpido</strong> raciocínio insano<br />Infelizmente meu Povo<br />Continuamos na mesma<br />De <strong>novo </strong>só mesmo o ano.<br /><strong><a href="http://alvesbesuga.blogspot.com/">Ell/bicho-de-conta</a></strong><br /></div><div align="center">______________________</div><div align="left"><br />Respondeu em tom de falsete por cima daquele <strong>salsifré</strong>:<br /><em>-Vou já</em>.<br />Prolongou-se o <em>á</em> em ressonâncias sobre as cabeças que dançavam na sala, mas ela sabia que não iria ao chamamento. Sabia que não estaria na ceia a tasquinhar com eles um <strong>escaganifobético</strong> peru recheado com castanhas e o empadão de cereais. Não ficaria para ver as travessas passando entre os pés, as pernas, os cus zanzando ao sabor de uma qualquer música que electrizava o ar mais do que a trovoada que pendia de um céu roxo que ela olha em êxtase mal sai para a varanda.<br />Respira fundo.<br />Os vidros embaciados, na porta que fecha atrás de si, dão um tom de magia ao interior e tornam-no um lugar muito longe. O som da sala a quebrar-se num silêncio que voga na varanda e se estende para além do jardim, para além da estrada de terra batida, para um além que ela deseja: o <strong>querer supemo</strong> de Maria Elisa na noite dos seus anos, derramado no silêncio e no escuro, muito escuro, para além do jardim, para além do empapado vermelho que será a estrada dentro em pouco.<br />Vivalma. O Silvestre latiu, mas ela respirou e isso bastou para o calar; isso ou o perfume que pusera depois do banho, o certo é que o cão se enroscou e redormiu.<br /><strong>Límpido</strong>, o <strong>novo</strong> dia despontaria do lado onde se erguia o mamoeiro, como era o costume <strong>renascer</strong>: a madrugada envolta numa mágica neblina, excepto se, como agora, o céu ficava numa <strong>deriva</strong> entre um negro de sem lua e o roxo das descargas nas nuvens. Excepto se o ribombar atordoava e uma intensa luz rosada deixava avistar, por segundos, o tom <strong>singular</strong> que era o da terra vermelha: a fita de estrada que descia, estreita, ladeada de capim alto e palmeiras, esguias como girafas que se fizessem gente guardando os passantes numa <strong>fábula</strong>.<br />Lá dentro, a música calou-se. Apercebeu-se disso por uma intensidade maior que tomou o silêncio. E a voz voltou a chamar o seu nome.<br />Não respondeu.<br />Como se fora momento de <strong>paixão</strong>, os primeiros bagos fustigaram-lhe o rosto e os braços nus, e foram engrossando, e atravessaram a seda do vestido, e molharam-lhe as calcinhas de algodão.<br />O céu abria fendas: rasgões vermelhos como sexo exposto em espera do amante.<br />Maria Elisa pedalava a velha bicicleta sem mudanças e sem selim ergonómico.<br />Um <strong>autêntico</strong> festival da natureza.<br /><br />No dia dos seus anos, dançava-se e servia-se a ceia.<br /><br />Na casa de adobe, Jeremias não era um convidado. Não dançaria enlaçando-lhe a seda do vestido. Havia de secar-lhe, em breve, a chuva que ela trazia a ensopar-lhe o corpo. Havia de o empapar de espermas e salivas e suores. Jeremias havia de ofertar-lhe.<br /><br /><em>- Maria Elisaaaaaaaaaa</em><br />Ela já não ouviu que a chamavam para apagar as velas sobre o bolo.<br /><strong><a href="http://www.intervalos.blogspot.com/">Mcorreia</a></strong><br /> </div><div align="center">______________________<br /></div><div align="left"><br /><strong>MOMENTO…</strong><br /><br />Neste lugar belo e realmente <strong>autêntico</strong><br />Perante esta minha onda de <strong>paixão</strong><br />Meu coração sente-se como que à <strong>deriva</strong><br />Esperando que volte novamente a <strong>renascer</strong><br />Também a considerar e voltar a <strong>querer</strong><br />Que este amor agora fugidio volte de <strong>novo</strong><br />Poderá ser de maneira <strong>escaganifobética</strong><br />E até pode parecer um grande <strong>salsifré</strong><br />Nossa história será como uma <strong>fábula</strong><br />Em que o céu azul celeste estará <strong>límpido</strong><br />Quando olho as estrelas vejo tudo <strong>singular</strong><br />Mas eu queria que tudo fosse <strong>supremo</strong> <br /><a href="http://estrelanoceu-belisa.blogspot.com/"><strong>Belisa</strong> </a> </div><div align="left"> </div><div align="center">________________________</div><div align="center"> </div><div align="left"><strong>Ali...</strong></div><div align="justify"><br /><br />Ali tinhamos passado horas de uma <strong>singular paixão</strong> que nos fazia <strong>querer</strong> sempre mais. Aqueles momentos que passavamos juntos transformavam-se ali num <strong>novo renascer</strong> para nós com um<strong> autêntico</strong> sentimento de partilha. Era ali que dançavamos um <strong>supremo salsifré</strong>, como que se os nossos corpos dançassem ao sabor de uma música qualquer, com um ritmo músical que apenas nós podiamos ouvir. E foi assim, ali, durante todo aquele tempo.<br /><br />Mas um dia vieste com uma conversa <strong>escaganifobética</strong>, tentando explicar o que ainda não consigo comprender, e partiste. Hoje acordei ali novamente naquela cama vazia. A sensação de estar à <strong>deriva</strong> naqueles lençois em que antes eram o nosso refugio, não se tinha alterado muito, era uma sensação que permanecia em mim.<br /><br />Olho, dali, para a janela que vai iluminando aquele espaço que ainda me parece escuro. Respiro fundo e tento ganhar as forças que não tenho. O despertador toca atrasado. Está um dia <strong>límpido</strong> lá fora que chama por mim... É hora de seguir com aquela <strong>fábula </strong>em que se tornou a minha vida.<br /><strong><a href="http://www.cticho.blogspot.com/">Cátia Azenha</a></strong></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-77644303784281513732009-01-19T14:43:00.006+00:002009-01-19T15:17:31.696+00:00Divulgação e convite<div align="center">Boas novas, a amiga<a href="http://fotos.sapo.pt/r7ypEIDbQJW1Mi2R4wjp/"> MCorreia </a> <span style="font-size:85%;">(clica no nome e vê o convite e no título para ires ao blogue dela</span>)vai publicar um livro. </div><div align="center">Aqui fica a informação para todas/os:<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5293016458264140866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 282px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK_wR3aaGkI68OZ7rhMf0OysiL3Z9Lcz3s5asPMw7S82oAmkBSo0pB-do3NxncApgeJBHqCvGXPrDb9eJg60PwY14n8566nRczlzT7w1rRv0YnJhJ92pcs8WwhfHbOsXJ4PH-HrNwfjU5p/s400/capa2.jpg" border="0" /></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-54206319549833782492009-01-03T22:43:00.003+00:002009-01-03T23:27:42.366+00:00As Palavras para o 10º Jogo<embed style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 375px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-38.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474818128440&site=widget-38.slide.com"></embed> <div style="WIDTH: 400px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474818128440&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-38.slide.com/p1/1513209474818128440/bb_t016_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474818128440&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-38.slide.com/p2/1513209474818128440/bb_t016_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474818128440&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-38.slide.com/p4/1513209474818128440/bb_t016_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><p align="center"><br /><strong>O 10º Jogo da 12 Palavras está no ar e as palavras são:</strong> </p><p align="center"><span style="color:#990000;"><strong>Autêntico - Deriva - escaganifobética/o* – fábula - límpido – Novo - paixão – querer -Renascer – salsifré – Singular -Supremo </strong></span></p><p align="justify">O 10º Jogo das 12 Palavras está no ar e desejamos que amigas e amigos que andaram ausentes reapareçam e no começo de 2009 as participações sejam massivas e, estamos seguros, com a usual qualidade.</p><p align="justify">O Jogo continua aberto a quem quiser entrar. Basta que me enviem um e-mail com o endereço electrónico a guardar,nome ou nickname que vão usar e o link ao blogue.</p><p align="center">E agora...força.Muita inspração, trabalho e....suor se for caso disso.</p><p align="center"> A data limite para recepção dos textos é o dia 22 do corrente. </p><p align="center">_______________________</p><p align="left"><span style="color:#990000;"><strong>*escaganifobético/a -"<span style="color:#000000;"><a href="http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=6335">Escanifobético começou a generalizar-se entre a juventude dos anos 50, com o sentido de estranho, esquisito, fora do comum, fora do normal</a>.</span></strong></span></p><p align="left"><strong><span style="color:#000000;"><a href="http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=13452">Escaganifobético também não está registado nos dicionários da Língua Portuguesa, mas tem uso, por exemplo, na seguinte frase: «Ele tem uma letra escaganifobética». Isto significa que a letra é muito difícil de compreender para quem quiser ler."</a></span></strong></p>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-72880980119307835352008-12-22T00:10:00.002+00:002008-12-27T15:52:04.989+00:009º Jogo das 12 Palavras - 1ª parte<embed style="WIDTH: 230px; HEIGHT: 130px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-27.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474817868071&site=widget-27.slide.com"></embed><br /><div style="WIDTH: 230px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817868071&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-27.slide.com/p1/1513209474817868071/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817868071&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-27.slide.com/p2/1513209474817868071/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817868071&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-27.slide.com/p4/1513209474817868071/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong>NATAL</strong><br /><br />No dia 13 de Dezembro morreu.<br />Ninguém pensou no Natal que estava a chegar, só ela. Olhava para a avó, olhos secos e pensava no Natal que estava a chegar. Perguntou-se de seguida, olhando todos que choravam, se seria tão insensível como diziam. Adorava aquela avó, mas não conseguia chorar, só se lembrando do Natal que estava a chegar....<br />Ouviu vagamente a conversa de Alice, um autêntico <strong>sofisma</strong>, que a todos impressionava pela 'devoção' demonstrada, revirando os olhos mostrando a <strong>Alva</strong>, apontando o dedo para ela, para que todos vissem que não chorava. Pensou lá com ela que durante a doença da avó, seis longos, dolorosos meses, que a teria ido visitar umas duas vezes. Puxou pela cabeça para visualizar a segunda vez. Não, <strong>decididamente </strong>tinha sido só uma.<br />E o Natal que estava a chegar....<br />Indiferente a todos, ia passando pelos diversos grupos, ouvindo aqui uma coisa, além outra, acolá um outro que se vangloriava da estima que a avó lhe tinha, <strong>paralogismo</strong> perfeito.<br />Conhecia-os tão bem, sabia tão bem quem tinha gostado da avó!<br />Estava a chegar o Natal....<br />Estavam ali tantos, ela no meio dos outros, sentindo-se como se não fizesse parte daquele clã. A avó fora a única, com a sua <strong>bondade</strong>, com o seu amor, que sempre a fizera sentir pertença de algo, tinha sido o seu patrono.<br />E o Natal que estava a chegar....<br />A 17, juntaram-se todos, uma outra vez, por se ter encontrado um bilhete, dentro do seu cofre, que nomeava quem queria que estivesse presente, para <strong>desvendar</strong> a <strong>carta</strong> que lhes deixara.<br />A carta, qual <strong>oráculo</strong> <strong>iluminado</strong>, deixava o pedido de se juntarem todos os Natais, inclusivamente o próximo, dali a oito dias, como se ela estivesse presente. A avó era a única que conseguia todos congregar à sua volta, Natais de festa, de amor, de ternura feitos.<br />Finalmente alguém se lembrava do Natal que estava a chegar......quem já cá não estava<br />Além daquela carta, havia uma outra lacrada, em nome dela.<br />A inveja, por a avó gostar tanto dela, entre alguns membros da família, sempre a tinha notado, mas quando recebeu a única carta individual, que nem deixara a nenhum dos filhos, o ambiente turvou-se.<br />Um dos tios, o preferido da mãe, que também gostava dela, chegou-se perto e murmurou-lhe baixinho, para nunca se esquecer daquele gesto da avó que tanto a amara, que recordasse, para ser digna dela, que não ligasse às invejas que se sentiam, que depressa passariam.<br />A preciosa carta foi aberta, lida, guardada e finalmente com as represas rebentadas, as lágrimas escoavam rosto abaixo. Nela a avó falava de um <strong>reencontro</strong> que se haveria de dar entre as duas, da <strong>mudança</strong> que a sua morte ia provocar na sua vida, da coragem que teria de ter para a enfrentar, da pena que tinha de não estar viva para poder presenciar o bem que se sairia, da sua fé nela<br />Nesse Natal todos se juntaram, mas o Natal que estava quase a chegar....não chegou.<br />O pedido da avó não se concretizou<br />Aquele foi o último Natal da família<br /><a href="http://manhas-claras.blogspot.com/"><strong>Claras Manhãs</strong> </a><br /></div><div align="center">________________</div><div align="left"><br /><strong>"Avó</strong> </div><div align="justify"><br />Tinha recebido a <strong>carta</strong> da avó há uma semana avisando-a da sua vinda. Ansiava pelo <strong>reencontro</strong> com aquela anciã, de cãs <strong>alvos</strong> e face <strong>iluminada</strong> pela sua <strong>bondade </strong>interior, pois já não a via há algum tempo...desde que tinha tinha deixado o Norte e rumado a Lisboa, altura em que ela, <strong>decididamente,</strong> cortou com o passado e com a mágoa que paisagens tão familiares lhe trazia, e partiu em busca de novas cores e nova caras.<br />A avó tinha-a acompanhado desde sempre, quer enquanto adolescente insegura, ajudando-a a <strong>desvendar</strong> os segredos da sua feminilidade, quer enquanto adulta apoiando-a nas <strong>mudanças</strong> da sua vida, como esta que estava agora a atravessar. Tinha sido sua <strong>patrona </strong>por diversas vezes perante a mãe, protegendo-a da ira materna sempre que ela tinha um comportamento considerado mais rebelde, nunca a julgando e sempre estando do lado dela com aquele sorriso sereno e tão tranquilizante. E sempre que ansiava pelo conhecimento da vida e precisava de respostas, recorria à avó como se de um <strong>oráculo</strong> se tratasse, bebendo aquelas palavras que a alertavam contra os <strong>sofismas</strong> e <strong>paralogismos</strong> do mundo, e lhe diziam para não ter pressa de crescer...<br />Sorriu...<br />A campainha tocou...<br />A avó chegou..." </div><div align="left"><strong><a href="http://www.tudo-no-nada.blogspot.com/">Mac</a></strong></div><div align="center"><br />_______________</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="left">O <strong>paralogismo</strong><br />do <strong>patrono</strong><br /><strong>oráculo</strong> de <strong>alva carta</strong><br />a <strong>desvendar</strong> <strong>bondade,<br /></strong>é a <strong>mudança decididamente</strong><br />do <strong>iluminado</strong><br />e o antagónico do <strong>sofisma</strong><br />no nosso <strong>reencontro</strong>.<br /><strong><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong><br /></div><div align="center"><br />________________</div><div align="center"></div><div align="justify"><strong>METAMORFOSE </strong><br /><br />Sempre ao fim do dia, depois de horas extenuantes dum trabalho cansativo, havia encontros e <strong>reencontros</strong> naquele quarto que agora se encontrava <strong>iluminado</strong> pela luz cinzenta daquela tarde de Outono. Aí, encontravam-se para descansar e conversar sobre banalidades, dois seres, sem história.<br />Libertavam a imaginação e, deixavam de ser, os profissionais sagazes e competentes, capazes de usar, com extrema habilidade, todas as <strong>cartas</strong> do seu baralho, para,rapidamente, aniquilarem os seus adversários, para, passarem a ser, naquele espaço liberto de mentiras e veleidades, dois simples humanos.<br />Ali, sem fazer "bluff" ou usar de qualquer <strong>sofisma</strong>, abriam a sua alma, entregavam todo o seu jogo e, colocavam em cima da mesa, os seus mais puros sentimentos.<br />Havia uma <strong>mudança</strong> do real para a fantasia. O <strong>paralogismo</strong> usado nas conversas ajudava-os na metamorfose e fazia-os esquecer a parte mais negra da vida. Tornava-os em libertos sonhadores que, falando sobre nada, viviam momentos de verdadeiro abandono às coisas térreas.<br />Naquele dia, porém, o "<strong>patrono</strong>", pedira para ser feito uma averiguação mais profunda ao caso a que chamaram "<strong>oráculo</strong>", a fim de ser possível <strong>desvendar</strong> toda aquela cumplicidade do trama que tinham entre mãos, já há algum tempo e, cujo desfecho estava tão difícil de encontrar.<br /><strong>decididamente</strong>, era obrigatório trabalhar a sério e deixar as quimeras para outra ocasião.<br />A <strong>alva</strong> manhã foi encontrá-los adormecidos sobre a mesa de trabalho, rodeados de papéis manuscritos, livros abertos, chávenas de café vazias e um sorriso de <strong>bondade</strong> no rosto de cada um.<br /><br />Era bem visível que tinham encontrado a solução do problema em estudo mas, por fim, também o cansaço os tinha apanhado e vencido.<br /><a href="http://piteirasecactos.blogspot.com/"><strong>Benó</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">________________<br /></div><div align="left"><br /><strong>impressão digital</strong> </div><div align="justify"><br />a <strong>carta</strong> vinha, <strong>decididamente</strong> eivada de <strong>sofisma</strong>. toda ela escrita com essa intenção.<br />eu facilmente cairia nas elaboradas falsidades silogísticamente apresentadas não fora o meu <strong>patrono</strong>, como <strong>iluminado oráculo</strong>, <strong>desvendar</strong> a <strong>mudança</strong> de tom e ritmo _ com os quais as sombras foram artisticamente tecidas, escondendo caminhos, desbravando outros por onde as palavras nos conduziam com mestria, assim, escamoteando a verdade. destacando hipotéticas verdades, apresentadas como absolutas na <strong>alva</strong> folha onde uma escrita erudita, alinhada numa letra certa, bem desenhada, nos induzia a pensar na <strong>bondade</strong> e civismo de quem manualmente a escrevera.<br />a arte e o domínio do pensamento tão certeiros como um tiro no coração.<br />para o ludíbrio melhor funcionar, de onde em onde, um <strong>paralogismo</strong> era detectado, mas com uma singeleza quase ingénua que destacava, acentuava até, a pureza das intenções assim tornando mais denso o véu que encobria todo o falso raciocínio em que se baseava.<br /><br />Passados tantos anos <strong>reencontro,</strong> nos documentos em minhas mãos, o mesmo ritmo, o mesmo tom, a mesma argúcia e sei, sem sombra de dúvidas, que foi redigido pela mesma mão.<br /><br />uma extensão da mesma racionalidade neles impressa como uma impressão digital mental.<br /><a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/"><strong>Eremita</strong> </a><br /></div><div align="center"><br />______________<br /><br /></div><div align="justify"><strong>DESTINO<br /></strong><br />Encontrei-te.<br />Depois de um profundo e apertado abraço, olhei-te demoradamente, mergulhei nos teus olhos e vi com alegria que eras feliz.<br />O teu rosto, emoldurado pelos ondulados cabelos cor de prata estava <strong>iluminado</strong> com aquela luz especial que só a <strong>bondade</strong> sabe transmitir. E era esse o sentimento que inundava o teu coração naquele momento.<br />.<br />Não me quiseste <strong>desvendar</strong> o segredo de tanta felicidade mas pressenti que, <strong>decididamente</strong>, a tua vida iria mudar. Mostraste-me, receosamente, a <strong>carta</strong> que te fora entregue, no dia anterior.<br />Sem palavras, li-a em silêncio e, no fim, senti que este nosso <strong>reencontro</strong> iria ser a alavanca que faltava, para aquela <strong>mudnça</strong> que há tanto tempo me anunciavas.<br /><br />Mais uma vez te abracei e com a tua <strong>alva</strong> cabeça, sobre a minha, como que a protegê-la, estivémos largos momentos em perfeita comunhão sentindo os nossos corações baterem numa cadência perfeita.<br />Sem <strong>sofismas</strong> nem <strong>paralogismos</strong>, afastei-me, pois sabia que o teu destino iria levar-te, mais uma vez, para longe dos meus braços, por essa estrada que me era interdita.<br />Tinham sido essas, as determinações mencionadas no <strong>oráculo</strong> do teu <strong>patrono</strong> através daquela carta que acabara de ler.<br />Eu iria ficar só.<br /><a href="http://pratosecaixas.blogspot.com/"><strong>Benó</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">_________________</div><div align="justify"><br /><br />Rude, com ar de <strong>iluminado</strong>, o missionário subia a escadas de um púlpito rudimentar para o habitual <strong>reencontro</strong> com a multidão de que se sentia <strong>patrono</strong>, patrício, irmão na <strong>bondade</strong> possível, ali, na clareira da floresta, <strong>decididamente</strong> votado a espalhar uma luz de <strong>mudança</strong> naquelas almas primitivas. Por vezes sentia-se <strong>oráculo</strong> daquela gente, as suas palavras pareciam originárias do reino de Deus, e toda a gente ali, pensava ele, o olhava com vontade de <strong>desvendar</strong> o sentido mágico do sermão do padre velho, cabeça <strong>alva</strong>, emissário também dos reis longínquos de quem recebia uma <strong>carta</strong> bem fechada, com selo da corte, e de cada vez que por ali passavam os navios a caminho do Oriente.<br />No alto das montanhas, entre brumas, vivia um Eremita, pedras em volta, solidão abrangente, mas a religião que praticava não parecia partilhável e ele raramente recebia alguém. O céu dava-lhe, em silêncio, através do espaço, as respostas à sua constante meditação.<br />Cá em baixo, o missionário recebia com <strong>sofisma</strong>, as perguntas do povo sobre aquele irmão tão breve de palavras, sorrindo em paz, apesar do seu auto-sequestro e do trabalho de sobrevivência que desenvolvia em volta da sua casa de colmo. O Missionário abria os braços e o seu discurso tornava-se num <strong>paralogismo</strong> pior do que os eufemismos habituais: então caía em pecado, o seu raciocínio era em geral falso, por vezes redundante e de má fé.<br />«O eremita, dizia, esconde-se da luz e dos outros porque acredita num Deus apenas para si».<br /><a href="http://www.rochasousa.blogspot.com/"><strong>ROCHA DE SOUSA DESENHAMENTO</strong> </a><br /></div><div align="center">___________________</div><div align="center"></div><div align="left"></div><div align="justify">O <strong>oráculo</strong> apresentou-se; a fronte erguida, <strong>alva, iluminado</strong> pela <strong>bondade</strong>, a anunciar a <strong>mudança</strong> do <strong>patrono</strong>.<br />Sem ideia de <strong>sofisma</strong>, não mais que um <strong>paralogismo</strong>, no <strong>desvendar</strong> da <strong>carta</strong> para o <strong>reencontro</strong>.<br /><strong>Decididamente</strong>, a única saída.<br /><strong><a href="http://daquemdalemmar.blogspot.com/">Jawaa</a></strong> </div><div align="left"></div><div align="center">_________________<br /></div><div align="left"><br /><strong>Sofisma</strong>!... <strong>Paralogismo</strong>!...<br />Acesa discussão prosseguia na ágora.<br /><br />Num dia <strong>decididamente</strong> suave,<br />o eminente <strong>oráculo</strong>,<br />no <strong>desvendar</strong> subtil da <strong>mudança</strong> das palavras<br />e <strong>reencontro </strong>da acalmia e <strong>bondade</strong>,<br />emitiu <strong>alva</strong> <strong>carta</strong><br />ao <strong>patrono</strong> das Artes:<br /><br /><strong>Iluminado</strong> é aquele que aceita<br />a linha sinuosa dos passos.<br /><strong><a href="http://branco-e-preto.blogspot.com/">Amita</a></strong> </div><div align="left"></div><div align="center">________________<br /></div><div align="left"><br /><strong>EXTRACTO DUMA CARTA QUE NUNCA ESCREVEREI</strong><br />…<br /><br />Ainda assim, devo confessar-te<br /><br />que recordo com alguma nostalgia<br />a <strong>bondade</strong> dos tórridos jogos de amor,<br />naqueles distantes dias em que o fogo da nossa paixão<br />era vivo, crepitante, breve.<br /><br /><br />Estávamos, sem disso nos darmos conta,<br /><br />empoleirados no cume da montanha.<br /><br />Anos mais tarde, como bem sabes,<br />perdemo-nos um do outro nas esquinas do destino.<br />E assim nos mantivemos por uns tempos,<br />como se ambos carecêssemos<br />dumas avisadas férias sabáticas,<br />cada qual a desbravar o seu caminho.<br /><br />Inesperadamente,<br />encosta abaixo,<br />celebrámos o nosso <strong>reencontro.<br /></strong><br />Fomos felizes!<br />E só agora me dou conta<br />de como, nessa altura, nos julgávamos<br />seguros de nós e da nossa relação.<br />Um par <strong>iluminado</strong>.<br /><br />Meu Deus…<br />Não tínhamos a noção<br />que representávamos, os dois, no grande anfiteatro da vida,<br />com máscaras que não escolhêramos,<br />o êxodo da nossa pequena tragédia.<br /><br />Por fim, o desgaste insuportável,<br />o caos anunciado…<br /><br />Então, já no sopé da montanha,<br />procurei respostas sozinho,<br />como se tivesse adormecido exausto<br />na escadaria do velho templo de Apolo<br />esperando o <strong>oráculo</strong>,<br />o <strong>desvendar</strong> da tua <strong>mudança.</strong><br /><br />Logro meu…<br /><strong>Sofisma </strong>atroz…<br /><strong>Paralogismo</strong> infantil da minha alma<br />que continuava crédula e <strong>alva</strong>,<br />de inocente que era.<br /><br />Não <strong>mudaste</strong>...<br /><br />Hoje, não pretendo ser<br />nem teu acusador<br />nem teu <strong>patrono</strong>.<br /><br />Para mim, morreste.<br /><strong>Decididamente!</strong><br /><br />Apenas pretendo viver em paz,<br />em doméstica comunhão<br />com os meus velhos fantasmas.<br /><strong><a href="http://apalavraeocanto.blogspot.com/">Aníbal Raposo</a></strong></div><div align="left"></div><div align="center">___________________</div><div align="left"><br /><strong>Alva</strong> </div><div align="justify"><br /><strong>Alva</strong> senta-se no rodado da saia. O frio que lhe atiça as coxas recorda-lhe as palavras gélidas ainda vivas no papel da <strong>carta</strong> que acabou de reler. Tanto tempo sem saber dele e agora, assim de repente, tudo e nada.<br />Diz quem escreveu que falecera.<br /><br />Talvez.<br />Alva abana a cabeça, incrédula.<br />Outros tempos, outras terras. Outras cores. Fora há muitos anos. Tantos que <strong>decididamente</strong> quase se esquecera do contorno do seu rosto. Era tempo de amor. Quando o calor aquecia o corpo, mais os sentidos.<br /><br />Alva dos Santos.<br /><br />Que tempos aqueles. Quase olvidara como fora. O tempo tem sempre destas coisas, lava. Lavara-lhe os desejos, apagara-lhe as memórias. Agora recorda. Sente uma tremedeira que há já muito esquecera. A carta. Maldição. Um <strong>desvendar</strong> de coisas que julgara sepultadas. Não sente saudades. O passado deve ficar por lá. Já fora joeirado. Depois dançado e <strong>iluminado</strong> de fogo.<br /><br />Fora num tempo de verão. Quando as amoras refulgiam de pesadas por entre as silvas. Fora quando o pai fizera aquela promessa ao Santo <strong>patrono</strong> a propósito das sezões da Lila. Lila era a irmã do meio. Nascera assim fraquinha, e, depois sempre que o verão apertava, a coitada rebolava os olhos, empalidecia, e zás. Caía. Assim pró chão. Desabada. O Chico das Mós, homem de boas promessas e trabalho, empenhou-se a fundo, arrastando toda a família. Alva era moçoila feita por essa altura. Moçoila bonita, muito mesmo. Alva como o nome. Toda ela vibrava. Tinha namoro. Tinha. Até já lá ía a casa, isto é ao pátio, que o pai não era de modernices.<br /><br />Mas o <strong>sofisma</strong> da vida, fez que o destino lhe trocasse as rédeas. Jorge Feitor. Ai, ainda lhe rói o nome. Bem-apessoado, bem-falante, bem jeitoso. Tudo bem e bom. Lá foi com o pai até à igreja, à sacristia. Trataram da promessa. Os olhares enviesados que entretanto se iam dando. Os calores. Os sobressaltos. O pai não viu, não reparou. Também fora discreta. Só pelo rabo do olho se encontrarem naquele espaço de cheiro a sabão e cera. Tão lavado e engomado que sabia a pecado só olhar.<br /><br />Mas naquela noite, deitada na alcova, lado a lado com a Lila que gemia, Santo Deus como aquela alma gemia. Enquanto Lila gemia, e estrebuchava de mansinho, ela rebolava a carne no ardor do cheiro que lhe ficara. Cera e sabão. Decidiu no dia seguinte visitar a igreja. Fazia-o ao domingo com a família. Nunca se apercebera como era bonito! Também de longe e no meio daquela sotaina toda. Pouco tinha para ver. Ah, amanhã ía lá. Tinha que ir.<br /><br />Levantou-se com os pardais mais o desejo.<br /><br />Na cozinha encontrou a mãe. Aquela criatura nunca devia dormir. Era a última a deitar-se, ouvia-a de noite, e de manhã já estava de pé. A mãe. Sempre pressentiu nela, mais do que corpo e alma, uma espécie de <strong>oráculo</strong> de tristeza. Nunca se lembra de a ter visto gargalhar. Os olhos enormes, fundos, as olheiras. Um rosto liso e inexpressivo, mas meigo. A <strong>bondade</strong> vestia-lhe a pele. Era assim a mãe. Serena ou alheada? Nunca percebeu bem.<br /><br />-Ó Alva já a pé? O que te aconteceu?<br />-Nada, mãe. Não tinha sono. Fez muito calor de noite.<br />-Estamos no tempo dele, minha filha.<br />-Ó mãe. Como o pai me pediu para tratar do assunto do patrono. Levantei-me cedo para ter tudo em ordem e depois ir até à igreja.<br />-Ah, mas o pai e tu já não foram lá?<br />-Já mãe, mas sabe como é, há sempre coisas para fazer…<br /><br />E fora assim. Visita hoje, encontro amanhã, recado depois. Batina rolada, saia caída e… o mundo mais as rezas, promessas, cera e sabão, tudo desfeito na erva do campo, na alcova por detrás da sacristia. No quarto caiado de branco com o crucifixo na parede. A <strong>mudança</strong> vestiu-a de mulher. Sabia o quer queria. Não pensava em desistir. Nem Jorge. Como era bom amarem-se. Como se sentia plena. Mesmo quando o cheiro a sabão e cera se misturavam e o olhar do crucifixo a ponteava. Não havia sentimento de culpa. Ela amava um homem. Só isso. Podia durar, queria que durasse. Mas também, não podia.<br /><br />Era aquele tempo.<br /><br />Mas, as histórias têm sempre um mas, a Lila, a irmã, a menina das sezões, a doentinha, a tadinha. Não era parvinha, não era, não. Fazia-se. Convinha-lhe. Ameaçou-a. Disse que sabia de tudo. Que a tinha visto. Que a seguira. Que ia dizer ao pai. Que o homem era o padre. Uma vergonha. Uma desgraça.<br /><br />Alva suspirou.<br /><br />O último <strong>reencontro</strong> não foi fácil. Foi de despedida. Não pediu nada, porque nada havia para pedir. Não chorou, porque tinha rido. Não o recriminou. Não tinha que o fazer. Porém, não sentia vergonha, nem asco, nem nada. Apenas estava saciada. Toda. As carnes vibravam, alvas e deleitadas. O resto estava sereno. Tudo.<br />O seu episódio de vida nunca fora um <strong>paralogismo</strong>, mas antes o mais puro realismo ideal.<br /><br />O frio da pedra acorda-a para as palavras.<br /><br />Levanta-se, entre dentes murmura, enquanto amarfanha a carta. <em>“Ser é ser percebido”</em> foi sempre o que eu quis. Foi tudo o que eu quis. </div><div align="left"><strong><a href="http://www.artmus.blogspot.com/">Mateso</a></strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="center"><strong>______________</strong></div><div align="center"><strong></strong></div><div align="left"><strong>a viagem<br /></strong><br />a Estrela d’<strong>Alva</strong> anuncia a <strong>mudança</strong>. as transformações do dia são, <strong>decididamente</strong> já bem visíveis.<br />acelero a passada para aproveitar a orientação que as estrelas me dão. elas são a <strong>cata</strong> pela qual, sem <strong>sofisma</strong> nem possível <strong>paralogismo</strong> me oriento. não só no plano físico, geográfico, como noutros planos menos visíveis a olhares despreparados. não iniciados.<br />sem elas paro. alimento-me e descanso. preparo-me, física e espiritualmente, para nova caminhada mal surjam no céu.<br />através delas <strong>devendo</strong> o caminho a seguir <strong>iluminado</strong> pela sua luz difusa por vezes fortalecida pela fria luz lunar.<br />preparo-me para o <strong>reencontro</strong> com o meu <strong>patrono</strong>. fonte de <strong>bondade</strong>. <strong>oráculo</strong> por onde a voz dos deuses passa tal a sabedoria e as profecias correctas e justas que pronuncia.<br /><br />estendo, no chão, o manto de viagem que me cobre e onde um pouco mais tarde repousarei, acendo uma pequena fogueira e nela aqueço, hidratando-os com água, os alimentos secos que trago na mochila, enriquecendo-os com ervas colhidas ao longo do dia.<br />agradeço os alimentos e todas as dádivas recebidas. finalmente deito o corpo e repouso.<br />é então que o cansaço começa a inundar os músculos até que se liberta e o sono me cobre de paz.<br /><strong><a href="http://fragmomentosii.blogspot.com/">Amla</a></strong></div><div align="center"><strong>__________________</strong></div><div align="left"><strong>Decididamente</strong>, não há pachorra!</div><div align="left"> </div><div align="left">Só pode ser <strong>sofisma</strong>, a <strong>bondade</strong> intempestiva daquele sem-vergonha, feito <strong>oráculo</strong> <strong>iluminado</strong>, a <strong>desvendar</strong> mistérios de <strong>alva</strong> candura, num <strong>reencontro </strong>para a <strong>mudança</strong>…Há <strong>paralogismo</strong> na <strong>carta</strong> não me agrada a ideia do <strong>patrono</strong>!<br /><a href="http://metaphoricamente.blogspot.com/">Miruii</a></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-52100281053864772872008-12-22T00:07:00.004+00:002008-12-27T15:53:39.336+00:009º Jogo das 12 Palavras - 2ª parte<embed style="WIDTH: 230px; HEIGHT: 130px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-d9.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474817925849&site=widget-d9.slide.com"></embed><br /><br /><br /><div style="WIDTH: 230px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817925849&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-d9.slide.com/p1/1513209474817925849/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817925849&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-d9.slide.com/p2/1513209474817925849/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817925849&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-d9.slide.com/p4/1513209474817925849/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="left"><strong>c<strong>artas de amor</strong></strong> </div><div align="justify"><br />Julieta entrega ao seu <strong>patrono</strong> uma <strong>carta</strong> que <strong>decididamente</strong> enaltece a sua <strong>bondade</strong>, sem <strong>paralogismo</strong> nem <strong>sofisma</strong>, em que <strong>desvenda</strong> a sua <strong>alva</strong> <strong>mudança</strong> de intenções e agenda um <strong>iluminado</strong> <strong>reencontro</strong> com o mais doce <strong>oráculo</strong> do seu coração.<br /><a href="http://anaeugenio.blogs.sapo.pt/"><strong>ana eugénio</strong><br /></div></a><div align="center">_________________________<br /></div><strong></strong><br />E queria ser a <strong>alva </strong>do dia em que nasceste.<br />Eu não queria ver a escuridão no teu olhar.<br /><br />Eu queria a <strong>bondade</strong> do teu sorriso.<br />Eu não queria a tristeza em tua alma.<br /><br />Eu queria a tua <strong>carta</strong> e escritos belos.<br />Eu não queria o teu silêncio, que doía.<br /><br />Eu queria ver o mar. <strong>Decididamente</strong>, a teu lado.<br />Eu não queria lá estar e não te ver.<br /><br />Eu queria <strong>desvendar</strong> os teus mistérios.<br />Eu não queria, porém, os teus segredos.<br /><br />Eu queria,<strong>iluminado</strong>, ter-te aqui.<br />Eu não queria, Deus me salve, ter-te longe.<br /><br />Eu queria a <strong>mudança</strong>. Radical.<br />Eu não queria o marasmo, o não viver.<br /><br />Eu queria, no <strong>oráculo</strong> vida, tua resposta certa.<br />Eu não queria, meu amor, desenganos.<br /><br />Eu queria ter certezas, boa-fé.<br />Eu não queria, na verdade, o <strong>paralogismo</strong> de uma reacção infantil.<br /><br />Eu queria ser o <strong>patrono</strong> do teu amor.<br />Eu não queria, por sinal, ser o teu acusador.<br /><br />Eu queria o <strong>reencontro</strong> com a Vida.<br />Eu não queria o sofrimento e a apatia.<br /><br />Eu queria, sem <strong>sofisma</strong> o teu amor por inteiro.<br />Eu não queria, minha vida, as meias-tintas.<br /><br /><a href="http://transatlantico-viajante.blogspot.com/"><strong>Zé-viajante</strong> </a><br /><br /><br /><br /><br /><div align="center">____________________<br /><strong></strong><br /></div><div align="left"><strong>a viagem</strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="justify">a estrela d'<strong> Alva </strong>anuncia a <strong>mudança</strong>. as transformações do dia são, <strong>dcididamente</strong> já bem visíveis.<br />acelero a passada para aproveitar a orientação que as estrelas me dão. elas são a <strong>carta</strong> pela qual, sem <strong>sofisma</strong> ou possível <strong>paralogismo</strong> me oriento. não só no plano físico, geográfico, como noutros planos menos visíveis a olhares despreparados. não iniciados.<br />sem elas paro. alimento-me e descanso. preparo-me, física e espiritualmente, para nova caminhada mal surjam no céu.<br />através delas <strong>desvendo</strong> o caminho a seguir <strong>iluminado</strong> pela sua luz difusa por vezes fortalecida pela fria luz lunar.<br />preparo-me para o <strong>reencontro</strong> com o meu <strong>patrono</strong>. fonte de <strong>bondade</strong>. <strong>oráculo</strong> por onde a voz dos deuses passa tal a sabedoria e as profecias correctas e justas que pronuncia.<br /><br />estendo, no chão, o manto de viagem que me cobre e onde um pouco mais tarde repousarei, acendo uma pequena fogueira e nela aqueço, hidratando-os com água, os alimentos secos que trago na mochila, enriquecendo-os com ervas colhidas ao longo do dia.<br />agradeço os alimentos e todas as dádivas recebidas. finalmente deito o corpo e repouso.<br />é então que o cansaço começa a inundar os músculos até que se liberta e o sono me cobre de paz.<br /><a href="http://fragmomentosii.blogspot.com/"><strong>Amla</strong><br /></div></a><div align="center">___________________<br /></div><div align="justify"><br /><strong><strong>Rompimento por palavras óbvias</strong></strong><br /><br /><strong>Decididamente</strong>, este é um assunto que temos que esclarecer. Não entendo porque insistes que não consegues <strong>desvendar</strong> o sentido do que digo. Achas-me algum <strong>oráculo</strong> que só pode ser entendido por quem seja <strong>iluminado</strong> pela <strong>alva </strong>luz da clara percepção? Em cada <strong>reencontro</strong>, é recorrente essa tua ideia de que cada raciocínio meu é um <strong>sofisma</strong> para te induzir em erro. Necessitarás por acaso dum <strong>patrono</strong> para te ajudar na aprendizagem da língua portuguesa? Não há nenhum <strong>paralogismo</strong> no que falo, diria antes que o meu raciocínio é uma <strong>carta</strong> aberta. É muita <strong>bondade</strong> minha, isto de estar aqui a gastar palavras para te explicar que a minha presciência me avisa de que, no nosso mútuo entendimento, só pode haver <strong>mudança</strong> para pior. Por conseguinte, solicito-te que não me importunes mais, dada a nossa óbvia desavença no que respeita ao uso da pátria língua.<br /><strong><a href="http://vidadevidro.blogspot.com/">Vida de Vidro</a></strong> </div><div align="left"></div><div align="center"><br />______________________<br /><br /></div><div align="justify"><br /><strong>Lado negro</strong><br /><br />Mais uma alta de mais um internamento.<br />– <em>É desta, Tó</em>? – Perguntei-lhe quando o fui buscar.<br />– <em>Sim, é desta</em>. – Respondeu.<br />Se eu pudesse acreditar nisso! Queria tanto acreditar! Mas, <strong>decididamente</strong>, não me parece que vá ocorrer <strong>mudança</strong> no seu comportamento. Até porque o seu aspecto e a sua voz o denunciam. A droga e a delinquência encontraram nele poiso.<br /><br />Encontrei-o, ainda nesse mesmo fim de tarde, na igreja. De pé, bem no meio, muito embrenhado com algo na mão… parecia um livro de cânticos, ou um papel… talvez uma <strong>carta</strong> ou <strong>oráculo</strong> do Santo P<strong>atrono</strong>.<br />Seria muito bom que esse <strong>reencontro</strong> com o espiritual lhe permitisse sair de lá <strong>iluminado</strong> por uma <strong>alva</strong> luz, com a qual pudesse <strong>desvendar</strong> o que constitui um mistério para ele, e que mais não é do que todo o seu tesouro, que enterrou não sabe bem onde, mas que se encontra dentro de uma caixinha envolta num papel colorido de <strong>bondade</strong>.<br /><br />Mas não. A ida à igreja deve ter-se revestido de algum <strong>sofisma</strong>, disseram-me depois.<br />No entanto, custa-me pensar que possa ser assim. Preferia não ver as pessoas pelo seu lado negro, mas o receio de ser atraiçoada por algum <strong>paralogismo </strong>leva-me a não poder descartar certas possibilidades.<br />O lado negro muitas vezes leva vantagem.<br /><a href="http://www.partilhas-em-fa-m.blogspot.com/"><strong>Fa Menor</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">_____________________<br /><br /><strong></strong></div><div align="left"><strong>Profecia</strong><br /><br />não foi <strong>paralogismo</strong>, o <strong>oráculo</strong> de outrora.<br /><br />o <strong>sofisma</strong> foi intrinsecamente verídico.<br /><strong>Sustentado</strong> por um <strong>patrono</strong><br />… <strong>decididamente</strong> crente.<br /><br />apesar da chama florir <strong>alva</strong>,<br />fés cegas sucedem-se em exemplos perdidos.<br /><br />mas o <strong>reencontro</strong> é alcançável.<br />qualquer caminho é <strong>iluminado</strong>!<br /><br />e a <strong>carta</strong>,<br />bordada em linhas de <strong>bondade</strong>,<br />une a liturgia dos tempos, proclamando:<br /><br />na <strong>mudança</strong> aguarda o <strong>desvendar</strong>!<br /><br /><a href="http://inatingivel.wordpress.com/"><strong>VFS</strong> </a></div><div align="left"></div><div align="center">_________________________</div><div align="left"></div><div align="left"><strong>Luz</strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="justify">- Encantei-me com a <strong>bondade</strong> de suas palavras escritas em pedaços de plantas e papel rugoso. A <strong>carta </strong>que idealizei nunca me foi entregue. Imaginei que cada inferência reproduzida em seu pensar poderia algum dia ser-me dirigida. Porém, deparei-me com um <strong>sofisma</strong>. O <strong>paralogismo</strong> surtiu efeitos a curto prazo. Não considero a hipótese de sonhar a longo prazo.<br />- <em>Mas, quem te disse que os sonhos têm barreiras? Cada um é livre e <strong>patrono</strong> de si!<br /></em>- <strong>Decididamente,</strong> a <strong>mudança</strong> é um dos chinelos no encalço da minha vida. O outro será um <strong>reencontro</strong> comigo quando <strong>desvendar</strong> algo <strong>iluminado</strong>… Talvez o <strong>oráculo</strong> me guie pela Luz <strong>alva</strong> e me transmita um arrepio de amor.<br /><a href="http://www.escreverumlivro.blogspot.com/"><strong>Eli</strong> </a><strong><a href="http://www.escreverumlivro.blogspot.com/">Rodrigues</a></strong></div><p align="center"><strong>_____________________</strong></p><p><strong></p></strong><strong><div align="justify"></strong></div><strong>porto de abrigo</strong><br /><br />recordo a sua voz a dizer-me em tom de <strong>oráculo</strong>: <em>toda a cisma gera <strong>sofisma</strong></em>.<br /><strong>Alva</strong>, era um ser <strong>iluminado</strong>. <strong>Decididamente</strong> tinha a capacidade de <strong>desvendar</strong> a alma do ser humano nos seus mais esconsos recantos e mistérios.<br /><br />alma de grande <strong>bondade</strong> percebia, antes de qualquer outra pessoa os ventos de <strong>mudança</strong>, quer fossem colectivos quer individuais. nunca usou em seu proveito esse poder ou dom. nunca utilizou qualquer <strong>paralogismo</strong> nas respostas que nos dava quando inquirida sobre alguns assuntos, por mais melindrosos.<br /><br />a vida segue o seu curso e no decurso desta muitas vezes nos afastamos geograficamente de pessoas significantes em nossas vidas. foi isso que aconteceu entre mim e Alva. e digo, entre mim e Alva porque fui eu quem partiu. ela continuou na velha mansão a cuidar de tudo e de todos.<br /><br />a chegada da <strong>carta</strong>, escrita pelo seu punho. com a sua letra alongada, quase cuneiforme, deixou-me intrigado. várias vezes a virei e revirei antes de me decidir a abri-la.<br />anunciava-me o nosso <strong>reencontro</strong>, pois chegaria dentro de dia e meio.<br />se esta viagem era, por si, razão de surpresa dado Alva nunca ter saído da terra, da mansão e terrenos ao redor. o facto de me designar por <strong>patrono</strong> deixou-me estupefacto e curioso.<br /><br />se justiça havia no mundo e alguém merecia essa designação era ela. não eu.<br />o que significaria tal inversão de papeis ao dar-me tal tratamento?<br /><br />tentei manter-me imerso no trabalho pois o facto inédito da viagem e o título usado tornavam-se uma inquietação cada vez maior.<br /><br />chegada, falámos de tempos vividos. deu-me notícias de nascimentos e falecimentos, de alterações ocorridas na terra durante a minha longa ausência.<br />sabia que de nada serviria questioná-la sobre os dois factos que tanta estranheza me causavam.<br />falaria quando chegasse o momento certo. o equilíbrio necessário estivesse reposto entre nós depois de tanto tempo.<br /><br />falou e eu, estupefacto, nada fui capaz de dizer. viera anunciar-me as medidas a tomar dentro de poucos dias pois chegara a hora de partir. viajar para o outro lado do véu, disse.<br /><br />as lágrimas afloraram meus olhos, a alma encolheu-se dentro de mim. voltei a ser o menino de quem sempre cuidara e perdido me senti.<br />estivesse onde estivesse, sabê-la viva, na mansão, era a fonte de toda a minha energia e segurança. agora o meu eterno porto de abrigo movera-se para vir dizer-me que chegara a hora, que se ia….<br />depois me disse que eu era muito mais do que imaginava. não era um homem comum.<br />ao longo dos séculos sempre viera para jogar um papel importante no seio da humanidade. ela fora a minha guia nesta vida, mas os meus poderes eram superiores aos dela. eu era o patrono. ela a eterna seguidora, a discípula. mas estava honrada com a missão que tivera nesta encarnação.<br /><br />chegara a hora. devia retornar à mansão e preparar-me antes da sua partida, pois havia muito trabalho a fazer. sabia-me pronto. só tinha que aclarar a visão interior e re-ligar-me ao meu eu superior de que a vida mundana me mantivera deliberadamente afastado até ao dia certo. e esse dia chegara.<br /><strong><a href="http://estranhosdias.blogspot.com/">TMara</a></strong> <div align="left"></div><div align="center">______________________<br /></div><div align="justify"><br /><strong>em boa hora</strong><br /><br />foi sem <strong>sofisma</strong> que me ofereci para te levar ao hospital. é certo que tirara a <strong>carta</strong> havia pouco, mas, <strong>decididamente</strong> sentia-me apto e sem receios.<br /><br />o caminho, <strong>iluminado</strong> pelos faróis deixava-se <strong>desvendar</strong> e a confiança crescia em ti.<br />o carro, de boa cilindrada, respondia bem às <strong>mudanças</strong> e a tua <strong>bondade</strong> intrínseca fazia-me confiar que ficarias bem. que a morte te não colheria ainda.<br />sempre foras o meu <strong>patrono</strong>. meu anjo tutelar.<br />de tua boca, sem qualquer <strong>paralogismo</strong>, saíam verdades como da de um <strong>oráculo</strong>.<br /><br />bendisse a hora do nosso <strong>reencontro</strong>, pois podia assim prestar-te serviço.<br />levar-te ao lugar onde a morte seria de ti afastada.<br />estavas isolado no campo. deixaras os telefones na cidade e a perna partida, as costelas esmagadas, ao que tudo indicava a perfurarem-te um órgão, impediam-te a condução.<br />se não houvesse chegado naquele instante morrerias esvaindo-te em dores e sangue.<br /><br />falava-te das pessoas que conhecíamos, dos locais por onde andara, tentando manter-te acordado.<br /><br />a luz da <strong>alva </strong>anunciava o aproximar do dia e também da cidade. do hospital.<br />ouvi-te suspirar e de seguida o silêncio abateu-se sobre a viatura. chamei-te: Eduardo…<br />insisti, sentindo o coração disparar de medo. respirei fundo para acalmar. tornei a chamar-te suavemente e, tirando uma mão do volante, toquei-te ao de leve.<br />Ouvi a tua voz. fraca mas tua, perguntar: <em>chegámos?</em><br /><a href="http://darkhumanity.blog.com/"><strong>Dark</strong> </a></div><div align="center"><br />_____________________<br /></div><div align="justify"><strong>Sonhar, sempre!<br /></strong><br />Escrever uma <strong>carta</strong>, um artigo, um livro e <strong>desvendar</strong> o que mais profundo nos vai na alma pode ser um <strong>paralogismo</strong>, <strong>decididamente</strong>.<br /><br />Pode-se escrever muito e nada dizer, pode-se imaginar situações, ter projectos, sonhos, viajar por países onde nunca estivemos, passar por quem não somos... É um exercício cujo <strong>patrono</strong> da boa escrita nos ensina com a sua bem conhecida <strong>bondade</strong> e sabedoria.<br /><br />No <strong>reencontro</strong> da leitura com a escrita senti-me <strong>iluminada</strong> e recomecei a escrever na <strong>alva </strong>de uma qualquer madrugada, dando-se a esperada <strong>mudança</strong>, brotando uma prosa simples, ao sabor da pena, do que me vai na alma, na necessidade de deitar para fora, quero dizer, para o papel o que, muitas vezes, não posso dizer ou não consigo. Dizer a verdade, é bonito e leal, mas nem sempre se pode fazê-lo, com a agravante de magoar quem não queremos e não conseguir articular as palavras certas.<br />Querer dizer sempre o que se sente é um <strong>sofisma</strong>.<br /><br />Dediquei-me à escrita com amor e alma, dedicação e empenho e em breve espero publicar um livro, mais um que encherá as estantes de tantas livrarias que pululam a cidade e os Centros Comerciais, mas se é um sonho, porque não realizá-lo? Os sonhos comandam a vida e se os deixarmos de ter… morremos antes de morrer. Não há quem o leia, quem o compre, quem o saiba entender, problema deles, não sabem o que perdem… talvez gostassem e se comovessem com as minhas histórias.<br /><br />Dei trabalho a umas tantas pessoas, realizei o “meu sonho”, assim, fui mais feliz, ganhei mais uma batalha, saltei mais um obstáculo.<br /><br />Poderia ter sido um <strong>oráculo</strong> mas ao acordar, porque o cansaço instalou-se de tanto escrever, olhei o computador e ali estava um texto à minha espera.<br /><br />Deixar de sonhar . . . nunca!<br /><a href="http://skuba.blogs.sapo.pt/">MJ </a><br /></div><div align="center">________________________<br /><br /></div><div align="left"><br /><strong>Clareava </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong></div>Nem era pela luz difusa que entrava pelo cortinado depois de atravessar a renda.<br />Nem era pelo tom leitoso que escorria de uma frincha estreita a afagar o tapete e a esgueirar-se entre as pregas do lençol que lhe cobria o corpo.<br />Sabia que era chegada a madrugada, por uma certeza que a ia inundando, que a fazia remexer-se, entreabrir a boca, dar pequenos estalidos meio babosos, entreabrir e cerrar os olhos, e puxar, com uma quase fúria, a roupa para junto da orelha encolhendo-se no corpo até quase lamber os dois joelhos.<br />Era esse trejeito de se deixar ficar mais um instante, de ronronar como cria mal nascendo, que lhe anunciava a <strong>alva</strong> a noite a ser engolida pelo dia seguinte.<br />O quarto quase a ficar <strong>iluinado</strong><br /><br />***<br />Fora uma noite grande.<br />Ouvia-se dizer.<br />Que começara numa chuva pingando.<br />Que nem trovoada, nem o céu nublado.<br />Que fora uma revoada, um silvar de vento levantando roupas em estendal e a chuva engrossando.<br />Que a cada um nem sobrara o tempo de perceber de que estava morto.<br />Ou talvez:<br />Os que ficaram olhando o escorrer das terras em cima de um empedrado preso por aquilo a que se diz milagre.<br />Os que olharam a sua morte ali rondando.<br />Os que ficaram à espera, talvez rezando orações que nem sabiam, que a lama, as árvores, a casa do Batista e a casa da Hermínia, fossem despenhar-se noutro local que não aquela ilha de onde observavam – telhados, uma chaminé, bocados de paredes, um piano, duas colheres de pau e um boi. O senhor padre tentando boiar e escorregando.<br />Os que terão ficado para <strong>desvendar</strong> o acontecido, esquecidos do que nem viram, que eram eles num segredo para que a morte os desapercebesse.<br /><br />***<br /><br />Terá ouvido os ruídos de dentro do que julgou ser sonho.<br />Talvez tenha pensado que fosse o <strong>reencontro</strong> com o rumor da cidade que despertava lá em baixo.<br />Um <strong>paralogismo</strong> que era ela pensando, entre a noite e o ser já dia claro.<br />Terá, que era seu costume, ronronado e virado de lado.<br />Poderá ter-se apercebido de uma luz diversa naquele iniciar de dia.<br />E nem terá sabido que era a cor da lama: um mar entrando pela renda e ela nuazinha a gritar um socorro que nem sabia ao que chamava e nem se era verdade ou sonho toda aquela água.<br />Nos jornais não sobraria lugar para dizerem o seu nome.<br />Maria do Rosário, solteira, vinte anos.<br /><em>(Amante do coronel, diriam muitos se lhes fosse dado lerem a página de necrologia por baixo de uma foto tirada no dia em que fizera exame)</em><br /><br />***<br /><br />- Dia 24 de Dezembro.<br />Foi o que respondeu.<br />E acrescentou, em tom mais baixo:<br />- Véspera de Natal.<br />A senhora muito jovem cheirava a perfume e sorriu-lhe.<br />- Boas festas, Coronel! – e foi andando em cima de uns sapatinhos de salto fino, encarnados, brilhantes de verniz a contrastar com o chão molhado e a lama que também entrara pelas casas cá em baixo.<br />A contrastar com a manta e o mastigar do pão que ia molhando em leite morno: uma caneca que lhe deram numa <strong>bondade</strong> a dizer com a circunstância.<br />Ele respondendo à pergunta que ela fizera:<br />- Sabe que dia é hoje?<br />E ele a aconchegar-se na manta, a sorver o reconforto do leite morno, sem perceber o desaguisado da pergunta.<br />No bigode ficavam-lhe, escorrendo, duas pingas brancas. O leite sujando o cinzento da<br />manta com duas riscas vermelhas que faziam ângulos sobre as costas ainda mal enxutas. Nuas, que ele sempre se deitava despido sobre os lençóis brancos: a ventoinha zanzando lá no alto e ele babujando os lençóis com um suor que lhe pingava em todo o corpo. Bagos grados deslizando-lhe das dobras. Como lama.<br />Hismaíl Domingues Conceição. O Coronel Domingues, como era conhecido.<br />Oitenta e quatro anos arrastados para cima do telhado.<br />Dirá que a morte o empurrara segredando: “ainda não és tu”<br />E ele subindo que a chuva desmedida inundava a casa, subia o nível da ribeira, lavava-lhe os suores e ele que tremia, nu, a olhar a morte andando em volta.<br />A água descolava as terras e mais as casas e despenha-as pela ribanceira.<br />Disseram. Viram.<br />***<br /><br />Uns metros mais abaixo, Maria do Rosário acordava numa <strong>alva</strong> estranha.<br /><strong>Decididamente</strong>, ela nunca iria responder:<br />- Hoje é dia 24 de Dezembro.<br />E acrescentar em tom mais baixo:<br />- Véspera de Natal.<br />***<br /><br />O sol brilhou.<br />Uma rodela amarela emoldurada num céu sem nuvens, apenas esbatido o azul numa neblina muito ténue.<br />Nem pinga de chuva.<br />Nada que explicasse as casas e os telhados e os haveres, como <strong>carta</strong>s desarrumadas sobre a mesa depois de um jogo.<br />Um sol muito amarelo a apressar o apodrecer dos corpos.<br />Aquele moleque abraçado ao gato.<br />Aquela mulher que teria ficado nos preliminares do que seria uma longa noite.<br />Mortos embolados em lama, de olhos muito abertos.<br />Tão nus quantos Hismaíl Domingues Conceição. O Coronel Domingues, a beber leite morno enrolado numa manta com riscas encarnadas a fazerem ângulos nos dobrados do corpo.<br />Os vivos que ficaram, a poderem pensar apenas por <strong>sofisma</strong>s.<br />Nem a igreja, já quase só <strong>oráculo</strong> de domingos e dias consagrados, fora deixada ilesa: o santo seu <strong>patrono</strong>, boiava, desprendido do altar, numa correnteza amarela, entre dois carneiros e uma bicicleta sem selim nem roda da frente.<br />E morrera o padre.<br />Quem o disse, alto, falando com uma mulher de vestido com florinhas amarelas, foi a senhora dos sapatos encarnados. Disse assim:<br />- Morreu muita gente. Morreu o senhor padre Armando.<br />E a outra, olhando de soslaio o Coronel quase nu na manta de riscas:<br />- E a Maria do Rosário?<br />Disse assim a menina dos sapatos vermelhos:<br />- Essa, morreu na cama.<br />E olharam ambas o velho Coronel a limpar o bigode numa risca da manta.<br />E riram-se ambas, embora cada uma o tivesse feito de modo muito discreto, com uma pontinha de vergonha.<br />***<br /><br />Foi quando soou o grande grito.<br />Desenrolado da manta, vagando nu, o sol enxugando-lhe suores e restos de chuva, a boca aberta num grito salpicado de pão embebido em leite. O Coronel Domingues a perceber a <strong>mudança</strong>.<br /><em>(Maria do Rosário, vinte anos, sua amante.)</em><br />O Coronel a perceber a questão colocada pela senhora muito jovem que cheirava a perfume.<br />A véspera de Natal não acontecera: morrera embolada na lama.<br /><a href="http://www.intervalos.blogspot.com/">Mcorreia </a><br /><br /><div align="center">_____________________</div><div align="left"></div><div align="left"><strong>a mudança</strong></div><div align="center"></div><div align="left"></div><div align="justify">o acesso mal <strong>iluminado</strong> criava uma aura de mistério alimentando-o nos espíritos já predispostos à crença nas coisas do além que ali se dirigiam. racionalmente sabia que tanto podia ser um <strong>sofisma</strong> como um simples <strong>paralogismo</strong> tudo o que meus olhos vissem ou o que me fosse dito. seguindo as indicações do meu <strong>patrono</strong> estava disposto a arriscar. <strong>decididamente</strong> a <strong>mudança</strong> impunha-se e necessitava uma orientação. havia uma área de penumbra que meu espírito não lograva <strong>desvendar</strong>. na porta antiga, de bom carvalho envelhecido uma placa informava: <em>Alva dos Anjos. vidente, cartomante….<br /></em>o resto não estava legível dada a penumbra da entrada. toquei a campainha e aguardei, seguro da <strong>bondade</strong> cósmica que guiaria meus passos e me orientaria na necessária descodificação.<br />a porta abriu-se devagar, sem um som. ante mim uma salão amplo com um enorme vitral por onde a luz do dia era filtrada de forma ricamente cromática iluminando-o q.b. sendo a restante luz proveniente de velas sabiamente distribuídas. uma figura longilínea, sem uma palavra, fez-me sinal para que me sentasse numa poltrona e aguardasse. assim fiz enquanto escutava a música que parecia irradiar das paredes enchendo suavemente o salão. deixei que a música me preenchesse e entrei no modo de meditação. inesperadamente uma voz com um timbre inexplicavelmente musical, disse: boa-tarde. abri os olhos e diante de mim estava <strong>Alva.</strong></div><div align="justify">Alva Maria dos Anjos Rodrigues (AMAR). o primeiro amor de minha vida. luminosa figura quase translúcida, tal a luz que emanava.<br />este <strong>reencontro</strong> acordou memórias e sentimentos há muito arrumados num canto de meu ser. olhámo-nos longamente me silêncio. cada um entregue às recordações que o assaltava. ao fim de um tempo a voz de Alva, profissionalmente, fez-se ouvir: por favor siga-me. conduziu-me a uma mesa colocada num ângulo do salão onde os raios solares filtrados pelo vitral incidiam recriando as imagens que o cobriam. sentámo-nos e, sem nada perguntar, Alva dos Anjos pegou num baralho de tarot. passou-mo para as mãos, aguardando que o baralhasse e cortasse. estendeu-o sobre a mesa, voltou a juntar as cartas na sua mão esquerda e começou a retirar carta por <strong>carta</strong>. a primeira que foi virada foi a do <strong>oráculo</strong>…<br /><strong><a href="http://manuelabaratatonta.blogspot.com/">Sereia</a></strong></div><div align="left"></div><div align="center">______________________________<br /></div><strong></strong><div align="center"><strong></strong></div><div align="justify"><strong>demandas</strong><br /><br />o <strong>iluminado</strong>, questionou o que a turba contra mim clamava.<br />ergueu os braços. as palmas bem abertas viradas para a fúria da multidão e clamou: vou purificar-me, vestir a <strong>alva</strong> e consultar o <strong>oráculo</strong>.<br /><br />a mulher não pode ser condenada na base de qualquer <strong>sofisma</strong>. é necessário <strong>desvendar</strong> a verdade. a BONDADE da nossa sociedade assim o exige.<br />enquanto me preparo e purifico é necessário que, de entre vós, um de vós que a conheça e acredite na verdade da sua <strong>mudança</strong> avance e se prontifique a ser seu <strong>patrono</strong> e, juntamente com uma vidente trace a <strong>carta</strong> de vida desta mulher sem margem a qualquer <strong>paralogismo</strong> ou erro para que, se for essa a determinação do deus, possamos avançar <strong>decididamente</strong> e libertá-la da falsa realidade em que se enredou permitindo-lhe o <strong>reencontro</strong> com a única verdade do universo, lei que nos rege e pela qual vivemos.<br />ide em paz. cumpri a vossa parte que cuidarei da minha e far-se-á segundo a palavra do orago.<br /><a href="http://acordavida.blogs.sapo.pt/">TMara</a><br /></div><div align="center"><strong></strong><strong></strong><strong></strong><strong>___________________</strong></div><div align="left">Bem sei que vos é difícil aceitar uma verdade que não existe. Mas a realidade é que ela já faz parte da vossa vida.<br />Será<strong> paralogismo</strong> olhar o vosso <strong>oráculo</strong>?<br />Será um <strong>sofisma</strong> para o qual ainda não estão preparados?<br />Organizai-vos para a <strong>mudança</strong>. Estais perante um ser <strong>iluminado</strong>.<br />Só os raios de luz imanados pela <strong>alva</strong> me tornam visível.<br />Chamai-me pois <strong>patrono</strong>, pois, <strong>decididamente</strong>, só eu poderei fazer a diferença.<br /><strong>Desvendar</strong> o teor da <strong>carta</strong> será um <strong>reencontro</strong> com a luz.<br />E luz sou eu, sou a <strong>bondade </strong>que vos guia.<br />Sou terra, água e ar.<br />Sou a verdade que procuram…<br /><strong>Zé</strong></div><div align="center">_________________</div><div align="left"></div><div align="left"><strong>Carta</strong> ao lado sombrio das luzes</div><div align="center"></div><div align="left"><br />Sempre achei que o Natal nascia na data errada… A pressa das pessoas, a angústia porque falta mais uma prenda. A <strong>mudança</strong> do ano que se avizinha...<br /><strong>Decididamente </strong>o Natal deveria ser “quando um homem quisesse” e não transformado num <strong>sofisma</strong>, embrulhado num papel de cores garridas e com um laço a coroar o <strong>paralogismo</strong>.<br />Talvez nunca tenha sido criança. Talvez tenha sido sempre demasiado adulta e tenha conseguido <strong>desvendar</strong> - não, desnudar… - o olhar mal <strong>iluminado</strong> do ser que caminha na minha sombra, e que há muito percebeu que a <strong>bondade</strong> não é algo intrínseco dos seres humanos.<br />Um argumento cínico a juntar a todos os outros argumentos falhados ou concebidos para falhar? Talvez. Sempre o velho e estafado “talvez”, tenho que admitir…<br />Olhamos para o cartão de crédito como se ele fosse o <strong>oráculo</strong> que nos vai salvar. Perscrutamos saldos de conta que se mantêm em constante movimento, na ânsia de transformá-los em elásticos de criança. O ATM devolve-nos, com pequenos ruídos irritantes e sempre iguais, a medida da nossa incapacidade. Queixamo-nos da crise. E, amaldiçoamos - à sombra do egoísmo oculto que não se furta a colar-se-nos - que são demasiadas prendas para tão parco saldo... Esquecidos que a humanidade não nasce de um embrulho.<br />Mas depois prometemos que esta data fará sentido. Sim, porque é Natal e tem que fazer sentido… Até ao momento seguinte em que damos uma bofetada na vida, e em nós e nos outros, pois rapidamente viramos a face, apáticos, às lágrimas dos que, a cada hora que passa, morrem sós... Criaturas sujas pela dureza da vida que foi e já não é, e que deixaram há muito de vislumbrar a maior árvore de Natal da Europa.<br />Os homens morrem de pé, como as árvores... porque o chão é frio, as gotas frígidas da chuva destruíram o tapete quente dos tempos de Verão.<br />É assim o Natal, os olhos <strong>alvos</strong> – cegos. Deixamos a vida dos outros interrompida, à espera que a “época da esperança” passe e possamos finalmente recomeçar a drenar os esgotos infectos do universo que nos rodeia. Mas sempre com “paninhos quentes” que a verdade pura e dura seria forte demais.<br />O Natal passa e sucede-se o <strong>reencontro</strong> com aquele sossego que “não é carne nem peixe” dos meses que se seguem. Porque este ano escapámos às estatísticas do desemprego. A casa ainda é nossa. Os filhos ainda vão ser doutores e na televisão ainda dá a mesma novela. Não perdemos nenhum capítulo. Nenhum golo do Benfica, do Porto, de outro clube qualquer...<br /><strong>patronos</strong> de nós mesmos, suspiramos baixinho... Que para o ano que vem vamos fazer tudo diferente.<br /><strong><a href="http://apaginastantas.blogspot.com/">Raquel Vasconcelos</a></strong></div><div align="center"><strong>__________________</strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="left"><strong><span style="font-size:85%;">DA MINHA MENINICE</span></strong></div><div align="left"><strong></strong></div><div align="left">Era eu ainda criança, mas passados tantos anos, Num momento <strong>iluminado</strong>, sem <strong>paralogismo</strong> recorro ao meu <strong>oráculo</strong>, e falo-vos! Não como S.Francisco fez aos peixes, a tanto não me atreveria, Mas falo-vos com o coração e para que <strong>decidadamente</strong> fiquem a conhecer alguns episódios reais da minha meninice e em que o pai, <strong>patrono</strong>, homem de <strong>bondade</strong>, apesar das suas dificuldades económicas , tinha sempre na sua (nossa) mesa, lugar para quem se aproximasse seria bem recebido...<br />Este pai de que vos falo era o meu, já não está entre nós e neste momento sinto-me a escrever-lhe uma <strong>carta</strong> na certeza de que o nosso inevitável <strong>reencontro</strong> será um momento de paz e amor !<br />Na sua (nossa )mesa sentaram-se presidentes, ministros democratas,gente ligada a todas as áreas da saúde, advogados,escritores , ciganos e pasme-se: malteses.<br />Certo dia de <strong>alva</strong> manhã, na estrada frente á casa de meus pais, em cujo largo existe um chafariz de água não potável, ao lado repousava um ancião de trajos andrajosos, barba e cabelo sujos e em desalinho,sapatos que há muito haviam deixado de o ser.<br />Por <strong>sofisma</strong> ou outra razão qualquer por <strong>desvendar</strong> , o pai dirigiu-se-lhe, convidou-o a ir até nossa casa, aqueceu água na lareira e disponibilizou um espaço onde pudesse tomar banho.<br />Queimou as roupas andrajosas que lhe ocultavam algumas partes do corpo..<br />Deu-lhe roupas limpas e confortáveis, fez-lhe a barba, deu o jeito possível no cabelo, e convidou-o a sentar-se á nossa mesa onde , numa tigela, já fumegava uma açorda de coentros, ovos e bacalhau que a mãe acabara de preparar.<br />Comeu como se fosse da casa e nos conhecesse desde sempre, nos seus olhos um brilho de felicidade, de agradecimento , quiçá de admiração.<br />Terminada a refeição e antes de seguir viagem o pai entregou-lhe um saco de pano com pão, chouriço e algumas uvas, deu-lhe ainda 20 escudos<br />uma fortuna naquela época , acreditem.<br />Agradecido despediu-se e fez-se á estrada.<br />Como vos disse, eu era criança, assisti entusiasmada a toda aquela <strong>mudança</strong> , e jamais esquecerei o brilho daquele olhar.<br />Naquele dia , eu criança, pensei entre tantas outras hipóteses, que aquele ser seria Jesus feito homem..<br />Hoje, passados tantos anos não sei quem era, mas sei que o pai acabara de praticar mais uma das suas boas acções, e isso alegra até hoje o meu coração...Obrigada pai por tudo o que me deste, me ensinaste e me serve de lição até hoje..<br />Onde quer que estejas, um abraço pai....</div><div align="left"><a href="http://alvesbesuga.blogspot.com/">Ell</a></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-19745746775752391812008-12-20T00:18:00.004+00:002008-12-20T00:26:01.455+00:00Boas festas<img id="cardimage" src="http://i.123g.us/c/edec_c_newjingle/card/109261.gif" width="550" height="400" border="0">Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-85854050461701637732008-12-10T22:57:00.003+00:002008-12-10T23:11:22.373+00:00uma notícia em flor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoQrR2y8tJFrh4BhtB5DAAW5neFTBiUiEwNAnUteJ5wYcTSSoqOX3QC5AFEgdaUmqXdGSv-VkhVFE9pcJ-SzGSzJB6eDmnzempmqp0pKPKdaP-eu6EGMMXBmw7XUIVqG5wle-cW1y1qwzr/s1600-h/06981085.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278300335932567586" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoQrR2y8tJFrh4BhtB5DAAW5neFTBiUiEwNAnUteJ5wYcTSSoqOX3QC5AFEgdaUmqXdGSv-VkhVFE9pcJ-SzGSzJB6eDmnzempmqp0pKPKdaP-eu6EGMMXBmw7XUIVqG5wle-cW1y1qwzr/s400/06981085.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><div>Recebi, da Eli Rodrigues, uma notícia que me deu imensa alegria e quis partilhar convosco.</div><br /><div></div><div>« (…) <em>Na escola onde trabalho, todos os dias temos o "Momento de Leitura".</em></div><br /><div><em>No dia 24 de Novembro, apresentei o nosso livro e expliquei como tinha surgido, como um exemplo de escrita criativa.<br />A seguir, jogámos também com palavras ditas pelos alunos.<br />No dia seguinte, apresentaram-se textos belíssimos!!! (…)»</em> </div><div><a href="http://www.escreverumlivro.blogspot.com/">Eli Rodrigues</a></div><div> </div><div align="center">______________</div><div align="left">E do amigo <a href="http://inatingivel.wordpress.com/">Vicente Ferreira da Silva</a> recebi a notícia que divulgo com prazer pela importância que tem. </div><div align="left">O <a href="http://fernandonobre.blogs.sapo.pt/">Presidente da AMI, Dr. Fernando Nobre</a>, acaba de abrir um blogue. Imperdível!</div><div align="left">Divulguem, por favor.</div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-34710851398528635682008-12-09T00:56:00.002+00:002008-12-10T22:48:06.705+00:00A morte absoluta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk2vnhp2LewOUVZypajHCSFhAxtgfm14VuM6CGNWt7NLBaLLxn5FFGW8dHCEa80PCkxCX3Z6gzpu9LgNyVhjGkNP0qpf6tXEV24A-Cr5q2br9oLyplDT_PIkfeopd9s4dcflVjJuzvz970/s1600-h/PICT0392.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278101247265807186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk2vnhp2LewOUVZypajHCSFhAxtgfm14VuM6CGNWt7NLBaLLxn5FFGW8dHCEa80PCkxCX3Z6gzpu9LgNyVhjGkNP0qpf6tXEV24A-Cr5q2br9oLyplDT_PIkfeopd9s4dcflVjJuzvz970/s400/PICT0392.JPG" border="0" /></a><br /><div align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_PVfOrb7z3U65_VEJaz2O6PsnJ4BZiW6jHAaf-fVIPzf-YHmY8vbIUX8ZjYMYZAytzV3brGjGzSCCPO7ivKOdC5HS9A6pk6JqAYYQtWSsTy4C0sgerbAh8N6MSAoObYOhIgVbXJz61VQl/s1600-h/PICT0393.JPG"></a></div><div align="left"><div>Morrer.<br />Morrer de corpo e de alma.<br />Completamente.<br /><br />Morrer sem deixar o triste despojo da carne,<br />A exangue máscara de cera,<br />Cercada de flores,<br />Que apodrecerão — felizes! — num dia,<br />Banhada de lágrimas<br />Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.<br /><br />Morrer sem deixar porventura uma alma errante...<br />A caminho do céu?<br />Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?<br /><br />Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,<br />A lembrança de uma sombra<br />Em nenhum coração, em nenhum pensamento,<br />Em nenhuma epiderme.<br /><br />Morrer tão completamente<br />Que um dia ao lerem o teu nome num papel<br />Perguntem: "Quem foi?..."<br /><br />Morrer mais completamente ainda,<br />— Sem deixar sequer esse nome.<br /></div><br /><br /><div align="right"><br />Manuel Bandeira</div></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-19135020814072311732008-12-05T00:00:00.001+00:002008-12-05T00:00:01.879+00:009º Jogo das 12 Palavras<div align="center">Amigas e amigos, hoje a festa dos 22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS é em Lisboa.<br />Uma forma de me juntar à festa é colocar as palavras para o 9º Jogo que continua aberto a todas e todos que se quiserem juntar a nós neste viv«cinate e rico desafio mensal.<br />E a TMara, para que me sinta ainda mais convosco fez uma "gracinha" que me comoveu "dando-me ordens expressas de o trazer ao peito, a partir das 19H30, hora de Lisboa.<br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5275701393119613714" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 202px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqTjnv9ca4rXxidcEXsxqHgMH1UpMM-2r6VAm_ZFC5vitTV1wTQraoLeIrhNcIa-a_OoholC5RXR3roQ4bRoO18F5Vga22bBsnIQ2gYkbmijf5Q2KozTUIFg4YZhR6h9tb2VwBBPHJXDgS/s320/EREMITA.jpg" border="0" /><br />AQUI FICAM AS 12 PALAVRAS.<br />NÃO ESQUEÇAM QUE A DATA LIMITE PARA ENVIO DOS TEXTOS É O DIA 20 DE DEZEMBRO.<br />E AGORA, VAMO-NOS A ELAS?<br /></div><embed style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 375px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-f1.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474817652977&site=widget-f1.slide.com"></embed><br /><br /><br /><div style="WIDTH: 400px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817652977&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-f1.slide.com/p1/1513209474817652977/bb_t014_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817652977&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-f1.slide.com/p2/1513209474817652977/bb_t014_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817652977&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-f1.slide.com/p4/1513209474817652977/bb_t014_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><div align="center">----- " " -----<br /></div><div align="justify"><br />E deixo o meu muito obrigado a todos os jogadores pelo seu empenho, pela labuta com as 12 palavras de cada jogo, e pela riqueza que têm trazido a todos os outros, surpreendendo-nos com belos textos, mês a mês.<br />A minha gratidão aos amigos que generosamente embarcaram na nossa aventura: o editor da EDIUM, Jorge Castelo Branco; ao prefaciador, José António Barreiros e ao apresentador Jorge Castro. </div><div align="center">Bem-hajam pelo apoio dado. </div><div align="justify"><br />O meu muito obrigado a todos que se juntaram à festa destes aventureiros olhares, no Porto e hoje em Lisboa, desafiando as palavras e por elas sendo desafiados. Só posso desejar a todos que a leitura do livro vos dê tanto prazer quanto nos deu e continua a dar a escrita mensal em torno de 12 palavras que por vezes parecem tão estranhas e distantes entre si e que acabaram por se impor sob a forma de livro.</div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-860596564499620682008-11-22T00:11:00.002+00:002008-12-10T22:56:23.642+00:008º Jogo das 12 Palavras - 1ª parte<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjzvWXRtw4mVX0bozRwpas6tRHbBtU4VfgpVBdzXcF16P-16SYlXQULs1yyukNqQYm7OEiKiHHNw_fj9-CT8jGj8nsJIwFa2620YKn6JRzN0sMfbUUgl6-XCROiT5OpXbgPoVg2lPQUyPc/s1600-h/Capa_22_olhares+final+small.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271033954278590242" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 172px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjzvWXRtw4mVX0bozRwpas6tRHbBtU4VfgpVBdzXcF16P-16SYlXQULs1yyukNqQYm7OEiKiHHNw_fj9-CT8jGj8nsJIwFa2620YKn6JRzN0sMfbUUgl6-XCROiT5OpXbgPoVg2lPQUyPc/s320/Capa_22_olhares+final+small.jpg" border="0" /></a> <strong>Hoje é um dia de festa</strong>.<br /><br />Um dia de jardins floridos em <strong>22</strong> almas através dos seus múltiplos, vários e ricos <strong>OLHARES,</strong> por palavras expressos,agora ofertados a quem os quiser ler numa <a href="http://ediumeditores.wordpress.com/proximos-lancamentos/">edição Edium</a>, com capa e separadores da nossa <a href="http://apaginastantas.blogspot.com/">Raquel Vasconcelos</a><br /><br />Um jogo, algo que nunca se imaginou mais do que uma actividade lúdica na blogosfera, ganha a dimensão de livro e será <strong>hoje</strong> <strong>apresentado publicamente, 16H00, no Palacete Viscondes de Balsemão -Porto, à Praça Carlos Alberto.<br /></strong>A tarefa de dele fazer pública informação e dizer deste projecto, cabe ao amigo <a href="http://sete-mares.blogspot.com/">Jorge Castro</a> , blogger e poeta <span style="font-size:85%;">( a ordem é arbitária) .</span></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;"></span></span><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;">O livro <strong>22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS</strong> é prefaciado por outro amigo, escritor e blogger, <a href="http://joseantoniobarreiros.blogspot.com/">José António Barreiros</a> e conta com citações, graciosamente cedidas pelo escritor <a href="http://rebordaonavarro.no.sapo.pt/">António Rebordão Navarro</a> a abrir cada conjunto de textos.</span></span></div><div align="center"><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;"><strong>Venham até cá fazer a festa connosco, pois quantos mais os olhares mais floridos serão os jardins do mundo</strong>.</span> </span></div><div align="justify"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGXNtUDt-wukZzxBAG_yTu8dUAUNtXNajQzUTnVdER_qdz1VYmH4hG7J4XhhTkHgh-RgShD9VRROsoXWTjqLVV8mC50eXQjtC1NqIniqFfDH9eI01CcVCtOAHTveY2WDA0KTf-nouynbaa/s1600-h/bg_profile+da+elsa.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271035873907783858" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGXNtUDt-wukZzxBAG_yTu8dUAUNtXNajQzUTnVdER_qdz1VYmH4hG7J4XhhTkHgh-RgShD9VRROsoXWTjqLVV8mC50eXQjtC1NqIniqFfDH9eI01CcVCtOAHTveY2WDA0KTf-nouynbaa/s320/bg_profile+da+elsa.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;">Por outro lado, a companheira de aventura, desde o 1º Jogo, a <a href="http://eu-estou-aki.blogspot.com/">Elsa Nyny </a>que andou ausente, embrenhada na execução do seu 1º livro individual, apesar de muito atarefada com o acompanhamento da finalização do mesmo, quis juntar-se à festa e, solidariamente escreveu</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-size:100%;">um belo texto para hoje.</span></span> </div><br /><br /><div align="justify">Deixo aqui o convite que a todos endereçou: o livro <strong>Mares D’Alma</strong> de Elsa Sequeira <strong>será apresentado, Segunda-feira, 1 de Dezembro às 18H30, na Junta de Freguesia de Retaxo </strong>- Av. Dr. Augusto Beião - 6000-621 Retaxo. Para mais informações <a href="http://eventos.sonico.com/profevents_event.php?eid=700015868&h=nhflgjfhejmm&em=eueremita@gmail.com">clica aqui</a>.</div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQyXMrwARp9h9gPj5iCszqEO3ERX_5yivhwVpoLns7GNN-e4g1Cx-nLrSnHOMyMxsKfFXgL5ggCsWL3A461C1NWm5HkQQTnrt_qUc8ipghzveAwdfvlAilZ5XuGQlEl5HaGxJMc_20tNHG/s1600-h/xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxs%C3%B3nia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271041187925095090" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 182px; CURSOR: hand; HEIGHT: 184px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQyXMrwARp9h9gPj5iCszqEO3ERX_5yivhwVpoLns7GNN-e4g1Cx-nLrSnHOMyMxsKfFXgL5ggCsWL3A461C1NWm5HkQQTnrt_qUc8ipghzveAwdfvlAilZ5XuGQlEl5HaGxJMc_20tNHG/s320/xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxs%C3%B3nia.jpg" border="0" /></a>_______________________<br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas as novidades não terminam aqui. Depois de anos e anos a <a href="http://oslivrosqueninguemquisdaraler.wordpress.com/">Sónia Pessoa</a>, também companheira destas aventuras com 12 palavras, acaba por ver os textos que desejava em livro e que com tantas recusas transformou em blogue serem editados.</div><div align="justify">Estamos convidados.<br /><strong>Apresentações:</strong><br /><strong>- 6 de Dezembro (15h) - Fnac Alfragide/Lisboa -</strong>a cargo da <strong>jornalista Ana Leal</strong><br /><strong>- 13 de Dezembro (16h) - Fnac Gaiashopping/VN Gaia </strong></div><strong><div align="left"><br /></div></strong><div align="center"><strong>____________<br /><embed style="WIDTH: 300px; HEIGHT: 160px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-07.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474817462791&site=widget-07.slide.com"></embed> <div style="WIDTH: 300px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817462791&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-07.slide.com/p1/1513209474817462791/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817462791&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-07.slide.com/p2/1513209474817462791/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817462791&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-07.slide.com/p4/1513209474817462791/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><br /></div></strong><div align="center"><strong>E agora a voz aos autores dos textos deste 8º Jogo das 12 Palavras, hoje postado, em festa com o nosso livro, 22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS</strong>.</div><div align="center">__________</div><p align="center"><span style="color:#990000;"><strong>NOTA - na 3ª parte há um texto novo da Raquel Vasconcelos. </strong></span><span style="color:#990000;"><strong>Entrou fora de tempo, mas considerando as circunstâncias está lá e vale a pena lê-lo.</strong></span></p><p align="center">_________<br /></p><p align="justify"><br />No <strong>eremitério</strong>, antigo lugar que abrigava velhos eremitas dedicados, no <strong>silêncio</strong>, a uma espécie de <strong>infinitude</strong> do ser, havia musgos meio escondidos nos recantos da fortaleza conventual, <strong>sincelo</strong> orlando beirais e abrigos, <strong>mãos</strong> em prece matinal e a preparar, com <strong>misticismo</strong>, o trabalho do dia. Num estado de <strong>comiseração</strong> perante os povos abandonados em redor, os representantes da solidariedade, apesar de duramente esquecidos, levavam <strong>pão</strong> aos camponeses e recebiam pequenas ofertas de <strong>unguento</strong> para <strong>urdir</strong> os fios e a teia dos teares. Lutando contra a<strong> aleivosia</strong> dos senhores que feudalizavam o comércio, o trânsito das tapeçarias e outras coisas mais, os operários da tecelagem elaboravam longamente essa <strong>preciosidade </strong>e negociavam com a população a entrega de cada peça a outros senhores dedicados às artes e à beleza dos ornatos.<br /><strong><span style="font-size:78%;"><a href="http://www.rochasousa.blogspot.com/"><span style="font-size:85%;">ROCHA DESENHAMENTO</span> </a></span></strong></p><strong></strong><div align="center">____________________________<br /></div><div align="justify"><br /><strong>humanos e divinos atributos </strong><br /><br />os deuses detém atributos que nós humanos nem sonhamos. a <strong>infinitude</strong> é talvez o mais difícil de apreender mesmo que o <strong>misticismo</strong> faça parte de nós. segunda pele. <strong>pão</strong>, <strong>preciosidade</strong>. filosofia de vida. a <strong>comiseração </strong>é, no entanto, algo que está ao nosso alcance embora nunca com a dimensão divina, pois a <strong>aleivosia</strong> em nós encontra amplo campo de desenvolvimento para no <strong>silêncio urdir</strong> a destruição e não há <strong>unguento</strong> nem mágicas <strong>mãos</strong> que a consigam erradicar. nem o isolamento meditativo no mais recôndito <strong>eremitério</strong> no pico da montanha recoberto de gelado e belo <strong>sincelo</strong> a pode extirpar completamente.<br /><a href="http://eremiterioblogspot.blogspot.com/"><strong>Eremita</strong></a> </div><br /><div align="center">_______________________________<br /></div><strong></strong><div align="left"><br /><br /><strong>mea culpa</strong> </div><div align="justify"><br />César admira o <strong>sincelo</strong> que a geada <strong>urdiu</strong> nos ramos das árvores. uma pequena <strong>aleivosia</strong> do clima, numa invernosa manhã de Primavera, na <strong>infinitude</strong> do seu <strong>eremitério</strong>. uma <strong>preciosidade</strong> da Natureza na <strong>comiseração</strong> do <strong>silêncio</strong>. com as <strong>mãos</strong> aquecidas pelo <strong>pão</strong> acabado de cozer (<strong>unguento</strong> de calor) César sorri do <strong>misticismo</strong> e dá graças.<br /><a href="http://anaeugenio.blogs.sapo.pt/"><strong>ana Eugénio</strong></a> </div><div align="center"><br />_____________________________<br /></div><div align="left"><br />Como era de costume o poeta avisou:<br />- Hoje visitarei minhas doze palavras-odaliscas, preparem-se.<br /><br />O poeta chegou no quarto e começou a acariciar os baixos de suas palavras:<br /><br /><strong>Comiseração</strong><br /><strong>Eremitério<br />Mãos</strong><br /><strong>Misticismo<br />Pão</strong><br /><strong>Preciosidade</strong><br /><strong>Sincelo<br />Unguento</strong><br /><strong>Urdir</strong><br /><br />Todas tremeram, gozosas.<br /><br />O poeta percebeu a falta de suas mais preciosas palavras-odaliscas.<br /><br />Silêncio<br />Infinitude<br /><br />Fugiram - revelaram as outras palavras – Saíram dizendo que a mão do poeta não é digna para lhes tocar os baixos, para quebrar-lhes a virgindade.<br /><br />Desde então, o poeta barulha lágrimas, grita misérias nas janelas do palácio.<br />Até onde se sabe, <strong>silêncio </strong>e<strong> infinitude</strong> jamais retornaram para as mãos cada vez menos dignas do poeta.<br /><a href="http://www.casadeparagens.blogspot.com/"><strong>Rubens da Cunha</strong></a> </div><div align="center"><br />___________________________<br /><br /></div><strong></strong><div align="justify"><br /><strong>a batalha maior</strong><br /><br />havia algum tempo que estranhos pensamentos se infiltravam. primeiro no sono. os sonhos fugindo ao seu controlo. trazendo despojos de pensamentos que sempre rejeitara. mais tarde, ao longo do dia. com <strong>aleivosia</strong>. apanhando-o desprevenido. inquinando-o.<br /><br />hoje acordara no <strong>silêncio</strong> da madrugada com uma sensação incomum. uma intensa <strong>comiseração</strong> tomara-o de assalto. vinham-lhe ao pensamento os sem-abrigo - com que sempre se cruzava no regresso ao confortável andar num condomínio de luxo. fechado castelo de senhor feudal – os trabalhadores por conta de outrem endividados. no banco expondo razões – tantas tão válidas afinal - pedindo-lhe possíveis renegociações comportáveis com os seus parcos rendimentos face ao desequilíbrio provocado pelo agravamento do custo de vida – e, contra o usual, um sentimento de dor tomava-o.<br /><br />sempre detestara emoções que a mãe denominava de “humanas”. <em>O rosto da nossa humanidade</em> dizia ela: <em>caridade; empatia; solidariedade; compaixão</em>….sim, pensava de si para si. tudo isso é muito bonito desde que daí me advenham benefícios. lucros. vantagens sob alguma forma….<br /><br />o <strong>misticismo</strong> da mãe bulia-lhe com o sistema nervoso. considerava-o fragilidade de espírito. nada mais. chamasse-lhe ela o que quisesse.<br /><br />as longas histórias que, em criança, lhe contava de quando partira para a Índia em busca de desenvolvimento espiritual – <em>a maior <strong>preciosidade</strong> de qualquer ser humano</em>. de como encontrara um guru e como passado alguns meses partira para as montanhas - com a roupa do corpo, uma velha manta, um púcaro, um tacho e uns bocados de <strong>pão</strong> - e se isolara durante mais de um ano num <strong>eremitério</strong> que nada mais era do que uma pequena caverna em que nem de pé cabia…<br />falava-lhe da importância das <strong>mãos</strong> – instrumentos de trabalho e sobrevivência – de como elas <strong>urdiam</strong> roupa com plantas que colhia na montanha e assim se protegia de morrer congelada, de como ganhavam vida própria e com ervas e flores que colhiam amassavam <strong>unguentos</strong> com que massajavam o dorido corpo. de como, com suavidade e gratidão, arrancavam pedaços de gelo ao <strong>sincelo</strong> que durante mais de meio ano emoldurava a entrada da caverna, quase a fechando por vezes, e assim sempre tinha a vital e pura água - de oração e prece, de agradecimento, e ainda universais símbolos de paz e fraternidade.<br /><br />e as histórias e conselhos da mãe, que antes ouvia como fantasias ou delírios de um espírito frágil, dominavam-no com uma realidade que nada do que sempre fora importante para ele detinha agora.<br /><br />reuniu a direcção do banco e passou a presidência alegando razões pessoais - de vida ou morte.<br />pensaram-no atacado por doença mortal, mas ninguém ousou inquirir. sabia que assim seria. nunca lhes dera espaço para qualquer intimidade. por mais banal.<br /><br />a ânsia de ver, de viver na <strong>infinitude</strong> branca e silenciosa de que a mãe lhe falara e de<br />se encontrar, ganhara finalmente a batalha.<br /><a href="http://estranhosdias.blogspot.com/"><strong>TMara</strong></a> </div><div align="center"><br />_______________________________<br /></div><div align="justify"><br /><br /><strong>secreto refúgio<br /></strong><br />no profundo <strong>misticismo </strong>do ser e da <strong>infinitude</strong> que nos escapa, cada um empenha-se em <strong>urdir</strong> seu secreto refúgio. <strong>Eremitério</strong>. espaço de <strong>silêncio</strong>. <strong>preciosidade</strong>… <strong>pão</strong> para a alma. suave <strong>unguento</strong> que com amor e <strong>comiseração</strong> sara as feridas de toda a <strong>aleivosia</strong> que pérfidas <strong>mãos</strong> atiram como dardos ou setas de gelo roubada a beleza ao <strong>sincelo</strong> caindo dos beirais.<br /><strong><a href="http://darkhumanity.blog.com/">Dark</a></strong></div><div align="center"><br /><strong>____________________</strong></div><div align="justify"><br /><br /><strong>das tramas e aleivosas urdições</strong><br /><br />é no <strong>silêncio</strong> e nas trevas que, sem <strong>comiseração</strong>, os seres imaginam e praticam uma <strong>infinitude</strong> de <strong>aleivosias</strong> contra terceiros.<br /><br />com uma espécie de <strong>misticismo</strong> dedicam-se a <strong>urdir</strong>, tramas, intrigas, falsos testemunhos, traições… um sem número de malfeitos de onde, por norma, saem de <strong>mãos</strong> limpas. <strong>"preciosidades"</strong> sociais intocáveis, como santos homens num <strong>eremitério</strong> ungidos por divino <strong>unguento</strong> criadores de trabalho, dizem… <strong>Pão</strong> que alimenta muitas bocas…<br /><br />mas sobre eles sopram gélidos ventos das fornalhas do mal que os cobrem de agressivas e rubras chamas destruidoras. nunca do suave e belo <strong>sincelo</strong> que tantas vezes cobre o mundo com um branco manto de paz.<br /><strong><a href="http://fragmomentosii.blogspot.com/">Amla</a></strong></div><div align="center"><br /><strong>____________________________</strong><strong><br /><br /></div><p align="left">Eremitério</strong></p><p align="left">Não me fales tu de <strong>aleivosia</strong><br /><strong>comiseração</strong> ou <strong>misticismo<br />unguento</strong>,<br />porque as minhas <strong>mãos</strong><br />na <strong>infinitude</strong> de <strong>urdir<br /></strong>são <strong>pão</strong>, <strong>preciosidade<br /></strong>e o <strong>sincelo silêncio</strong><br />do teu <strong>eremitério</strong>!<br /><strong><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong> </p><p align="center"><br /><strong>_________________</strong></p><p align="center"><strong></strong></p><p align="justify"><strong>MAIS LOGO<br /><br /></strong>Olha para trás, mais uma vez, para ver o <strong>eremitério</strong>, lindo naquele dia em que o sol batendo no <strong>sincelo</strong> o fazia brilhar qual diamante, decompondo a luz em arco-íris que a maravilhava, lindo naquele <strong>silêncio</strong> tão puro quanto um manto de neve, lindo naquela <strong>infinitude</strong> paisagística onde o olhar se alargara e se habituara a ver sempre mais longe, lindo no <strong>misticismo</strong> que o envolvia e que se projectava agora nela. Quando o sentiu, sacudiu-se instintivamente enquanto pensava, que não já, que não agora, porque ainda tinha algo para fazer, antes de o poder assumir por completo.<br />Fora para ali que a tinha levado, cheio de <strong>comiseração</strong>, quando a encontrou meia-morta, tão maltratada. Fora ali que tinha cuidado dela, com um <strong>unguento</strong> feito de ervas apanhadas por <strong>mãos</strong> sábias, com gestos mil vezes repetidos, que as juntara, moera, misturara com óleos essenciais transformando-o, qual alquimista, naquela <strong>preciosidade </strong>de cura. Fora ali que lhe dera o primeiro <strong>pão</strong> quando já conseguia mastigar.<br />Estava agora de partida para um mundo de <strong>aleivosia</strong>, onde alguém tinha querido <strong>urdir</strong> a armadilha que lhe fora quase fatal. Tremia ainda de medo quando se lembrava do que lhe tinham feito, mas sabia, apesar do que o ermitão tantas vezes lhe dissera, que partia para se vingar.<br />Mais logo resolveria a sua vida.<br /><strong><a href="http://manhas-claras.blogspot.com/">Claras Manhãs</a></strong><br /></p><div align="center"><br />_____________________<br /></div><div align="left"><br /><br /><strong>À GUISA DE CARTA</strong></div><strong></strong><div align="justify"><br /><br /><strong>Prezado Eremita,</strong><br /><br />Confesso que, ao receber a lista de palavras para o 8º Jogo das 12 Palavras, dado o pouco uso de algumas na linguagem corrente dos nossos dias, pensei se estaria a viver noutra época. Vieram-me então à cabeça vários livros de escritores de séculos idos, e de tal maneira a ideia se impôs que cheguei ao ponto de me imaginar vestida com a indumentária desses tempos. Pelo sim pelo não, procurei um espelho que me mostrasse de alto a baixo e constatei que o meu aspecto era o de uma mulher do ano 2008 da era cristã. Afinal aquela fantasia nada mais tinha sido do que uma reacção primária relacionada com a minha preocupação em responder de forma adequada a este desafio de escrever textos com doze palavras obrigatórias sugeridas por outros. Tarefa difícil, pelo menos para mim. Como resolver o problema? Tomei por isso a ousadia de o pôr ao corrente do meu embaraço perante o repto que nos é feito esta semana.<br />Numa época em que até se comunica através de palavras mutiladas pelos dedos de <strong>mãos</strong> apressadas em manejar mensagens por telemóveis, e em que vocábulos antigos foram completamente esquecidos, suponho que o meu amigo compreenderá a minha dificuldade em escrever um texto ajustado à proposta. Que não nego poderá vir a ser muito enriquecedor para quem nos ler e assim, consoante a idade, recordará tempos de linguagem requintada, ou, no caso dos mais jovens, os levará, pelo menos e se curiosos, a manusear o dicionário. Confesso, contudo, que tenho algumas dúvidas, e imagino certos obstáculos, quanto à aplicação dessas palavras na vida actual e trivial de todos nós. Dir-me-á que uma língua se constrói na sua utilização. Claro que sim, mas também por isso mesmo, dou-lhe um exemplo que me parece elucidativo. Imagine o que seria encontrar-me eu num autocarro e, já farta de ouvir uma daquelas discussões alimentadas por inflamadas difamações que por vezes animam essas viagens, tentar apaziguar os contendores e dizer‑lhes: <em>Deixem-se dessa <strong>aleivosia</strong>, meus senhores</em>! De certo olhariam para mim estupefactos e diriam: Olha esta! O que é que você está a insinuar? Penso que, no aceso da disputa verbal, e do gesto esboçado, não seria avisado da minha parte explicar-lhes que é de mau tom <strong>urdir</strong> calúnias e o melhor seria remeter-me à minha insignificância, não resistindo, no entanto, a aconselhar-lhes: <em>Não percam tempo com ninharias, que ele é uma <strong>preciosidade</strong> a resguardar nas nossas vidas. </em>(<em>Julgo que, pelo menos, ninharias lhes seria familiar, pois que delas temos o mundo cheio…</em>) Depois sairia do autocarro, deixando atrás de mim, estampado nos rostos dos passageiros, o <strong>silêncio</strong> da <strong>comiseração</strong> (não sei se por mim se pelos outros) e do cansaço dos dias em busca do <strong>pão</strong> que alimenta os estômagos famintos.<br />Bem, mas prosseguindo na explanação das minhas dificuldades em corresponder ao seu pedido, e porque me parece a propósito, lembro-lhe que esta vida urbana é completamente diferente da que goza no seu <strong>eremitério</strong>. Aqui, a efervescência devora-nos e poucas horas sobram para o <strong>misticismo</strong> e para a reflexão filosófica sobre o que quer que seja, como por exemplo o conceito de <strong>infinitude</strong>. Aqui desejam-se soluções imediatas, aplicadas ao dia-a-dia, como uma espécie de <strong>unguento</strong> eficaz que se procura para a travessia das rotinas e das dores do corpo que transbordam para a pele ou se embebem na alma. O senhor é que tem o privilégio de poder sentar-se pela manhã à beira do seu pensamento e enriquecer os seus dias com o olhar demorado no <strong>sincelo</strong> dos beirais dos telhados. Na cidade nem de beirais damos conta, que raramente os há. Temos elevadores em prédios altos e, quando viramos a cabeça para cima à procura de qualquer coisa que nos afaste da realidade que nos consome, vemos o céu à distância. O que apesar de tudo não é mau, porque o céu pode ser um telhado.<br />Espero, prezado amigo, que não interprete mal a minha carta e que a tome apenas como um desabafo. Sendo o senhor um eremita habituado à reflexão, presumo saberá avaliar melhor do que ninguém as apreensões de uma citadina do século 21.<br /><a href="http://outrostemas.blogspot.com/"><strong>M</strong> </a></div><div align="center"><br /><br />_________________________</div><br /><br /><br /><strong>A Fuga</strong><br /><br />Pousei na balaustrada do <strong>eremitério</strong>,<br />olhei o <strong>sincelo</strong> chorando de <strong>comiseração</strong><br />pelas mulheres, pelos homens, pelas crianças,<br />pelas <strong>mãos</strong> sem labor, sem <strong>unguento</strong> de fé,<br />correndo sem tino, as bocas sem <strong>pão</strong>;<br />raízes sem chão na <strong>infinitude </strong>da terra,<br />espoliados pela <strong>aleivosia</strong> dos homens.<br /><br />Nem há <strong>misticismo</strong> a <strong>urdir</strong> a esperança,<br />quebrada a <strong>preciosidade</strong> do <strong>silêncio</strong><br />na Terra-Mãe.<br /><strong><a href="http://metaphoricamente.blogspot.com/">Miruíi<br /><br /></a></strong><strong><a href="http://metaphoricamente.blogspot.com/"></a></strong><div align="center"><br />_____________________ </div><br /><br />Soam no <strong>eremitério </strong>as vozes do <strong>silêncio</strong> que mana<br />das <strong>mãos</strong> erguidas tocando o peito e o rosto<br />em prece à <strong>infinitude</strong> do amor.<br /><br />Nem só o <strong>pão</strong>, <strong>unguento</strong> do corpo,<br />nem só o <strong>misticismo</strong>, refúgio da alma,<br />tão pouco o <strong>sincelo</strong> derramado pelos beirais,<br />disfarçam a <strong>aleivosia</strong> duma sociedade<br />a <strong>urdir</strong> o percurso do Homem.<br /><br />Nela, a <strong>comiseração</strong> não chega,<br />só a razão se mantém <strong>preciosidade</strong>.<br /><a href="http://daquemdalemmar.blogspot.com/">Jawaa</a><br /><div align="center"><strong></strong></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-83553980004118049022008-11-22T00:07:00.007+00:002008-11-24T00:30:13.067+00:008º Jogo das 12 Palavras - 2ª parte<embed style="WIDTH: 320px; HEIGHT: 130px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-6f.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474817475439&site=widget-6f.slide.com"></embed> <div style="WIDTH: 320px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817475439&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-6f.slide.com/p1/1513209474817475439/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817475439&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-6f.slide.com/p2/1513209474817475439/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817475439&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-6f.slide.com/p4/1513209474817475439/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><br /><div align="justify"><strong>As tuas mãos<br /></strong><br />E sempre as tuas <strong>mãos</strong>. Sacrário de <strong>silêncio</strong> onde celebrava o <strong>misticismo </strong>do amor. <strong>unguento</strong> sobre a pele. Pelo toque me davas o <strong>pão </strong>do teu corpo. A água que o <strong>sincelo</strong> da minha alma gerava, matava-me a sede. Naquele <strong>eremitério </strong>feito de horas isoladas procurávamos a <strong>infinitude</strong> improvável. Precisávamos <strong>urdir</strong> uma rede fina, <strong>preciosidade</strong> de protecção contra a auto <strong>comiseração</strong> e a <strong>aleivosia</strong> dos outros. Talvez a malha fosse larga demais. Por ela fugiu tudo o que ritualizava o amor e, por fim, até as tuas mãos.<br /><strong><a href="http://vidadevidro.blogspot.com/">Vida de Vidro</a></strong></div><strong><div align="center"><br /></strong></div>------ " " ------<br /><div align="justify"><strong>Místico<br /></strong><br />A <strong>infinitude</strong> do <strong>silêncio</strong> colava-se-lhe ao corpo. Caminhava lento, passando as <strong>mãos</strong> nas formas que o <strong>sincelo</strong> conseguia <strong>urdir</strong> nas árvores. A casa era mais um <strong>eremitério</strong> onde a única <strong>preciosidade</strong> vinha da luz que entrava a qualquer hora. Havia nele uma aura de <strong>misticismo</strong> que, no princípio, os outros veneravam. Tocavam-lhe como se lhes pudesse dar o <strong>pão</strong> da vida. Ou como se dele jorrasse <strong>unguento</strong> para as dores da alma. Comprovado que não fazia milagres, passaram a olhá-lo com <strong>comiseração</strong>. Por fim, devia ofendê-los pela diferença, tal a <strong>aleivosia</strong> com que, em cada dia, o humilhavam. Quando partiu, as árvores choraram, em cada jóia de gelo derretida.<br /><strong><a href="http://vidadevidro.blogspot.com/">Vida de Vidro</a></strong></div><strong><div align="center"><br />------ " " ------</strong></div><br /><div align="justify"><strong>Maldita droga!<br /></strong><br />Os pássaros grandes, quando intentam <strong>urdir</strong> um ninheiro, não têm <strong>comiseração</strong> de qualquer espécie.<br />Maldita droga!<br /><br />Tenho tanta pena de não te conseguir dar a mão!<br />Tenho tanta pena de que a droga seja o teu <strong>pão</strong>!<br />Tenho tanta pena de que, quando te ia conseguindo a recuperação, a tua mãe não tenha permitido, dizendo que não ia deixar o filho recluso num <strong>eremitério</strong>, sem poder ter a família por perto. No entanto, agora que a começaste a odiar, lavou de ti as <strong>mãos</strong>!<br />Essa <strong>aleivosia</strong> empurrou-te para as ruínas da cidade, onde te perdes numa <strong>infinitude</strong> de delinquência e miséria.<br /><br />Lembras-te Tó, quando eras ainda um miúdo no último ano da catequese, e no grupo te indagámos se era verdade que fumavas charros?<br />Nem sequer te remeteste ao <strong>silêncio</strong>. Negaste. E soubeste tão bem negar, com um tão grande <strong>misticismo</strong> que todos fingimos acreditar. Mas fiquei de olho em ti.<br />O teu pai chegou a falar-me da tua inteligência como uma enorme <strong>preciosidade</strong>. E eu sei que assim era. Mas começaste a fumar cada vez mais e foste enredado totalmente nas malhas dessa teia impiedosa.<br /><br />Quando ainda estarias a tempo, sabes bem como demos os passos necessários a que mudasses de ares, para te libertares desse vício assassino… mas à última hora, foste levado a não sair de casa. Mais tarde, outros te tentaram ajudar e te conseguiram internar. Mas, esse <strong>sincelo</strong> que se despenhou e se espetou em ti, já estava por demais enterrado que nunca mais te abandonou.<br /><br />Tenho tanta pena de não conseguir encontrar o <strong>unguento</strong> eficaz que te cure as feridas, para que ganhes o ânimo necessário a te libertares desse reino dos mortos vivos!<br />Maldita droga!<br /><a href="http://www.partilhas-em-fa-m.blogspot.com/"><strong>Fa menor</strong> </a><br /></div><div align="center">------ " " ----- </div><div align="justify"><br /><strong>PALAVRAS DIFICEIS<br /></strong><br />Na minha instrução primária havia um Caderno Alfabetado que servia para anotarmos “Palavras Difíceis”. Se ainda o tivesse entre <strong>mãos</strong> iria, certamente, escrever a <strong>preciosidade</strong> deste vocábulo “<strong>infinitude</strong>”; pois procurei no meu velho dicionário de Francisco Torrinha e não encontrei, assim como, na 8ª edição revista e actualizada do Dicionário de Português da Porto Editora.<br /><br />Como não pretendo sujeitar-me à <strong>comiseração</strong> dos meus companheiros deste jogo, vou fazer o meu melhor e tentar <strong>urdir</strong> qualquer coisa que me agrade escrever e que satisfaça minimamente qualquer amável leitor destas aventuras.<br /><br />Assim, retirar-me-ei para o meu <strong>eremitério</strong> habitual acompanhada apenas por lápis e papel, um copo de água e um simples naco de <strong>pão</strong> com que alimentarei os neurónios e mergulharei, então, no <strong>silêncio</strong> necessário para levar a bom termo este desafio.<br /><br />Mesmo sem o <strong>misticismo</strong> habitual a que me entrego, quando é necessário redigir obras importantes, penso não ser alvo das <strong>aleivosias</strong> de alguns comentadores e, certamente, atingirei o objectivo pretendido, antes de ver os <strong>sincelos</strong> nas casas da minha rua que, normalmente, se formam nesta altura do ano.<br /><br />Apenas e só a música servirá de <strong>unguento</strong> para o desânimo que a alma vai sentir quando acabar o texto e, relendo-o, me invadir a vontade de o inutilizar.<br /><a href="http://pratosecaixas.blogspot.com/"><strong>Atelier da Benó<br /></div></strong></a><div align="center">------ " " ------<br /><a href="http://pratosecaixas.blogspot.com/" target="_blank"></a><br /></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:85%;">ENTRE AMIGAS</span><br /></strong><br />O <strong>silêncio</strong> que o <strong>misticismo</strong> de Clara impusera no <strong>eremitério</strong> era tão necessário como o <strong>pão</strong> para a boca.<br />A <strong>aleivosia</strong> de que fora alvo, sem qualquer <strong>comiseração</strong>, pela Joana, sua amiga de infância, trouxera-lhe uma tristeza profunda e, de <strong>mãos</strong> postas, pedira que a deixassem isolada pois, só assim iria conseguir o <strong>unguento</strong> necessário para aliviar tão grande dôr.<br />Nesse retiro, entregue à meditação, iria <strong>urdir</strong> a melhor maneira de perdoar e na <strong>infinitude</strong> do tempo, constatar que a <strong>preciosidade</strong> da vida é composta de coisas boas e menos boas, amores e desamores, sorrisos e lágrimas, muitos prós e alguns contras, e que a amizade entre ela e a Joana, ao contrário dos frágeis <strong>sincelos</strong> que no Inverno ornavam os telhados da sua aldeia, era suficientemente forte para vencer aquela pequena tempestade que abalara o sentimento que as unia.<br /><a href="htp://piteirasecactos.blogspot.com/"> Jard<strong>im d'abrolhos</strong><br /></div></a><div align="center">------ " " ------<br /></div><div align="left"><strong>ADEUS</strong><br /><br />Chovem amanheceres sobre a planície da tua <strong>aleivosia</strong>…<br /><br /><br />Vejo-te<br />Através das minhas lágrimas<br />Tornadas <strong>sincelos</strong>,<br />Antes neblina envolvente<br />Do bosque cálido,<br />Quando éramos tudo,<br />E a alba rosada nos matizava.<br /><br />Dói todo o <strong>silêncio</strong>.<br />Tudo o que suscito em ti<br />É <strong>comieração</strong><br />A ponto de exilar as mãos,<br />Aprisionando-as no <strong>eremitério</strong> da minha face.<br />Rolam soluços impiedosos,<br />Aprimorando a arte de pintar sombras.<br />Atiçam labaredas,<br />Queimando a <strong>infinitude</strong> dos sonhos.<br /><br />Grácil o <strong>misticismo</strong> que nos circundava,<br />Quando éramos tanto.<br />Éramos beijo,<br />Éramos abraço,<br />Éramos dar de <strong>mãos</strong>,<br />As que agora jazem abandonadas,<br />Famintas do <strong>pão</strong><br />Feito daquele <strong>urdir</strong> de pétalas de flor de estrela<br />Que das estrelas chovia,<br />Dourado,<br />Que davam às divindades da nossa floresta,<br />Para que nos celebrássemos.<br /><br />Olho-te ainda uma vez,<br />Vejo-te através das lágrimas,<br />Outrora rio onde nos refrescávamos,<br /><strong>Unguento</strong> que nos protegia,<br />Que tão delicadamente,<br />Espalhávamos na pele daquele desejo bom<br />De nos vermos continuar,<br />Após breve paragem,<br />Pelas margens dum tão bem nos querermos…<br /><br />Tudo vai ruindo...<br /><br />Vou deixando cair<br />Povoados de tristeza,<br />Sobre a <strong>preciosidade</strong> que houvéramos,<br />Sobre um coração.<br />Vejo ainda arder as mágoas<br />Com os meus olhos<br />Cristais estilhaçados,<br />Antes caleidoscópios<br />Quando te olhava,<br />Te via,<br />Multicolor de gestos,<br />E a noite vinha,<br />Prenhe de oferendas,<br />De leitos cálidos<br />Onde repousávamos instantes,<br />Quando nos pensávamos…<br /><br />Fica a vida,<br />E…<br />Parto eu…<br /><strong><a href="http://osmeusencantos.blogs.sapo/">Cris<br /></a></strong></div><div align="center">------ " " ------</div><div align="justify"><br />Quando olho para o lado e o tempo pára por segundos, observo a janela e imagino aquele frio saudoso que me prende a cada <strong>sincelo</strong>, em cada ramo como se de <strong>silêncio</strong> se tratasse. Na mesa, há <strong>pão</strong> quente, escondido da fome denominada <strong>aleivosia</strong>. A minha imaginação alimenta aquele sonho por uns segundos e quase sinto um toque no momento em que ergo as <strong>mãos</strong> para descrever o momento. A <strong>comiseração</strong> não fará parte de testemunhos reais, mas antes a obra. O <strong>misticismo</strong> eleva-se entre a <strong>preciosidade</strong> do que não se pode possuir e a<strong> infinitude</strong> do <strong>unguento</strong>. <strong>Urdir</strong> não faz parte do meu vocabulário, nem tampouco saberei identificar com clareza o misticismo dos demónios que roubaram as almas poéticas. Vou até ao <strong>Eremitério</strong> sentar-me um pouco para que não me calem com espadas e sangue. Assim, poderei travar batalhar e erradicar sofrimentos… pequenos, mas existenciais.<br /><a href="http://www.escreverumlivro.blogspot.com/">Eli</a></div><div align="left"></div><div align="center">------ " " ------</div><p align="justify"><strong>FEITICEIRITA</strong><br /><br />Feiticeirita chamava-lhe ele com ternura, sempre que a via correr de braços abertos ao seu encontro, admirando a cada dia que passava a sua beleza.<br />Cresceu a ouvir aquela voz meiga que ondulava em mar de amor, para dizer a palavra "feiticeirita" e ela habituou-se a pensar que o mundo era como ele, apesar de encontrar outros que assim não eram, julgando que seriam uma excepção.<br />A sua morte apanhou-a no fim da adolescência, muito perto dos dezoito anos. Viveu o desgosto em <strong>silêncio</strong>, como é próprio da dor profunda, <strong>mãos</strong> nuas, vazias de afectos, esperou pelos 18 anos para partir a correr mundo.<br />Ia trabalhando aqui e ali, qualquer coisa lhe servia, para conseguir comer o <strong>pão</strong> de todos os dias, mas assim que juntava algum dinheiro, partia mais uma vez, não criando raízes em lado nenhum.<br />Perdeu-se na Índia, tão carregada de <strong>misticismo</strong><br />perdeu-se na <strong>infinitude</strong> de caminhos que encontrou e na dificuldade de fazer opções, perdeu-se pelo homem que foi o seu primeiro amor.<br />Viveu esse amor, como tinha vivido a dor da perda, intensamente, como se finalmente tivesse entre as mãos a maior <strong>preciosidade</strong>, sem olhar em redor, sem querer saber de mais nada. Ele sentiu-se o rei daquela ingenuidade, de completa entrega, começando a <strong>urdir</strong> um esquema em que pudesse tirar proveito da sua beleza. Quando percebeu o que queria que fizesse, a <strong>aleivosia</strong> que urdira, partiu desfeita, em direcção às montanhas, passando a acreditar que todos eram iguais, que jamais acreditaria em alguém.<br />Comia o que lhe davam pelos caminhos por onde andava mendigando, magra, cabelos desgrenhados, era olhada com <strong>comiseração</strong> por todos que se apercebiam, pelas vestes esfarrapadas e sujas, ser uma estrangeira que não estava associada a nenhum templo.<br />Feiticeirita andou durante quase dois anos, sem saber o que procurava, só tentando esquecer aquele amor que lhe levara toda a alegria de viver. O caminho traz muitas vezes o esquecimento, ou pelo menos o adormecimento da dor, é um <strong>unguento</strong> eficaz para a alma.<br />Naquela manhã quando acordou o sol ia alto e quando olhou para o cimo da montanha viu o que lhe pareceu um sonho, um pequeno templo cujo <strong>sincelo</strong> brilhava à luz do sol e à ideia veio-lhe a noção que tinha de <strong>eremitério</strong>. Subiu esperando que pudessem admitir mulheres, era ali que queria ficar, era ali que precisava de ficar.<br />Ficou durante alguns anos, aprendendo a esquecer, aprendendo a abrir o coração e a alma, aprendendo a respirar o silêncio, para mais tarde já resplandecente, descer a montanha e continuar o seu caminho de Feiticeira.<br /><strong><a href="http://manhas-claras.blogspot.com/">Claras Manhãs</a></strong></p><p align="center"><strong>------ " " ------</strong></p><strong></strong><p align="justify"><br /><strong>A breve visita do meu amigo irlandês<br /></strong><br />O meu amigo irlandês veio visitar-me. Não só por saudade, disse ele, mas quase por uma questão de sobrevivência. Cansado do seu <strong>eremitério</strong>, onde vivia num <strong>misticismo</strong> de <strong>silêncio</strong> e comunhão com a natureza, precisava com urgência de um pouco da luz e da suavidade do sul para poder enfrentar um Inverno que se adivinhava feroz, pois mal começara já enfeitava todas as noites os beirais com longos <strong>sincelos</strong>, que pela manhã brilhavam como brincos de cristal. O sol e a luz do sul, sublinhava, seriam um <strong>unguento</strong> apaziguador para as suas <strong>mãos</strong> doridas, para o corpo envelhecido e para a alma cheia de nódoas negras.<br />E (continuando a esclarecer-me com gravidade e graça) para que a terapêutica fosse completa, precisava também dos cheiros que no norte lhe faltavam: o cheiro do <strong>pão</strong> quente, o odor da lenha a queimar devagar, a <strong>precosidade</strong> perfumada de um campo de urze e alfazema coberto por nevoeiros leves.<br />“There is an <strong>infinitude</strong> of reasons for one to be happy in your country…”.<br />Teria sido <strong>aleivosia</strong> minha não lhe aceitar a infinidade de razões. Embora, conhecendo bem a sua fina ironia, eu vacilasse entre a <strong>comiseração</strong> pela sua possível fragilidade física e a quase certeza de que se tratava de efabulação sua por motivos indecifráveis. Na dúvida, e sorrindo, limitei-me a <strong>urdir</strong> à sua volta um casulo de ternura e amizade, e a recebê-lo de braços abertos.<br />Por cá ficou vários anos…<br /><strong><a href="http://quartetodealexandria.blogspot.com/">Justine</a></strong></p><p align="center"><strong>------ " " ------</strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong></p>Com a <strong>aleivosia</strong> que lhe é característica e sem <strong>comiseração</strong> pelo leitor, mete mãos á obra e começa a <strong>urdir</strong> o texto no <strong>silêncio.</strong>..<br />Olha demoradamente o <strong>sincelo</strong> rendilhado que rebrilha ao sol, dependurado nos beirais e nas árvores do quintal.<br />Atira aos pássaros as últimas migalhas de <strong>pão</strong> como se de uma <strong>preciosidade</strong> se tratasse e bebe mais um gole de chá fumegante..<br />Embrenha-se no <strong>misticismo</strong> da escrita, <strong>unguento </strong>para a solidão que por vezes se faz sentir no <strong>eremitério</strong> numa <strong>infinitude</strong> só possível naquele lugar mágico..<br />Acerca-se da lareira e delicia-se com o crepitar do fogo.. Dali não sairá..Porque ali, tem tudo o que o faz feliz...<br /><strong><a href="http://http//alvesbesuga.blogspot.com/">Ell</a></strong>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-62220321059183788222008-11-22T00:05:00.006+00:002008-12-10T22:53:17.225+00:008º Jogo das 12 Palavras - 3ª parte<div align="justify">E, para terminamos em beleza, com os textos e o livro dos <strong>22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS,</strong> aqui fica o <strong>convite</strong> para a apresentação do mesmo, <strong>em Lisboa, 5 de Dezembro, 19H30, Livraria Barata,</strong> (Av Roma).<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271063811270610146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 170px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU7pL92XqNUCi5Rfnyw3rsXYPCQdBcIj2lx2Rs3l6SVXqvO7GM00cMwCgt0u6tGtx3LAJJj5EfyXjrG0U_70crGugO92GmdteNEQQKx5Kf9A68SrW409DWhFH1nW3dG-iEfUxByWQrsJGc/s400/ConvitewebLx+final.jpg" border="0" /><br /><embed style="WIDTH: 250px; HEIGHT: 130px" name="flashticker" align="middle" src="http://widget-7d.slide.com/widgets/slideticker.swf" type="application/x-shockwave-flash" quality="high" scale="noscale" salign="l" wmode="transparent" flashvars="cy=bb&il=1&channel=1513209474817506173&site=widget-7d.slide.com"></embed><br /><div style="WIDTH: 250px; TEXT-ALIGN: left"><a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817506173&map=1" target="_blank"><img src="http://widget-7d.slide.com/p1/1513209474817506173/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide1.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817506173&map=2" target="_blank"><img src="http://widget-7d.slide.com/p2/1513209474817506173/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide2.gif" border="0" /></a> <a href="http://www.slide.com/pivot?cy=bb&at=un&id=1513209474817506173&map=F" target="_blank"><img src="http://widget-7d.slide.com/p4/1513209474817506173/bb_t000_v000_s0un_f00/images/xslide42.gif" border="0" /></a></div><br /><div align="justify"><strong>O sincelo<br /></strong><br />Marília olha. Um olhar de <strong>comiseração</strong> é o olhar dela. A fronte descaída sobre o peito, ela chora o amigo morto.<br />É já a madrugada entrando.<br /><br />Pureza e graça, se diria deste amanhecer.<br />Não o dirá assim Marília, que uma névoa cerrada matou na serra o seu amigo.<br />Ela chorando, e a aldeia a recobrir-se de rendilhados, a fazer-se donzela decorada com <strong>preciosidade</strong>.<br />A brisa húmida a <strong>urdir</strong>-se em rendas numa <strong>infinitude</strong>.<br /><br />-Uma <strong>aleivosia</strong> – pensará Marília, exorcizando.<br /><br />Marília muito triste apesar da urdidura bela, apesar do fino cortinado alvo que se vai tecendo.<br />E o céu a alvorecer. Um céu que nem se deu em nuvens. Um céu cerrado em névoa a empardecer a alva.<br />E arrefecera. Esfriara muito.<br />Dir-se-ia que nevava e, no entanto, Marília sabe que é tão só o mistério do <strong>sincelo</strong>.<br /><br />- Oferta dos deuses! - dizia a mãe quando ele se dava; e colocava as <strong>mãos</strong> em jeito de oração num <strong>misticismo</strong> e num receio.<br /><br />O mistério das coisas de Deus, pela madrugada<br /><br />E o <strong>silêncio</strong> recobrindo tudo como se fora <strong>unguento.</strong><br />m silêncio de <strong>eremitério</strong>. Um silêncio de <strong>pão</strong> levedando.<br /><br />O silêncio triste que é Marília a chorar o seu amigo.<br /><a href="http://www.intervalos.blogspot.com/">Mcorreia</a><br /><br /></div><br /><div align="center">______________________<br /></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="left"><strong>No silêncio do meu eremitério...</strong> </div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left">No <strong>silêncio</strong> de mim<br />vagueando no meu <strong>eremitério</strong><br />em passos lentos e silenciados<br />sinto a <strong>infinitude</strong> do tempo<br />feita pedaços de quietude<br />de <strong>misticismo</strong>,<br />meus...apenas meus...<br /><br />E pela janela<br />olho o <strong>sincelo</strong><br />que vai caindo<br />na noite gélida...<br /><br />Mas...<br />estremeço... no meu silêncio...<br />e sinto a <strong>comiseração</strong><br />nas <strong>mãos</strong> de uma criança<br />que pede <strong>pão</strong><br />de olhar triste<br />fitando a solidão...<br />semblante carregado<br />a quem roubaram<br />a alegria de ser criança,<br /><strong>+reciosidade</strong> singular<br />que a <strong>aleivosia</strong> dos homens<br />insiste em apagar...<br /><br />Abro as portas do meu eremitério<br />vou <strong>urdir</strong> um plano<br />e dar o pão<br />saciar a fome<br />daquela criança<br />serei o bálsamo, o <strong>unguento</strong><br />que aliviará a sua dor,<br />e num novo amanhacer<br />olharei o sorriso<br />e sorrirei com ela<br />no silêncio do meu eremitério...<br /><a href="http://eu-estou-aki.blogspot.com/">Elsa Sequeira </a></div><br /><div align="center"><br />________________________<br /></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><strong>Quatro Patas</strong> </div><br /><div align="justify">(Reflexões)<br /><br />A Gatinha não queria mostrar <strong>comiseração</strong> mas percebia que o <strong>silêncio</strong> dele não era um bom sinal. Não era a falta de <strong>pão</strong>, no sentido mais simples da palavra, o que mais o apoquentava. Era algo mais. Ele não vivia num <strong>eremitério</strong> e as muitas pessoas que o rodeavam causavam-lhe algum desconforto. Nenhuma <strong>aleivosia</strong> o tinha atingido mas uma <strong>infinitude</strong> de questões andava no ar. Seria o <strong>misticismo</strong> o seu ideal de vida ? Que <strong>preciosidade</strong> queria ele atingir ?<br /><br />As <strong>mãos</strong> dele, velhas e enrugadas, faziam-lhe festas. A Gatinha sentia esse carinho do dono (que cuidadoso ele fora na altura da doença. O <strong>unguento</strong> que ele lhe colocara nas feridas era mais do que um simples remédio.) Agora, deitada ao seu colo, a <strong>urdir</strong> os pensamentos e a forma de o ajudar, sentia-se calma. Ao olhar pela janela, depois de uma noite muito fria e algo chuvosa, ficou encantada com o <strong>sincelo</strong> que se tinha formado no plátano grande, defronte de sua casa.<br /><br />Havia de voltar ao assunto mas agora preferiu entregar-se a um sono profundo e<br />reparador.<br /><a href="http://transatlantico-viajante.blogspot.com/"><strong>Zé-viajante</strong> </a></div><br /><div align="center"><br /><br />_______________________</div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"></div><br /><div align="left"><strong>despojamento</strong> </div><br /><div align="justify"><br />no <strong>silêncio</strong> do <strong>eremitério</strong>, tendo o <strong>misticismo</strong> como mágico <strong>unguento</strong> protector contra qualquer <strong>aleivosia</strong>, com minhas <strong>mãos</strong> amassei o <strong>pão </strong>que me alimentou durante uma <strong>infinitude</strong> de anos.<br />o cérebro e as mãos a maior <strong>preciosidade</strong> que possuía. com elas colhi os secos arbustos e as fibrosas ervas que resistiam ao frio e com elas <strong>urdi</strong> tramas protectoras para forrar o chão da caverna e me manter quente e vivo.<br /><br />sem auto-<strong>comiseração</strong> entreguei-me ao despojamento dos bens que até aí tinham constituído um dos objectivos de vida e a própria vida entreguei ao ser supremo. em confiança. em suas mãos me depositando.<br /><br />alimentei-me de meditação. de despojamento. ao corpo que me alberga alimentei-o com raízes e matei-lhe a sede sorvendo os belos pináculos do <strong>sincelo</strong> que, como renda, bordejava a entrada do meu pequeno habitáculo.<br /><strong><a href="http://estranhosdias.blogspot.com/">TMara<br /></div></a></strong><br /><div align="center">_________________________<br /></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="justify"><strong>Bemvinda </strong><br /><br />Olhos remelosos, boca desdentada de gengivas mirradas, corpo esquálido semi-coberto por um farrapo descaído, unhas cor de viuvez, cabelos hirsutos e pardos. Pele cor de cera. Rosto sulcado de ódio e desprezo. Mãos ávidas de tudo e vazias de nada. Na <strong>infinitude</strong> de um instante brilha o desprezo da vida, no crispar das <strong>mãos</strong> o esvair da raiva alojada no côncavo do destino. É velha. Velha de anos, mas, mais ainda, velha de vida. Chamam-lhe Bemvinda. Como se o nome fosse maldição de uma vida. Bemvinda em quê e onde? Bemvinda das Dores. Ei-lo todo, todinho como se o epitáfio tivesse sido feito aos dias de nascer. Bemvinda mendiga o pão de cada dia, de mão estendida, e lábios retesados. Há raiva no seu pedir, há desleixo no seu sorriso. Desleixo não, antes simples esgar de impotência, de descrédito. Bemvinda figura das nossas ruas e vielas, escondidas à luz do dia em subterrâneos de desdém. No vai e vem dos transeuntes, a figura esbate-se por entre o colorido da multidão, ou simplesmente na chuva de cada dia. Um olhar, um pestanejar e logo o esquecimento. Nem sequer uma dor na alma, qual <strong>unguento</strong> da razão. E o mundo salta por entre as bermas da pobreza. Bemvinda senta-se no degrau da escada, aquele que lhe serve de majestoso sofá já vai para quinze anos. Espraia a saía desbotada de cores mas viva de roda. Pousa as mãos vestidas de luvas rotas no regaço descarnado. Estende o rosto pálido ao sol da tarde e respira. De olhos fechados e ouvido alerta, bebe o som da tarde de domingo, que se entorna por entre passos das gentes. Vozes, conversas aqui e ali. A orquestra da vida. Respira Bemvinda. Não estende a mão ao esmolar. Hoje não. Hoje é domingo. Hoje precisa do SILÊNCIO da sua voz. No mutismo reside a <strong>preciosidade</strong> do seu sentir. Enrola-se em golfadas de água salgada e terra negra calcada. É como o areal de onde partiu. Vazio, seco e inóspito. Um <strong>eremitério</strong> de tristeza. Um soprar de almas perdidas uivando as sílabas da pobreza. Fugiu. Fugiu. Chegou à grande cidade. Pediu, suplicou por trabalho. Não achou. Então rolou o corpo, abriu o mundo da carne, e, ei-la de rua em rua. Esquina fétida de desejo, quarto esconso de prazer, bolso minguado de algumas notas. A <strong>aleivosia</strong> do seu ser. O <strong>urdir</strong> sem teias do seu destino. E foi assim que de quarto em quarto, de cama em cama, sexo e sangue, chegou às escadas que lhe servem de sofá. A doença apanhou-a. Não tem cura. Está tomada. Mirra no dia-a-dia. As manchas malditas envolvem-na. A <strong>comiseração</strong> visita-a nos olhares de rostos efémeros. Não sente piedade, não. Isso é poesia. Sente asco, apenas, não de si, mas do mundo. Bemvinda das Dores olha para o azul em cima tão maculado de branco. Semi-cerra os olhos. E sente-se ir. Deixa que o fluir a arrecade. Partiu. Do outro lado, por entre as brumas o vale vestiu-se de <strong>sincelo</strong> em fantasmagóricas figuras de gelo, miríades flores vítreas. O irreal povoa o lugar. O frio corta a pele. O vento assobia a canção de embalar. Deixa-se envolver na melodia, no <strong>misticismo</strong> que o vale emana. Há paz no murmúrio do mundo. Chegou finalmente ao seu destino.</div><br /><div align="left"><strong><a href="http://www.artmus.blogspot.com/">Mateso </a></strong></div><br /><p align="center"><strong>_______________________</strong></p><br /><p align="justify"><strong>INVERNO<br /></strong><br />Saio do trabalho, está inverno lá fora. Enfio o gorro na cabeça e as luvas nas <strong>mãos</strong>, pronta para enfrentar o frio cortante que se faz sentir. Percorro a <strong>infinitude</strong> das ruas, desertas e mergulhadas no <strong>silêncio</strong> da noite. Passo ao longo das arcadas que albergam os vários ministérios, e olho com <strong>comiseração</strong> para alguns sem-abrigo que ali procuram o seu refúgio...Tão perto do poder, e eles ali, tão pobres, tão despidos, sugados pela <strong>aleivosia</strong> do mundo...<br />Continuo o meu caminho, abanando a cabeça, procurando esquecer aquela visão de despojamento. Desvio o olhar para os beirais dos telhados e observo os <strong>sincelos</strong>...Tão belos...Parecem lágrimas deixadas pelos anjos...Sorrio...O <strong>misticismo</strong> associado a esta época dá-me para estas coisas...Só é pena o Pai Natal, ou o Menino Jesus, não se lembrar dos sem abrigo que ficaram lá atrás...Enfim...<br />.<br />Estugo o passo, mal posso esperar para chegar a casa, o meu refúgio, o meu <strong>eremitéio</strong>...Só penso no meu serão: leitinho quentinho, uma torrada feita em <strong>pão</strong> caseiro, e depois enrolar-me naquela manta quentinha <strong>urdida</strong> pela minha mãe...Ah! É mesmo um <strong>unguento</strong> para a alma...É uma <strong>preciosidade</strong> nos dias de hoje: o tempo, estes mimos para a alma, ou mesmo uma casa ou até uma mantinha...<br /><a href="http://www.tudo-no-nada.blogspot.com/"><strong>M.M</strong> </a></p><br /><p align="center">_____________________<br /></p><br /><p align="left"><strong>Eremitério</strong><br /></p><br /><p>O <strong>misticismo</strong> das tuas <strong>mãos</strong><br /><strong>Unguento </strong>de <strong>infinitude</strong><br />poder de <strong>comiseração</strong><br />E a <strong>preciosidade</strong> de <strong>urdir</strong><br /><strong>silêncio</strong> e <strong>pão</strong><br />Deixam a <strong>aleivosia</strong><br />Ao cobrir-se de <strong>sincelo</strong><br />O <strong>eremitério</strong><br /><strong><a href="http://romasdapaula.blogspot.com/">Paula Raposo</a></strong><br /></p><br /><p align="center">______________________</p><br /><p align="left"><br /><strong>perfídia</strong></p><br /><p align="justify"><br />vivera tanto tempo com aquela família que ainda lhe custava acreditar em toda a perfídia e <strong>aleivosia</strong> que acabara por revelar.<br />sem qualquer réstia de amor, ou até <strong>comiseração</strong>, no <strong>silêncio</strong> de afecto não correspondido, para a prejudicar, <strong>urdir</strong>am uma <strong>infinitude</strong> de mentiras traições e perfídias roubando-lhe, mais do que os bens que a família lhe deixara, o seu bem mais importante. a <strong>preciosidade</strong> interior de cada ser. a auto-confiança e a confiança nos outros. armadura, <strong>unguento</strong> das dores que a vida sempre arrasta. manancial do <strong>misticismo</strong> do ser. <strong>pão </strong>do espírito que invisíveis e benéficas <strong>mãos</strong> sobre nós espalham criando um espaço de equilíbrio e serenidade, <strong>eremitério</strong> interior que cada um traz consigo e onde vai beber a água da serenidade que, gota a gota se derrama do suave <strong>sincelo</strong> que em nós transportamos desde o começo dos tempos constituído pela mais pura água da vida.<br /><strong><a href="http://fragmomentosii.blogspot.com/">Amla/TMara</a></strong><br /></p><br /><p align="center"><br />____________________</p><br /><p align="left"><br />Uma rocha; num prado a Aurora,<br />verdejante planura em cristal.<br />Leves, tilintam <strong>cincelos</strong><br />doces cânticos de Natal<br /><br />Contemplo o <strong>misticismo</strong> das <strong>mãos</strong><br />que pelo rosto de tantos espalham<br />a <strong>preciosidade</strong> da via do <strong>pão</strong>,<br />sem <strong>urdir</strong> <strong>aleivosia</strong><br />nem falsa <strong>comiseração</strong><br /><br />Nesta rocha onde me sento –<br /><strong>eremitério</strong> de <strong>silêncio</strong> – secos,<br />meus olhos jorram <strong>unguento</strong><br />para que a alegria alcance<br />a face de cada criança<br />que pelo mundo se estende<br />e que o fluxo do cristal brilhe,<br />em <strong>infinitude</strong>, nas mentes,<br />para que cada dia seja Natal.<br /><strong><a href="http://branco-e-preto.blogspot.com/">Amita</a></strong> </p><p align="center">____________________</p><p align="left"><strong>Crença<br /></strong><br /><br />No <strong>eremitério</strong> dos cirros flamejantes,<br />onde somos levados à <strong>infinitude</strong> do tempo,<br />sente-se o <strong>silêncio</strong> em esplendor.<br /><br />apenas nesse encanto<br />se vislumbra o <strong>misticismo</strong><br />das chamas azuis do fogo intemporal.<br />mas há esquinas de <strong>aleivosia</strong>.<br />sem <strong>comiseração</strong> visível<br />ou qualquer <strong>unguento </strong>desimpedido.<br /><br />e sentimos, nos braços da vida, o romper de <strong>sincelo</strong>.<br /><br />no entanto, continua-se a <strong>urdir</strong> <strong>pão</strong>!<br />quanta <strong>preciosidade</strong> há nas <strong>mãos </strong>que o fazem?<br /><strong><a href="http://inatingivel.wordpress.com/">VFS</a></strong></p><p align="center"><strong>____________________</strong></p><p align="left"><strong>Papel químico<br /></strong><br />Era um dia gélido ainda que não se formasse <strong>sincelo</strong> em parte alguma da cidade, como sucedia noutras, mais afeitas a que o orvalho coalhasse nos beirais.<br />Mas quase não sentia as <strong>mãos</strong>.<br />O que foi que te escrevi nesse dia?<br />Não me recordo…<br />Todas as minhas cartas deviam ser escritas com papel químico, para que quando recebesse as tuas, soubesse porque me escreves a falar de gatos e flores, de regatos, de salpicos de água, de mim e de ti.<br /><br />Sem papel químico… A única certeza que tenho, é sobre o livro que me dizias que um dia escreverias. Os sonhos dos outros acompanham-nos a vida inteira, não é? De tal forma que sem nos apercebermos os vamos tornando nossos.<br /><br />Quando começaram as nossas trocas de cartas sem papel químico?<br />Acho que foi quando te refugiaste no <strong>silêncio</strong> que chamas de “teu” <strong>eremitério</strong>. Começaste por me escrever a contar que finalmente encontraras uma serenidade, um <strong>misticismo</strong>, que nunca sentirias na “nossa” cidade.<br />Era a “tua” cidade, até um dia nos conhecermos e ser a “nossa” cidade. Recordas-te? Conhecemo-nos quando ainda não abdicavas da “tua” cidade. O brilho nos teus olhos surgia assim que se incendiavam os candeeiros da “nossa” cidade.<br />Quando começaste a mudar? A mudar de cidade, de sonhos, de nasceres do sol?<br />Talvez quando a tua família se dispersou. Se transformou em migalhas de <strong>pão</strong> varridas pelo vento do destino…<br />A minha família foi sempre tão pequena, tão pequena… Pequena demais para se dispersar. E fiquei aqui, naquela que fora um dia a “nossa” cidade.<br />O pensamento consegue <strong>urdir</strong> uma <strong>infinitude</strong> de conjecturas. Quais as reais? Nunca saberei.<br /><br />Quando decidiste ir para o “teu” eremitério concluí que tiveras a <strong>aleivosia</strong> de me abandonar. Soçobrei num oceano de <strong>comiseração</strong> e <strong>unguento</strong> algum acalmava a mágoa que abraçava a minha alma até a esmagar.<br /><br />Um dia, um dia perdido no dicionário dos dias, fui até à outra margem do Tejo em busca de algo – sim, algo que se encontra numa dessas cartas sem papel químico – e a noite caiu e fiquei a olhar para esta margem do Tejo. Lisboa cintilava como se a tivessem enfeitado, como se fosse uma <strong>preciosidade</strong> colocada delicadamente num colar e ostentada numa montra para nos enfeitiçar.<br />Lembro-me de pensar se seria a distância que nos amolecia, nos emocionava. E fiquei ali, a olhar para Lisboa e a escrever-te uma carta sem papel químico.<br />Respondeste que sim – disso lembro-me, pois tenho todas as tuas cartas – que as distâncias enfeitam os lugares, o palco da nossa vida. E foi na tua resposta que encontrei a minha paz. E compreendi que nunca deixaria de ter saudades tuas mas que passaria a aceitar o “teu” eremitério… o lugar onde escreverias o “nosso” livro.<br /><strong><a href="http://apaginastantas.blogspot.com/">Raquel Vasconcelos</a></strong></p></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6184266323549890633.post-52140010915698634702008-11-18T15:06:00.009+00:002008-11-18T15:23:53.443+00:00divulgação de "22 Olhares Sobre 12 Palavras" na rádio<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXgzpTJ0NPoBGwb2FR0BVBHJ-P-N0OeycJPWNrJSZFGKf5IXNvaTAFIWZTxq8dknIQA9_BN6k4ly99gHOxbLmX1P1S7kfjJ7bN1hMHdafkXQjWodNlufD6cr31luCoNuTXbgt_DDg1rWBW/s1600-h/Convite+grande.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5270017752940033058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 197px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXgzpTJ0NPoBGwb2FR0BVBHJ-P-N0OeycJPWNrJSZFGKf5IXNvaTAFIWZTxq8dknIQA9_BN6k4ly99gHOxbLmX1P1S7kfjJ7bN1hMHdafkXQjWodNlufD6cr31luCoNuTXbgt_DDg1rWBW/s400/Convite+grande.jpg" border="0" /></a> <strong>o nosso livro está a ser publicitado na rádio da Universidade do Porto pelos estudantes de Comunicação</strong>.<br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8YG07gQZ_DzzMQGgJHs7-1_e5nzC6oUUaETGVyZ8GXA5VlOQgKF-EOdp7xIzl_QX-FH50as2PmEXJwA2TXPvYPLWY5xb4o2m7ZM6pYP7Zo8cLQLouxm27heI0Jqdnvco4Wdf8wlsRwYqA/s1600-h/Mateso.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5270018339389418978" style="WIDTH: 74px; CURSOR: hand; HEIGHT: 94px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8YG07gQZ_DzzMQGgJHs7-1_e5nzC6oUUaETGVyZ8GXA5VlOQgKF-EOdp7xIzl_QX-FH50as2PmEXJwA2TXPvYPLWY5xb4o2m7ZM6pYP7Zo8cLQLouxm27heI0Jqdnvco4Wdf8wlsRwYqA/s200/Mateso.jpg" border="0" /></a><br /><div><div align="center">Devemos esta divulgação à amiga e co-autora, <a href="http://www.artmus.blogspot.com/">Mateso.</a></div><br /><div>Em <strong>Lisboa</strong> a <strong>apresentação</strong> será: na <strong>Livraria Barata, a 5 de Dezembro, pelas 19H30</strong>.</div></div></div></div>Eremit@http://www.blogger.com/profile/03568209684956579954noreply@blogger.com1