terça-feira, janeiro 22, 2008

se foram, encantados, os amigos canadenses de meus filhos

Andámos pelo Norte de Portugal.


Já vinham do Sul e fascinados estavam
Estavam. Estiveram. Ficaram e foram. Fascinados.

Disseram-no, mas via-se-lhes no olhar. As palavras não eram necessárias na incessante procura de conceitos que bem exprimissem o sentir que esta visita, esta descoberta de Portugal lhes trouxe
Que estavam mais ricos.
Humanamente mais ricos e que aprenderam uma outra forma de olhar a vida.

Claro que fiquei feliz por assim ser e eu ver que era um "ser" verdadeiro.
Então, atrasado, mas com prazer e gratidão, aqui passo o testemunho e atribuo o prémio de «É um blog muito bom sim senhor» aos seguintes blogues - desculpem, esforcei-me mas acabaram por ficar... SETE+ UM.! OU SEJA - oito e não sete, segundo as regras de indicação e tive que me conter porque senão a lista seria muito, mas muito maior.

Vou descobrindo novos e fascinantes blogues.

Valha-nos ao menos isso. Encontrar coisas boas.

Se existem coisas boas, bem feitas, com qualidade, com humor ou análise é porque o país está vivo e se recomenda contra o cinzentismo que é público e notório - ou seja: há um país público, maioritariamente medíocre e cinza, há um país desconhecido, privado, não anónimo mas que podemos equiparar ao símbolo do "Soldado Desconhecido" que mexe e bem, respira e aspira a mais e melhor e dá a cor e a vida ao país. Eis alguns:









E agora, amigos da blogosfera, façam o favor de ver as regras no post anterior a este.

É só descer um nadinha...e POR FAVOR passem o testemunho.

Ficam sempre tantos de fora...já vi que há quem opte por deixar em aberto.

Eu optei por, neste caso, seguir as regras (quase...! Indiquei + um...) e seleccionar alguns de tantos outros que me dão prazer ler.

E afinal é só isso que estes "Prémios" simbolizam.
Alguém de que nem conhecemos o rosto diz, desta forma: gosto de te ler e pasar por aqui.

Obrigado a todas e todos por existirem e desta forma falarem e tanto dizerem deste nosso país.
____________________________

NOTA: No "Reflexões Caseiras" o conteúdo entre parênteses, com asterisco, é de minha responsabilidade - não faz parte do nome do blog (desculpa M. mas as tuas reflexóes são tão abrangentes, simples na forma e profundas no sentir expresso com elegância de estilo e economia de palavras que o termo "caseiras" pode parecer redutor, sendo que o não é. Porque são as tuas e as ofertas assim.

Singelamente.

Sem alarde.)

quinta-feira, janeiro 17, 2008

A Maria atribuiu um prémio a este blog


Recebi da Maria, do blogue "MARIA VISITA O REINO DE ESTHER" este prémio




Deixo meu preito de gratidão por tanta generosidade.



  1. Agradecço a gentileza - claro que não é necessária nenhuma regra para tal.

  2. Sinto maior o peso da responsabilidade, mas também a caricia de carinho que por aqui prepassa com as vossas visitas, aparentemente tão pouco acarinhadas e retribuídas, mas tão queridas a meu coração, agora reforçadas, com esta atribuição.

E agora, segundo as regras criadas e repassadas devo informar-vos:



  1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que consideramos bons, entendendo-se como bom os blogs que visitamos com regularidade e comentamos;

  2. Ao recebermos o “É um blog muito bom sim senhor”, devemos escrever um post que inclua quem nos atribuiu o prémio com um link para o respectivo blog; tag do prémio; regras; e a indicação de 7 blogs que consideramos bons e a quem fazemos a atribuição;

  3. colocar em destaque – no meu caso também grato e embaraçado - a tag do prémio no blogue.*

  4. Resta-me agora cumprir a parte mais difícil, mas igualmente gostosa. A nomeação de outros sete blogues que, em minha opinião são BONS BLOGUES. Daqueles onde sabe bem ir e ficar, lendo, olhando e reflectindo.

*NOTA: Aconselha-se a criação de um link para o post em que dele falamos e sua atribuição.

Devo pois indicar como merecedores da designação e atribuição da tag BONS BLOGUES outros sete sendo que, felizmente, há muitos mais.

E peço a vossa paciência pois devo reflectir e decidir com mais tempo do que o que ora disponho, pois desta vez há amigos humanos por aqui em amena cavaqueira.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Novas daqui

Como puderam ver o meu “couval” - foto abaixo - parece uma mata.
Talvez valha a pena passar a ter alguns animais de criação para escoarem estes produtos.
Não sou muito carnívoro. Gosto mais de comer à base de legumes, incluo o leite e eventualmente ovos.
Não dispenso um bom queijo.
Em casa alheia sou capaz de comer carne ou peixe, mas por norma dispenso-os.
Portanto o fazer criação de algum animal – se gostasse de leite de cabra seria uma boa opção – teria como única função comer o excedente de legumes e ervas que proliferam. Talvez galinhas pois põem ovos que como….
Veremos.

O meu Kanguru funciona meio perneta ou perna de pau (?) e a opção por este foi feita já em função do conhecimento e orientações dos amigos que por cá têm habitações como sendo a rede que melhor funcionava na zona.

Assim tenho passado o tempo disponível dedicado à leitura frente à lareira.
Desculpem esta preguiça de cão ou gato. Ou de ambos. Ambos partilham comigo o gosto pela lareira. E ali ficamos os três. Eu leio, de vez em quando tomo uns apontamentos.
O cão Batalha dormita e observa-me; o “Gato”, que agora no Inverno acabei por deixar entrar, que isto não é tempo para nenhuma “alma” andar lá fora desabrigada e exposta à inclemência do tempo, como todos os gatos dorme em estado de permanente e atenta vigília e se me observa como por vezes parece, mais fortemente parece que filosofa. Sensações estranhas que estes amigos me passam, direi e digo.

Entretanto fiquei de vos falar da Laidínha.

Há que falar do início de vida dela para se compreender a pessoa que hoje é e a relação com nhora Ninhinha.
Irei assim dividir esta prosa para não ser excessiva em extensão.

1ª parte resumida da vida de Laidinha, de seu nome de baptismo Adelaide Maria Maia Salgueiro, com 38 anos de idade, frequentou a escola mas não passou do 2º ano do 1º ciclo (antiga 2ª classe)
Em bebé foi-lhe diagnosticado um “atraso”. Tal foi identificado quando na fase de desenvolvimento da fala o atraso se tornou notório, tanto mais que sendo a mais nova de sete filhos a mãe já tinha larga experiência empírica da fase de aquisição de linguagem pelas crianças, sua apropriação e uso adequado.
A partir daqui lá marcharam, na carreira, ao médico da vila que depois de exames preliminares os enviou para o antigo Maria Pia no Porto, onde Adelaide ficou internada largos meses e de onde saiu com a etiqueta de atraso mental ou, como diz o povo: “é mental”.
Frequentou a escola por pressão e acompanhamento vigilante da segurança social local, através de contactos de colegas do hospital onde tinha regulares
Consultas de acompanhamento, até que a passaram para um outro serviço adequado a casos como os dela, dos “retardados” dizem-me a mãe e nhora Nininha.
A família sempre recusou o internamento da filha em instituição adequada, no Porto e assim lá andou na escola mais perto – maneirismo – de tão longe. Mas isso já foi. É passado.
Os irmãos, como os filhos de nhora Nininha, emigraram.
Uma irmã imigrou para Lisboa onde estudou, de noite, na “escola dos adultos”, até fazer o 12º ano, já mãe de 3 filhos. Os restantes irmãos estão espalhados por essa Europa a que dizem que hoje pertencemos, mas da qual estamos, afinal, cada vez mais distantes do que logo após a total ausência, claro.
A família nunca soube lidar com a doença de Adelaide e os ralhos constantes da mãe, não do pai porque é sujeito de poucas falas e que dizem sempre assim foi, e dos irmãos que nas lides do campo não entendiam as “distracções” dela, as “ausências”, a falta de ritmo no trabalho…
Desta constante querela entre ela, mãe e irmãos, surgiu uma barreira de silêncio e de incomunicabilidade total que nunca mais souberam romper.
Adelaide vivia uma vida de refúgio, fugas, ausências pelas serranias – a família deixou de contar com ela para o cumprimento das tarefas rurais que exigiam e exigem horários certos. Passou a ser vista como um fardo que havia que carregar e por certo, se lho não disseram, ou se o não escutou ela sem eles saberem, sentia-o e cada vez mais se ausentava, quer para dentro de si, quer pelas serranias horas a fio.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

deixei de contar o tempo

Deixei de contar os dias. Vivi-os da melhor forma apoiando o tio Zé Carlos, que com uma complicação advinda de uma pneumonia me fez recear o pior, mas acredito que ainda há-de enterrar muitos de nós apesar dos seus, não tarda, 93 anos de vida bem vivida.
Regressei ao meu eremitério que vim encontrar gelado e húmido, apesar de não ter vindo directo.
Como ia chegar de noite e amigos que cá têm casa, há quase década e meia, já sabiam o desconforto que seria regressar no Inverno, de noite, depois de tantos meses, a uma casa vazia nesta zona, convidaram-me a pernoitar nessa noite em casa deles, no Porto, e que no dia seguinte viríamos em excursão.
Assim foi e soube bem.
Nada como a experiência e o conhecimento.
Mesmo de dia a casa pareceu-me uma gelada e húmida tumba.
Abri portadas, deixei-a a arejar e marchei com eles para a casa onde passam muito tempo, onde almoçamos, passámos o dia à conversa em frente da lareira e onde conheci uma outra blogger como já referi a alguns amigos por causa da minha lamentável ignorância informática e do erro daí decorrente.
Mas aprendi mais uma coisa nesse dia – neste capítulo – noutros aprendi muitas.

Uma delas, foi a força e a solidariedade activa e expressa de forma tão singela e natural como respirar.
Claro que levei a Batalha comigo para Lisboa.
Mas a minha horta e flores ficaram. Pensei que tudo estaria morto. Mas não.
A nhora Ninhinha, enquanto o Sol apertou, lá a foi regar - quase quatro quilómetros ir e vir.
E lembremos que tem uma vida árdua em cima, criou seis filhos mais sobrinhos e afins, trabalhou nos campos desde criança, e vai fazer 86 anos no dia vinte e nove de Maio próximo.
Quando percebi o que aquela doce e sábia criatura fizera, sem nada esperar em contrapartida, por puro amor humano, o meu coração cantou qual ave no ramo mais alto e soalheiro e dos meus olhos águas de gratidão e ternura brotaram.
No dia seguinte, ao acordar, fui visitá-la e aí me informou dos cuidados tidos com os vegetais porque: “ o sol calava nos leguminhos que o senhorinho cultivou com carinhinho” acrescentou, ” claro que a Laidínha, aquela cridinha, foi sempre comigo a ajudar-me e arreceosa que caísse no camininho e prá lí ficasse…”.

Ora digam lá se esta doçura, este amor aos seres, plantas incluídas, não é de uma pureza tocante e que nos reforça a fé na abstracta humanidade?
Em mim tem esse efeito.
Parece que vim cair no Geres para encontrar esta sábia mulher e com ela aprender, ou talvez ela seja um Anjo que ali está para quem dela necessita.
No próximo post falo-vos da Laidinha que também tem uma estória e uma lição de vida muito bonita.
P.S - desculpem a gralha no texto da imagem supra. Leia-se "infundados" e não infudados com está.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Balanço, balançando…

1-
…mas o balancé tem os braços desequilibrados
. Nem sei se os parafusos não estarão ferrugentos, a cair de podres, de forma que me não sinto seguro.
Mas poderão avaliar por vocês mesmos e concluir. Eventualmente alertar-me para o perigo que corre quem balanceia neste balouço e, para tal aqui deixo alguns – porque estes representam só a ponta do iceberg. Muitos mais surgirão não tarda - números de referência:
Vencimentos e reformas não puderam ter aumentos superiores à “inflação” – 2,1% (?);
Em Outubro de 2007 o INE referiu como valor alcançado pela inflação – 2,4%;
Entretanto, ao 2º dia do novo ano, 2 meses e dois dias (mais coisa menos coisa) depois da estimativa do INE verificaram-se os seguintes aumentos:
- Pão – 30%
- Leite – 12%
- Transportes – 3,9%
- Gás – 3,6%
- Electricidade – 3,6%
- Portagens – 2,94%

Como se vê não é só a tradição (como diz o slogan) que já não é o que era…A matemática também não e com o desencontro entre estes valores receio pela minha vida.
Uma queda abrupta do balancé de nome portugal (assim mesmo com letra minúscula pois os balancés podem ter nomes próprios mas não obrigatoriamente com maiúsculas) é ameaça real. Vejam só:


AUTO-CONSELHO – podem usar a abusar. Melhor aprender a saltar em…altura.

2 – Passou despercebido mas acabaram as guerras. Festejemos
.
Ontem decorreu o dia Mundial da Paz.

As guerras acabaram no mundo. Já não era sem tempo.Acabaram as guerras: Israel-Palestina; Afeganistão; Iraque; Paquistão; Quénia…..............................................................................................................................

Desculpem.

Escrevam vocês as restantes.

Há algo em mim que dói de uma forma que me tolhe todo e os dedos recusam teclar, de paralisados.

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NOTA: hoje aprendi uma coisa nova.

Se utilizarmos o computador de outra pessoa temos que o abrir na nossa conta senão tudo o que escrevermos, post's ou comentários, o compuatdor assume como do proprietário.

Agora parece-me elementar, mas só depois do erro e da pergunta feita, que me levou à descoberta deste aspecto.

Estou em casa de amigos que também têm casa no Porto (convidaram-me para almoçar. Vamos fazê-lo agora) e uma outra blogger (amiga deles) emprestou-me o computadoier dela aberto e vai daí eu desatei a ler e comentar sem mais. Claro que deu asneira.