quinta-feira, agosto 28, 2008
quinta-feira, agosto 21, 2008
o livro colectivo "22 Olhares sobre 12 Palavras"
Décadas têm passado e eu sempre a correr com elas, a acompanhar a passada que tem sido larga.
Para o bem e para o mal, a geração a que pertenço é a das grande mudanças do século XX.
Sem contar as que hão-de ocorrer neste - por exemplo paz mundial; a Terra-mãe -, Gaia/Geia - respeitada como herança -legado que nossos tetranetos nos deixaram...para que dela bem cuidemos pois um dia virão cobrar-nos o cuidado ou falta dele...
Nos idos do "fascismo à portuguesa" - o tal que nunca existiu - diziam que a dificuldade de expressão estimulava os criadores.
Sem pretender incluir-me nesse renque de tão ilustres figuras, pois tenho boa e lúcida capacidade objectiva e auto-avaliação crítica - ocorreu-me d analogia: vivemos tempos difíceis e nós que amamos as letras escrevemos, escrevemos.
Como se faltasse o pão para as bocas .... como se os sonhos se esboroassem se os não agarrarmos.... como se a avalanche não pudesse ser detida se um dique de palavras não for construído por todos os que as amam - os grandes artistas da palavra e nós outros. meros amantes delas.
O nosso livro, "22 Olhares sobre 12 Palavras" é prestigiado por alguém que muito prezo, respeito e admiro. Homem de cultura, prosador de múltiplas facetas onde, não raras vezes, emerge uma sólida preocupação de justiça social e nato comunicador: José António Barreiros que generosa e solidariamente aceitou fazer o prefácio desta aventurosa escrita de 22 bloggers. Não deixem de visitar os seus blogues pois sairão de lá sempre enriquecidos em todos os aspectos, sendo o dominante o Humano.

Temos pois, por pura generosidade e solidariedade, connosco os dois homens que desde a 1ª hora queríamos.
E como não há dois sem três, também por generosidade e solidariedade - daquela genuína - que nada pede nem espera, como dos dois antecedentes companheiros, já temos local belo, digno e paradigmático para a apresentação dos nossos 22 Olhares bem no coração da Cidade do Porto.
O Salão de Baile do Palácio Balsemão, na Praça Carlos Alberto, espaço de grande beleza e com estacionamento fácil nos parques subterrâneos.
a vossa presença é-nos imprescindível. como o pão.
* excerto de uma canção de José Mário Branco»
Texto da TMara pois melhor não o saberia dizer.
Podem visitar o site em reconstrução da Edium Editores, onde já faz referência ao nosso livro e suas escrevinhadoras e escrevinhadores e onde podem informar-se de todos os pontos de venda com que a editora trabalha. EdiumEditores
terça-feira, agosto 19, 2008
espécie de diário atrasado nos dias

O sobrinho do amigo J. veio e eu meti pés ao terreno.
A primeira imagem foi uma assim, de ternura.
Não esta mas equivalente. E não esta porque todas estas fotos foram retiradas da internet dado ter-me esquecido da câmara.
Fui até casa da nossa querida nhora Nininha onde fiquei um bom bocado à conversa, descansado e absorvemdo a serenidade que dela emana e de tudo o que a rodeia.
No caminho para lá vi uma cena de ternura muito parecida com esta 1ª imagem que aqui deixo.
A nhora Nininha continua a surpreender-me pela jovialidade, generosidade, alegria de viver, força anímica e...física, mas principalmente pela sabedoria que desenvolveu ao longo da vida olhando as mudanças da natureza e das pessoas, mas, principalmente olhando bem no fundo dos próprios olhos do ser com saudável e irónica irreverência .

___________e senti-me tão livre __________ que a criança em mim __________ ________________________________ rejubilou.


Segui o caminho pelos meus pés e escolhi esta imagem para fechar este simulacro de diário porque me fez lembrar, como atrás referi pioneiros num novo e esplendoroso mundo onde todo e qualquer ser, toda e qualquer espécie de vida surge como fonte de beleza e gratidão e é bem-vindo.
Nunca sentido como um ameaça pela humana fragilidade que nos torna tão arrogantes.
Voltei e tudo estava e continua bem.
Não intocado, mas puro e belo
quarta-feira, agosto 06, 2008
doze vezes cinco
Pedi-lhe autorização e foi-me dada, por isso ele aqui está bem como um desafio que o texto me trouxe.
A título excepcional, pois parece que tudo se congrega para que esta nossa aventura em forma de livro tenha concepção e remate adequados.
Vejamos:
_ nove meses, sem estarmos a contar fosse com o que fosse.
_ Um texto que da cabeça dela nasce e no fundo remata excepcionalmente o nosso livro deixando-nos em aberto um desafio...um repto.
O de cada um de nós fazer, tipo T.P.C. para o 6º Jogo, um texto COM as 60 PALAVRAS.
Creio que todas e todos se sentirão estimulados. Vou refazer o calendário para Setembro, 6º Jogo, e reenviá-lo, bem como as 60 palavras.
Deixo ao critério de cada jogador a forma como as vai usar. A ana eugénio construiu o seu texto seguindo o uso das palavras Jogo a Jogo, creio que será melhor deixar ao critério de cada um a forma como as vai utilizar. A única regra é que as 60 palavras estejam no texto.
E não se esqueçam de as destacar como acordado.
A data limite para recepção dos textos para este 6º jogo é o dia 21 de Setembro.
No final do texto da Ana as 60 palavras e algumas informações mais.
por ana eugénio
a seguir a cada tempestade, Rafael sobe ao velho farol para comungar o nascer de um novo dia e observar a fusão do azul do céu no mar. diante do horizonte imenso, o sentimento de pertença é avassalador. Rafael inspira profundamente e saúda a bonança. o som da rebentação das ondas ecoa amortecido pelo distanciamento no interior da torre erodida pelo tempo.
Beatriz segue-o degrau a degrau. a sombra da noite esmorece ténue perante o despertar envolvente do sol. sem pedir licença ao vento, linhas multicolores anunciam o renascer da vida. Beatriz dá água às flores que colheu durante a viagem e, lado a lado, homem e mulher observam o mundo como quem saboreia cuidadosamente uma caixa de chocolates.
da torre exponente, vêem a silhueta de uma criança a desenhar arabescos com uma pena na areia da manhã. o orvalho ainda tem o aroma da tempestade e é conselheiro sobre a vulnerabilidade da vida e da morte. mas a magnificência da tapeçaria de cores ao nascer do dia consegue afastar qualquer ideia de obstrução à calmaria.
altaneiros, vêem um corpo a emergir da água num sobressalto, a friccionar os braços até ao cotovelo, e sorriem perante a loucura de um mergulho tão friorento. divertida e rosácea, Beatriz regressa às suas flores. com método, limpa o lodo das raízes, enquanto Rafael se distrai a vasculhar pedacinhos da cal velha nas paredes que pedem uma nova pintura.
neste casulo de afectos a conversa é silenciosa. o casal nefelibata desconhece o inferno do ostracismo pois adivinha as palavras um do outro em cada expressão e movimento corporal. o dia acontece variável por todo o país. ao entardecer, no vertical farol, o luar vem inundar os abraços. e o vapor do amor espraia-se suavemente pela brisa.
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As 60 Palavras, por ordem alfabética e por Jogo: AMORTECIDO -
Se vais participar pela 1ª vez por favor envia-me e-mail para eueremita@gmail.com, com teu nome e nick ou só este se preferires e o link do blog a que associas o jogo. Dar-te-ei as demais informações que sáo poucas.