domingo, outubro 26, 2008

7º Jogo das Palavras - parte 3






liberdade

Luz que sem capitulação
Imobiliza o gesto em sintonia.
Bailarino que afasta a
Escuridão repondo a harmonia
Roubada. através do sentimento
D
o ser. num galanteio de
Amor não falaz tece a trama
Do olhar que a sustenta sem
Esforço.
TMara

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REUNIÃO

Começou a reunião antes da hora marcada. Com todos presentes, não havia necessidade de espera. Num gesto que era habitual nela, puxou para trás os longos cabelos. A luz do dia inundava já a sala. Na sua primeira apresentação aos colegas, fez um esforço para estar à vontade, apesar do grande nervosismo que a assaltava. Nomeada recentemente directora dos recursos humanos, Isabel sabia que muitas das decisões a tomar seriam polémicas. Tinha liberdade de actuação e a confiança do administrador. Mas sabia que um sentimento de inveja poderia instalar-se em alguns daqueles quadros, na sua maioria masculinos.

(Num repente recordou aquele momento em que, criança, dissera aos seus pais que ia ser bailarina. Afinal a dança era outra…)

No primeiro intervalo para o café pensou que até ali tudo correra bem. Tinha havido uma troca interessante de pontos de vista e a harmonia era quase total.
Poderia ser um “ apalpar de terreno “, é certo e até recebera um galanteio.
(Rui era o colega que o dissera. Ia estar atenta e tentar perceber o significado…)
Retomados os trabalhos foi-se apercebendo que a sintonia de opiniões tinha alastrado. E isso não lhe agradava. Preferia luta e uma discussão sã.

(Veio à memória a razão porque rompera o noivado há tão pouco tempo. Ela sabia que a capitulação do João em relação às suas ideias era o principal motivo.)

Terminada a reunião e esclarecida a sua posição na empresa, despediu-se dos restantes colegas. Lá fora a escuridão era total.
À saída do elevador, Rui, o galanteador, perguntou-lhe se queria ir beber um café e conversar um pouco…
(Isabel sabia o que isso significava. A partir desse momento, para si, o Rui seria considerado para sempre um perfeito falaz)
Zé-viajante
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A liberdade, pairava-o em breves momentos, tornando sublime o pormenor.
O momento sem tempo ou espaço, onde o filho o fita com amor um ultimo instante, antes de cerrar as janelas da alma e deixar-se levar por Morfeu, que o afasta da escuridão do quarto para prados de sonhos azuis.
Olha o filho a dormir, segurando a espada de luz jedi Skywalker, tão Luke quanto ele, deixando-se flutuar, na beira da cama, olhando aquele ser, seu filho, seu maior sentimento de amor. Nesse momento, pensa, pensa que não sente mais a harmonia das horas, um dia juradas eternas, felizes. O galanteio do puro gesto se ocultou algures no tempo, sempre o tempo, mas não se recorda mais do tempo. Com medo, sabe como batem as ondas de dor, a recusa, o esforço em manter uma sintonia, que se desvanece. Apenas o seu bailarino no justo sono cresce, e por ele vai resistindo, porque ainda a ama, à falaz capitulação.
Jorge Santos

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Bailarina em desequilíbrio

À luz preferes a escuridão que te esconde o esforço de parecer em sintonia com uma falaz ideia de liberdade. Rejeitas o gesto que não é baseado em sentimento e o galanteio sem propósito. De alguma forma sabes que a capitulação te afasta da harmonia. Bailarina em desequilíbrio, conseguirás evitar a queda?
Vida de Vidro
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A escuridão existe
mas na harmonia do gesto
a bailarina falaz
toma o galanteio
como caitulação
e em liberdade e luz
fica a sintonia
do esforço que une
o sentimento.
Paula Raposo
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Bailarina vogando na escuridão,
a desenhar um gesto largo mas sem esforço,
harmonia do ser,
sintonia do sentimento e da liberdade,
sorriso quase falaz
a par de um galanteio
com luz própria.

Braços de claridade
rodando no espaço cada vez mais aberto,
corpo solto, inteiro, de verdade,
e os violinos descendo o valor melódico
e logo a figura também nessa curva,
mãos pendentes,
seguras no seu ondular,
asas emergentes,
ainda seguras no simétrico batimento,
depois longe, breves,
e lentas e leves,
e como se tardassem, tardassem muito,
a chegar ao instante final e grave
da capitulação doce, docemente.
Rocha de Sousa
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A CAMISA

Ela ali estava, diziam que debotada, mas linda, talvez mais bonita ainda do que quando era nova. Era necessário, talvez apreciar-lhe o estilo. Dengosa, rosada mas tendo ainda e sempre o verde da esperança.
Galanteios foi o que mais ouviu quando era nova, agora….muitas vezes, falaz o que se entretinham a dizer sobre ela.
Era dele, homem elegante, bailarino que tantas vezes dançara com ela, apreciando a liberdade que lhe concedia no gesto sempre impecável, dançando com ela em completa sintonia.
Quando a tinha, parecia que dela irradiava luz, por o sentimento que nos outros causava ser de admiração e o seu ego enchia, olhava-a, revirava os olhos para melhor a mirar e não poucas vezes ao passar por um espelho espreitava o efeito que faziam, os dois juntos, na assistência.
Como lhe diziam que sempre com ela andava, resolveu fazer uma pausa e por uns largos tempos pusera-a de lado, pensando que quando de novo com ela aparecesse, o efeito seria devastador em quantos os olhassem, principalmente pela harmonia que existia entre os dois.
Quando a fora buscar e para ela olhara entrara repentinamente em túnel de escuridão. Fora com esforço que para ela olhara uma segunda vez, como para se certificar que era a mesma. Debotada!
Zangado, com ela na mão, fora confrontar a mulher. A capitulação fora rápida: sim, era verdade, por engano metera a camisa na lixívia.
Ela por já não estar tão bonita, no entendimento dele, sofreu com a rejeição e passou a ficar em casa, arrumada junto com os trastes.
Claras Manhãs
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bailarino professor

O tango que danço no palco da sala de aula faz-me bailarina desajeitada. O meu par, desprovido de carnes e olhar, é apenas sensação consciente, que me impele no requebro do vai e vem. O esforço repetido na perfeição da dança torna-me marioneta do gesto e da palavra que, talvez por deficiente condição acústica da sala, se perde nos galanteios ruidosos que não prazenteiros dos clientes-alunos. A minha sala de baile é real. Sentados nas cadeiras de pau, os alunos, perdão antes clientes, olham-me críticos porque detêm o poder, não da sabedoria, mas antes da força. E sob a harmonia intrínseca do contexto, lá vou eu esvoaçando no meu tango. Roda que roda, rodopia, flecte, cruza, baixa, levanta, compasso estimula-me. Deito a cabeça para trás, deixo que o corpo se plasme à sabedoria, sorrio, agito-me no voltear. Eis que os acordes finais estão prestes. Afogueada, depois de tamanho esforço, de olhos brilhantes encaro a minha plateia esperando que da sintonia de encanto, um breve galanteioO, sorriso ou assentimento se esboçasse. Pobre dançarina. Triste professora! Somente a escuridão de olhares me acolhe. Perpasso de novo a coreografia, mental e rapidamente. Não encontro falhas. Talvez, quem sabe, apenas um momento falaz quando me deixei envolver. Talvez o meu erro. Os rostos hirtos, ocos de sentimento olham de soslaio para a bailarina-professora. Uma chata quase pré-histórica. Devia estar em casa. Ridícula com tanto baile. Professores bailarinos só de hip-hop A música é outra. Sem compromissos. O ano está quase passado. E apenas começou. Eles sabem tudo. Conhecem a mentira vestida de andrajos de liberdade.
A música arranha o ar. O ruído tomou o corpo do palco. Pego nos meus sapatos de tango, rodeio a saia vermelha, ajeito o cabelo desfeito mais o trabalho inglório, e, olhando a luz que se vai filtrando na janela despida, sinto a revolta dos anos, a revolta do achincalhar, a revolta que preside à capitulação de todos os dias!
Mateso

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Cor matinal

Um som estridente ressoou pelo casarão adentro, fazendo rodopiar, num gesto de bailarina, o coração assustado de Miguel. Ainda de forças quebradas pela noite mal dormida, teve de ensaiar um grande esforço para se erguer.
Transpiravam-lhe as mãos quando rodou a chave na fechadura.
Do lado de lá, dois rostos femininos encaram-no com surpresa. Identificam-se.
– Quem é o senhor? – Pergunta uma das jovens.
Miguel fica sem saber que responder, mas consegue dominar a situação e ilude a pergunta.
– Que desejam?
– Vimos buscar os meninos. – Percebe uma resposta seca, talvez numa tentativa de cortar pela raiz uma eventual resistência.
Então, propõe-se travar aquele propósito sem qualquer capitulação. Estava ali para proteger os seus pequeninos.
– A mãe deixou-os sozinhos em casa…
– Não! – Cortou Miguel. – Deixou-os comigo!
Assim. Com total liberdade. Ninguém lhe arrancaria aquelas pérolas que acabara de encontrar. Por isso ensaia o acto falaz.
– São meus filhos. Nunca permitirei que os levem!
– Mas a mãe…
– Já não têm mãe. – Gemeu. – Não os podem deixar também sem pai…
Quase desfalecia de dor. Miguel começava, agora, a entregar-se a um sentimento de inquietação que o rondava, pela ideia de que poderiam querer interná-los num lar de acolhimento de crianças em risco, afinal eram órfãos, e ele, um intruso.

Mas não existem verdades absolutas. Os sustos e as surpresas surgem sempre repentinamente, revelando o quão ilusória é uma certeza e abstracta uma harmonia. Do mesmo modo, na ecuridão pode esplender inesperadamente uma luz, qual galanteio que converte uma amálgama de mágoas em sintonia perfeita de cores e tons.

Deste confronto com as Técnicas de Serviço Social vem a nascer nova alma em Miguel. Sofia vive. Acordou quando todos a julgavam morta. Era ela que as tinha mandado.
Fa menor
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evanescência

a bailarina desconhece os conceitos de esforço e capitulação. sabe, desde sempre, que a sua arte vive de sentimento, sintonia , luz e movimento em plena liberdade do ser. da harmonia criada e que para alcançar esta qualidade há que trabalhar exaustivamente o gesto rompendo todo e qualquer tipo de escuridão, mas que ela é breve e falaz desmoronando-se tão rápida como qualquer galanteio ao sair da boca que o produz ou da mão que o escreve, ou pior, iludindo quem o recebe se por ele ofuscado.
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falacidade
em sintonia com a música, sem capitulação nem esforço o bailarino, sentimento puro, elevou-se em voo.
no ar, rodeado pela intensa luz que irradiava, num gesto de liberdade em movimento, penetrou a escuridão da sala.
acolhia com agrado elogios e galanteios, mas não se iludia. destinavam-se ao bailarino, não ao homem em si. quando o corpo envelhecesse, a pujança e a harmonia dele migrassem evaporar-se-iam. sabia ser a fama coisa falaz.
Sereia
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O menino que queria ser pássaro

(tendo ainda na memória Billy Elliot, de Stephen Daldry)

O menino sentia-se diferente. Diferente dos outros meninos que, sem se questionarem, continuavam a repetir os hábitos familiares e tradicionais, mesmo que daí não resultasse alegria. Mesmo que isso representasse uma espécie de capitulação. A tradição queria-os a jogar boxe para se tornarem homens, e eles aprendiam boxe e contentavam-se com o prazer falaz de um elogio ou de um galanteio ao fim do treino. A tradição queria-os mineiros em adultos, e eles mineiros seriam, sem perguntas nem ambições.

Ele era diferente. Ele queria erguer os olhos da escuridão do quotidiano e alargá-los para horizontes de liberdade. Ele queria chegar ao mundo da harmonia e da audácia. O menino sentia-se com forças para, num gesto transgressor, criar asas e ser pássaro e não pedra, e viver em sintonia com o sonho que o preenchia. Ele queria dançar.

Foi duro enfrentar o preconceito e a intolerância. Por vezes o esforço parecia superior às suas frágeis forças, ou às forças que o seu frágil corpo fazia adivinhar. E no entanto permaneceu sempre, obstinada e corajosa, a vontade de ser pássaro. O sentimento seguro de que poderia voar em direcção a uma qualquer luz apenas pressentida, para além do abismo dos dias taciturnos.

Chegou a ser um grande bailarino.
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Jaz a sintonia
Do amor, da música, do envolvimento
Falaz a harmonia
Do esforço, do galanteio e do sentimento
Luz a liberdade
De galanteio, de gesto e de escuridão
Bailarina, a saudade
De morte, de sangue e capitulação
Afunda-se o desejo
De paixão, de calor e de solidão.
Eli Rodrigues

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Corpo franzino, cabelo de limpeza duvidosa, caído sobre uma t-shirt de marca a que o tempo se encarregara de levar a cor..
Entre os dedos da mão direita, como que colado à pele, segurava um cigarro tão gasto quanto ele próprio.
Diz quem o conhecia que por vezes levava o cigarro à boca (de dentes amarelecidos do tabaco e da falta de higiene) somente para o acender...
Discurso falaz, galanteio sempre pronto, ex – bailarino de profissão, proxeneta assumido, subia e descia a avenida vezes sem conta, num nervosismo e esforço que não passava despercebido a quantos com ele se cruzavam, e eram muitos!
Uns eram moradores no beco que dava para a avenida, outros, simples cidadãos anónimos e havia ainda os que por inerência de profissão eram chamados a intervir sempre que Osvaldo se envolvia em richas próprias de quem há muito se habituara a dominar o quadrante da avenida.
Era um homem sem sentimentos, passava cabisbaixo, num gesto rápido mal cumprimentava o senhor Apolinário, barbeiro estabelecido na rua havia mais de 50 anos e proprietário de umas águas furtadas, onde Osvaldo e Ricardina (sua protegida) dormiam e guardavam os míseros pertences.
Era também ai, segundo dizem, na escuridão da noite e da vida, que recebia os amigos com quem partilhava segredos, seringas e mulheres.
O alcoól fazia parte da sua vida desde sempre, era temido por Ricardina a quem, vezes sem conta maltratava na presença de amigos e desconhecidos....
Era uma vida como tantas outras onde faltava amor, paz e harmonia, a violência exercida sobre Ricardina, várias vezes a levou até ao hospital de onde regressava para mais uma cena de pancadaria sempre que voltava , ao final do dia, triste, ou quando algum cliente mais fervoroso a demorava mais algum tempo..
Naquele dia, Ricardina chegou tarde e segundo as suas palavras, sem dinheiro, começou ai uma das muitas brigas que todos já conheciam mas das quais falavam a boca pequena ...
A mesma conversa de sempre, as mesmas perguntas sem resposta. Ricardina que até ali fazia de conta que estava em sintonia com Osvaldo, pegou num saco e sem acender a luz preparava-se para descer a escada rumo à liberdade perdida.
Foi então que entre gritos se ouviu um enorme estrondo, era o corpo de Ricardina que Osvaldo empurrara pela escada, e caiu inanimado nos últimos degraus do pátio de entrada. Correu o senhor Apolinário e toda a vizinhança, levaram o corpo de Ricardina, já sem vida, a policia levou consigo Osvaldo, que incrédulo de repente se viu na prisão onde ficaria por muitos e muitos anos.Era a capitulação depois de tantos anos de vida chamada fácil e a maltratar a mulher que devia amar e proteger. Ricardina.
ELL
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Luminosidade outonal

Sento-me numa cadeira antiga e pequena em frente à janela. É uma janela de vidros largos que me deveria dar a sensação de liberdade. Mas o facto de a janela ser moderna, vidros cercados por aço inoxidável, deixa-me um leve sabor amargo. Gostava das janelas antigas dos meus avós, janelas de vidro enquadradas por caixilhos de madeira com a tinta a descascar e persianas frágeis mas com personalidade.
A cadeira onde estou sentada, quase imóvel, também era dos meus avós e eu aqui estou observando a outra faceta do meu mundo, o lado de fora da janela, como um peixinho cor-de-laranja num aquário.As folhas caem no chão, rodopiando com o vento, esse bailarino, em perfeita sintonia. O Outono deseja há muito ser aceite enquanto que o Verão, falaz, nos presenteia ainda com galanteios – se bem que esparsos – reivindicando a sua presença.
A chuva entra em cena. Primeiro miudinha. Depois, as bátegas abatem-se desenvoltas, sem esforço e escorrem pelos vidros da minha janela moderna.
Com um gesto de criança, desenho com o dedo indicador as estradas de água que se formam, e escorrem inexoravelmente até ao parapeito.
É desta vez, penso, que o Verão concedeu a sua capitulação.
Tudo acalma.
Olho para a luz que o Outono faz incidir sobre a paisagem teatral que tenho diante de mim. Mais algumas horas e a escuridão irá abraçar tudo em seu redor. Restará a luminosidade difusa dos candeeiros da cidade.
Deixo-me ficar mais algum tempo sentada na cadeira dos meus avós, fingindo que a janela é antiga e que existem persianas. Fingindo só mais um pouco que possuo o mesmo sentimento de harmonia que era quase palpável quando ainda menina, com doze anos, me encantava quando o Outono surgia…
Depois… Levantar-me-ei tentando reencontrar-me. Sem dúvida a menina de doze anos cresceu. Nunca mais me esquecerei dela, nem das janelas antigas dos meus avós.
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Águas Nocturnas

há coreografias na leveza da noite.
folhas soltas nas correntes livres,
amantes sem caitulação,
entregues ao abraço do vento morno.

sentimento rendido à luz. antigo.
como sonhos enamorados
ou voos entrelaçados
ao fulgor do bailarino transparente.

há danças na orla do sorriso.
espirais no caos em liberdade
que resgatam as amendoeiras em esforço
e velam pela virtude dos malmequeres

há pirilampos na aura nocturna.
pulsares que preenchem amenos afagos
em mãos que aquecem os gatos esquivos
na sintonia da breve ecuridão.

há orquestras reunidas em homenagem.
sussurros no silêncio do tempo
tecidos no som das cordas aliviadas,
no uníssono das memórias dos entes desamparados.
mas até a hrmonia do divino é falaz!

e depois há o orvalho das luas esverdeadas.
onde a essência se purifica.
perante o gesto do impulso desconhecido,

do homem, galanteio fugaz.
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des(sintonia)


Foi o gesto dele um galanteio?
Ou nem era a ela dirigido aquele raio de luz?
Ou foi apenas ela quem nele viu uma harmonia?

E nem era sentimento, mas acaso.
Como seria se ali passasse,
na serra arredondada de cabeços,
um par de marinheiros em passo bailarino,
Como se em pós capitulação,
fossem pela rua gritando liberdade.

Ela a crer, num esforço,
E o sol a encerrar-se numa nuvem:
Água e escuridão.
E ele a afastar-se pela rua…

Sintonia falaz de um mero acaso.
Mcorreia

4 comentários:

Conceição Paulino disse...

e chegadao ao fim dos textos sei k os voltarei a reler. O encantamento não se quebrou, do 1º ao último. As emoções, tão diversas e bem desenhadas - algumas quase talhadas a cinzel - fascinam quem lê.
Obrigada a todos pelos belos mmts de leitura variade rica aqui proporcionada. Voltarei a reler. Sei-o bem.
Bjs
Bom Domingo
Luz e paz em nosso caminhar

Anónimo disse...

Muito bom o que por aqui se escreveu. Ainda não li todos, irei lendo, como gosto, atentae deliciosamente, mas do que li gostei bastante!

Paula Raposo disse...

Faço minhas as palavras da Tmara!! Beijos a todos.

Anónimo disse...

Queria apenas felicitar todos pelas excelentes participações e agradecer o prazer da leitura proporcionada.

Eremita, bem haja!