XII
(Tanta gente que eu matei assim!)
A sombra enforcou naquele candeeiro
o homem que eu imagino
para ali a dançar o nevoeiro
do seu destino.
Que fácil matar assim!
Nem lhe falta o corvo
num halo
de carícia
- a devorá-lo
dentro de mim...
(Cuidado! Um polícia.
Vou ressuscitá-lo.)
In:POETA MILITANTE, 2 Vol. Lisboa: MORAES EDITORA (1977) - RUAS DESERTAS(79:80)
1 comentário:
Um poema de José Gomes Ferreira.
Como não podia deixar de ser, o militante e os anos setenta e o sombrio movimento das formas...
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