terça-feira, janeiro 27, 2009

10º Jogo das 12 Palavras - 1ª parte

Amigas e amigos
aqui deixo os textos recebidos no âmbito do 10º Jogo das 12 Palavras.
É com tristeza que constato a ausência de vários participantes antes tão entusiastas. Desejo que tal não se deva a qualquer difícil circunstância de vida e, breve, retomem o nosso convívio pois sentimos a sua falta.
Por outro lado saúdo 7 novos jogadores.
Seis dos quais de todos desconhecidos (neste âmbito pelo menos), sendo três mulheres: Cátia A; Belisa e Ester Maria e , no masculino: Aníbal Raposo; António Rios e Jaime A.
O 7º, uma grata supresa e já um amigo de todos conhecido. Jorge Castro, o apresentador do nosso livro, que participa com dois textos.
Aos novos dou às boas-vindas.
A todos, grato pelas participações, deixo o meu fraterno abraço.
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A história de um cão

Numa distância difícil de avaliar, sulcada por veredas lamacentas, via-se um cão em deriva, escaganifobético, magricela. Farejava aqui a ali, fungando, como se procurasse um novo indício ou coisa de mastigar algum osso, capaz de atenuar esse supremo sono que toda a fome, em falso contentamento ou delírio de uma verdadeira fábula, afinal rasgaria as entranhas dos homens e dos bichos num terrível corte de urgência, dor de uma singular tontura, o autêntico festim do inominável. Em vez de ladrar, chamando alguma alma amiga dos animais, o bicho começou a uivar. Genuíno nesse protesto mais abrangente, esquálido, o cão esgaravatou o terreno ali mesmo, e gemeu, rosnou, como aparente intérprete do desespero, da paixãopela vida toda, e voltou a esgaravatar numa tontura de salsifré até conseguir fazer de facto uma concavidade sinuosa, um abrigo que lhe permitia esconder-se da própria chuva, espécie de útero ainda límpido, talvez fecundável e ponto de partida para novas buscas, um querer quase impossível, talvez diferente forma de esquadrinhar em volta da cova, chegando aos lixos que as águas salgadas empurravam até ali. Mas nada tinha a marca da salvação. Quase tudo chegava da praia próxima, ancorava perto da lama, juntava-se aos outros restos da uma esperança apodrecida, plásticos, fios desfeitos, roupas rasgadas, tudo coisas que pareciam vir anunciar a inexistência de um espaço próprio para renascer.
A certa altura, tarde na noite, o cão deixou de arranhar a lama. Aninhou-se, de forma bem compacta na cova que cavara. E quando acordou, manhã cedo, não havia areia nem mar à sua frente.
ROCHA DE SOUSA DESENHAMENTO

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deriva do ser


à deriva, mas sem qualquer salsifré, anda o ser. parcela do todo, mas singular. único e autêntico no seu querer. desligado do ser supremo sobre ele caem os anos. outonais folhas das árvores. folha de calendário que, mês a mês, por inútil, se arranca. o Novo Ano anuncia-se. milhares de trombetas de des-razão ecoam pelo mundo que, limpido mas glacial, se quebra de forma escaganifobética.

o ser deriva ________________________________________vazio corpo. vazia casca à deriva __________________________________________________________ . sem norte. nas malhas da paixão preparando o renascer. em vão buscando nas terrenas acções a moral que a fábula da vida deveria encerrar.
TMara

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Os queridos anos 50

-Olha, olha, que penteado mais escaganifobético!

-Escaganifobético? Escaganifobético? Ao menos usa a palavra certa – escanifobético! Nem parece que te fartas de ler. Mas estás a ser parva, e não percebes nada de moda!. Hoje fui atendida pelo novo cabeleireiro do Salão La Belle, um autentico artista. E uma brasa, também…
Estou o máximo!!

-Bah, pareces uma flausina, pirosa e de um supremo mau gosto. Até tenho vergonha de sair contigo à rua, nesses preparos.

-Estúpida, és uma bota-de-elástico! Andas para aí à deriva, sem teres um grupo, sem teres uma paixão.

-A minha paixão são os livros

-Ah que foleirice! Eu cá sinto-me renascer sempre que vejo as fotografias do Elvis. Ai aquele olhar límpido e terno, ai aquela voz!

-Estás a fazer da tua vida uma fábula, e depois quando acordares vais sofrer, mana. Se ao menos conversasses de vez em quando com o nosso professor de português. Mas com esse penteado escaganifobético…

-Não é escaganifobético, teimosa! É a moda, é…singular, pronto! E não me chateies mais.


A mãe intervém por fim, firme e sem querer mostrar o quanto se divertiu com o diálogo das filhas:
-Vá meninas, vamos lá acabar com o salsifré e as escaganifobetices! Já embora para o vosso quarto. São quase 11 da noite, boas horas para as meninas decentes irem dormir. Amanhã o cabelo da tua irmã já estará menos escaganifobético…
Justine


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ideia escaganifobética
revela-se no renascer singular
do salsifré,
é um límpido querer supremo
ou a fábula que deriva
num novo e autêntico
poema de paixão.

Paula Raposo



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jogo interior

límpido. autêntico.
avassalador salsifré o
o interior jogo de sentimentos de
querer renascer

singula deriva
do novo e supremo ser
estado de pura paixão
não escaganifobético
e vão sentir ou convicção
não mito fábula ou
erodida razão.
Amla

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desconfianças


do ser que sem SALSIFRÉ se ergue do vício, qual ele seja, semelham, aos olhos de quem só
Tudo o que é novo pode, aos olhos de muitos, parecer escaganifobético. todo o querer e a mais singular autêntica e límpida paixão sem qualquer deriva, o supremo renascer por fora olha e só na superfície atenta, mera fábula ou ilusão se não engano.
Eremita

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o objctivo da vida


era um autêntico dom. ele não passava de um ser singular por muitos considerado escaganifobético. de forma límpida o novo ser vivia sem salsifré, deriva ou qualquer ruído. vivia não numa fábula antes orientado pela intensa paixão do querer renascer que sabia ao alcance de todos. sabia não ser delírio, nem sonho. loucura ou heresia mas objectivo supremo da vida.
Sereia


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É um salsifré escaganifobético
autêntico e singular
que deriva novo
ao renascer das trevas
e é a fábula paixão
que do querer supremo
não esgota o límpido
poema aqui...
Paula Raposo

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turbilhão de emoções


de novo o avassalador
salsifré da paixão.
singular e límpido
sentimento do querer.
supremo e autêntico
renascer à deriva
tornando-o escaganifobética
risível figura no turbilhão
das emoções. fábula da
qual nenhuma construtiva
ilação, lição ou regra moral
perdurará.
TMara

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emergir do ser

demasiado singular. escaganifobético até. diziam-no fábula à deriva.
mítica construção do novo querer renascer. autêntico. límpido sentimento.
paixão suprema emergindo no tempo sem ruído nem salsifré.
Dark

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O VELHO E A DANÇA

Havia um velhinho
Límpido cavalheiro
Muito bem formado
Mas muito lampeiro.

Num baile bispou
Donzela sem dolo
Deu-lhe por completo
A volta ao miolo.

Sentiu o idoso,
Como é bom de ver,
De novo a paixão
A querer renascer.

Com muito denodo
(Caso singular)
Dirigiu-se à moça
Resolveu dançar.

Convidou a dama
Para o salsifré.
Passos à deriva
De trôpego o pé.

Dançou, tanto, tanto
E com tanta gala
Caiu mais a moça
No meio da sala.

Muitos assistiram
À cena patética
Que coisa ridícula
Escaganifobética.

Não é uma fábula
O caso é autêntico
Aconteceu mesmo
Ao velhinho excêntrico.

Supremo ditado,
Verdades eternas:
Tu nunca dês passos
Se não tiveres pernas.
Aníbal Raposo

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Este límpido querer
Novo é o renascer
Autêntico do salsifré
num supremo
e escaganifobético
nome e à deriva
na fábula
se apresenta em singular
paixão.
Paula Raposo

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fábulas
Francisco anda à deriva num supremo salsifré de pensamentos. uma paixão mui singular, digna de uma fábula escaganifobética, longe do querer da razão, renasce autêntica e límpida de novo no seu coração.


10º Jogo das 12 Palavras - 2ª parte

Arte(lharia)

- Isto mais parece um salsifré, saído de uma qualquer fábula escaganifobética!
Assim disparou dona Prazeres, toda finesse, de braço dado ao seu NOVO namorado, enquanto percorriam a galeria.
- Não gostas, minha querida? – Pergunta-lhe o namorado, com o sorriso a esmorecer-lhe nos lábios.
- Não! E não vais querer que eu diga que gosto, só para te fazer o jeito!
Luizinho sentiu-se à deriva, a ficar sem pinga de sangue. Tinha preparado a exposição com tanta paixão, com tanto amor e dedicação… e agora… agora o resultado era esta insatisfação!
- Estás a mangar… não vês que isto é arte, minha querida! – Refere ainda com alguma exaltação.
– Um estilo de arte muito singular!
- Arte? Chamas arte a estas esborratadelas, a estas bacias cheias de mazelas, a estes cacos espalhados pelo chão?
O namorado, coitado, a sentir-se mal-amado, não queria acreditar neste autêntico descalabro. Ele que pensara fazer-lhe uma surpresa, daquilo que, para si, constituía uma proeza, e ficava agora mudo e quedo, debatendo-se entre o argumentar e o encolher-se num canto a chorar.
Ele bem sabia como a dona Prazeres era difícil de contentar… mas ainda pensara em fazê-la Renascer com a sua arte… talvez que nisso ela pusesse um límpido olhar. Mas, qual quê? O seu supremo mau feitio tinha que dar o seu sinal! E foi isso que fez com que a coisa azedasse e tivesse corrido mal.
Mas então, o Luizinho, longe de estar resignado à sua sorte, replica-lhe num rasgo audaz:
- Pois olhe, minha querida, não é assim que se conquista o coração cá do rapaz!
Fa Menor
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fizeram escaganifobético salsifré em torno de singular fábula. derivada da mais autêntica, límpida e suprema paixão. Novo sentimento de querer renascer que lhe orientava o ser.

deu por ele enfiado num colete de forças. jogado para uma cela neutra. inócua. uma cela irreal onde nada existia fora a brancura deslavada da luz filtrada por uma clarabóia no tecto. tudo tão nada recriando o vazio do espaço que alastrou pela mente e tudo eliminou.
TMara
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Um autêntico e novo renascer
vai à deriva perturbar
o límpido querer
da paixão
e torna-se um singular
salsifré de ontem,
uma escaganifobética
fábula,
um soluço supremo!
Paula Raposo

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Os sonhos hão-de ser sempre o renascer da nossa paixão.
Uma fábula autêntica em que acreditas sem querer.
Um límpido olhar para lado nenhum.
Atitude singular de quem nega de novo.
Pensamento escaganifobético que deriva de algo que desconheço.
Salsifré que mais não passa de loucura controlada.
É pois meu destino igualar o supremo.
José Rios
(não tem blog)
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A VIAGEM

Deu por si a pensar se alguma vez teria existido amor, se não teria sido só paixão o que os unira.
Olhou o horizonte que naquele dia estava particularmente límpido, enquanto sentia o barco, o seu barco, a deslizar sobre a água tão azul quanto o céu estava. Olhando a esteira notou, como esperava que acontecesse, que a deriva era nula. Rejubilou! o seu barco, construído com o seu desenho, que todos achavam escaganifobético e que ele sentia singular!
A paixão já tinha passado e o dia-a-dia corria rotineiro, cada um para seu lado, crescendo e tendo diferentes interesses. Sim, talvez só tivesse existido paixão e com ela passada, a capacidade de se esforçarem para haver entendimento e compreensão, tivesse passado também.
Um dia, explicou-lhe que tinha chegado a altura de cumprir o sonho, que ela sabia, que acalentava. Estava na hora de partir no seu barco, para uma viagem sem tempo nem rumo.
O 'salsifré' que ela lhe fez, acabou com o que já nada restava e ele passou a ser a fábula da família dela.
Partiu nos primeiros dias do Novo Ano. O importante era querer ser autêntico, encontrar-se, renascer.
Ele, o barco e a vastidão do Universo.
Estava Feliz, em Harmonia e o supremo olhava por ele.
Claras manhãs

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Ano Novo

Deolinda sentia-se à deriva desde que as Festas tinham acabado. À sua volta, as pessoas pareciam renascer para a vida, desejando que o novo ano lhes realizasse todo e qualquer desejo, por mais singular que fosse. Talvez a maioria não acreditasse nessa fábula mas alguns tinham um autêntico brilho no olhar, de tanto querer que fosse verdade.
Para Deolinda a simples ideia de que uma artificial “interrupção” no tempo pudesse trazer paixão, saúde, dinheiro e todas esses lugares comuns que lhe desejavam era mais que inaceitável, era…”escaganifobética”. O seu riso soou límpido por se ter lembrado daquela palavra que usava quando adolescente. E voltou a ouvir a voz da mãe:” oh menina, não te ensinam a falar como deve ser, lá na escola?” Sendo que já não ria assim há algum tempo, pensou que, afinal, talvez o novo ano lhe trouxesse algo de bom. E nem teve que fazer nenhum supremo esforço para se juntar aos colegas que, naquele primeiro dia de trabalho, tinham aberto uma garrafa de espumante. Nos risos de todos e no salsifré que se seguiu, Deolinda encontrou o seu espírito de ano novo, sabendo, de certeza, que seria aquilo que ela dele fizesse.
Vida de Vidro
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Toque

As tuas mãos seguem à deriva pela minha pele,
Seguem num salsifré singular e descoordenado, fazendo estremecer os meus poros...
A minha mente descobre um novo mundo, voa livre,
Os pensamentos seguem confusos e seguem um rumo escaganifobético.

Apresentaste-me o prazer supremo,
Apresentaste-me o sabor autêntico da paixão,
Com o teu toque fazes renascer a cada momento a cascata límpida que jorra de mim,
Reacendes o fogo que me consome, qual fábula da fénix
Fazes-me querer repetir uma e outra e outra vez...
Mac
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Da força da turba

da fábula escorrente
uma paixão
desliza em novo e límpido querer
qual peça que se quer
talhada à mão
e a deriva escaganifobética a dizer
que o salsifré singular
que a turba grita
é um autêntico e supremo renascer
assumido
ainda que fique aflita…
Jorge Castro
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O VESTIDO AZUL

Como num renascer da sua própria infância, a mãe tinha-lhe comprado um vestido novo. Era azul da cor dos seus olhos, com saia pregueada e mangas de balão.
A menina sentiu aquela oferta maternal como uma dádiva do céu. Apesar de ainda pequena na idade era crescida no entender e sabia que havia dificuldades em casa e aquela despesa de luxo, certamente, tinha exigido muito sacrifício dos seus pais.
Apesar disso, também era feminina e sentia-se muito feliz e contente por estrear um vestido. E tão lindo que ele era!
No seu pequenino coração, estes sentimentos obrigavam-na a andar num salsifré inquieto até chegar a hora de o vestir e poder mostrá-lo à avó que morava na rua de trás.
O céu estava límpido e ela iria, numa corrida, ouvir aquela fábula da raposa e do corvo escrita no livro grande, guardado com paixão no armário da sala onde ela, na sua pequenez, ainda não alcançava.
A mãe recomendara-lhe, de dedo no ar e com singular veemência, para não se demorar no caminho e nem pensar em sujar o vestido.
O trajecto era curto, é verdade, mas um supremo desejo de correr e saltar por cima daquele escaganifobético monte de terra colocado estrategicamente no seu percurso, fê-la esquecer o seu querer de obedecer ao pedido da mãe.
Como um autêntico barco à deriva, sem rei nem roque, salta aqui, pula acolá, ei-la que tropeça e fica estatelada mesmo em cima do monte de terra vermelha.
A saia do vestido azul como a cor dos seus olhos tornou-se castanha
como os olhos de sua mãe.
Meu Deus, e agora??
Ia ouvir sermão e missa cantada, pela certa e o seu coração pequenino começou a bater mais rápido.
Chegada a casa da avó mostrou, chorosa, o resultado do seu acidente e como certamente a mãe lhe iria ralhar.
Que se poderia fazer para remediar o infortúnio e o vestido voltar a ser azul?
E a avó, no seu saber feito de experiências de muitos anos com acidentes iguais, tratou do vestido da menina e deu-lhe a sua primitiva cor evitando que houvesse ralhetes e, talvez, umas boas palmadas pela desobidiência.
Benó
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estorinha suburbana

Nada, meus senhores, de mais autêntico: André e Marisa, pela enésima vez, tentavam confluir para a sua paixão, perdida de si mesma na deriva dos acasos.

Da última revoada dos seus afectos ficara um amargor no ar após André, em momento mais inspirado, ainda que de indefiníveis contornos diplomáticos, no aconchego do leito, ter subtilmente beliscado a, de novo, sua Marisa naquela parte anatómica onde três conspícuos e alinhados sinais formavam aquilo a que ele achara por bem chamar de «Escaganifobética Constelação do meu bijou».

Mal se sabe se pelo bijou de duvidoso e algo passado gosto, mas mais se admitindo pelo vetusto termo a que a entoação carinhosa não teve o condão de apagar um deslocado tom, misto de galhofa e brejeirice, que nada bem lhe assentara, Marisa destemperou num salsifré medonho e singular que atirara com André para as vascas da agonia dos afectos.

Nessa tentativa inepta de querer fazer renascer um límpido romance, mas que tendia a embrulhar-se sempre que ensaiavam as chamadas vias de facto, André e Marisa incorporavam a desmesura da fábula urbana do século XXI: no contacto à distância, recorrendo às tecnologias de informação e comunicação mais recentes, vogando no manto diáfano da fantasia, evoluíam num supremo e doce enredo, todo ele feito de etéreos beijos e outros carinhos virtuais.

Mal chegados à nudez forte da verdade, da permuta mal processada de fluidos, até às idiossincrasias mais ou menos abstrusas a que hábitos e culturas, muito apanhados pela rama, não lobrigavam veredas de cordial entendimento, tudo se desmoronava.

Então, optaram por cantar seus tristes fados, o que sempre deu para arrecadarem farto pecúlio, por entre a multidão de almas gémeas e perdidas. E assim viverão felizes, até que…
Jorge Castro
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Era uma vez…

Dom Quico Salafrário um cinzentão meio pelado de olho vivo que andava há já muito horas neste salsifré de mundo. Um sabido, que gostava de abanar a cabeça ao compasso das modas do tempo. Para a fotografia piscava os olhitos, arrebitava as orelhas já meio peladas, abanava a cauda e mostrava a dentuça amarela dos dias. Ah perdoem, faltava-lhe o adorno mais precioso, o chapéu de palha ornamentada por uma colossal rosa de papel vermelha, que por aqueles dias se encontrava fanada de cor e forma. O velho chapéu tingira-se de um amarelo velho, aquela mesmíssima cor de palha já afeita ao sol eirado de muitos anos. Eis, pois, o retrato único e autêntico deste cidadão singular.
D. Quico, o burro!
Naquela tarde límpida de azul e prenhe de calor, conversava D. Quico amenamente com os seus comparsas sobre as últimas do povoado, quando não se sabe vindo de onde, uma pega rasou-lhe a prazenteira cabeça, e, num ápice surripiou-lhe a fanada rosa vermelha do chapéu. Furioso, apanhado de surpresa, roubado na sua vaidade, Dom Quico, arreganhou os dentes e zurrou, zurrou com a paixão da sua nobre estirpe. Burro que assim zurra é burro fino, porque nestas coisas, burro calado é burro corriqueiro, burro zurrado é burro importante. Sem querer, D. Quico ao exibir a sua cólera desembuçou a sua importante linhagem. Francisco fora baptizado, porém, rapidamente passou a Quico, porque o vulgo é Chico, e Chico só para o burro comum o calado e sofrido. Os pais de D. Quico, D. Frederico mais conhecido por D. Rico, pois que o burro fora bem esperto e nupciara com D. Bábá, filha única já entradota mas com um património jeitoso. Diziam as más-línguas, que o sogro, na pressa de se ver livre da filha emperrada, duplicara o dote. Fosse como fosse, D. Bábá com mais ou menos dote gerou D. Quico e Dona Cereja.
Dois burrinhos.
Perdão, dois rebentos prodígio, vulgo, sobredotados, sobretudo D. Quico. Ninguém se apercebeu daquela inteligência intermitente, típica de um asno de linhagem e que o guindou à Zurral Assembleia. Aí colocou a sua prosápia ao serviço do Zé-burrinho. Dona Cereja, porque era fêmea e, porque aos animais as cotas ainda nunca aproaram, foi sempre tida como diligente, aplicada mas longe do brilho zurrante do seu irmão. Foi um prodígio quando casou bem, teve pequenos asnos e foi cautelosamente feliz
E D.Quico?
Andou à deriva e mariposeando de burra em burra até que inteligentemente se apercebeu que os anos já lhe pesavam e a agilidade acasaladora de outras primaveras começava a emperrar. E, porque como se já se disse, era um prodígio teve a suprema inteligência de arranjar companheira. Uma burra doce, bom parideira, jeitosa. Titá de seu nome. Porém quis o destino que a união fosse fugaz. Divergência de zurros. Alegaram nas instâncias da lei.
Porém D.Quico Pai foi extremoso.
A vida foi saracoteando de burricada em burricada, até ao crescer dos filhos, aos estudos e consequentes formaturas. Não pasmem pela vida académica dos burros. País que é país, na vanguarda de todas as tecnologias, esforça-se pelo futuro das suas gerações. Sejam asnos, prodígios ou simplesmente comuns. Por isso é que entre nós, os burros como o D. Quico falam, têm chapéu, família e até gozam de estatuto. Um renascer de almas num País-fábula.
Voltemos, então àquela tarde salobra de calor. D. Quico furibundo bate impiedosamente com os cascos na calçada, que dado o calor da hora, se encontrava deserta de almas, que não, as dos seus mais chegados compadres.
-D. Quico acalme-se, pede-lhe o tremelicado Chico Asno
-Acalmar-me? Então não querem lá ver! Fui roubado, roubado! E por uma pega! A minha rosa vermelha! Fica sabendo, Chico, que foi a Senhora Mãe-Burra que ma ofereceu no dia do meu casamento, o que eu gostava dela! Faz parte de mim. Era a minha imagem. A rosa.
-. Oh Quico vá lá, não te exaltes assim. Ainda te dá uma coisa. Aconselha-o Jericote Palhunça, seu compincha de muito trote.
- Pois, pois. Não estou em mim. Uma pega! A minha rosa! Fui roubado!
- Tem toda a razão. Para que quererá uma pega uma rosa? Prá cabeça não será, cogitou Chico
Asno.
- Também não percebo, tartamudeava D. Quico Para quererá a pega uma rosa?
- Ó homem deixa-te de lamúrias, já pareces o Dom Acha. Uma rosa? Inda por cima fanada. Não interessa a ninguém, só às pegas. Sabes que elas roubam tudo, mesmo que não preste. Está-lhes na massa do sangue. Depois não és um burro elegante, não gostas de andar “au dernier cri”? A manhã antes de ires para a Zurral Assembleia passas na loja da DG e compras um chapéu novo. Certamente que a flor será mais estilizada, menos demodée, quiçá um pouco escaganifobética mas isso meu amigo é fruto dos tempos que correm. Rosas e cravos tal como os conhecemos
desapareceram. Presentemente tudo tem mais design.
-Se tu o dizes Jericote. Vou acreditar em ti.
- Pronto amanhã vamos os dois ver um chapéu novo. E depois de o colocares, aí Quico é que te vais sentir o burro mais elegante de todos nós. Aliás, deixa que te diga, querido amigo, todo esse garbo ainda te vai guindar a altos cargos, sou eu que te digo. Sei do que falo.

-Faço figas, faço figas. Projectos não me faltam. Todos os compadres ficariam protegidos, asseguro-te eu. Sabes, eu acredito sempre no que digo. É a minha mais-valia, caro Jericote.
E foi assim, que um Asinus Europeus agora ornado de chapéu elegante, ágil, vivo, elegante e teimoso, distintivos perfeitos da raça, subiu a ladeira do poder. Conta-se, que subiu, subiu até que escorregou e caiu. Não foi culpa dele. Foi de um asinino qualquer que o rastejou. A calçada do poleiro estava já tão puída que ele não se aguentou e zás, estatelou-se dando cabo das apófises dorsais. Uma tragédia. Ficou inutilizado. Tornou-se amargo na sua solidão. E rapidamente o Zé-burrinho o esqueceu.
Foram os seus netos que me contaram esta fábula. E eu aqui a deixo.
Afinal, meus amigos até para se ser burro elegante, é preciso ter sorte.
Mateso
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Da Criação

no principio,
o espaço era deriva.
autêntico caos em querer,
onde o proto-tempo regia supremo.

mas a génese singular não é eterna!

tudo o que é novo,
queda-se em paixão.
para, no mais límpido gesto de amor,
sucumbir em fragmentação.

e a desigualdade não é fábula.
nem nada por ela revestida!

juntos,
num salsifré escaganifobético,
os elementos são a dádiva da vida.

onde somos existência em renascer!
V.F.S

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Era uma vez….

Temos novamente palavras difíceis e vou ter de andar à deriva até encontrar maneira de as aplicar.
Bem, cá vou eu com paixão, sim, porque isto de todos os meses escrever um texto com palavras obrigatórias é, além disso, um autêntico desafio à imaginação das pessoas.
Respiro fundo, sento-me à secretária e com um lápis na mão e uma folha de papel na minha frente, sinto-me com um novo e supremo querer e vou escrevendo e aplicando os verbos ou os substantivos ou os adjectivos que me foram indicados por um singular amigo.
Não é minha intenção escrever uma fábula nem histórias para crianças nem nada que seja escaganifobético mas, sim, algo que me faça renascer a vontade de criar um texto sem me obrigar a andar num salsifré doido a consultar dicionários e gramáticas.
Vou tentar escrever qualquer coisa cujo enredo seja claro, límpido e sem grandes enredos mas que todos fiquem suspensos da sua leitura.
Assim vou começar:

Era uma vez……
Benó
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Fábula

Tão escaganifobética que nem eu percebi a escrita do Simão. (Já a Gatinha, letra redonda, perfeita).
Temos andado à deriva, ambos. Há meses que um autêntico torpor nos vai assolando. Simão, de idade avançada como eu, comparativamente escrevendo, vai guardando os apontamentos. Mais tarde, tento tornar límpido o conjunto dessas lembranças. Muitas vezes com a ajuda da minha última “paixão”: um portátil, não novo, mas ressuscitado.
No mais recente caso que precisei de deslindar, uma singular situação. Num sonho incrível que Simão teve (ou fui eu?), um verdadeiro salsifré. Não ficou claro quando nem onde, mas isso é habitual nos sonhos. (Sem querer, andamos em Paris a visitar uma casa que na realidade existe no Montijo…).
Nesta fábula, veio à liça a Gatinha. Acusa-me de ter um supremo amor ao canídeo.
Ao ponto de me dizer que, a renascer, iria ao registo civil mudar de raça…
Zé Viajante
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Percursos

De malas na mão,
Procurei um homem autêntico
Encontrei um escaganifobético!
Que se dane a paixão!

Pé ante pé,
Planeio um salsifré
Onde possa dançar
Quase sem pensar

De manhã, com sono
Conto uma fábula,
Em modo mono
Represento uma rábula.

À deriva num límpido... lugar
Sorri-me alguém novo e singular
Sinto um supremo renascer
Será que basta querer?
Eli Rodrigues
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"O 9º defeito genético"


Chamaram-lhe anormal,
Escaganifobético, demente.
Mal eles sabiam
de Friedreich, a ataxia,
fardo que se carrega e se sente

Foi num querer singular,
Supremo,
uma fábula à deriva,
um desejo profundo,
autêntico,
para aquele renascer dando vida,
fruto de paixão, um novo começo
límpido,
num salsifré em hora tardia

Nada nem ninguém previa
o nono cromossoma doente
e que, aquele fardo pesado, dolente,
transporte de alegria e sofrimento,
mais tarde seria,
num qualquer tempo diferente,
a solidariedade de tanta gente
sob ternos sorrisos,
carinho e amor intensos
Amita

10º Jogo das 12 Palavras - 3ª parte

Autêntico na sua deriva pela fábula,
na ânsia de querer passar a mensagem
a quem só pensava no salsifre,
o professor parava um instante,
fixava o aluno, e dizia selvagem
como quem solta uma imprecação:
- Seu… escaganifobético!


E logo continuava a lição,
de novo límpido e suave na voz
aquela voz singular de barítono
a renascer de paixão
pelo bem supremo
do conhecimento.
Jawaa


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Supremo algoz.
Autêntico, aquele sangue
debruado na sua gola.
Sussurrava-se uma velha fábula,
sobre um límpido,
casto senhor,
que perdera o querer,
por mor duma paixão,
uma paixão solta.
Hoje, florescia a ausência,
o nada.
Renascer assim um homem?
Nunca!
Singular criatura,
singulares mãos,
singular consciência a dele…
Deriva a vida à sua vista,
nem suspira…
Novo suplício ,
nova morte
embrulhada entre paredes.

(…)

E se houvesse um salsifré,
ainda mais escaganifobético
este poema seria!...
Jaime A.



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Cinema - Estreias da Semana

- Um Amor Autêntico
- Quatro Noites à Deriva
- O Estranho Caso da Palavra Escaganifobética
- A Lenda e a Fábula
- Do Límpido Céu Caiu Uma Estrela
- Maravilhoso Mundo Novo
- Ensaio Sobre a Paixão
- Diário do Meu Querer
- A Valsa do Renascer
- Grande Salsifré
- O Singular Apelo de Adéle M.
- Intriga no Supremo Tribunal
Zé-viajante


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O vazio é o lugar onde todos os pensamentos, todos os medos, todas as dores, toda a angústia, receio e incompreensão desaparecem. É o lugar onde a mente pode por fim serenar, e descansar. É também o lugar onde, por vezes, tudo parece andar à deriva!!!Sinto que estás completamente no vazio, há vários dias. Mas, o tempo não pára.
Como recordo outros tempos em que, sozinha davas alguns passeios junto ao mar, nada te impedia de ir apreciar as gaivotas, o céu azul límpido, os barcos, a areia da praia. Ouvindo os teus CDs.
Em certos momentos da vida algumas pessoas servem-se da meditação ou da oração.
Tu, neste momento, não me parece que faças nem uma coisa nem outra, apenas “esperas”.
A tua “espera” é sofrida, muito dolorosa para ti fisicamente e, para todos nós, que acompanhamos esses longos dias de espera, impotentes, sem nada poder fazer para ajudar. Por isso, não evites o vazio. Se necessitas dele, aprende a amar esse momento. É natural que se tenha medo do vazio, porque não se parece com coisa nenhuma. Mas não tenhas medo. É aí que encontrarás o teu verdadeiro Eu.Porque Deus é supremo e singular, Ele não te abandonará.
Como eu sonho com o dia em que, voltes a ser quem eras. autêntica, dedicada, doce.
Para quando esse teu “renascer”?
É preciso colaborar contigo mesma, com aqueles que estão à tua volta. É preciso querer!!!
Se não quiseres, tudo se torna mais difícil.
É com muita tristeza e amargura, que me cabe a mim dizer estas palavras.Compartilhas-te comigo, muitos momentos de alegrias e intimidades. Comigo dividiste alguns dos teus sonhos e esperanças. Uma nova paixão!!! Contigo dividi a minha realidade. o meu sonho, e os meus afectos mais queridos.
Aquilo que passas neste momento é muito parecido com a fábula do peixinho e do salmão, que curiosamente me veio parar às mãos e fiz a comparação.
Mas, quando esse sofrimento terminar será um salsifré para todos nós.
Ainda há quem se questione, como isto aconteceu, a muitos parece escaganifobético. No entanto, a Esperança continua dentro dos nossos corações.
Tu vais vencer esta batalha. Espero por ti, para mais uns momentos agradáveis na tua companhia. Força. Coragem.
Ester Maria

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Brincando com coisas sérias............
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Como navio á deriva
Mar de crise e recessão
Supremo País o nosso
Pelo qual tenho paixão
Não é fábula, não é história
Mentira também não é
Dizem que querer é poder
Vamos tentar renascer
Neste grande salsifré
Texto autêntico
Qual prosa ?Qual Poético?
Peço perdão , pois será
O mais escaganifobético
Opinião singular
Límpido raciocínio insano
Infelizmente meu Povo
Continuamos na mesma
De novo só mesmo o ano.
Ell/bicho-de-conta
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Respondeu em tom de falsete por cima daquele salsifré:
-Vou já.
Prolongou-se o á em ressonâncias sobre as cabeças que dançavam na sala, mas ela sabia que não iria ao chamamento. Sabia que não estaria na ceia a tasquinhar com eles um escaganifobético peru recheado com castanhas e o empadão de cereais. Não ficaria para ver as travessas passando entre os pés, as pernas, os cus zanzando ao sabor de uma qualquer música que electrizava o ar mais do que a trovoada que pendia de um céu roxo que ela olha em êxtase mal sai para a varanda.
Respira fundo.
Os vidros embaciados, na porta que fecha atrás de si, dão um tom de magia ao interior e tornam-no um lugar muito longe. O som da sala a quebrar-se num silêncio que voga na varanda e se estende para além do jardim, para além da estrada de terra batida, para um além que ela deseja: o querer supemo de Maria Elisa na noite dos seus anos, derramado no silêncio e no escuro, muito escuro, para além do jardim, para além do empapado vermelho que será a estrada dentro em pouco.
Vivalma. O Silvestre latiu, mas ela respirou e isso bastou para o calar; isso ou o perfume que pusera depois do banho, o certo é que o cão se enroscou e redormiu.
Límpido, o novo dia despontaria do lado onde se erguia o mamoeiro, como era o costume renascer: a madrugada envolta numa mágica neblina, excepto se, como agora, o céu ficava numa deriva entre um negro de sem lua e o roxo das descargas nas nuvens. Excepto se o ribombar atordoava e uma intensa luz rosada deixava avistar, por segundos, o tom singular que era o da terra vermelha: a fita de estrada que descia, estreita, ladeada de capim alto e palmeiras, esguias como girafas que se fizessem gente guardando os passantes numa fábula.
Lá dentro, a música calou-se. Apercebeu-se disso por uma intensidade maior que tomou o silêncio. E a voz voltou a chamar o seu nome.
Não respondeu.
Como se fora momento de paixão, os primeiros bagos fustigaram-lhe o rosto e os braços nus, e foram engrossando, e atravessaram a seda do vestido, e molharam-lhe as calcinhas de algodão.
O céu abria fendas: rasgões vermelhos como sexo exposto em espera do amante.
Maria Elisa pedalava a velha bicicleta sem mudanças e sem selim ergonómico.
Um autêntico festival da natureza.

No dia dos seus anos, dançava-se e servia-se a ceia.

Na casa de adobe, Jeremias não era um convidado. Não dançaria enlaçando-lhe a seda do vestido. Havia de secar-lhe, em breve, a chuva que ela trazia a ensopar-lhe o corpo. Havia de o empapar de espermas e salivas e suores. Jeremias havia de ofertar-lhe.

- Maria Elisaaaaaaaaaa
Ela já não ouviu que a chamavam para apagar as velas sobre o bolo.
Mcorreia
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MOMENTO…

Neste lugar belo e realmente autêntico
Perante esta minha onda de paixão
Meu coração sente-se como que à deriva
Esperando que volte novamente a renascer
Também a considerar e voltar a querer
Que este amor agora fugidio volte de novo
Poderá ser de maneira escaganifobética
E até pode parecer um grande salsifré
Nossa história será como uma fábula
Em que o céu azul celeste estará límpido
Quando olho as estrelas vejo tudo singular
Mas eu queria que tudo fosse supremo
Belisa
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Ali...


Ali tinhamos passado horas de uma singular paixão que nos fazia querer sempre mais. Aqueles momentos que passavamos juntos transformavam-se ali num novo renascer para nós com um autêntico sentimento de partilha. Era ali que dançavamos um supremo salsifré, como que se os nossos corpos dançassem ao sabor de uma música qualquer, com um ritmo músical que apenas nós podiamos ouvir. E foi assim, ali, durante todo aquele tempo.

Mas um dia vieste com uma conversa escaganifobética, tentando explicar o que ainda não consigo comprender, e partiste. Hoje acordei ali novamente naquela cama vazia. A sensação de estar à deriva naqueles lençois em que antes eram o nosso refugio, não se tinha alterado muito, era uma sensação que permanecia em mim.

Olho, dali, para a janela que vai iluminando aquele espaço que ainda me parece escuro. Respiro fundo e tento ganhar as forças que não tenho. O despertador toca atrasado. Está um dia límpido lá fora que chama por mim... É hora de seguir com aquela fábula em que se tornou a minha vida.
Cátia Azenha

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Divulgação e convite

Boas novas, a amiga MCorreia (clica no nome e vê o convite e no título para ires ao blogue dela)vai publicar um livro.
Aqui fica a informação para todas/os:

sábado, janeiro 03, 2009

As Palavras para o 10º Jogo



O 10º Jogo da 12 Palavras está no ar e as palavras são:

Autêntico - Deriva - escaganifobética/o* – fábula - límpido – Novo - paixão – querer -Renascer – salsifré – Singular -Supremo

O 10º Jogo das 12 Palavras está no ar e desejamos que amigas e amigos que andaram ausentes reapareçam e no começo de 2009 as participações sejam massivas e, estamos seguros, com a usual qualidade.

O Jogo continua aberto a quem quiser entrar. Basta que me enviem um e-mail com o endereço electrónico a guardar,nome ou nickname que vão usar e o link ao blogue.

E agora...força.Muita inspração, trabalho e....suor se for caso disso.

A data limite para recepção dos textos é o dia 22 do corrente.

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*escaganifobético/a -"Escanifobético começou a generalizar-se entre a juventude dos anos 50, com o sentido de estranho, esquisito, fora do comum, fora do normal.

Escaganifobético também não está registado nos dicionários da Língua Portuguesa, mas tem uso, por exemplo, na seguinte frase: «Ele tem uma letra escaganifobética». Isto significa que a letra é muito difícil de compreender para quem quiser ler."