segunda-feira, outubro 13, 2008

vejo tuas mãos


vejo tuas mãos.
repousam em teu colo

observo os imperceptíveis
movimentos dos dedos

tu falas
escuto a música da tua
voz e a do intersticial silêncio

minha mão direita
descansa sobre a mesa

em voo, bailado de asas
nos ventos, tua mão esquerda
eleva-se. suave pluma ao vento
acariciando a minha.

nos olhos a luz tece-te
encantamentos.
caleidoscópico cintilograma
de cor. fogo de artifício
sem artifício.

em meus olhos as águas
chegam à superfície
rasando a beleza
que em ti nasce e de ti
emana recriando o mundo.
Eremit@

7 comentários:

Benó disse...

Muita ternura no teu poema. E na imagem, também.

Uma boa semana.

Conceição Paulino disse...

um outro belo poema - imitação ou não, como dizes de grande ternura sem lamechice.
Bj
Luz e paz

Mateso disse...

Calidez de sentir em palavras ternas.
Bonito, muito.
...............
Lá pelo meu azul há algo que gostaria que colhesse.
Bj.

Anónimo disse...

Muito bonito Amigo... imitação?
Então que muita poesia seja de "imitação"!

vida de vidro disse...

Belíssimo, terno e sentido. Poesia, mesmo.
Amigo, deixei-te um mimo lá no Vemos, ouvimos e lemos. **

Paula Raposo disse...

Tão bonito e tão doce o teu poema!! Gosto imenso desta tua faceta sensível...muitos beijos.

Fá menor disse...

Se isto é imitação de poesia, que será quando for poesia a sério!!!
Gostei mesmo!

Abraço